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As Linhas de Torres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Les Lignes de Wellington
Lines of Wellington(EN)
NoBrasilLinhas de Wellington[1]
EmPortugalAs Linhas de Torres[2]
Portugal Portugal
 França
2012 •  cor •  135min 
Génerofilme de drama
ficção histórica
filme de guerra
DireçãoValeria Sarmiento
Produção executivaPaulo Branco
RoteiroCarlos Saboga
ElencoJohn Malkovich,
Mathieu Amalric,
Nuno Lopes
eSoraia Chaves
MúsicaJorge Arriagada
CinematografiaAndré Szankowski
Direção de arteIsabel Branco
EdiçãoLuca Alverdi
e Valeria Sarmiento
Companhia(s) produtora(s)Alfama Films,
Clap Filmes
e France 3 Cinéma
DistribuiçãoAlcine Terran (Japão),
Alfama Films (França),
Clap Filmes (Portugal)
e Film Movement (EUA)
LançamentoPortugal 6 de janeiro de 2012
França 21 de novembro de 2012
Idiomalíngua portuguesa,
língua francesa
língua inglesa

As Linhas de Torres (emfrancês:Les Lignes de Wellington; eminglês:Lines of Wellington; noBrasil:Linhas de Wellington) é umfilme franco-português de génerodramahistórico de2012, realizado porValeria Sarmiento, escrito porCarlos Saboga e produzido porPaulo Branco.[3] O filme foi editado numa minissérie intituladaAs Linhas de Torres, para ser exibida naRTP1.[4] A trama passa-se em torno daBatalha do Buçaco (1810).[5] Esta obra é protagonizada porJohn Malkovich,Mathieu Amalric,Nuno Lopes eSoraia Chaves.

Ao longo do ano de 2012, o filmeLinhas de Wellington estreou emPortugal a6 de janeiro, emFrança no dia21 de novembro e naBélgica no dia17 de dezembro. O filme esteve noFestival de Veneza a 4 de setembro. Participou ainda noFestival de Cinema de Nova Iorque e noFestival de Cannes. A minissérieAs Linhas de Torres foi transmitida a partir de31 de março de2013, naRTP1.[6]

Produção

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Linhas de Wellington é o último projeto do cineasta chilenoRaoul Ruiz, um grande apaixonado por Portugal. O filme conta com um guião original renascentista deCarlos Saboga e viria a ser realizado por Valeria Sarmiento, esposa de Raoul Ruiz, seguindo o desejo do marido antes de falecer.[7] Valeria Sarmiento, também realizadora, contava na altura com umcurriculum de mais de uma dezena de filmes, onde se incluiL'inconnu de Strasbourg.[8]

O filme, produzido porPaulo Branco foi largamente rodado emTorres Vedras, com equipa criativa e técnica portuguesas, contando com um enorme elenco nacional e algumas participações internacionais mediáticas, tais comoMichel Piccoli,Catherine Deneuve,John Malkovich eIsabelle Huppert.[7] Dada a qualidade do elenco e de toda a produção de época exigente, este tornou-se um dos filmes mais ambiciosos da história do cinema português. A produção custou cerca de 4,5 milhões de euros.[9]

Linhas de Wellington é um épico histórico que retrata um dos momentos mais importantes da história de Portugal e da Europa: asinvasões napoleónicas.[4]

O filme estreou na edição de 2012 doFestival de Veneza, decorrida entre os dias29 de agosto e8 de setembro. Foi o único filme português na corrida ao prémio máximo do festival, oLeão de Ouro. Em Veneza, juntaram-se para a apresentação, o produtorPaulo Branco, a realizadora Valéria Sarmiento e dez atores do elenco multinacional.[10]

Após a estreia nos cinemas portugueses, o elenco nacional desdobrou-se pelo país para acompanhar sessões nos cinemas, como em Torres Vedras e emCoimbra, onde os atoresNuno Lopes eAlbano Jerónimo, acompanhados de Paulo Branco, marcaram presença e conversam com o público doTeatro Académico Gil Vicente no dia8 de outubro de 2012. Durante este mês de outubro, o filme já tinha sido visto por cerca de 22 mil espetadores, nas salas de cinema portuguesas.[11]

