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Anor Teixeira dos Santos

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Anor Teixeira dos Santos
Dados pessoais
Nascimento8 de outubro de1890
Curitiba
Morte24 de setembro de1958 (67 anos)
Rio de Janeiro
Carreira militar
ForçaExército
HierarquiaMarechal
Comandos

Anor Teixeira dos Santos (Curitiba,8 de outubro de1890Rio de Janeiro,24 de setembro de1958) foi ummilitarbrasileiro, que foi chefe doEstado-Maior do Exército eMinistro-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.[1]

Carreira militar

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Filho de Urbano Teixeira dos Santos e de Alzira Loiola Santos, ingressou noExército Brasileiro em março de 1906, no 39º Batalhão de Infantaria. Em abril de 1908, foi para a Escola de Guerra dePorto Alegre, onde realizou o curso de aplicação deinfantaria ecavalaria de 1910 a 1911. Em janeiro deste último ano, foi declaradoaspirante-a-oficial, indo servir no no 2º Regimento de Artilharia Montado, sediado em Curitiba. Dois meses depois, transferiu-se para oRio de Janeiro, então Distrito Federal, ingressando naEscola Preparatória do Realengo para realizar o curso deartilharia. Concluído o curso em dezembro de 1913, foi promovido ainda nesse mês asegundo-tenente, sendo então incluído na 6ª Bateria do 1º Regimento de Artilharia Montada, com sede no Rio de Janeiro.[1]

De abril a outubro de 1914, recebeu instrução de voo na Escola Brasileira de Aviação, tendo sido um dos primeiros alunos do Exército na escola. Foi transferido depois para a 2ª Bateria de Obuses, sediada noParaná. Entre fevereiro e abril de 1915, participou de combates daGuerra do Contestado, rebelião popular de cunho messiânico ocorrida na região fronteiriça do Paraná comSanta Catarina, e que só foi debelada em 1916.[1]

Em seguida, foi transferido para o quartel-general da Circunscrição Militar do Paraná em julho de 1915, onde permaneceu até dezembro do mesmo ano. Retornou então ao Rio de Janeiro e serviu na fortaleza de Imbuhy, emNiterói, até novembro do ano seguinte. Nessa data matriculou-se na Escola de Aviação Naval, visto que o Exército não dispunha, na época, de uma instituição do gênero. Diplomou-se por essa escola e regressou ao serviço do Exército, em maio de 1917, quando passou a servir no 20º Grupo de Artilharia de Montanha, sediado no Rio de Janeiro. Foi promovido aprimeiro-tenente em novembro deste último ano.[1]

Colocado à disposição doEstado-Maior do Exército em março de 1919, ingressou no mês seguinte na recém-fundada Escola de Aviação Militar, formando-se em janeiro de 1920 na primeira turma de pilotos dessa escola. Promovido acapitão em novembro desse ano, comandou a Esquadrilha de Aperfeiçoamento da Escola de Aviação por diversos períodos, entre agosto de 1921 e junho de 1922. Em março de 1922, matriculou-se no curso daEscola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio de Janeiro, sem prejuízo de suas funções na aviação militar. Terminado o curso em janeiro de 1923, matriculou-se em seguida naEscola de Estado-Maior, no Rio de Janeiro. Em 1924, foi mandado para o Paraná a fim de combater os rebeldes que, comandados porIsidoro Dias Lopes, ocuparam a capital paulista por três semanas durante a Revolta de Julho de 1924, conhecida como Segundo 5 de Julho.[1]

Concluído o curso daEscola de Estado-Maior, apresentou-se aoEME para o estágio regulamentar. Após permanecer dois meses como adido ao EME, retornou àEscola de Estado-Maior como professor de aviação e tática aérea. Deixou essa Escola provisoriamente em dezembro de 1926, para se tornar instrutor na Escola de Aviação Militar. Nomeado professor-estagiário da Escola de Estado-Maior em fevereiro do ano seguinte, permaneceu nas duas escolas até outubro de 1927, quando apresentou-se ao EME para servir como estagiário, adjunto e chefe de seção, sucessivamente. De maio a setembro de 1929, permaneceu adido ao Departamento de Pessoal de Guerra, servindo em seguida no comando do 4º Grupo de Artilharia de Costa, na guarnição deÓbidos. Retornou ao EME em outubro de 1930 e, em agosto do ano seguinte, foi promovido amajor.[1]

Em julho de 1932, eclodiu em São Paulo aRevolução Constitucionalista. Em setembro, visitou a frente de batalha do Destacamento Leste em companhia do chefe do EME, generalFrancisco Ramos de Andrade Neves. Os revolucionários foram definitivamente derrotados no início do mês seguinte. Promovido atenente-coronel em novembro de 1933, em abril de 1934 foi nomeado chefe da 3ª Seção da Secretaria do Conselho de Defesa Nacional. Um ano depois tornou-se comandante do 3º Grupo de Obuses na guarnição deCachoeira do Sul, função que acumulou posteriormente com o comando da guarnição.[1]

