Automóvel (dogrego αὐτός ["autós"], "por si próprio", e dolatimmobilis, "mobilidade", como referência a um objeto responsável pela sua própria locomoção e/ou de outras pessoas em consoante),auto (forma reduzida) oucarro (daslínguas celtas, através do latimcarru)[2][3][4][5] é umveículo motorizado comrodas usado paratransporte. A maioria das definições de carro diz que eles correm basicamente em estradas, acomodam de uma a oito pessoas, têm quatropneus e, principalmente, transportam pessoas em vez de mercadorias.[6][7]
Os carros entraram em uso global durante o século XX e as economias desenvolvidas dependem deles. O ano de 1886 é considerado como o ano de nascimento do carro moderno, quando o inventor alemãoKarl Benz patenteou seuBenz Patent-Motorwagen.[8] Os carros tornaram-se amplamente disponíveis no início do século XX. Um dos primeiros carros acessíveis às massas foi o 1908Model T, um carro norte-americano fabricado pelaFord Motor Company. Os carros foram rapidamente adotados nosEstados Unidos, onde substituíramcarruagens e carrospuxados por animais, mas demoraram muito mais para serem aceitos naEuropa Ocidental e em outras partes do mundo.
Os carros têm controles de direção, estacionamento, conforto para os passageiros e uma variedade de luzes. Ao longo das décadas, recursos e controles adicionais foram adicionados aos veículos, tornando-os progressivamente mais complexos. Estes incluem câmeras demarcha à ré,ar condicionado,sistema de navegação por satélite e entretenimento no carro. Em 1991, Roger Billings desenvolveu o primeirocarro elétrico movido pela energia de umacélula de combustível ahidrogênio.[9] A maioria dos carros em uso na década de 2010 é impulsionada por ummotor de combustão interna, alimentado pela combustão decombustíveis fósseis. Os carros elétricos, que foram inventados no início da história do carro, começaram a se tornar comercialmente disponíveis em 2008.
Existem custos e benefícios para o uso do carro. Os custos para o indivíduo incluem a aquisição do veículo, pagamentos de juros (se o carro for financiado), reparos e manutenção, combustível, depreciação, tempo de direção, taxas de estacionamento, impostos e seguro.[10] Os custos para a sociedade incluem a manutenção de estradas, o uso da terra,congestionamentos, apoluição do ar, a saúde pública e a eliminação do veículo no final da sua vida útil. Osacidentes de trânsito são a maior causa de mortes relacionadas a ferimentos em todo o mundo.[11] Os benefícios pessoais incluem transporte sob demanda, mobilidade, independência e conveniência.[12][13][14] Os benefícios sociais incluem benefícios econômicos, como criação de emprego e riqueza daindústria automotiva, fornecimento de transporte, bem-estar social por oportunidades de lazer e viagens e geração de receita dos impostos. A capacidade das pessoas de se mover de forma flexível de um lugar para outro tem implicações de longo alcance para a natureza das sociedades.[15] Existem cerca de 1 bilhão de carros em uso em todo o mundo. Os números estão aumentando rapidamente, especialmente naChina, naÍndia e em outrospaíses recentemente industrializados.[16]
Acredita-se que a palavra carro se origine da palavra emlatimcarrus oucarrum ("veículo com rodas"). Por sua vez, estes se originaram da palavragaulesakarros (uma carruagem gaulesa).[17][18] Referia-se originalmente a qualquer veículo puxado por cavalos com rodas, como uma carruagem oucarroça.[19][20] A palavra "automóvel" é um composto clássico derivado da palavragrega antigaautós (αὐτός), que significa "eu", e a palavra latinamobilis, que significa "móvel".[21]
Já no século XVII, se idealizavam os veículos impulsionadosa vapor;Ferdinand Verbiest, um padre daFlandres, demonstrara-o em 1678 ao conceber um pequenocarro a vapor para oimperador da China. Em 1769,Nicolas-Joseph Cugnot elevava a demonstração à escala real, embora a sua aplicação tenha passado aparentemente despercebida na sua terra natal,França, passando a desenvolver-se sobretudo noReino Unido, ondeRichard Trevithick montou umvagão a vapor em 1801. Este tipo de veículos manteve-se em voga durante algum tempo, sofrendo ao longo das próximas décadas inovações como ofreio de mão,caixa de câmbio, e ao nível da velocidade edirecção; algumas atingiram o sucesso comercial, contribuindo significativamente para a generalização do tráfego, até que uma reviravolta contra este movimento resultou em leis restritivas no Reino Unido que obrigaram os veículos automóveis a serem precedidos por um homem a pé acenando umabandeira vermelha e soprando umacorneta. Efectivamente, estas medidas travaram o desenvolvimento do automóvel no Reino Unido até finais do século XIX; entretanto, osinventores eengenheiros desviaram os seus esforços para o desenvolvimento doscaminhos-de-ferro, aslocomotivas. Alei da bandeira vermelha só seria suprimida em 1896.[carece de fontes?]