Em 2013, o Júri daAcademia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas (Academia Portuguesa de Cinema), escolheu o filmeAs Linhas de Wellington para representar Portugal como candidato à edição de 2014 doÓscar deMelhor Filme Estrangeiro da Academia de Cinema Americana.[7][12] O júri justificou esta opção por se tratar de «uma produção de época muito conseguida fazendo-nos mergulhar no passado, conglomerando os mais diversos talentos numa obra de rasgo, profunda, ecléctica e transversal».[13] No entanto, o candidato português não constou sequer na lista dos nove pré-nomeados da categoria.[14]

O filme contou também com uma versão mais longa editada para a televisão, com o títuloAs Linhas de Torres Vedras. Sucedendo aVermelho Brasil, a versão do filme editada numa minissérie de três episódios,[15] estreou naRTP no dia31 de março de 2013 e manteve-se na grelha até ao dia14 de abril do mesmo ano, no horário das 22h.[16]

Sinopse

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Em 27 de setembro de1810, as tropas francesas comandadas pelo marechalMassena, são derrotadas naSerra do Buçaco pelo exército anglo-português do generalWellington. Apesar da vitória, portugueses e ingleses retiram-se a marchas forçadas diante do inimigo, numericamente superior, com o objetivo de o atrair aTorres Vedras, ondeWellington fez construir linhas fortificadas dificilmente transponíveis. Simultaneamente, o comando anglo-português organiza a evacuação de todo o território compreendido entre o campo de batalha e aslinhas de Torres Vedras, numa gigantesca operação de terra queimada, que tolhe aos franceses toda a possibilidade de aprovisionamento local. É este o pano de fundo das aventuras de uma plêiade de personagens de todas as condições sociais – soldados e civis; homens, mulheres e crianças; jovens e velhos -, arrancados à rotina quotidiana pela guerra e lançados por montes e vales, entre povoações em ruína, florestas calcinadas, culturas devastadas.

Perseguida encarniçadamente pelos franceses, atormentada por um clima inclemente, a massa dos foragidos continua a avançar cerrando os dentes, simplesmente para salvar a pele, ou com a vontade tenaz de resistir aos invasores e rechaçá-los do país, ou ainda na esperança de tirar partido da desordem reinante para satisfazer os mais baixos instintos. Todos, quaisquer que sejam o seu carácter e as suas motivações – do jovem tenente idealistaPedro de Alencar, passando pela maliciosa inglesinhaClarissa Warren, ou pelo sombrio traficantePenabranca, até ao vindicativo sargentoFrancisco Xavier e à exuberante vivandeiraMartírio -, convergem por diferentes caminhos para as linhas de Torres, onde o combate final deve decidir do destino de cada um.[4]

Elenco e personagens

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Principais

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Elenco adicional

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Minissérie

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As Linhas de Torres
Também conhecido comoAs Linhas de Torres Vedras
Linhas de Wellington
Informações gerais
Formatominissérie
GénerosDramahistórico,guerra
Criado porCarlos Saboga
GuionistaCarlos Saboga
Dirigido porValeria Sarmiento
ElencoJohn Malkovich,
Mathieu Amalric,
Nuno Lopes
eSoraia Chaves
CompositorJorge Arriagada
Países de origemPortugal Portugal
 França
Idioma originalPortuguês,
Francês
eInglês
Temporadas1
Episódios3
Produção
Produtor executivoLuís Gaspar
ProdutorPaulo Branco
LocalizaçãoLisboa,Torres Vedras,
Sintra eÓbidos
CinematografiaAndré Szankowski
EditoresLuca Alverdi
e Valeria Sarmiento
Duração55 min. (sem publicidade)
Empresas produtorasAlfama Films,
Clap Filmes
e France 3 Cinéma
DistribuiçãoRádio e Televisão de Portugal (Portugal),
Arte France (França)
eRAI (Itália)
Formato
Formato de imagem480i (SDTV)
1080i (HDTV)
Formato de áudioEstéreo
Exibição original
EmissoraRTP1
Transmissão31 de março de201314 de abril de2013
Cronologia

O filme conta também com uma versão mais longa editada para a televisão, no formato de minissérie com três episódios. IntituladaAs Linhas de Torres, a minissérie foi exibida semanalmente naRTP1, entre os dias 31 de março e 14 de abril de 2013.[6]

Lista de episódios

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EpisódiosTransmissão originalDia da semanaRating

(média dos episódios)

