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Aventino

41° 53′ N, 12° 29′ L
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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Dezembro de 2024)

Monte Aventino
Uma dassete colinas deRoma
Aventino
O Aventino é a coluna mais ao sul (embaixo), à beira do Tibre.
NomelatinoMons Aventinus
NomeitalianoAventino
RioneRipa,San Saba eTestaccio
EdifíciosCasa de Cilão,Empório,Porto fluvial de Roma,Termas Suranas,Termas de Décio,Termas de Caracala,Villa del Priorato di Malta
IgrejasSanta Sabina,Santi Bonifacio e Alessio,Santa Prisca,Santa Maria del Priorato,San Saba,Sant'Anselmo all'Aventino eSanta Balbina.
PessoasCaio Graco
EventosSecessão da plebe
ReligiãoTemplo de Diana,Templo de Minerva,Templo de Juno Regina,Templo de Vertumno,Templo de Luna,Templo de Júpiter Libertador,Templo de Júpiter Doliqueno (138),Mitreu de Santa Prisca,Mitreu de Santa Balbina,Templo da Bona Dea

Aventino (emlatim:mons Aventinus) é uma dassete colinas sobre as quais foifundada a cidade de Roma. Trata-se de uma colina de forma mais ou menos trapezoidal, de encostas íngremes e que chega até as margens doTibre. Entre as sete, era a mais isolada e de acesso mais difícil. Ligada a ela através de umaselada está uma outra pequena colina chamadaPequeno Aventino (emitaliano:Piccolo Aventino). Atualmente a área corresponde aos modernosriones deRipa,San Saba (o Pequeno Aventino) eTestaccio.

Geografia

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A região se subdivide em um "Aventino" propriamente dito, entre o Tibre e o vale doCirco Máximo e o "Pequeno Aventino", atualmente chamado de "Colina deSan Saba". Na época republicana, os dois setores estavam no interior daMuralha Serviana e aparentemente eram chamados de Aventino, mas com areorganização urbana realizada porAugusto, o Aventino foi dividido entre aRegio XIII - Aventinus e aRegio XII - Piscina Publica.

Sua altura máxima é de 46,6 metros acima donível do mar (diante da igreja deSanti Bonifacio e Alessio)[1].

Etimologia

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É incerta a origemetimológica do nome"Aventinus", que pode ser uma referência a um dos reis deAlbalonga, filho deHércules, ou da locução"ab adventu hominum", que era a denominação de umtemplo de Diana, ou de"ab advectu", que significa "transportado pela água" por causa dos pântanos que circundavam a região ou, segundoNévio, de"ab avibus", uma referência aos pássaros que para ali vinham do Tibre para forneceraugúrios aRemo[2] ou, finalmente, por causa daaveia que era cultivada no local e era comercializada no mercado do vale vizinho[3].

História

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Período arcaico e monárquico

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Entre os mitos relativos àfundação de Roma está a lenda deHércules eCaco e a figura deRemo, que escolheu o Aventino como local a partir de onde ele poder avistar os pássaros vindos do Tibre em busca deaugúrios em sua disputa comRômulo sobre o melhor local para fundar a cidade.

Aventino
Aventino visto doPalatino. Em primeiro plano, oCirco Máximo.
Aventino visto doTibre. No alto, aVilla del Priorato di Malta.

O monte propriamente dito foi anexo à cidade na época deAnco Márcio, o quartorei de Roma[4][5], que assentou ali refugiados das cidades que havia conquistado[6] (Ficana,Medullia,Tellenae ePolitorium) e construiu uma primeira fortificação independente, talvez por que o Aventino era mais defensável dos ataques inimigos. A colina foi descrita como baixo e largo, com perímetro de 18estádios (cerca de 3,3 quilômetros) e cercado por uma faixa de florestas com várias espécies de árvores, entre as quais se destacava oLouro (emlatim:Lauro)[4].

Mais tarde, o Aventino foi incluído na primeira muralha da cidade (século VI) e depois naMuralha Serviana republicana, mas ainda ficava fora dopomério, o recinto sagrado da cidade, o que só mudou com o imperadorCláudio no século I. Graças à sua posição particularmente próxima aoporto fluvial de Roma e doEmpório, o Aventino sempre abrigou colônias de estrangeiros envolvidos no comércio com a cidade.

Época republicana

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Ver artigo principal:Secessão da plebe

Tradicionalmente, o Aventino é considerado como sendo a sede daplebe romana, contraposta aoPalatino, que era a dospatrícios. Com aLex Icilia de Aventino publicando, de 456 a.C.[7][8], a área da colina foi distribuída entre os plebeus para construção deresidências, remediando a ocupação ilegal dasterras públicas pelos patrícios que já vinha provocando protestos e revoltas. O Aventino adquiriu também nesta época seu caráter de quarteirão popular e mercantil, especialmente pela proximidade com o Tibre e com oEmpório. Ali também é que se materializou a defesa mais extrema dotribuno da plebeCaio Graco em 123 a.C., o que provocou milhares de mortos.