Experiências isoladas realizadas em toda a Europa ao longo das décadas de 1860 e 1870 contribuíram para o aparecimento de algo semelhante ao automóvel atual. Uma das mais significativas foi a invenção de um pequeno carro impulsionado por ummotor a quatro tempos, construído porSiegfried Marcus (Viena, 1874). Os motores a vapor — que queimavam o combustível fora dos cilindros, deram lugar aos motores de combustão interna, que queimavam no interior do cilindro uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemãocondeNikolaus Otto. Em 1876, o engenheiroalemãoNikolaus August Otto desenvolveu omotor a explosão paraálcool combustível,gasolina ougás, que substituiu osmotores a vapor usados até então nas primeiras experiências na construção de automóveis.[carece de fontes?]
A primeirapatente do automóvel nosEstados Unidos foi concedida aOliver Evans, em 1789. Mais tarde, em 1804, Evans demonstrou o seu primeiro veículo automóvel que não só foi o primeiro automóvel nos Estados Unidos mas também o primeiro veículoanfíbio, já que este veículoa vapor dispunha derodas para circulação terrestre e depás para circulação na água.[22] ObelgaÉtienne Lenoir construiu um automóvel com omotor de combustão interna a cerca de 1860, embora fosse propulsionado por gás decarvão. A sua experiência durou 3 horas para percorrer 7 milhas — teria sido mais rápido fazer o mesmo percurso a pé — e Lenoir abandonava as experiências com automóveis. Em 1860, Lenoir chegou a construir oHippomobile, umveículo com motor de combustão interna a hidrogênio, onde o combustível era produzido poreletrólise.[23] O franceses reclamam que umDeboutteville-Delamare teria sido bem sucedido.[24]
Alinha de produção em larga escala de automóveis a preços acessíveis foi lançada porRansom Olds em sua fábricaOldsmobile em1902. Este conceito foi amplamente expandido porHenry Ford, com início em 1914. Como resultado, os carros daFord saiam da linha em quinze intervalos de um minuto, muito mais rápido do que métodos anteriores, aumentando em oito vezes aprodutividade (que requeriam 12,5 horas-homem antes, 1 hora 33 minutos depois), utilizando menos recursos humanos.[39] Isso foi tão bem-sucedido que apintura tornou-se um gargalo. Somente a cor "Negro Japonês" secava rápido o suficiente, forçando aempresa a deixar cair a variedade de cores disponíveis antes de 1914, até quando overnizDuco de secagem rápida foi desenvolvido em 1926. Esta é a fonte da observação da Ford: "qualquer cor, desde que seja preto".[39] Em 1914, umtrabalhador de linha de montagem poderia comprar umModelo T com o pagamento de quatro meses.[39]
Os complexos procedimentos desegurança da Ford, especialmente atribuindo a cada trabalhador um local específico em vez de lhes permitir andar pela fábrica, reduziu drasticamente o número deacidentes de trabalho. Essa combinação de altossalários e alta eficiência é chamado de "fordismo", e foi copiado pela maioria das grandesindústrias. Os ganhos de eficiência da linha de montagem também coincidiram com o crescimento econômico dosEstados Unidos. A linha de montagem forçava os trabalhadores a trabalhar em um ritmo certo, com movimentos muito repetitivos que levou a mais produção por trabalhador, enquanto outros países estavam usando métodos menos produtivos.[40]
Ofusca daVolkswagen, durante muitos anos o carro de maior sucesso do mundo, na linha de montagem da fábrica deWolfsburg, 1973
Linha de produção moderna.
Naindústria automotiva, o sucesso do fordismo estava se ampliando, rapidamente se espalhando por todo o mundo, como se podia ver com a fundação da Ford Francesa e da Ford Britânica em 1911, da Ford Dinamarquesa em 1923, da Ford Alemã em 1925; em 1921, aCitroën foi a primeira fabricante europeia a adotar o método de produção fordista. Logo, as empresas tinham que ter linhas de montagem, ou um risco de ir àfalência; em 1930, 250 empresas que não tinham adotado o método, tinham desaparecido.[39] O desenvolvimento de tecnologia automotiva foi rápido, em parte devido às centenas de pequenos fabricantes que competiam para ganhar a atenção do mundo. Os principais desenvolvimentos, incluídoignição elétrica e autoignição elétrica (ambos porCharles Kettering, para aCadillac Motor Company em 1910-1911),suspensão independente e freios nas quatro rodas. Desde a década de 1920, quase todos os carros têm sido produzidos em massa para satisfazer as necessidades do mercado, para comercialização de planos muitas vezes fortemente influenciados pelodesign dos automóveis. FoiAlfred P. Sloan, que estabeleceu a ideia de diferentes marcas de carros produzidos por uma empresa, assim os compradores poderiam comprar modelos mais caros conforme sua renda melhorasse.[carece de fontes?]