EstreiaFinal
3
31 de março de2013
14 de abril de2013
Domingo
2,4%

Abaixo, estão listados os episódios deAs Linhas de Torres, exibidos entre 31 de março e 14 de abril de 2013:

Ep.#TítuloArgumentoRealizaçãoTransmissão originalRating
01Depois da Batalha[17]Carlos SabogaValeria Sarmiento31 de março de 20132,8%
Após o fracasso das tentativas deJunot e deSoult em 1807 e 1809,Napoleão Bonaparte enviou um poderoso exército, comandado pelo marechalMassena, invadir Portugal em 1810. Os franceses penetraram sem dificuldade até ao centro do país onde os aguardavam as forças luso-britânicas chefiadas pelo GeneralWellington.
02Terra Queimada[18]Carlos SabogaValeria Sarmiento7 de abril de 20132,4%
As tropas francesas invadem Coimbra. O tenentePedro de Alencar, ferido em combate, escapa às malhas das tropas de Napoleão e tenta alcançar as Linhas de Torres, onde se encontra entrincheirado o exército luso-britânico deWellington. No caminho, conheceBordalo, poeta antijacobino e o Abade, que chefia um bando que combate os franceses sem piedade.
03Torres Vedras[19]Carlos SabogaValeria Sarmiento14 de abril de 20132,0%
As tropas francesas alcançam as Linhas de Torres, onde se irá travar a batalha final. A estratégia deWellington, aguardando os franceses em território mais favorável, vai ser posta à prova. Ao largo da costa, a frota inglesa aguarda, pronta para repatriar as tropas britânicas em caso de derrota.

Receção

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Audiências

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Em apenas 10 dias após a sua estreia nas salas de cinema portuguesas,Linhas de Wellington foi visto por 22 mil espectadores, ocupando o 6º lugar noranking dos filmes mais vistos durante o fim-de-semana de estreia.[20] Até 7 de novembro, a produção épica foi vista por 41.331 espectadores e obteve uma receita bruta de 200.342,16€, segundo os dados doInstituto do Cinema e do Audiovisual.[21]

A sua transmissão na RTP1 encontrou uma audiência modesta. O episódio de estreia deAs Linhas de Torres Vedras foi o sétimo programa da RTP mais visto do dia, com 2,8% derating e 5,5%share.[22]

Crítica

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Críticas profissionais
Avaliações da crítica
FonteAvaliação
Always Good Movies2.5 de 5 estrelas.
Antestreia (Portugal)3.5 de 5 estrelas.
Cinemagazine (Holanda)2.5 de 5 estrelas.
CineVue (Reino Unido)2 de 5 estrelas.
Coming Soon (Itália)2.5 de 5 estrelas.
The Guardian (Reino Unido)3 de 5 estrelas.
Le Monde (França)4 de 5 estrelas.
Movie Player (Itália)3 de 5 estrelas.
Out Now (Suiça)2.5 de 6 estrelas.
Slant Magazine (EUA)2 de 4 estrelas.

No seio da crítica internacional e nacional, as opiniões relativamente ao filme foram consistentemente medianas.

Elogiando a realização de Sarmiento, Xan Brooks (The Guardian) argumenta que as direções narrativas e diversas personagens são equilibradas a gosto, o que orgulharia Ruiz.[23] Nuno Reis (Antestreia) valoriza «a excelente circulação entre personagens, os desempenhos dos actores são aceitáveis, e os vários idiomas falados (português,castelhano,francês,inglês e um pouco depolaco) alternam-se como seria de esperar numa situação real».[24] Escrevendo noSplit Screen, Tiago Ramos caracteriza o filme como«visualmente elegante e erudito».[25] Olivier Bachelard (Abus de Ciné) elogia a trama, pelo marcante contraste entre a imagem desejada pelos personagens e realidade das aldeias desertas, terras devastadas e queimadas, enquanto o exército francês se retira da campanha de1811.[26]

NaSlant Magazine, Jaime N. Christley apresenta uma opinião mediana, comentando que o filme é uma experiência estranha por ser um simples filme histórico desprovido do mistério característico na cinematografia de Ruiz, apesar da competência de produção de Paulo Branco.[27]

Tecendo críticas negativas ao filme, John Bleasdale (CineVue) destaca a má pronunciação das falas em inglês por muitos dos atores, o que contribuiu para que cenas dramáticas se tornassem hilariantes.[28]

