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Anti-inflamatórios não esteroides

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Comprimidos de ácido acetilsalicílico, protótipo dos AINE, tanto pelo seu mecanismo de ação quanto pelo seus efeitos colaterais.

Osanti-inflamatórios não esteroides (abreviadamente,AINEs ouNSAIDs, doinglêsnon-steroidal anti-inflammatory drugs) são um grupo variado defármacos que têm em comum a capacidade de controlar ainflamação, deanalgesia (reduzir a dor), e de combater afebre. O termo foi criado em 1960 por Michael W. Whitehouse.[1] Apesar de em sua maioria serem constituídos por ácidos orgânicos, sua estrutura química não é relacionada. Caracterizam-se por inibir a atividade de subtipos da ciclo-oxigenase, impedindo assim a síntese deeicosanoides pela via metabólica dacascata do ácido araquidónico.Fazem parte deste grupo medicamentos muito conhecidos, em parte por alguns já estarem disponíveis há muito tempo, por serem de venda livre (MNSRM), e pelo vasto número de situações em que são usados. Alguns nomes sonantes incluem oácido acetilsalicílico,ibuprofeno enaproxeno.O paracetamol, embora possua um mecanismo de ação semelhante e tenha efeitoantipirético eanalgésico,[2] é praticamente desprovido de efeito anti-inflamatório.

Classificação química

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Existem diversos modos de classificar os AINE, por potência inibidora de COX-2 sobre COX-1, concentração para atingir efeitos clínicos, etc. Abaixo, estão classificados de acordo com sua estrutura química:

Classificação dos AINE[3]
SalicilatosDerivadosindol-acéticosDerivadosarilo-acéticosÁcidos enólicos
Ácido acetilsalicílico

Clonixinato de lisina
Benorilato
Diflunisal
Salicilamida
Etersalato
Salsalato oácido salicílico

Acemetacina

Glucametacina
Indometacina
Proglumetacina
Oxametacina
Sulindac
Tolmetin
Difenpiramida

Aceclofenaco

Diclofenaco
Etodolaco
Fentiazaco
Cetorolaco
Bufexamaco
Lonazolaco
Alclofenaco
Zomepiraco

Oxicans:

Droxicam
Meloxicam
Piroxicam
Tenoxicam
Oxaprocina
lornoxican

Pirazolonas:

Fenilbutazona
Mofebutazona
Oxifenbutazona
Clofezona
Kebuzona
Metamizol (Dipirona)
Feprazona
Nifenazona
Suxibuzona
Aminofenazona

Aspirina

Sulindac

Etodolaco

Piroxicam

Fenilbutazona

Derivados ArilpropiónicosFenematosOutros
Butibufeno

Fenoprofeno
Fenbufeno
Flurbiprofeno
Benoxaprofeno
Suprofeno
Ibuprofeno
Ibuproxam

Ketoprofeno

Dexketoprofeno
Pirprofeno
Indoprofeno
Naproxeno
Oxaprozina
Tiaprofeno
Dexibuprofeno
Fenoprofeno
Flunoxaprofeno
Alminoprofeno

Ácido meclofenâmico

Ácido mefenâmico
Ácido flufenâmico
Ácido tolfenâmico
Ácido niflúmico
Etofenamato (tópico)

VáriosCoxibes:


Para-aminofenol:

(Acetaminofen)

(S)-Ibuprofeno

Naproxeno

Ácido mefenâmico

Nimesulida

Valdecoxib

Mecanismo ação

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Via de síntese doseicosanoides.