Refletindo o ritmo acelerado de mudança, fazer peças compartilhadas com um outro volume de produção também grande resultou em menorescustos para cada faixa de preço. Por exemplo, em 1930,LaSalles, vendida pelaCadillac, usou peças mecânicas mais baratas feitas pelaOldsmobile; em 1950, aChevrolet compartilhava ocapô, as portas, o telhado e as janelas com aPontiac; nadécada de 1990, transmissões corporativos e plataformas compartilhadas (comfreios, suspensão e outras peças intercambiáveis) eram comuns. Mesmo assim, somente grandes fabricantes podiam pagar os altos custos e mesmo as empresas com décadas de produção, tais como aApperson,Cole,Dorris,Haynes ouPremier, não podiam administrar: de cerca de duas centenas de fabricantes de automóveis estadunidenses em 1920, apenas 43 sobreviveram em 1930, e com aGrande Depressão, em 1940, apenas 17 delas tinham ficado no mercado.[39]
NaEuropa, quase a mesma coisa aconteceu. Morris criou a sua linha de produção emCowley, em1924, e logo superou a Ford, enquanto a partir de 1923 ao seguir a prática da Ford deintegração vertical, comprou aHotchkiss (motores),Wrigley (caixas) e aOsberton (radiadores), por exemplo, assim como suas concorrentes, como aWolseley: em 1925, Morris tinha 41% da produção total de automóveisbritânicos. A maioria das montadoras britânicas de carros pequenos, daAbadia àXtra tinha ido abaixo. ACitroën fez o mesmo naFrança, chegando a produzir carros em 1919; entre estes e outros carros baratos em resposta, como10CV daRenault e o5CV daPeugeot, produziram 550 000 automóveis em 1925, e aMors,Hurtu, e outras empresas não podiam competir.[39]
Com o aumento davelocidade dos carros fabricados a partir da década de 1950, o número de acidentes aumentou muito em relação a períodos anteriores. Em 1958 foi fabricado o primeiro automóvel estadunidense comcintos de segurança: oChevrolet Corvette. No Brasil, este item foi considerado obrigatório a partir de 1969. O primeiroastromóvel tripulado a circular fora do planetaTerra foi o LRV (Lunar Roving Vehicle) umjipe de quatro rodas e quatromotores elétricos (um para cada roda) usado naLua pela MissãoApollo 15 em 31 de Julho de 1971.[38]
OVolkswagen Fusca, o Volkswagen (o "carro do povo",traduzido doalemão) é o modelo de carro mais popular de todos os tempos. Foi projetado porFerdinand Porsche e imediatamente aprovado porAdolf Hitler, que utilizou variações do modelo para fins militares, inclusive durante aSegunda Guerra Mundial. Sua fabricação no Brasil começou em 1959 e parou em 1986. A pedido do então presidenteItamar Franco, o Fusca voltou a ser produzido em 1994. Além de sair da fábrica com um preço muito semelhante ao Gol 1000 ou qualquer outro popular da época, sua montagem era bem mais complicada, uma vez que tinha praticamente o dobro de peças comparado a um carro moderno. Parou novamente de ser fabricado em 1996. O Fusca é chamado em inglês debeetle oubesouro, tanto que a nova geração é conhecida comoNew Beetle. Em Portugal, o Beetle foi apelidado de "Carocha". A produção do Beetle continuava no México e só durou até 2003 por causa das novas leis de emissão.[carece de fontes?]
Posse de automóvel do agregado familiar em função dos rendimentos, emPortugal.
