A maior parte da extração mundial de bauxita (aproximadamente 85%) é usada comomatéria-prima para a fabricação dealumínio, porlixiviação química, método conhecido comoprocesso Bayer. Subsequentemente, a maioria da alumina produzida neste processo de refinamento é empregada como a matéria-prima para a produção de alumínio metálico pelaredução eletrolítica da alumina em um banho decriolita natural ou sintética fundida (Na3AlF6), método conhecido comoprocesso Hall-Héroult.
Bauxita é a matéria-prima mais usada na produção de alumina em escala comercial. Outras matérias-primas, comoanortosito,alunita, rejeitos decarvão epetróleo de xisto, oferecem fontes potenciais adicionais de alumina. Embora pudessem requerer tecnologia nova, a alumina destes materiais não bauxíticos poderia satisfazer a demanda parametal primário, refratários, substâncias químicas de alumínio, e abrasivos.Mullita sintética é produzida decianita esillimanita, substitutos para refratários bauxíticos. Embora mais caros,carbeto de silício ealumina-zircônia substituem abrasivos bauxíticos.[2]
Em sua composição, as bauxitas se associam à da gibbsita, entretanto, em sua maior parte formam uma mistura, contendo impurezas como: sílica, óxido de ferro,titânio e outros elementos. Tendo como consequência, não sendo considerada uma espécie mineral e numa classificação rígida, o nome bauxita dever se usado em alusão à rocha (bauxita). A formação básica dessa rocha constitui-se em: agibbsita, a bohemita, e a diásparo, cujas principais características são relativas a gêneses dos depósitos.
Se fosse um mineral, a bauxita seria o terceiro mineral mais abundante na natureza e mesmo assim tornou-se um recurso natural muito valorizado. 90% do minério extraído destina-se à fabricação de alumínio, mas o processo continua sendo muito caro, pois são necessárias 5 toneladas de bauxita para produzir 1 tonelada de alumínio.
Antigamente se considerava a Bauxita um mineral, em sua composição era constatado 73,9% de alumina e 26,1% de água.[3]
O termo bauxita é derivado do nome da aldeiaLes Baux-de-Provence naFrança meridional, onde foi descoberta em1821 pelogeólogoPierre Berthier. Durante a segunda metade do século XIX, grande parte da produção de bauxita era realizada naFrança e utilizado para fins não metalúrgicos, enquanto a produção alumina era direcionada como mordente na indústria têxtil. Devido ao esgotamento de suas minas de bauxita, a França cessou quase completamente a sua exploração em 1991. As minas francesas eram localizadas emVar,Bouches-du-Rhône eHerault.[4]
Em 2007, aAustrália foi um dos maiores produtores de bauxita, com quase um terço da produção mundial, seguidos pelaChina, Brasil, Guiné e Índia. Embora a demanda de alumínio esteja aumentando rapidamente, as reservas conhecidas de seu minério de bauxita são suficientes para atender às demandas mundiais dealumínio por muitos séculos. O aumento dareciclagem dealumínio, que tem a vantagem de reduzir o custo deenergia elétrica na produção de alumínio, vai preservar consideravelmente as reservas mundiais de bauxita.[5]
Números de 2019 - produção mundial de bauxita x1000toneladas[6]
Três características dosolo são principalmente afetadas com adegradação: perda da camada superficial, alteração da estrutura e perda damatéria orgânica.
A extração deminério, a exemplo de algumas outras atividades de exploração de recursos da natureza, causa o ônus, evidenciando em seus canteiros de obras um rastro da intensa alteração do ambiente, tanto com referência à paisagem local como em profundidadefísica e temporal. Os solos das áreas degradadas pelaextração de Bauxita, costumam ter como característica níveis baixos de nutrientes e com propriedades físico-químicas diferenciadas, quando comparadas ao solo original[7].
A exploração da Bauxita gera derrogação davegetação, realizando alterações radicais a paisagem o que prejudica a todoecossistema. No processo de identificação dosimpactos ambientais tem que se levar em conta que todos os trabalhos envolvendo mineração tem relação direta com escavação e movimentação de terra. Resultante dessas atividades estão odesflorestamento, a mudança da superfície topográfica da paisagem, a destruição ou deterioração das camadas superficiais dosolo, a instabilização de encostas e terrenos em geral,erosão eassoreamento[8].
↑ ERDÓCIA, Félix Anderson Barros. Difração de raios X em minerais de bauxita e análise através de refinamento pelo método de Rietveld. 2011. 80 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Belém, 2011. Programa de Pós-Graduação em Física
↑ MONTE, M. B. M. e ADAMIAN, R. (1994). Aspectos tecnológicos eeconômicos da indústria do alumínio. Série Estudos e Documentos, n.22,.CETEM.
↑ 1. Debney DM. Alumina production by Alcoa of Australia Ltd in Western Australia. In:Woodcock JT, Hamilton JK, eds. Australasian Mining and Metallurgy—the Sir MauriceMawby Memorial Volume. 2nd ed. Melbourne, Australia: The Australasian Institute ofMining andMetallurgy; 1993:758–763.
↑MOREIRA, Paulo Roberto. Manejo do solo e recomposição davegetação com vistas a recuperação de áreas degradadas pela extração debauxita, Poços de Caldas, MG. 2004. xv, 139 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2004. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/100645>.
↑MOREIRA, Paulo Roberto. Manejo do solo e recomposição da vegetação com vistas a recuperação de áreas degradadas pela extração de bauxita, Poços de Caldas, MG. 2004. xv, 139 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2004. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/100645>.