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Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Augusto Leopoldo
Príncipe do Brasil
Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota
Dados pessoais
Nascimento6 de dezembro de1867
Petrópolis,Brasil
Morte11 de outubro de1922 (54 anos)
Schladming,Áustria-Hungria
Sepultado emSt. Augustinkirche,Coburgo
Nome completo
Augusto Leopoldo Filipe Maria Miguel Gabriel Rafael Gonzaga
EsposaCarolina da Áustria-Toscana
Descendência
Rainer
Filipe
Teresa Cristina
CasaSaxe-Coburgo e Bragança
PaiLuís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota
MãeLeopoldina do Brasil
ReligiãoCatolicismo
AssinaturaAssinatura de Augusto Leopoldo
Brasão

Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança (nome completo:Augusto Leopoldo Filipe Maria Miguel Gabriel Rafael Gonzaga;Petrópolis,6 de dezembro de1867Schladming,11 de outubro de1922), cognominado "o Príncipe Marinheiro", foi o segundo neto do imperadorPedro II do Brasil, filho da princesaLeopoldina e do príncipeLuís Augusto, Duque de Saxe. A falta de herdeiros por parte de sua tia, a princesa imperialIsabel, fez com que ele e seu irmão mais velho estivessem, durante alguns anos, entre osherdeiros presuntivos à coroa doImpério do Brasil. O príncipe ingressa comoaspirante naAcademia Naval aos quinze anos de idade, onde chegou ao posto desegundo tenente.[1] Após aqueda do império brasileiro, D. Augusto Leopoldo chegou a ser cogitado pelosmonarquistas para assumir o trono do Brasil, obtendo apoio dadiplomaciaaustríaca e especialmente do imperador alemãoGuilherme II; este último com as palavras: “Ficaria muito feliz. Ele é um personagem muito enérgico – um tanto libertino – e provavelmente fará um bom trabalho limpando os canalhas republicanos.”.[2]

Seus descendentes formam atualmente o chamadoramo de Saxe-Coburgo e Bragança daCasa Imperial do Brasil.

Biografia

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Família e primeiros anos

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Dom Augusto Leopoldo com sua mãe (à esquerda) e seu irmão, dom Pedro Augusto, com sua tia, aprincesa Isabel.

Dom Augusto foi o segundo filho da princesa DonaLeopoldina do Brasil, e do príncipeLuís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota.[3] Seus avós maternos foram o imperador DomPedro II do Brasil e DonaTeresa Cristina das Duas Sicílias e seus avós paternos foram o príncipeAugusto de Saxe-Coburgo-Gota e a princesaClementina de Orléans (filha do reiLuís Filipe I de França)[4][5]

A aparente esterilidade daprincesa imperial DonaIsabel - que só viria a ter seu primeiro filho após onze anos de casamento - obrigou os pais de Augusto a assinarem um contrato onde se comprometiam a residir parte do ano no Brasil e, caso dona Leopoldina engravidasse antes da irmã, que seus filhos nascessem em território brasileiro.[6][7] Após umaborto espontâneo sofrido em 2 de maio de 1865,[8] Dona Leopoldina dá à luz o primeiro neto de dom Pedro II em 19 de março de 1866, o príncipe DomPedro Augusto.[9][10]

Poucas semanas após o nascimento do primogênito, o jovem casal parte em viagem para àEuropa, onde a princesa engravida novamente.[11] De volta ao Brasil em setembro de 1867, Dona Leopoldina dá à luz a Dom Augusto Leopoldo em 6 de dezembro, emPetrópolis.[12] Seu nascimento foi anunciado pelo imperador à nação naFala do Trono de 9 de maio de 1868:

"Tenho o prazer de annunciar-vos que minha muito amada filha, a princeza D. Leopoldina, havendo regressado da Europa com o duque de Saxe, meu muito prezado genro, deu à luz, a 6 de dezembro do anno passado, um príncipe, que recebeu o nome de Augusto."[13]