Em junho de 1937, passou a comandar o 1º Grupo de Artilharia de Dorso, sediado no Rio de Janeiro. Transferiu-se para oRio Grande do Sul em março de 1938, tornando-se chefe do estado-maior da3ª Região Militar, sediada em Porto Alegre. Em maio desse mesmo ano, foi promovido a coronel e, em maio de 1939, seu nome foi aprovado pelo Ministro da Guerra, generalEurico Gaspar Dutra, para frequentar o curso de alto comando. Retornou ao Rio de Janeiro e apresentou-se ao EME, onde exerceu funções de chefia. Foi designado pelo Ministro da Guerra para acompanhar os trabalhos da Comissão de Defesa da Economia Nacional em novembro de 1939. Essa comissão, criada em setembro do mesmo ano em vista dos problemas ocasionados pelaSegunda Guerra Mundial, era um órgão diretamente subordinado àPresidência da República. Seus principais objetivos eram o levantamento dos estoques, o fomento à exportação, a assinatura de acordos com governos estrangeiros e o controle dos transportes marítimos e terrestres e de seus fretes. Em 1942, com a mudança da posição brasileira no conflito mundial, a comissão seria substituída pela Coordenação de Mobilização Econômica.[1]

Após concluir o curso de alto comando em dezembro de 1939, assumiu a chefia da 4ª Seção do EME. Em setembro de 1940, tornou-se chefe da Comissão Militar Brasileira emEssen,Alemanha. Com o rompimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a Alemanha em janeiro de 1942, determinou a suspensão dos trabalhos da comissão e o encaixotamento de seus arquivos, partindo paraBerlim, onde aguardou instruções da embaixada brasileira. Em fevereiro do mesmo ano seguiu para Baden-Baden, ainda na Alemanha, onde permaneceu até maio, quando regressou ao Brasil.[1]

Promovido ageneral-de-brigada em maio de 1942, em outubro seguinte tornou-se comandante da Artilharia Divisionária da 3ª RM e da guarnição deCruz Alta. Um ano depois, retornou ao Rio de Janeiro para servir na Secretaria Geral do Ministério da Guerra. Ainda em 1943, o governo brasileiro decidiu intervir no conflito mundial a favor dos Aliados. Essa decisão foi parcialmente concretizada em agosto seguinte, com a criação da1ª Divisão de Infantaria Expedicionária. Em dezembro de 1943, Anor Teixeira dos Santos integrou, juntamente com outros oficiais do Exército, a comitiva chefiada pelo comandante daForça Expedicionária Brasileira (FEB), generalJoão Batista Mascarenhas de Morais, a fim de fazer o reconhecimento do teatro de operações de guerra.[1]

De junho a setembro de 1944, ficou comissionado noMinistério das Relações Exteriores, e em seguida assumiu a direção da Artilharia de Costa da 1ª RM e o comando do Distrito de Defesa de Costa. Ainda em setembro de 1944 foi designado para chefiar o estado-maior especial da FEB no interior, sem prejuízo de suas outras funções.[1]

Após o término da guerra naEuropa, foi encarregado pelo ministro da Guerra, Eurico Dutra, de estudar os planos de regresso das tropas, que previam o emprego de navios brasileiros e norte-americanos. Sendo necessário desmembrar tropas para transportá-las, foi enviado ao Brasil um destacamento precursor, com a missão de recuperar os quartéis para as tropas que regressariam. O chefe do destacamento,Floriano de Lima Brayner, criticou essas medidas denunciando-as como manobras urdidas pelos inimigos da FEB, visando seu desprestígio e desmembramento. Essa manobra confirmou-se, no seu entender, quando a chegada ao Rio de Janeiro do general Mascarenhas de Morais foi transferida, na última hora, do aeroporto Santos Dumont para a base aérea de Santa Cruz, onde se poderiam evitar manifestações populares.[1]

Em dezembro de 1945, regressou para a Secretaria Geral do Ministério da Guerra e foi designado chefe da Comissão Militar Brasileira de Controle Aliado na Alemanha, tendo seguido para a Europa em janeiro do ano seguinte. Promovido ageneral-de-divisão em agosto de 1946, tornou-se chefe da representação brasileira na Comissão de Inquérito do Conselho de Segurança daOrganização das Nações Unidas em janeiro de 1947, embarcando para aGrécia. Exerceu essas funções até o mês de julho, quando retornou à Alemanha e reassumiu a chefia da comissão militar brasileira.[1]

