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Astúrias

43° 20′ N, 6° 00′ O
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 Nota: Para outros significados, vejaAstúrias (desambiguação).
Astúrias
Principado de Asturias
Principáu d'Asturies
Principao d'Asturias
Comunidade autónoma
Brasão de armas de Astúrias
Brasão de armas
Hino(emcastelhano:Asturias, patria querida);
Lema(emlatim:Hoc signo tuetur pius, Hoc signo vincitur inimicus; lit. "Com este sinal o piedoso é protegido, com este sinal o inimigo é derrotado")
Gentílicoasturiano, -na
Localização
Administração
CapitalOviedo
PresidenteAdrián Barbón (PSOE)
Características geográficas
Área total10 604 § km²
População total(2005)1 076 635 hab.
Densidade 101,53 hab./km²
Outras informações
ProvínciasEsta região é simultaneamente uma província e uma comunidade autónoma
Idioma oficialcastelhano (oficial),asturiano,[1]galego-asturiano (usado apenas na zona mais ocidental)
Estatuto de autonomia11 de janeiro de 1982
ISO 3166-2ES-O
Congresso
Senado
8 assentos
6 assentos
Sítioasturias.es
§ 2,1% da área total de Espanha
2,44% da população total de Espanha

OPrincipado de Astúrias (emcastelhano:Principado de Asturias;romaniz.:[pɾinθiˈpaðo ðe asˈtuɾjas]; emasturiano:Principáu d'Asturies;romaniz.:[pɾinθiˈpaw ðasˈtuɾjes];; emgalego-asturiano:Principao d'Asturias) é umacomunidade autónoma definida comonação histórica eprovíncia deEspanha.[2] O seu território atual corresponde em grande medida ao antigo território das Astúrias de Oviedo, contíguas às deSantillana.[2]

Recebe o nome deprincipado por razões históricas, já que o herdeiro dacoroa espanhola possui otítulo nobiliárquico dePríncipe das Astúrias, estabelecido porJoão I de Castela em 1388. A sua capital éOviedo (em asturiano: Uviéu) enquanto queGijón (Xixón) é a cidade com mais população.[2]

Geografia

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Situa-se junto aomar Cantábrico, na vertente norte dacordilheira Cantábrica. É limitada aoeste pelaGaliza, asul porCastela e Leão, aleste pelaCantábria e anorte pelo mar Cantábrico.[3]

Sua costa é muito escarpada e recortada, formando praias, rias e cabos. Os rios são pouco extensos, mas de águas rápidas. Uma das áreas mais elevadas desta região corresponde aosPicos da Europa, que atingem os 2 600 metros de altitude, e onde existe umparque nacional. As suas principais cidades sãoOviedo, capital da província,Gijón,Avilés,Langreo eMieres onde se concentra a maior parte da população, contrastando com as áreas de "vazio humano" das regiões montanhosas.[4]

História

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Ver artigo principal:História das Astúrias

Ocupada por grupos humanos desde oPaleolítico Inferior, durante oPaleolítico Superior as Astúrias caracterizaram-se pelaspinturas rupestres do oriente da comunidade. NoMesolítico desenvolveu-se uma cultura original, oAsturiense; a seguir introduziu-se aIdade de Bronze, caracterizada pelos megálitos e túmulos.

NaIdade do Ferro, o território esteve submetido à influência culturalcelta. O povo celta dosástures compreendia tribos como os lugões, pésicos, etc., que povoaram todo o território ásture de castros, antigos povoados celtas. A influência celta ainda perdura hoje com os topónimos de rios e montanhas, como nomes de populações. A conquistaromana entre 29 e19 a.C. fez com que as Astúrias entrassem naHistória.

Castro de Coanha,século I d.C.

