Morus é umgénero de árvorescaducifólias, que são conhecidas poramoreiras, nativas das regiões temperadas e subtropicais daÁsia,África eAmérica do Norte, sendo que a maioria das espécies do género é asiática.
As plantas do géneroBroussonetia, intimamente relacionado com oMorus, são também vulgarmente conhecidas por amoreiras, nomeadamente a Amoreira de papel (Broussonetia papyrifera).
Trata-se de árvores de porte médio que podem atingir cerca de 4 a 5 metros de altura, possuem casca ligeiramente rugosa, escura e copa grande. As folhas têm coloração mais ou menos verde, com uma leve pilosidade que as torna ásperas. As flores são de tamanho reduzido e cor branco-amarelada. As amoreiras crescem bem em todo oBrasil ePortugal e apresentam crescimento rápido, adaptando-se a qualquer tipo de solo, preferindo os úmidos e profundos. Frutifica de Setembro a Novembro no Brasil, e de Maio a Agosto em Portugal.
Asamoras são frutos pendentes, de coloração vermelho-escura, quase preta, quando maduros, com polpa vermelho-escura comestível. A coloração de seus frutos varia de acordo com a espécie à qual pertencem e conforme o seu grau de maturação.
Originárias da Ásia, as amoreiras foram introduzidas naEuropa por volta doséculo VI[1] quando o Imperador Romano e Bizantino Justino promoveu a cultura dos Bichos-da-Seda e em Portugal só a partir do século XVI.[2] No Brasil, a amoreira — em especial a negra — cresce bem em toda parte, podendo ser encontrada de forma subespontânea em praticamente todas as regiões do país.
Se a amoreira-branca é a preferida na criação dobicho-da-seda, que se alimenta de suas folhas, a amoreira-negra costuma ser a preferida para o consumo alimentar humano, pelo sabor mais pronunciado de seus frutos que são, também, mais volumosos. Além disso, a amoreira-negra é árvore de características ornamentais pois, apesar de não alcançar muita altura, sua copa, de folhas abundantes, proporciona boa sombra.
Todas as amoras são ricas emvitamina C e caracterizam-se por sua forma típica, gerada a partir do agrupamento de vários e minúsculos frutos que se unem formando uma polpa rica em água eaçúcar. As amoras são geralmente consumidas ao natural e podem ser servidas também comcreme chantili; são igualmente utilizadas no preparo detortas,sorvetes,compotas,geleias, doces cristalizados ou emmassa, ou transformadas emlicores exaropes.
A taxonomia deste género é complexa e disputada. Mais de 150 nomes de espécies foram já publicados, mas apenas 10 a 16 são geralmente aceitas, embora diferentes fontes citem diferentes selecções de nomes aceitos. A classificação torna-se ainda mais complicada devido à frequentehibridização entre espécies e ao fato de muitos destes híbridos serem férteis.
Morus rubra (Amoreira vermelha; Leste da América do Norte)
As seguintes, todas provenientes do leste e sul daÁsia, são também aceites por uma ou mais listas taxonómicas e estudos:asinonímia fornecida por outras listas e estudos está indicada entre parênteses:
Morus atropurpurea
Morus bombycis (M. australis)
Morus cathayana
Morus indica (M. alba)
Morus japonica (M. alba)
Morus kagayamae (M. australis)
Morus laevigata (M. alba var.laevigata, M. macroura)
Morus latifolia (M. alba)
Morus liboensis
Morus macroura (M. alba var.laevigata)
Morus mongolica (M. alba var.mongolica)
Morus multicaulis (M. alba)
Morus notabilis
Morus rotundiloba
Morus serrata (Amoreira dosHimalaiasM. alba var.serrata)