Prémios e nomeações

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AnoPrémio/PremiaçãoCategoriaIndicado(s)Resultado
2012Festival de VenezaCompetiçãoLeão de OuroValeria SarmientoIndicado
2013Prémio AutoresMelhor argumentoCarlos SabogaVenceu
Melhor atorNuno LopesIndicado
Melhor atrizVictória GuerraIndicado
Cinema Bloggers AwardMelhor filme PortuguêsLinhas de WellingtonIndicado
Globos de OuroMelhor atorNuno LopesVenceu
RevelaçãoVictória GuerraVenceu
Melhor filmeLinhas de WellingtonIndicado
Prémios SophiaMelhor filmeLinhas de WellingtonIndicado
Melhor ator secundárioAlbano JerónimoVenceu
Melhor argumento originalCarlos SabogaVenceu
Melhor fotografiaAndré SzankowskiIndicado
Melhor direção artísticaIsabel BrancoVenceu
Melhor somRicardo Leal, António Lopes,
José Moreira e Miguel Martins
Indicado
Melhor guarda-roupaTânia FrancoIndicado
Melhor caracterizaçãoÍris PeleiraVenceu
2014Prémio AutoresMelhor programa de ficçãoAs Linhas de TorresVenceu
Troféus TV7 DiasMelhor sérieAs Linhas de TorresIndicado

Ver também

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Referências

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  1. Linhas de Wellington no CinePlayers (Brasil)
  2. RTPhttps://www.rtp.pt/programa/tv/p28102. Consultado em 22 de setembro de 2010 Em falta ou vazio|título= (ajuda)
  3. «Linhas de Wellington - Cinecartaz». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  4. abc«As Linhas de Torres - Séries Nacionais - RTP».www.rtp.pt. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  5. «Título ainda não informado (favor adicionar)» 
  6. ab«"As Linhas de Torres" substitui "Vermelho Brasil"». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  7. abc«Academia de Cinema escolhe "As Linhas de Wellington" para representar Portugal | Magazine.HD». 13 de setembro de 2013. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  8. «Valeria Sarmiento».IMDb. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  9. ««As Linhas de Wellington» bem recebido pelos primeiros espectadores portugueses | SAPO Mag».SAPO Mag 
  10. ««Linhas de Wellington» brilha em Veneza». 5 de setembro de 2012. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  11. «'Linhas de Wellington' já foi visto por 22 mil pessoas». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  12. «'Linhas de Wellington' representa Portugal nos Óscares». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  13. «"As Linhas de Wellington" pode estar na corrida aos Óscares». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  14. «Óscares vão ter luta mais renhida». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  15. «Fresco histórico retrata derrota final das ambições de Napoleão». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  16. «"As Linhas de Torres" estreia domingo na RTP1». Consultado em 5 de outubro de 2016 
  17. «Episódio n.º1 - As Linhas de Torres - Séries Nacionais - RTP».www.rtp.pt. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  18. «Episódio n.º2 - As Linhas de Torres - Séries Nacionais - RTP».www.rtp.pt. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  19. «Episódio n.º3 - As Linhas de Torres - Séries Nacionais - RTP».www.rtp.pt. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  20. «LINHAS DE WELLINGTON: Filme já foi visto por 22 mil espectadores | Magazine.HD».Magazine.HD. 16 de outubro de 2012 
  21. «"Linhas de Wellington" já é o terceiro filme português mais visto do ano! - Cinema 7ª Arte».Cinema 7ª Arte. 12 de novembro de 2012 
  22. «Os mais vistos de quarta-feira».A minha TV. Consultado em 25 de abril de 2016 
  23. Brooks, Xan (4 de setembro de 2012).«Linhas de Wellington – review».The Guardian (em inglês).ISSN 0261-3077 
  24. «"As Linhas de Wellington" por Nuno Reis».antestreia.blogspot.pt. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  25. «Linhas de Wellington, por Tiago Ramos».splitscreen-blog.blogspot.pt. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  26. «LES LIGNES DE WELLINGTON - critique du film réalisé par Valeria Sarmiento».www.abusdecine.com. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  27. «Lines of Wellington | Film Review | Slant Magazine» (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2016 
  28. «Venice 2012: 'Lines of Wellington' review». Consultado em 5 de outubro de 2016 

Ligações externas

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