De volta à Europa, Dona Leopoldina dava notícias de seu caçula à irmã:

"O Augustinho já está desmamado e muito gordinho, ele já quer andar, mas por ora não vai bem senão quando se agarra às cadeiras."[14]
"O Augustinho tem muito boa cor, já diz mais algumas palavras, mas é muito colérico, herdado dos pais."[15]
"Pedro não é raivoso, mas muito teimoso. Augustinho não é teimoso, mas, em revanche, é muitíssimo raivoso.[16]

O príncipe, entretanto, pouco conviveu com sua mãe, que morreu em 7 de fevereiro de 1871, quando Augusto contava pouco mais de três anos.[17] Seu pai decide fixar-se definitivamente naÁustria, onde seus filhos ficaram aos cuidados da avó paterna.[18] Dona Isabel ainda não tivera nenhum filho à época da morte da irmã e a falta de herdeiros já causava preocupação entre os brasileiros. Em carta datada de 4 de março de 1871, oembaixador brasileiro emViena,Francisco Adolfo de Varnhagen (futuro visconde de Porto Seguro), dizia ao imperador:

Dom Augusto (sentado à esquerda) comoajudante de ordens doalmirante Wandenkolk (ao centro).
"Se os augustos netos de V.M.I., Sr, hão de ser um dia príncipes do Império, todos os brasileiros desejarão que eles sejam criados e educados no Brasil; ao passo que nada perderá qualquer deles com essa educação, se a sorte o vier a chamar a outro destino na Europa. E por menos provável que pareça o caso de poder a sucessão vir a recair até no quarto deles, não pode conceber a tal respeito nada de impossível quem se lembre de que (na própria história de Portugal) para chegar a competir o trono ao venturoso Dom Manuel, teve a morte que encarregar-se de levar antes dele, se bem me lembro, uns quatorze que tinham primeiro direito ao trono de Dom João II."[19]
O príncipe em trajes típicos japoneses durante escala doCruzador Almirante Barroso no Japão, em 1889.
Dom Augusto (à direita) e seu irmão mais velho no exílio, emCannes.

Em sua primeira viagem à Europa, ainda em 1871, dom Pedro II decide trazer os netos ao Brasil, para criá-los como eventuais herdeiros do trono.[20] Um conselho familiar decidiu que os dois filhos mais velhos de dona Leopoldina ficariam aos cuidados dos avós maternos, sendo criados e educados no Brasil.[20] Assim, em 1 de abril de 1872, dom Pedro Augusto e dom Augusto Leopoldo, acompanhados do casal imperial, desembarcaram noRio de Janeiro, onde foram recebidos com grande entusiasmo.[21]

A readaptação à pátria natal foi difícil para os irmãos. Acostumados ao luxo dos palácios de Viena e daEstíria, passaram a viver no modesto e antiquadoPalácio de São Cristóvão, onde pouco brincavam devido à rígida rotina de estudos imposta pelo avô.[22] Tiveram como preceptor o entãoreitor doExternato Dom Pedro II,Manuel Pacheco da Silva (futuro barão de Pacheco),[23] e passavam os dias treinando montaria e estudando clássicos franceses, retórica, história, geografia, línguas e música.[22]

Apesar de seu irmão mais velho gozar dostatus de neto predileto de dom Pedro II, pela afinidade de ambos pelos estudos, outros cronistas registraram que o temperamento de Augusto, completamente oposto ao do avô, é que o tornava o preferido do monarca.[24]

Tendo herdado do pai e do avô paterno o gosto pelaMarinha de Guerra, ingressa comoaspirante naAcademia Naval em dezembro de 1882, aos quinze anos de idade.[25] Com um currículo escolar descrito como brilhante, Augusto forma-seguarda-marinha em 1886.[25]