Depois de vários séculos sem presença estrangeira, ossuevos e osvisigodos tentaram ocupar o território noséculo VI, que terminaria a princípios doséculo VIII com ainvasão muçulmana. O território, como tinha sucedido com Roma e Toledo, não foi fácil de submeter, estabelecendo-se em 722 uma independência de facto comoReino das Astúrias, após aBatalha de Covadonga, listada como um dos mais importantes combates da história europeia.[5]

Durante os séculos medievais, o isolamento propiciado pela cordilheira cantábrica faz que as referências históricas sejam escassas. Depois da rebelião do filho deHenrique II de Trastâmara, estabelece-se o principado de Astúrias. Durante oséculo VIII, os árabes dominaram toda aPenínsula Ibérica, a não ser as Astúrias. Esse fato foi fatal para os muçulmanos, uma vez que a Cruzada daReconquista foi feita por cristãos da região. Durante séculos, aPenínsula Ibérica foi dominada em sua maioria peloCalifado de Al-Andalus em diferentes períodos de autonomia. Astúrias foi a única que resistiu à ocupação. A monarquia asturiana,século X, se tornaria oReino de Leão. No Século XI, já possuía vizinhos cristãos e influência o bastante para liderar cruzadas mais ambiciosas e reconquistar as terras tomadas pelos exércitos islâmicos.[6]

Noséculo XVI o território atingiu pela primeira vez os cem mil habitantes, número que se duplicou com a chegada do milho americano no século seguinte.

A 8 de maio de 1808, aJunta Geral do Principado das Astúrias declara a guerra aFrança e proclama-se soberana, criando exército próprio e enviando embaixadores ao estrangeiro, sendo o primeiro organismo oficial deEspanha em dar esse passo. A 1 de janeiro de 1820, o oficialRafael de Riego subleva-se emCádis proclamando aConstituição de 1812.

A partir de 1830 começa a exploração do carvão, iniciando a revolução industrial na comunidade. Mais tarde estabelecer-se-iam as indústrias siderúrgica e naval.

Catedral de Oviedo ou de S.Salvador

A 6 de outubro de 1934 começou uma rebelião na bacia mineira (cuenca) provocada porque os revolucionários não admitiram a entrada daCEDA na governação. ARevolução de 1934 teve as Astúrias por palco principal.

Durante essa revolução, protagonizada pelos mineiros dasCuencas (especialmente emLa Felguera eSama), a zona fica assolada em boa parte: resultam incendiados, entre outros edifícios, o da Universidade, cuja biblioteca guardava fundos bibliográficos de extraordinário valor que não puderam recuperar-se, ou o teatro Campoamor. ACâmara Santa na Catedral, por sua vez, foi dinamitada.

Mapa das paróquias civis asturianas.

A Guerra Civil produziu a divisão das Astúrias em dois bandos, ao somar-se Oviedo ao levantamento, a 18 de julho. A 25 de agosto de 1937 proclama-se, em Gijón, o Conselho Soberano de Astúrias e Leão, presidido pelo dirigente sindical e socialistaBelarmino Tomás, terminando o conflito o 20 de outubro de 1937. Depois de vinte anos de estagnação econômica, produziu-se a definitiva industrialização de Astúrias.

Fortemente afetado pela reconversão industrial da década de 1990, o principado tenta atualmente potenciar a sua paisagem e recursos naturais com vistas ao turismo.

Organização territorial

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Ver também :Lista de municípios das Astúrias

Para efeitos administrativos, o principado está dividido em 78concelhos, uma figura legal equivalente ao município. A entidade inferior ao concelho é aparóquia, onde se integram os bairros e aldeias.[3]

PosiçãoConcelhoPopulação[7]
1Escudu de XixónGijón/Xixón277 559
2Escudu d'UviéuOviedo/Uviéu225 391
3Escudu d'AvilésAvilés83 617
4Escudu de SieroSiero52 094
5Escudu de LlangréuLangreo/ Llangréu44 737
6Escudu de MieresMieres42 951
7Escudu de CastrillónCastrillón22 893
8Escudu de Samartín del Rei AurelioSan Martín del Rey Aurelio/ Samartín del Rei Aurelio18 286
9Escudu de CorveraCorvera de Asturias/ Corvera16 236
10Escudu de VillaviciosaVillaviciosa14 962
11Escudu de Cangas del NarceaCangas del Narcea14 249