A vida econômica da cidade neste meio tempo era realizada no antiquíssimo (e pequeno)Fórum Boário, na planície ao sul do Aventino, onde, a partir do início do século II a.C., foram construídos o novoporto fluvial de Roma, o Empório, o gigantescoPórtico de Emília, os grandes armazéns e depósitos da cidade (Hórreos de Galba,Hórreos Lolianos e também os Anicianos, Sejanos e Fabário) e também o mercado de pães (Fórum Pistório). AVia Marmorata é um vestígio de um dos mais importantes produtos que transitavam pelo Aventino depois de serem desembarcados nos portos, omármore. Na lateral desta fervilhante área comercial se formou omonte Testácio (emlatim:Testaccio), uma colina artificial de mais de 30 metros de altura e formada pelo depósito constante de cacos deânforas levadas a Roma como tributos de todas as províncias do estado romano.

Nesta época, viveram no Aventino os poetasÊnio eNévio.

Época imperial

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Noperíodo imperial, a característica da colina mudou e o Aventino passou a abrigar diversasresidências aristocráticas, entre as quais as deTrajano eAdriano antes de se tornarem imperadores (privata Traiani eprivata Hadriani) e deLúcio Licínio Sura, amigo de Trajano. Viveram ali também o imperadorVitélio e oprefeito urbano de RomaLúcio Fábio Cilão, da época deSétimo Severo. A população mais pobre se deslocou para a planície nas imediações do Empória e para a outra margem do Tibre, onde hoje estão os modernosrionesTrastevere,Borgo ePrati.

Esta nova característica foi provavelmente a causa de sua total destruição durante osaque de Roma deAlarico I em 410. Depois disto, algumas cartas deJerônimo citam o Aventino.

Ruas

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OVico da Piscina Pública (modernaViale Aventino) demarcava a fronteira entre as duasregiões augustanasRegio XIII - Aventinus e aRegio XII - Piscina Publica no Aventino. O seu prolongamento até aMuralha Serviana era chamadaVico da Porta Raudusculana (hojeViale della Piramide Cestia).

Vistas antigas do Aventino

A primeira estrada que permitia o tráfego de carroças saindo do Aventino foi oClivo Publício, que saía doFórum Boário e continuava ao longo da modernaVia di Santa Prisca até o Vico da Piscina Pública. Dali saía uma outra via antiga, provavelmente chamadaVico Armilústrio (modernaVia di Santa Sabina), que continuava para o sul até aPorta Lavernal na muralha. Além disto, outra via antiga saía daPorta Trigêmina através de uma planície estreita entre o Tibre e o Aventino e depois seguia o percurso da atualVia Marmorata até chegar naVia Ostiense.

Épocas medieval e moderna

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Em 537, o Aventino foi o refúgio dopapa Silvério, acusado peloimperador bizantinoJustiniano de tramar com osostrogodos deVitige, quecercavam Roma. Durante operíodo medieval, foram construídos no Aventino as igrejas deSanta Sabina,Santi Bonifacio e Alessio,Santa Prisca. No Pequeno Aventino,San Saba eSanta Balbina.

Onde hoje está oGiardino degli Aranci foi construída a fortaleza dafamília Savelli, aRocca Savella, onde viveu opapa Honório IV e construída na década de 1380, talvez sob uma fortificação preexistente dafamília Crescenzi, do século X.Piranesi construiu ali, em 1765, aPiazza dei Cavalieri di Malta, que emprestou seu nome daVilla del Priorato di Malta, sede daOrdem dos Cavaleiros de Malta, e também a igreja deSanta Maria del Priorato, vizinha do palácio davilla, onde o próprio Piranesi está sepultado.

Época contemporânea

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Ver artigo principal:Secessão do Aventino

Aventino foi o nome de uma secessão parlamentar que os deputadosantifascistas criaram depois do sequestro deGiacomo Matteotti, assassinado pelos fascistas depois de ter denunciado naCâmara dos Deputados as fraudes eleitorais e a violência dos esquadrões fascistas. Os deputados, em 27 de junho de 1924, reunidos em uma sala doPalácio Montecitório, decidiram abandonar os trabalhos no parlamento e se recusaram a entrar em sessão até que fosse abolida a milícia fascista e recuperada a autoridade da lei. Contudo, o movimento foi inútil, pois o reiVitório Emanuel III, depois de ter se recusado a assinar[9] um recurso aoestado de sítio para bloquear aMarcha sobre Roma, encarregou o líder dos fascistas,Benito Mussolini, deputado eleito em 1921, de formar um novo governo.

Atualmente o Aventino é uma elegante zona residencial com uma vasta gama de locais de interesse arquitetônico e histórico. O lado de frente para o Tibre passou a fazer parte dorione histórico deRipa. Em 1921, da Ripa foi separada o Pequeno Aventino, destinado a edifícios populares, para criar um novo rione,San Saba.