República e exílio

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NaArmada Imperial Brasileira, dom Augusto chegou ao posto desegundo tenente (equivalente, hoje, aprimeiro-tenente), servindo a bordo daCorvetaNiterói, doCouraçado Riachuelo e doCruzador Almirante Barroso, além de exercer o cargo deajudante de ordens doalmiranteEduardo Wandenkolk.[25]

Em15 de novembro de1889, o príncipe encontrava-se nooriente, a bordo doAlmirante Barroso - que realizava sua primeira viagem decircum-navegação[nota 1] — quando umgolpe de Estado pôs fim ao regime monárquico no Brasil.[26] As dificuldades de comunicação impediram que a tripulação tomasse conhecimento do ocorrido antes de dezembro.[26] Telegramas do almirante Wandenkolk — agoraMinistro da Marinha do governo provisório - instruíam o comandante do cruzador a substituir as insígnias imperiais das bandeiras e a induzir dom Augusto a pedir demissão.[26] Após consultar seu avô e seu tio, oconde d'Eu, o príncipe decide não se demitir, mas solicitar uma licença de dois meses.[26][nota 2] Em telegrama, o ministro responde à solicitação:

"Príncipe peça demissão serviço, concedo licença. Wandenkolk."[26]

Dom Augusto desembarcou emColombo, noCeilão, onde a tripulação lhe ofereceu um jantar de despedida. Emocionado, o príncipe distribuiu seus pertences entre os companheiros.[27]

Após alguns meses, uniu-se à família e permaneceu com dom Pedro II até a morte deste, em5 de dezembro de1891. Depois disso, fixou-se em Viena, onde conseguiu, por intermédio de seu pai, permissão especial do imperadorFrancisco José I para incorporar-se à Marinha Austro-Húngara.[28][29] Tendo realizado os exames de ingresso, dom Augusto foi admitido nareserva naval austríaca sem prejuízo de sua condição de cidadão brasileiro, conforme explicou em carta datada de 6 de maio de 1893 aobarão de Estrela, seu procurador no Brasil:

"Passei, como já sabe, meus exames brilhantemente. Como escrevi aoAntônio, resolvi entrar ao serviço de Áustria, visto o imperador me receber como príncipe brasileiro, sem que eu tenha de perder os meus direitos de brasileiro..."[28]

A serviço da Marinha Austríaca (onde alcançaria a patente deKapitän zur See, equivalente acapitão-de-mar-e-guerra[30]), dom Augusto teve oportunidade de visitar outros países, onde continuou a ser recebido com a deferência reservada aos membros de casas reinantes. Em 1897, a bordo do encouraçado guarda-costasWien, visitou Portugal, onde foi recebido pelo reidom Carlos I, eInglaterra, onde foi recebido mais de uma vez pelarainha Vitória.[28]

Com o agravamento dos problemas psiquiátricos de seu irmão, o príncipe chegou a ser cogitado pelos monarquistas brasileiros para assumir o trono do Brasil durante os planos frustrados de restauração do regime.[31][nota 3]

Casamento e Descendência

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O príncipe Augusto e a sua esposa à arquiduquesa Carolina da Áustria.

Dom Augusto casou-se emViena, noPalácio Imperial de Hofburg, em 30 de maio de 1894, com aarquiduquesa,Carolina Maria de Áustria-Toscana, filha do arquiduqueCarlos Salvador da Áustria-Toscana e da princesaMaria Imaculada das Duas Sicílias.[27] A cerimônia foi oficiada porAnton Josef Gruscha,cardeal-arcebispo de Viena, e contou com a presença do imperadorFrancisco José I da Áustria, da imperatrizIsabel (a famosaSissi) e de outros príncipes e soberanos.[27] Foram padrinhos do casal o reiFrancisco II das Duas Sicílias e o grão-duqueFernando IV da Toscana.[27] Tiveram oito filhos:[28][32]