Comarcas

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O Estatuto de Autonomia possibilita também a possibilidade de ordenamento de comarcas. Apesar de não estarem ainda desenvolvidas, existem algumas administrações comarcais estabelecidas por vários municípios ou concelhos para a prestação de serviços que são de competência municipal, bem como para o ordenamento, planificação e promoção exterior da comarca. Até à dara, apenas foram desenvolvidas as comarcas de Avilés e do Nalón.

Comarcas históricas

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Vários concelhos asturianos estiveram unidos historicamente com o objetivo da defesa dos seus interesses na Junta Geral do Principado.

Nos temposfeudais, Astúrias tinha um território maior, se estendendo para regiões comoGaliza, Santiago e Alterga.

Fora do principado, também deve ser feita uma ressalva para as comarcas dasAstúrias de Santillana, entre as quais as comarcas de Liébana, dos Nove Vales e a Merindade de Santillana, uniões que também têm a sua origem no processo de desfeudalização.

Outras divisões administrativas

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Para efeitos eleitorais, existem nas Astúrias três circunscrições (central, ocidental e oriental), sendo a primeira a maior em termos geográficos e populacionais.

Judicialmente, o território divide-se em 18 partidos judiciais, com tribunais de primeira instância na capital de cada um destes.[8]

Por fim, em termos de saúde pública, a região organiza-se em 8 áreas sanitárias, 2 distritos sanitários, 68 zonas básicas de saúde e 16 zonas especiais de saúde.[9]

Demografia

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Populações históricas
AnoPop.±%
1900627 000—    
1910685 000—    
1920744 000—    
1930792 000—    
1940837 000—    
1950888 000—    
1960989 000—    
19701 046 000—    
19811 129 572—    
19911 093 937—    
20011 062 998—    
20111 075 813—    
20121 077 360—    
20131 068 165−0.9%
20141 061 756−0.6%
20151 051 229−1.0%
20161 042 608−0.8%
20171 034 960−0.7%
20181 028 244−0.6%
20191 022 800−0.5%
20201 018 784−0.4%
20211 011 792−0.7%
Fonte:INE

De acordo com o censo de 2020, a região tem uma população de 1 018 784 habitantes, o que representa 2,1% da população da Espanha, com densidade populacional de 96 hab./km2.

A população asturiana tem ataxa de mortalidade mais elevada em Espanha e ataxa de fecundidade total mais baixa (1,03), a mais baixa daUnião Europeia.[10]

Língua

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Ver artigo principal:Língua asturiana
Áreas linguísticas das Astúrias (esta divisão atende critérios científicos), nomeadamente as áreas delíngua asturiana e delíngua galega (a verde).

O idioma oficial é o castelhano. Também é usado oasturiano (asturianu oubable), empregado fora das grandes cidades, nas zonas rurais. Tem proteção oficial no âmbito do Estatuto de Autonomia de Astúrias.[11] É uma língua que deriva diretamente dolatim. O primeiro texto que se conhece em asturiano é oFueru d'Avilés, de 1085. O asturiano tem algumas variantes dentro do principado. Após a queda doregime franquista, surgiu a necessidade de reavivar a língua asturiana. Em 1981 criou-se aAcademia da Língua Asturiana (Academia de la Llingua Asturiana em asturiano) com vista ao estudo, defesa, conservação e divulgação do idioma.[12]

No oeste do principado, em 18 municípios, fala-se ogalego na sua variedade oriental (ver artigogalego-asturiano).[13]

Gastronomia

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Escultura de homem escançando sidra, em Mieres