O primeiro automóvel a chegar aPortugal foi um veículo daPanhard-Levassor tendo sido importado deParis pelo 4.ºConde de Avilez, em 1895. Naalfândega deLisboa, ao decidirem a taxa a aplicar, hesitam entre considerar aquele estranho objectomáquina agrícola ou uma máquina a vapor (locomóvel).[42] Acabam por se decidir por esta última. Este veículo ficaria também para a história por um acontecimento insólito: logo na sua primeira viagem, entre Lisboa eSantiago do Cacém, ocorreria o primeiro acidente de viação em Portugal, tendo por vítima umburro, atropelado a meio do percurso.[43]
O primeiro automóvel a chegar ao Brasil foi umPeugeot Tipo 3, importado deFrança porAlberto Santos Dumont, célebreaviador brasileiro, chegou aSão Paulo em 1891, onde circulou.[44] Contudo, o primeiro automóvel a ser emplacado foi um carro do condeFrancisco Matarazzo, empresário ítalo-brasileiro e homem mais rico do Brasil na época, em 1903, que ficou com a placa "P-1" ("p" de "particular").[44]
Entre as décadas de 1930 e 1940 opilotoChico Landi venceu algumas corridas pilotando carros movidos a álcool de fabricação nacional, enquanto que seus concorrentes usavammetanol importado daEuropa.[47]
Durante aSegunda Guerra Mundial, o país enfrentou um grave racionamento de combustíveis, que eram reservados aosveículos oficiais e para aqueles empregados nosserviços públicos.[50] Como alternativa, durante este período, incentivos governamentais[51] levaram veículos particulares e detransporte público, a utilizarem o equipamentogasogênio. Este equipamento, inventado porGeorges Imbert (1884-1950),[52] era usado para a produção do combustível popularmente conhecido comogás pobre.[50] Em 1943, 1944 e 1945, Chico Landi, que também era proprietário de uma empresa fabricante de gasogênios,[53] foi campeão deautomobilismo[54] pilotando carros equipados com gasogênios abastecidos comcarvão vegetal[55] sendo, por isso, apelidado de o "Rei do Gasogênio"[53] (ver:Automobilismo de velocidade).
Em 31 de março de 1952, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI) instalou a subcomissão de jipes, tratores, caminhões e automóveis.[56] O primeiro carro montado em território brasileiro foi aRomi-Isetta, em 1955, produzida pelasIndústrias Romi na cidade deSanta Bárbara d'Oeste, nointerior deSão Paulo. O veículo foi produzido entre 1956 e 1961.[57][57] Ainda em 1956, aVemag[58] também colocou no mercado uma camioneta derivada da família F91, produzida pelaDKW,[59] montada no Brasil. Em1958 passou a disponibilizarsedãs eperuas da família F94 montados sob licença da DKW e com crescentes índices de nacionalização. Também produziu uma versão abrasileirada dojipe Munga e, nos anos 1960, encomendou uma carroceria refinada aosFissore, daItália, e a montou sobre a mecânica DKW. Em 1957 foi o início da montagem daKombi no Brasil,[60] com as peças importadas, no sistemaCKD (Completely Knocked Down, em inglês) ainda pelo Grupo Brasmotor.[61]
Apesar de acidentes de trânsito representarem a principal causa mundial de mortes relacionadas com lesão,[62] a sua popularidade mina esta estatística.
Mary Ward se tornou uma das primeiras vítimas fatais de acidentes de automóvel, sendo documentado em1869 emParsonstown,Irlanda[63] eHenry Bliss, nosEstados Unidos, um dos primeiros pedestres mortos por um automóvel em1899, emNova Iorque.[64] Existem hoje testes padrão de segurança nos novos automóveis, como os testesEuroNCAP e o US NCAP,[65] assim como testesIIHS.[66] Alguns fabricantes de veículos e vários borracheiros recomendam a troca de pneus de um carro a cada 30 000 quilômetros. Como medida de comparação, é interessante lembrar que os primeiros pneus deborracha foram usados em carros em1895 como adaptação dos pneus antes usados embicicletas pelo francêsEdouard Michelin, e duravam, em média, 150 quilômetros.
Produção de veículos por país em 2005Veículos para cada 1000 habitantes por país
Aindústria automotiva projeta, desenvolve, fabrica, comercializa e vende os veículos do mundo. Em 2008, mais de 70 milhões de veículos, incluindo carros e veículos comerciais foram produzidos em todo o mundo.[67]
Cerca de 250 milhões de veículos estão em uso nos Estados Unidos. Em todo o mundo, havia cerca de 806 milhões de carros e caminhões leves na estrada em 2007, eles queimam mais de 260 bilhões de galões degasolina ediesel por ano. Os números estão aumentando rapidamente, sobretudo na China e na Índia.[16] Na opinião de alguns, sistemas de transporte urbano baseados em torno dos carros se revelaram insustentáveis pelo consumo excessivo de energia, afetando a saúde da população, proporcionando um nível decrescente de serviço, apesar do aumento dos investimentos. Muitos desses impactos negativos afetam desproporcionalmente os grupos sociais que também são menos susceptíveis de possuir e dirigir carros.[69][70][71] A circulação de transportes sustentáveis centra-se sobre as soluções para estes problemas.