De volta ao Brasil em maio de 1950, comandou aZona Militar Centro, emSão Paulo, entre 20 de abril de 1950 e 13 de junho de 1951.[2] Em seguida, retornou à Secretaria Geral do Ministério da Guerra. De março a dezembro de 1952, cursou aEscola Superior de Guerra. Foi promovido ageneral-de-exército em agosto desse mesmo ano. Voltou a comandar aZona Militar Centro entre 29 de maio de 1953 e 24 de abril de 1954.[2]

Dois meses depois, foi nomeado comandante daZona Militar Sul, sediada em Porto Alegre, onde permaneceu de 15 de junho a 30 de dezembro de 1954.[3]

Em janeiro de 1955, foi nomeado chefe do Departamento Geral de Administração do Exército, tendo permanecido nessa chefia até junho do mesmo ano. No período de 25 de junho de 1955 a 23 de janeiro de 1956, foi Chefe doChefe do Estado-Maior do Exército.[4] Em 14 de novembro do mesmo ano, assumiu interinamente a chefia do Estado-Maior das Forças Armadas, sem prejuízo de suas funções no EME, em substituição ao brigadeiro Gervásio Duncan de Lima Rodrigues, logo após a eclosão do movimento liderado pelo generalHenrique Teixeira Lott, no dia 11 do mesmo mês. O general Lott era ministro da Guerra até a véspera do movimento que visava, segundo seus promotores, barrar uma conspiração em preparo no governo e assegurar a posse do presidente eleitoJuscelino Kubitschek. O movimento provocou o impedimento dos presidentes da República,Carlos Luz, em exercício, eJoão Café Filho, licenciado, empossando na chefia da nação o vice-presidente do Senado,Nereu Ramos.[1]

Foi chefe doEstado-Maior das Forças Armadas no governoNereu Ramos, de 17 a 31 de janeiro de 1956, e no governoJuscelino Kubitschek, de 31 de janeiro a 16 de outubro de 1956.

Morreu no dia 24 de setembro de 1958.[1]

Referências

  1. abcdefghijklmno«Anor Teixeira dos Santos». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 26 de janeiro de 2021 
  2. ab«Galeria dos antigos Comandantes do CMSE». Consultado em 26 de janeiro de 2021 
  3. «Ex-Comandantes do CMS». Consultado em 26 de janeiro de 2021 
  4. «Ex-Chefes do EME». Consultado em 26 de janeiro de 2021 


Precedido por
Odylio Denys

6º Comandante da Zona Militar Centro

1950 - 1951
Sucedido por
Milton de Freitas Almeida
Precedido por
Milton de Freitas Almeida

8º Comandante da Zona Militar Centro

1953 - 1954
Sucedido por
Newton Estillac Leal
Precedido por
Odylio Denys

9º Comandante da Zona Militar Sul

1954
Sucedido por
Octávio Saldanha Mazza
Precedido por
Álvaro Fiúza de Castro

27º Chefe do Estado-Maior do Exército

1955 - 1956
Sucedido por
Octávio Saldanha Mazza
Precedido por
Canrobert Pereira da Costa

5º Ministro-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas

1956
Sucedido por
Octávio Saldanha Mazza


Itálico indica chefe interino
Chefes do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (2010–atualmente) →
Gabinete deNereu Ramos (1955–1956)
Vice-presidente
Nenhum (1955–1956)
Nereu Ramos, 20º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Vasco Alves Seco (1955–1956)
Agricultura
Eduardo Catalão (1955–1956)
Educação e Cultura
Abgar Renault (1955–1956)
Fazenda
Guerra
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Relações Exteriores
Saúde
Trabalho, Indústria e Comércio
Nélson Backer Omegna (1955–1956)
Viação e Obras Públicas
Lucas Lopes (1955–1956)
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Consultoria Geral
da República
Departamento Administrativo
do Serviço Público
Estado-Maior
das Forças Armadas
Gabinete Civil
Paulo de Lira Tavares (1955–1956)
Gabinete Militar
Vice-presidente
Juscelino Kubitschek, 21º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Agricultura
Educação e Cultura
Fazenda
Guerra
Indústria e Comércio
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Relações Exteriores
Saúde
Trabalho e Previdência Social
Viação e Obras Públicas
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Consultoria Geral
da República
Departamento Administrativo
do Serviço Público
Estado-Maior
das Forças Armadas
Gabinete Civil
Gabinete Militar
Zona Militar do Centro (1946–1956)
II Exército (1956–1985)
Comando Militar do Sudeste
(1985–atualidade)
Zona Militar Sul (1946–1956)
III Exército (1956–1985)
Comando Militar do Sul
(1985–atualmente)
Controle de autoridade
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