Os AINEs são inibidores específicos daenzimaciclooxigenase (COX). A COX possui duas formas ligeiramente diferentes, designadas COX-1 e COX-2. Estas são importantíssimas nacascata do ácido araquidónico, pois transformam oácido araquidônico, uma substância formada a partir delípidos presentes namembrana celular pela acção dafosfolípase A2, em dois tipos de compostos, asprostaglandinas e ostromboxanos.[4] O papel destes mediadores na inflamação e na dor, assim como em vários outros processos fisiológicos (como nacoagulação), é amplamente aceite.[3]No início da década de 1990, a descoberta dos dois subtipos de COX criou expectativas quanto à criação de novos fármacos que mantivessem as propriedades dos AINEs existentes e permitissem diminuir aincidência de efeitos colaterais. A diferente distribuição dos subtipos de COX levou a que fosse colocada a hipótese de que a COX-1 seria "constitutiva", ou seja, estaria sempre presente no corpo e era responsável por funções fisiológicas importantes, e que a COX-2 seria "induzida", surgindo na resposta inflamatória. Desta forma, os efeitos colaterais dos AINEs dever-se-iam à inibição da COX-1.[5]Com o aparecimento de fármacos que inibem especificamente a COX-2, designados porcoxibs (o primeiro fármaco deste grupo foi ocelecoxib), foi possível constatar uma quase completa redução dos efeitos colaterais a nível gastrointestinal. Contudo, alguns estudos vieram colocar em causa o fundamento desta abordagem, ao demonstrar que a COX-2 também desempenhava um papel fisiológico (protector) importante tanto no estômago como no rim.[6]A inibição destas enzimas pelos AINE na redução dafebre ou efeito antipirético é causada pela inibição da formação deprostaglandina E2 pela COX-1. Esta prostaglandina é um mediador importante para a ativação do centro nervoso (nohipotálamo), regulador da temperatura corporal. Altos níveis de prostaglandina E2 em estados inflamatórios (como infecções) elevam a temperatura.O efeito analgésico é devido à inibição da produção local de prostaglandinas aquando da inflamação. Estas prostaglandinas, se forem produzidas, vão sensibilizar as terminações nervosas locais da dor, que será iniciada por outros mediadores inflamatórios como abradicinina.Os efeitos anti-inflamatórios também estão largamente dependentes da inibição da produção de prostanoides, já que estes mediadores são importantes em quase todos os fenómenos associados à inflamação, como vasodilatação, dor e atração de mais leucócitos ao local.

Efeitos desejados

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Os AINEs têm três efeitos benéficos principais:

  • diminuem a resposta inflamatória;
  • reduzem ador de causa inflamatória e
  • baixam afebre.

Alguns AINEs, como os salicilatos, também tem efeitoantiagregante plaquetar, útil para prevenirtromboses.

Algumas pesquisas revelam possíveis efeitos preventivos em relação àdoença de Alzheimer, em particular o Ibuprofeno reduziu a ocorrência da doença em 40% em pessoas que tomaram Ibuprofeno por mais de 5 anos[2].

Efeitos adversos

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A maioria é devida à inibição da COX-1. Noestômago as prostaglandinas levam à produção demuco que protege as células damucosa dos efeitos corrosivos do ácido gástrico.

Alguns inibidores da COX-2 foram recentemente retirados do mercado voluntariamente devido a mortes por trombose eenfarte do miocárdio ouAVC.[8]

Usos clínicos

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São usados comoanalgésicos eanti-inflamatórios:[9]

  1. Dores de cabeça
  2. Dores nas costas
  3. Dores de dente
  4. Dores abdominais
  5. Dores pós-cirúrgicas
  6. Dor menstrual (Dismenorreia primária)
  7. Menstruação prolongada (menorragia)
  8. Câimbras/Contraturas
  9. Tendinite,bursite e/ousinovite
  10. Artrite reumatoide
  11. Osteoartrite
  12. Gota
  13. Qualquer outra condição inflamatória dolorosa.

São usados comoantipiréticos em caso de febre alta maior que 40 °C. Qualquer indivíduo com febre acima de 40 °C deve consultar o médico imediatamente. Asprostaglandinas são conhecidas por mediarem o desenvolvimento da febre.

