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Aachen

50° 46′ 30″ N, 6° 05′ 03″ L
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deAquisgrano)

Aachen

ACatedral de Aachen, já após várias intervenções, em estilogótico
BrasãoMapa
Brasão de Aachen
Aachen está localizado em: Alemanha
Aachen
Mapa da Alemanha, posição de Aachen acentuada
Administração
País Alemanha
EstadoRenânia do Norte-Vestfália
Região administrativaColônia
DistritoDistrito Urbano
PrefeitoMarcel Philipp (CDU)
Estatística
Coordenadas geográficas50° 46' N6° 46' E
Área160,83km²
Altitude125-410m
População241.683(31/12/2013)
Densidade populacional1.502,72 hab./km²
Outras Informações
Código postal52062-52080
Código telefônico0241 (Süden 02408, Würselen,
Verlautenheide 02405,
Kohlscheid, Horbach 02407,
Herzogenrath, Merkstein 02406,
Baesweiler 02401, Alsdorf 02404)
Websitesítio oficial

Aachen (ouvir pronúncia emalemão), chamadaAix-la-Chapelle emfrancês (e por vezes aportuguesada comoAquisgrano ouAquisgrão[a]), é umacidade independente (kreisfreie Stadt) daAlemanha, no estado daRenânia do Norte-Vestfália, localizada naregião administrativa deColônia. Situa-se em região de planície no oeste do país, próxima à fronteira daBélgica e dosPaíses Baixos.

História

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Descobertas arqueológicas recentes mostram que a região onde hoje se encontra Aachen já era habitada antes do ano2 000 a.C. No primeiro milênio antes de Cristo, a região foi habitada porceltas.[1]

Em algum momento no início do milênio seguinte (primeiro milênio depois de Cristo), osromanos começaram a construir na região banhos públicos, voltados para militares, usufruindo daságuas termais típicas da localidade, que chamavam deAquae Granni. O primeiro registro escrito da existência da cidade data de 765, quando o reifrancoPepino, o Breve referiu-se a ela como "Aquis villa", por suas águas.[1]

Seu nome germânico, Aachen, derivou de "aha" - "água", em antigo germânico; os francos adaptaram o nome a "Aix" - posteriormente rebatizadaAix-la-Chapelle, em alusão à capela (hoje, aCatedral de Aachen) construída na cidade, que veio a se tornar a capital doSacro Império Romano-Germânico, escolhida porCarlos Magno (que provavelmente nasceu em Aachen no ano 742 e que nela veio a falecer em 28 de Janeiro de 814), tendo sido a sede da coroação de 32imperadores que sucederam a Carlos Magno, até a cerimónia ser transferida paraFrankfurt, noséculo XVII.[1]

Teve como concorrente política as cidades deRoma eRavena. A primeira cidade, em importância política, e, a segunda, em tesourosarquitectónicos e históricos.

Praticamente devastada pelosbárbaros em 881, foi reconstruída em 983, sendo novamente arrasada por um violento incêndio em 1656, e mais uma vez, noséculo XX, durante aSegunda Guerra Mundial.

Aachen foi, de todas as cidades daEuropa, a mais habitada e visitada por imperadores, reis e estadistas. Nela foram realizados, igualmente, váriosconcílios,sínodos edietas, e solucionaram-se diversas questões políticas. Destacam-se a assinatura do tratado de maio de 1668, que pôs fim àguerra da Devolução, entre aEspanha e aFrança, a do tratado de outubro de 1748, conhecido como aPaz de Aquisgrão, que determinou o fim daGuerra da Sucessão da Áustria, e também o congresso de 1818, no qual foi sancionada a evacuação da França pelos aliados, após a derrota deNapoleão.

De 936 a 1531, os imperadores germânicos foram coroados em Aachen. A cidade foi ocupada por tropas francesas em 1794 e mais tarde anexada 1801 pelaFrança, passada aoReino da Prússia em1815 e, de 1918 a 1930, a cidade foi ocupada pelosaliados como resultado da derrota daAlemanha naPrimeira Guerra Mundial. Durante aSegunda Guerra Mundial, dois terços de Aachen foram destruídos por bombardeamentos aéreos. Foi também a primeira grande cidade alemã aser libertada pelosAliados, em outubro de 1944.