Em 2008, com os preços dopetróleo subindo rapidamente, as indústrias, como aindústria automobilística, estão experimentando uma combinação de pressões sobre os preços dos custos dematérias-primas e mudanças nos hábitos de compra dos consumidores. A indústria também está enfrentando a crescente concorrência externa do setor dostransportes públicos, como os consumidores reavaliando a utilização do automóvel privado.[72] Cerca da metade das cinquenta fábricas estadunidenses de veículos leves são projetadas para fechar definitivamente nos próximos anos, com a perda de outros 200 000 postos de trabalho no setor, no total chega a 560 000 empregos perdidos nesta década.[73] Isso combinado com o crescimento robusto chinês, visto que, em 2009, a China se tornou o maior produtor de automóveis no mercado mundial.
O mercado automotivo é formado pelademanda e pelaindústria. Em 2012, venderam-se 95 290 carros na Europa: ou seja, menos 38 por cento comparado ao ano anterior.[74]
O mercado automobilísticoeuropeu sempre se vangloriou de ter carros menores do que os do mercado estadunidense. Com os elevados preços dos combustíveis e a crise mundial de petróleo, no entanto, os Estados Unidos podem ver o seu mercado automotivo se aproximar mais do mercado europeu, com menor número de veículos de grande porte nas ruas e o surgimento de carros menores.[75]
Para os carros de luxo, com a atual volatilidade dos preços do petróleo, comprar carros menores não é apenas inteligente, mas também algo "na moda".[76]
Animais e plantas geralmente são influenciados negativamente pelos automóveis através da destruição dohabitat e pela poluição. Durante o tempo de vida do automóvel médio, a "perda dehabitat potencial" pode ser mais de 50 000metros quadrados, com base na correlação deprodução primária.[79]
Impostos sobre combustíveis podem funcionar como um incentivo para uma produção de modelos de automóveis mais eficientes, portanto, menos poluentes (por exemplo,veículos híbridos) e no desenvolvimento decombustíveis alternativos (álcool,biogasolina,biodiesel,etanol de carvão, etc.).Células de combustível, que normalmente empregamhidrogênio puro,[9] também podem ser abastecidasetanol (álcool combustível).[80] Altas taxas de impostos sobre os combustíveis podem dar um forte incentivo para os consumidores a comprar carros mais leves, menores e mais econômicos em consumo de combustível, ou a não dirigir. Em média, os automóveis de hoje são cerca de 75 por centorecicláveis, e o uso deaço reciclado ajuda a reduzir o consumo energético e a poluição.[81]
Devemos lembrar que depois de pronto, o automóvel entra em circulação e continua a envolver uma pletora de mão de obra, composta demecânicos,eletricistas,lanterneiros, equipe de transporte e distribuição de combustíveis, frotistas, etc. Na vasta maioria dos estudos de impacto das emissões degás carbônico, os serviços prestados pelos profissionais citados acima, não é levada em consideração.[82]
↑«Prospective Arrangements»,The Times, p. 13, 4 de dezembro de 1897
↑Pugh, Peter. The Magic of a Name: The Rolls-Royce Story The First 40 Years. Icon Books,ISBN 1 84046 151 9 (2000)
↑Detlef Stolten (2010).Hydrogen and Fuel Cells: Fundamentals, Technologies and Applications. [S.l.]: John Wiley & Sons (em inglês) pág. 810.ISBN9783527327119 Adicionado em 24 de novembro de 2019.
↑Tony Davis (2006). Step on It!: A Wild Ride Through the Motor Age. Random House Australia. pp. 14–16.ISBN 978-1-86325-528-8
↑Charlie Samuels (2010).«The Age of the Atom (1900 – 1946)». Gareth Stevens Publishing LLLP, (Google Livros) (em inglês). Consultado em 9 de julho de 2023
↑«First Diesel Car». Automostory (em inglês). Consultado em 9 de julho de 2023
↑abYouTube -Douglas Lambert with La Jamais Contente - Record Breakers 1989. (em inglês) Acessado em 19/07/2018.
↑abThe Top 10 of Everything, 1999. Autor: Russell Ash. DK Pub., 1998, pág. 213, (em inglês)ISBN 9780789435231 Adicionado em 19/07/2018.
↑«Clearing the Air». The Surface Transportation Policy Project. 19 de agosto de 2003. Consultado em 26 de abril de 2007. Arquivado dooriginal em 8 de fevereiro de 2007