Histórico

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Salgueiro

As propriedades no alívio da febre, inflamação e dores proporcionadas pela casca dosalgueiro são conhecidas há vários anos. Edmund Stone, um reverendo daInglaterra, escreveu para um presidente daRoyal Society ainda noséculo XVIII sobre as propriedades de cura do salgueiro no combate àfebre. Este reverendo sugeriu que como a planta gostava de nascer em locais de umidade, teria como característica reduzir o calor do corpo.

O salgueiro tem como princípio ativo asalicina, que é muito amarga.[10] Esteglicosídeo foi isolado por Leroux em1829. Numa reação dehidrólise, produzglicose e álcool salicílico que pode ser transformado pelo organismo ou via síntese química em ácido acetilsalicílico.Em1875 o salicilato de sódio foi utilizado pela primeira vez para tratarfebre reumática e para reduzir a febre. Assim,Hoffman daBayer aproveitou uma técnica deixada por Gehardt em 1853, para produzir o salicilato de sódio. Com o sucesso do anti-inflamatório,Heinrich Dreser colocou o produto na medicina com o nome de ácido acetilsalicílico. Depois foram surgindo drogas sintéticas e outros compostos mais seletivos de inibição da COX-2.

Desde o isolamento doácido salicílico em 1828,[11] os AINE tornaram-se uma parte importante do tratamento da febre e da dor. Uma parte da sua popularidade deve-se a não causaremdependência oudepressão respiratória, ao contrário dosopioides. Ainda assim, não são desprovidos de efeitos secundários, sendo os mais comuns a nívelgastrintestinal.

Referências

  1. Buer, JK: «Origins and impact of the term 'NSAID'»,Inflammopharmacology, vol. 22, no 5,‎ 2014, p. 263-7. (PMID25064056,DOI10.1007/s10787-014-0211-2,ler on-line [arquivo]).
  2. Bertolini, A; Ferrari A, Ottani A (2006). «Paracetamol: new vistas of an old drug».CNS Drug Reviews. pp. 12(3–4):250–75.PMID 17227290 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  3. abBrunton, Laurence L.; John S. Lazo, Keith L. Parker (2006).Goodman & Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics 11 ed. [S.l.]: McGraw-Hill.ISBN 0-07-142280-3 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  4. Khanapure SP; Garvey DS, Janero DR, Letts LG (2007). «Eicosanoids in inflammation: biosynthesis, pharmacology, and therapeutic frontiers».Current Topic in Medicinal Chemistry. pp. 7(3):311–40.PMID 17305573 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  5. Süleyman H; Demircan B, Karagöz Y (2007). «Anti-inflammatory and side effects of cyclooxygenase inhibitors».Pharmacological reports: PR. pp. 59(3):247–58.PMID 17652824 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  6. Bertolini A; Ottani A, Sandrini M (2001). «Dual acting anti-inflammatory drugs: a reappraisal».Pharmacological Research. pp. 44(6):437–50.PMID 11735348 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  7. Loureiro, Ana Paula de Melo.«Nefrotoxicantes e Mecanismos de Lesão Renal»(PDF) [ligação inativa]
  8. Gotzche, Peter (2013).Deadly Medicines and Organised Crime: How Big Pharma Has Corrupted Healthcare. [S.l.: s.n.]ISBN 978-1846198847 
  9. Curso de Farmacologia clínica 2011[1]Arquivado em 4 de agosto de 2016, noWayback Machine.
  10. «Cópia arquivada». Consultado em 8 de junho de 2016. Arquivado dooriginal em 25 de junho de 2016 
  11. Lafont, O (2007). «From the willow to aspirin».Revue d'histoire de la pharmacie. pp. 55(354):209–16.PMID 18175528 
Derivados salicilados:
Derivados do ácido acético:
Derivados indólicos:
Derivados do ácido enólico:
Fenamatos:
Derivados pirazolónicos:
Coxibs:
Derivados paraminofenólicos:
Derivados do ácido propiónico:
Outros:
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