População

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A cidade de Aachen apresentava cerca de 244 mil habitantes em 1995 e é o principal centro da aglomeração urbana com cerca de 1 milhão e 870 mil habitantes que englobaLiège, naBélgica, eMaastricht, nos Países Baixos (Holanda).

Economia

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A cidade é centroindustrial,comercial eturístico. Localiza-se no meio da região mineira decarvão. Apresenta indústriastêxteis,metalúrgicas,químicas eeletrotécnicas, destacando-se as produções demotores eanilinas. É sede daAC Schnitzer e da UniversidadeRWTH.

Turismo

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A função turística possui grande importância, em decorrência dastermas e dosmonumentos históricos. São encontradas na cidade 27 fontes de águas medicinais, sendo uma delas particularmente conhecida por sua temperatura extremamente elevada.

O monumento mais importante é a catedral (Catedral de Aachen, em alemãoAachener Dom), em estilobizantino ocidental tardio (arte carolíngia), sagrada em 805. Construída por ordem deCarlos Magno, aí está ele sepultado. Seu projeto é atribuído ao mestreOtão de Metz.

Outros monumentos são as igrejas de São Nicolau e São Paulo, o Paço Municipal (Rathaus, em alemão), construído noséculo XIV, no qual foi assinada aPaz de Aquisgrão (1748), e a Casa Consistorial.

Aachen é sede de bispado. Possui ainda uma universidade técnica, oMuseu Suermondt, o Museu Internacional do Jornal e jardim zoológico extremamente bem montado, no seu limite ocidental. Liga-se com o restante do país por via ferroviária e rodoviária. Realiza-se anualmente na cidade, no mês de julho, importante torneio dehipismo (CHIO), de âmbito nacional.

Geografia

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O núcleo inicial dos romanos situa-se sobre uma colina suave, ao sul da aglomeração actual. De lá, a cidade desenvolveu-se em direcção ao norte, onde se localiza a praça do grande mercado, à volta da qual foram construídos a catedral, a casa Consistorial e outros edifícios oficiais. A cidade antiga, que corresponde hoje ao centro de Aachen, era cercada pormuralhas e fossos, os quais podem ainda ser encontrados, e apresenta ruas estreitas e retorcidas, dentro dos moldesmedievais. Em volta desse centro, na parte exterior aos muros, vieram a expandir-se, posteriormente, os diversos bairros.

Aachen, a cidade de Carlos Magno

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Trono deCarlos Magno naCatedral de Aquisgrano

A cidade antigamente chamada deAquis-granum (em latim) eAix-la-Chapelle (em francês), foi a cidade que o grande imperador dosfrancos,Carlos Magno, escolheu para fazer a sede de seu império.

Ao que tudo indica, essa cidade termal teve assentamentos humanos desde cerca de2 500 a.C. Com o nome latino, foi a capital do império carolíngio. É hoje denominadaAachen, em alemão, e está situada no estado daRenânia do Norte naAlemanha, bem na fronteira com aBélgica e osPaíses Baixos. Muitos povos viveram ali, nos períodos ancestrais, inclusive os povos celtas. Mas foram os romanos que a transformaram em centro urbano de relevância, com a construção de alguns templos e de alguns edifícios termais que fizeram a fama da cidade.

Elisenbrunnen

Seu nome, em francês, foi citado pela primeira vez em documento do rei Pepino, em 765. Três anos depois o próprio Carlos, que após algum tempo assumiria o título de Magno, começou a manter ali uma residência. Ele gostava tanto do lugar, que duas décadas depois iniciou nessa cidade a construção de seupalácio - que no século XIV foi reconstruído - e de uma capela palatina. Não por acaso era o coração do governo carolíngio. Depois da morte de Carlos Magno, rei guerreiro, cuja tumba foi aberta na catedral erigida a partir da capela, os reis alemães passaram a ser coroados nesse mesmo espaço religioso, inclusiveCarlos V, soberano doSacro Império Romano-Germânico, em 1529. Embora tivesse muros desde 1171, o início da construção de suas grandes muralhas externas data de 1257. O trabalho de conclusão dessas barreiras tardou uma centena de anos e, ao final desse tempo, a cidade havia se transformado em centro de peregrinação religiosa.