Tem elementos que a empatam com as cozinhasgalega,normanda ebretã[carece de fontes?]. O prato mais conhecido é afabada asturiana, parecida com afeijoadaportuguesa. É um potente guisado feito comfabas de granja, uma variedade de feijão branco idêntica àfeijoca, acompanhadas porchouriço,morcela, lacão etoucinho. As carnes são servidas à parte e conhecidas com o nome decompango. Salientam-se também afabada comjavali ou comamêijoas (esta última conhecida comofabes con amasueles), cebolas recheadas (cebolles rellenes) e opote asturiano, com alguns pontos em comum com oCozido à Portuguesa.

Além disso, destaca-se a variedade de pescados frescos e mariscos domar Cantábrico e a qualidade de sua carne de novilho, aXata Roja, comDOP. Existem mais de cem variedades diferentes de queijos artesanais, dos que o de Cabrales é o mais popular. Se se preferir uma sobremesa ou doces, o mais tradicional é oarroz con leche, similar aoarroz doce português, ascasadielles (um tipo de empadas de massa folhada, recheadas de uma pasta de frutos secos comonoz,amêndoa ouavelã, previamente triturados, misturados comaçúcar e regado por anis) fritas, oscarajitos deGrado ou osfrixuelos, um tipo decrepe doce.

A bebida asturiana por excelência é asidra.

Cultura contemporânea

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Centro Niemeyer das Astúrias

Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, emAvilés. Este projeto foi oferecido àFundação Príncipe das Astúrias como agradecimento pela condecoração queOscar Niemeyer recebeu em 1989 (Prémio Príncipe das Astúrias das Artes). O Centro Niemeyer consta de cinco peças separadas e complementares: praça, auditório, cúpula, torre e um edifício polivalente. Foi inaugurado na Primavera de 2011.

Referências

  1. A legislação do Principado de Astúrias reconhece a existência do asturiano, comprometendo-se, ademais, com a promoção do seu uso, difusão e ensino:Academia de la Llingua Asturiana (PDF).
  2. abc«ASTURIAS».centroasturianobsas.org.ar (em espanhol). Centro Asturiano de Buenosaires. Consultado em 28 de março de 2023 
  3. ab«Historia y datos».asturias.es (em espanhol). Principáu d'Asturies. Consultado em 28 de março de 2023 
  4. «LA VARIEDAD FÍSICA DEL ESPACIO GEOGRÁFICO ASTURIANO»(PDF).iesjovellanos.com (em espanhol). IES Jovellanos. Consultado em 28 de março de 2023 
  5. Mi, Li, vários contribuintes (2010).722: Battle of Covadonga. Estados Unidos da América: Books LLC.ISBN 978-1156002728 
  6. Fierro, Maribel, outros contribuintes (2011).Medieval Spain: Kingdom of Asturias, Almohad Caliphate. Mundial, disponível em Google Books: Wikipedia Books LLC.ISBN 9781157640165 
  7. «Actualización INE 2009». www.ine.es 
  8. «Cartografía de partidos judiciales - Ministerio de Justicia».www.mjusticia.gob.es (em espanhol). Consultado em 29 de agosto de 2017 
  9. «Ordenación Sanitaria del Territorio en las Comunidades Autónomas»(PDF). Ministerio de Sanidad. Gobierno de España 
  10. «Eurostat - Tables, Graphs and Maps Interface (TGM) table». Epp.eurostat.ec.europa.eu. 2 de março de 2015. Consultado em 1 de agosto de 2015 
  11. «The Asturian Language».orbilat.com (em inglês). Consultado em 28 de março de 2023 
  12. Ley 1/1998, de 23 de marzo, de uso y promoción del bable/asturiano.
  13. agal (8 de maio de 2018).«Pola oficialidade do galego das Astúrias».a.gal (em galego). Associaçom Galega da Língua (AGAL). Consultado em 28 de março de 2023 
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