ImagemNomeNascimentoMorteNotas
Augusto18951909Morreu com 13 anos.
Clementina18971975Casou-se com Eduard von Heller, com descendência.
Maria Carolina18991941Vivia em uma clínica psiquiátrica em Schladming, de onde foi levada para ocampo de concentração deHartheim, naÁustria. A princesa e os demais pacientes foram executados em câmaras de gás, vítimas doAktion T4, programa deeugenia eeutanásia obrigatória daAlemanha nazista.
Rainer19001945Casou-se com Joana Karolyi de Karolyi-Patt (1°) e com Edite de Kozol (2°), com descendência. Supostamente morto em combate emBudapeste, durante aSegunda Guerra Mundial.
Filipe19011985Casou-se morganaticamente com Sara Halász, com descendência, sendo excluído da lista de sucessão da Casa de Saxe-Coburgo-Koháry em1944.
Teresa19021990Manteve a nacionalidade brasileira e chefiou (após a morte de seu tio,dom Pedro Augusto) o chamadoRamo de Saxe-Coburgo e Bragança, de pretendentes ao trono doImpério do Brasil. Casou-se com Lamoral Taxis,Freiherr de Bordogna e Valnigra, com descendência.
Leopoldina19051978Não se casou.
Ernesto19071978Casou-se morganaticamente com Irmagard Röll, sem descendência, sendo excluído da lista de sucessão da Casa de Saxe-Coburgo-Koháry.

Seguindo as tradições daDinastia de Bragança, todos os seus filhos receberam, no batismo, os nomesMiguel Gabriel Rafael Gonzaga.[28] Esta decisão foi expressa pela primeira vez em carta aobarão de Estrela, quando Augusto anunciou o nascimento de seu primogênito:

Dom Augusto, Dona Carolina e seus filhos.

"Eu lhe dei antes de ter recebido sua carta a grande e feliz notícia de que eu era pai de um filho, o qual vai muito bem e foi batizado a 30 do passado. Os nomes são Augusto Clemente Carlos Maria José Gabriel Rafael Gonzaga. Dei-lhe esses três últimos nomes, porque são os da família de Bragança, e como desejo que ele também mais tarde use do nome de Bragança como eu, eis porque ele os tem."[28]

Últimos anos

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Em seus últimos anos, Dom Augusto desenvolveu o gosto típico de seus familiares paternos pelas coleções, passando a coletar trabalhos feitos em marfim.[28] Não chegou realmente a se acostumar com a vida na Europa e mantinha estreito relacionamento com outros brasileiros.[28] O CasteloGerasdorf, sua residência nos arredores de Viena, era decorado com objetos e fotos do Brasil.[28]

A revogação daLei do Banimento, que impedia o desembarque de qualquer membro daFamília imperial no Brasil, trouxe ao príncipe imensa alegria e a esperança de rever a terra natal.[33] Preparava-se para retornar ao país com toda a família para as comemorações pelo centenário daIndependência do Brasil, em 1922, mas adoeceu seriamente e não pode realizar a sonhada viagem.[33]

Túmulo de Dom Augusto.

Dom Augusto Leopoldo morreu emSchladming, naEstíria, em11 de outubro de1922, aos 54 anos de idade. Seu corpo foi sepultado na cripta daSt. Augustinkirche, emCoburgo.[30][34]

Títulos, Estilos e Honrarias

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Títulos e Estilos

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  • 6 de dezembro de 1867 – 7 de fevereiro de 1871:Sua Alteza Real, o Príncipe Augusto Leopoldo de Saxe-Goburgo-Gota, Duque da Saxônia
  • 7 de fevereiro de 1871 – 11 de outubro de 1922: Sua Alteza Real, o Príncipe Augusto Leopoldo do Brasil, Príncipe de Saxe-Goburgo-Gota, Duque da Saxônia

Honrarias

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Brasileiras
Estrangeiras

Ancestrais

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Ancestrais de Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança[4]
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Francisco de Saxe-Coburgo-Saalfeld
 
 
 
 
 
 
 
Fernando de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Augusta Reuss-Ebersdorf
 
 
 