Ao longo do século XVII, forte declínio teve início em Aquisgrano, com a destruição de muitos edifícios em grande incêndio em 1656. Depois foi ocupada por outros povos: os franceses, que levaram para Paris alguns dos bens culturais ainda remanescentes; em seguida, osprussianos. No final do século XIX, ela reunia 126 mil habitantes. Novamente mudou de dono, passando aos belgas, depois daPrimeira Guerra Mundial. No começo do segundo grande conflito, foi alvo de intensos ataques aéreos. Só no final de 1944, quando tropas americanasali combateram, foi finalmente liberada, mas com cerca de 65% de suas construções arrasadas. As principais foram reconstruídas a partir de 1945. Ela contava, na época, com menos de 12 mil habitantes, em razão de evacuações ditadas pela força.

Hoje é centro urbano que reúne atracções e é bastante agradável para passeios a pé. Para descansar, sempre existe um bom café, e vale a pena fazer essa paragem no mais antigo deles, o Büchel. Entre os lugares de visita obrigatória está a catedral, bastante transformada ao longo do tempo (a construção original é do século VIII), de maneira que parte de sua fachada ostenta mistura de estilos arquitectónicos, doromano aogótico. Em particular, vale conferir a capela palatina e a colecção de objectos e relíquias, algumas, como os ossos do Imperador Carlos Magno, exibidas apenas a cada sete anos. Há, também, muitos museus, um deles inteiramente dedicado à imprensa, com edições originais de jornais de todo o mundo.

Cidades parceiras

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Ver também

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Notas

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[a] ^ O "Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa" deJosé Pedro Machado (1914-2005), em todas as suas versões, de décadas atrás à deste século, registra: 'Aquisgrano': Falso latinismo, criado pelo Renascimento, para a cidade chamada 'Aix-la-Chapelle' pelos franceses, 'Aachen' pelos alemães. Escrevi artigo inteiro sobre o assunto em "Notas de Toponímia: Aix-la-Chapelle", na Revista Portuguesa, número 30, páginas 117 a 118. A "Grande Enciclopédia" arranjou a variação "Aquisgrão". A denominação corrente em português para a cidade é a dos franceses, antes citada.
  • A outra obra de referência em topónimos, para Portugal, é a "Topónimos e Gentílicos" de Xavier Fernandes, de 1941 e seguintes edições. Em sua lista exaustiva de topónimos aportuguesados, de Angora (paraAnkara),Antuérpia (para Anvers) e Apolonópole, Xavier Fernandes pula para Aquitânia e Arcansas, sem mencionar a existência de Aquisgrano ou Aquisgrão.
  • Tanto no Brasil quanto em Portugal se aprovaram decretos presidenciais instituindo vocabulários oficiais - no Brasil, é o Vocabulário Onomástico da Academia Brasileira de Letras, que registra apenas "Aachen"; em Portugal, o vocabulário está inteiroonline e igualmente regista apenas "Aachen" como forma aceite em português.
  • Por fim, suplantando ainda os dois vocabulários oficiais de Brasil e Portugal, os oito países lusófonos do mundo acordaram em 2014 um vocabulário oficial comum - o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa, disponível nainternet, que mostra que, para Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo Verde, a forma oficial em língua portuguesa é "Aachen", enquanto aquisgrano/aquisgrão oficialmente não existem.

Referências

  1. abc«Página oficial da Cidade de Aachen (em inglês)». Arquivado dooriginal em 16 de Março de 2015 

Ligações externas

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Imagem: Catedral de AachenA cidade deAachen inclui a sítio"Catedral de Aachen",Património Mundial daUNESCO.
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