Monumentos

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San Saba.
Villa del Priorato di Malta eSanta Maria del Priorato.
Sant'Anselmo all'Aventino

Por sua posição fora dopomério, o Aventino podia abrigar templos dedicados a deuses estrangeiros, começando pelo importanteTemplo de Diana, um santuário federal doslatinos construído pelo reiSérvio Túlio[10], mas também oTemplo de Minerva. Ali também era a sede de culto das principais divindades municipais transferidas para Roma depois que elas eram conquistadas e destruídas com o ritual doevocatio (a transferência em si), como oTemplo de Juno Regina (deVeios) e oTemplo de Vertumno (da cidade deVertumno, de localização incerta, mas que pode serVolsínios). Outros santuários no local eram oTemplo de Luna e oTemplo de Júpiter Libertador. Em suas encostas, não muito longe da Porta Trigêmina, ficava um alter dedicado aosemideusEvandro, queDionísio de Halicarnasso afirma ter visto[11].

Entre as muitasresidências deste quarteirão, além daquelas de status imperial já citadas, também foram escavadas sob as igrejas de Santa Sabina e Santa Prisca outras ruínas. Na região do Pequeno Aventino ficava aCasa de Cilão, doprefeito urbano (203) ecônsul (204)Lúcio Fábio Cilão, presente do imperador Sétimo Severo e descoberta sob Santa Balbina. Em 1958, sob a propriedade da família Bellezza (noLargo Arribo VII, perto do Mitreu de Santa Prisca), foi descoberta uma residência do final do período republicano. A porção escavada residência, conhecida também comoCasa Picta, está a doze metros abaixo do nível da rua e é formada por dois recintos (o dascolunas jônicas e o dos afrescos amarelos) e umcriptopórtico. Osafrescos são doQuarto Estilo e os pisos — geralmente bem conservados — são geralmente em um fundo emopus signinum. Entre as casas demolidas para abrir espaço para asTermas de Caracala está uma que foi escavada em 1858 sobre avigna Guidi, com vários ambientes ricos em mosaicos, pinturas e esculturas. Num estágio posterior dos trabalhos, em 1970, foram recuperados os restos bem conservados e passíveis de reconstrução de um teto pintado, o que permitiu datar o complexo na década de 130 a.C..

Mais tarde, foram documentados no Aventino santuários de divindades orientais, como oTemplo de Júpiter Doliqueno (138), umiseu (santuário dedicado àdeusa egípciaÍsis Atenodoria), que ficava no local onde hoje está aBasílica de Santa Sabina, emitreus (templos dedicados ao deus orientalMitra) onde hoje estão as igrejas deSanta Prisca eSanta Balbina (Mitreu de Santa Prisca eMitreu de Santa Balbina respectivamente). No Pequeno Aventino estava oTemplo da Bona Dea, dedicado àBona Dea Subsaxana. A história do antiquíssimotítulo deSanta Prisca permite supor também que existia na região uma presença cristã muito precoce.

Na época imperial, foram construídos no Aventino acaserna da IV coorte dosvigias e váriastermas: asTermas Suranas, da época de Trajano (r. 98-117), asTermas de Décio (r. 249-251), e asTermas de Caracala (r. 211-217), dedicada à população mais pobre da cidade, na encosta do Aventino de frente para aVia Ápia.

Referências

  1. «Da Geo.OnLine della Regione Lazio. Carta Tecnica Regionale 1:5000 2002 (RM _ VT _ LT ) IWS 2015» (em italiano). Cartografia.Lazio 
  2. Varrão,De lingua latina V, 7.
  3. Tina Squadrilli,Vicende e monumenti di Roma,Staderini Editore, 1961, Roma, pag. 10
  4. abDionísio de Halicarnasso,Antiguidades Romanas III, 43,1-2.
  5. Estrabão,Geografia V, 3,7.
  6. Lívio,Ab Urbe ConditaPeriochae I.32.
  7. Lívio,Ab Urbe Condita III, 2, 31.
  8. Dionísio de Halicarnasso,Antiguidades Romanas X, 31.
  9. Vittorio Emanuele III. Il re che permise il 'golpe' a Mussolini, Liberal, 30 agosto 2008.
  10. Lívio,Ab Urbe ConditaPeriochae I.21 e I.40.
  11. Dionísio de Halicarnasso,Antiguidades Romanas I 32.3

Bibliografia

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  • Coarelli, Filippo (1984).Guida archeologica di Roma (em italiano). Verona: Arnoldo Mondadori Editore 
  • Mignone, Lisa Marie (2016).The Republican Aventine and Rome’s Social Order (em inglês). [S.l.]: University of Michigan Press. p. 264.ISBN 978-0-472-11988-2 

Ligações externas

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Igrejas


Link=Catolicismo
Vilas
Templos
Arquitetura
Arte
Pontes
Colinas
Sete colinas
Outras
Controle de autoridade
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