 
 
 
 
Augusto de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferencz József Koháry de Csábrág
 
 
 
 
 
 
 
Maria Antônia de Koháry
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Antoinetta Josefa von Waldstein-Wartenburg
 
 
 
 
 
 
 
Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luís Filipe II, duque de Orléans
 
 
 
 
 
 
 
Luís Filipe I de França
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luísa Maria Adelaide de Bourbon
 
 
 
 
 
 
 
Clementina de Orléans
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando I das Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
Maria Amélia de Bourbon-Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Carolina de Áustria
 
 
 
 
 
 
 
Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João VI de Portugal
 
 
 
 
 
 
 
Pedro I do Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carlota Joaquina de Espanha
 
 
 
 
 
 
 
Pedro II do Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Francisco II, Sacro Imperador Romano-Germânico
 
 
 
 
 
 
 
Maria Leopoldina de Áustria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Teresa da Sicília
 
 
 
 
 
 
 
Leopoldina de Bragança
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando I das Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
Francisco I das Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Carolina de Áustria
 
 
 
 
 
 
 
Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carlos IV de Espanha
 
 
 
 
 
 
 
Maria Isabel da Espanha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Luísa de Parma
 
 
 
 
 
 

Notas

  1. Durante esta viagem, dom Augusto - juntamente com os outros oficiais de bordo - foi recebido pelo imperadorMutsuhito, conforme registrou oalmirante Custódio de Melo:"Sua Magestade saudou-nos muito amavelmente e por intermedio do mestre de cerimonias, que dirigia-nos a palavra em francez, perguntou-me qual o itinerario da nossa viagem, assim como disse-nos que muito desejava estabelecer com o Brazil relações de commercio e amizade; e como lhe perguntasse eu, sempre pelo orgão do visconde de Hojikata, porque não mandava ao nosso paiz um navio de guerra, respondeu-me que era muito longe, e então redarguindo-lhe que tão longe ficava para os brazileiros o Japão quanto o Brazil para os japonezes, riu-se Sua Magestade ao ouvir do mestre de cerimonias a objecção que lhe vinha de fazer. Ao principe D. Augusto, que era um dos oito officiaes, perguntou o Mikado pela saude do ex-imperador, depois de o haver Sua Alteza comprimentado da parte deste." (Vinholes, 1995)
  2. A família imperial já encontrava-se em Lisboa quando dom Pedro II recebeu o telegrama de dom Augusto, enviado de Colombo no Ceilão."Sei de tudo. Peço conselho. Saudades a todos." - dizia a mensagem do príncipe."Sirva ao Brasil. Saudades. Seu avô Pedro." - foi a resposta do imperador deposto. (Lyra, 1977)
  3. Heitor Lyra cita emHistória de Dom Pedro II - Declínio, ofício dirigido por G.H. Wyndham, ministro da Inglaterra no Brasil, ao Foreign Office em 7 de janeiro de 1892:"Wyndham acrescentava que tanto o Duque de Nemours como o seu filho o Conde d'Eu, eram tão beatos quanto a Princesa, e que os brasileiros não estavam inclinados a aceitá-la como Imperatriz reinante, nem o seu filho Dom Pedro, preferindo a este o seu primo Dom Augusto (filho da falecida Duquesa de Saxe, irmã de Dona Isabel), incorporado, naquela ocasião, à Marinha austríaca."

Ver também

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OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreAugusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança

Referências

  1. Bragança (2008), 286
  2. http://www.gda.bayern.de/findmittel/pdf/staco_kohary_001_2009.pdf
  3. August Leopold Philipp Maria Michael Prinz von Sachsen-Coburg und Gotha
  4. abWehrs, 278-279
  5. «Aug Leopold, Prinz von Sachsen-Coburg und Gotha, Herzog von Sachsen : Genealogics».www.genealogics.org. Consultado em 18 de novembro de 2021 
  6. Bragança, p. 80-84.
  7. Defrance, p. 209-210.
  8. Del Priore, p. 30.
  9. Wehrs, 281
  10. Lessa, 122
  11. Del Priore, 39
  12. Del Priore, 43
  13. Annaes do Senado, 29
  14. Del Priore, 44
  15. Del Priore, 49
  16. Del Priore, 50
  17. Defrance, 232
  18. Defrance, 233
  19. Lessa, 123
  20. abDefrance, 233-234
  21. Del Priore, 11
  22. abDel Priore, 60
  23. Del Priore, 13
  24. Lessa, 123-124
  25. abcLessa, 125
  26. abcdeLessa, 129
  27. abcdLessa, 130
  28. abcdefghiLessa, 131
  29. Defrance, 304
  30. abWehrs, 282
  31. Del Priore, 246-247
  32. «Person Page».www.thepeerage.com. Consultado em 18 de novembro de 2021 
  33. abLessa, 132
  34. Coburg - St. Augustinkirche
  35. abcdefLessa, 124
  36. abcdefghBragança (1951), 88
  37. Almanak 1889

Bibliografia

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  • Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Império do Brazil para 1889 - 46º Anno
  • Bragança,Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e.A Princesa Leopoldina,in Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, vol. 243, 1959, p. 70-93 (ISSN 0101-4366)
  • Bragança,Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e.Vultos do Brasil Imperial na Ordem Ernestina da Saxônia,in Anais do Museu Histórico Nacional, volume XII, 1951, p. 88
  • Bragança,Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e.Palácio Leopoldina,in Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vol. 438, 2008, p. 281-303 (ISSN 0101-4366)
  • Defrance, Olivier.La Médicis des Cobourg, Clémentine d’Orléans, Bruxelles, Racine, 2007 (ISBN 2873864869)
  • Defrance O., "These Princes who came from Brazil" in Royalty Digest Quarterly n°2 - 2012, pp. 1–13.
  • Del Priore, Mary.O Príncipe Maldito, Rio de Janeiro, Objetiva, 2007 (ISBN 857302867X)
  • Lessa, Clado Ribeiro de.O Segundo Ramo da Casa Imperial e a nossa Marinha de Guerra,in Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, vol. 211, 1951, p. 118-133 (ISSN 0101-4366)
  • Lyra, Heitor.História de Dom Pedro II - Declínio (1880-1891), Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1977, p. 37, 145, 173 (ISBN 9788531903571)
  • Sessão Imperial da abertura da 2ª sessão da 13ª legislatura,in Annaes do Senado do Império do Brasil, Segunda Sessão em 1868 da 13ª Legislatura, de 27 de abril a 30 de maio, volume I, p. 28-30
  • Vinholes, L.C.Intercâmbio Cultural e Artístico nas relações Brasil-Japão - Centenário do Tratado de Amizade, de Comércio e Navegação 05.11.1895 - 05.11.1995.in Revista Iberoamericana nº 33, Vol. XVII, nº 2, Instituto Iberoamericano da Universidade Sofia, Tóquio, 1995, p. 17-36
  • Wehrs, Carlos.A Princesa Leopoldina de Bragança e Bourbon e a Casa Ducal de Saxe-Coburg,in Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, vol. 437, 2007, p. 275-289 (ISSN 0101-4366)

Ligações externas

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Precursores
1.ª geração
2.ª geração
3.ª geração
4.ª geração
5.ª geração
em diante
1ª geração
2ª geração
3ª geração
1 também príncipe de Orléans e Bragança.
2 também príncipe de Saxe-Coburgo-Gota.
Gerações ordenadas a partir da descendência deFrancisco, Duque de Saxe-Coburgo-Saalfeld.
1ª geração
2ª geração
3ª geração
4ª geração
5ª geração
6ª geração
7ª geração
^Príncipe de Saxe-Coburgo-Saalfeld até 1826 *também príncipe britânico #também príncipe da Bélgica ¶também membro daFamília real portuguesa †também membro da família real búlgara
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