Amor, Plástico e Barulho | |
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| Cartaz oficial do filme. | |
2015 • cor • 90min | |
| Gênero | drama romântico |
| Direção | Renata Pinheiro |
| Produção |
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| Produção executiva |
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| Roteiro |
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| Elenco |
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| Música | |
| Cinematografia | Fernando Lockett |
| Direção de arte |
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| Figurino | Maria Esther de Albuquerque |
| Edição | Eva Randolph |
| Companhia(s) produtora(s) | Aroma Filmes |
| Distribuição | Boulevard Filmes |
| Lançamento |
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| Idioma | português |
| Receita | R$ 31 232,71 |
Amor, Plástico e Barulho é umfilme dedrama românticobrasileiro de2015, dirigido por Renata Pinheiro e escrito pela diretora em parceria com Sérgio Oliveira. Estrelado porMaeve Jinkings eNash Laila, o filme conta a história de duas cantoras dobrega que se rivalizam em busca de uma carreira de sucesso emRecife.
Amor, Plástico e Barulho foi lançado nos cinemas doBrasil em22 de janeiro de2015 pela Boulevard Filmes.[1] O filme foi recebido com críticas mistas e positivas por parte dos críticos especializados. Em geral, as atuações das protagonistas (Maeve Jinkings eNash Laila) foram elogiadas, e até premiadas. A direção de Pinheiro também recebeu elogios, sendo citada como uma "visão carinhosa e ao mesmo tempo crítica que lança sobre a cena brega". Entretanto, alguns pontos de edição do longa, como a inserção de imagens e reportagens de baixa qualidade entre as cenas, receberam críticas negativas por prejudicar o desenvolvimento da trama.[2] O filme teve uma breve distribuição comercial, gerando uma receita deR$ 31.232,71.[3]
O filme foi distribuído em diversos festivais de cinema, onde recebeu alguns prêmios. Na 46ª edição doFestival de Cinema de Brasília, o filme foi premiado com trêsTroféus Candango, incluindo os prêmios deMelhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante paraMaeve Jinkings eNash Laila, respectivamente.[4] No21° Prêmio Guarani de Cinema, maior premiação da crítica de cinema do Brasil, o filme recebeu sete indicações, incluindo as categorias deMelhor Atriz paraMaeve Jinkings,Melhor Atriz Coadjuvante paraNash Laila eMelhor Revelação para a cineasta Renata Pinheiro.[5]
Shelly (Nash Laila) é uma jovem dançarina que sonha em se tornar cantora deBrega, um gênero musical romântico e sensualmente atraente, popular no nordeste brasileiro. Inserida em um mundo onde tudo é descartável, como sucesso, amor e relacionamentos humanos, Shelly vive uma trajetória difícil e tumultuada em direção ao desejo de ser famosa. Jaqueline (Maeve Jinkings), sua colega de banda, uma cantora decadente e experiente, é seu espelho. Seguindo os passos de Jaqueline ela pretende virar uma grande cantora de música Brega.[6]
O filme é o primeiro longa-metragem dirigido por Renata Pinheiro. As filmagens do filme ocorreram em 2012 com locações distribuídas na cidade deRecife. O filme é uma coprodução entreBrasil (Aroma Filmes),França (Neon Productions) eArgentina (Milk Wood). A produção do filme é assinada pela diretora e seu então marido, Sérgio Oliveira, o qual também colaborou na construção do roteiro. O filme contou com um orçamento de R$ 470 mil.[7]
Amor, Plástico e Barulho teve sua première oficial noFestival de Cinema de Brasília em 14 de setembro de 2013, onde foi elogiado e recebeu três prêmios do júri oficial. Sua estreia internacional ocorreu noFestival Indie Lisboa, emPortugal.[8] O filme foi lançado noCanadá noBrazilian Film Festival of Toronto, que ocorreu entre 16 e 19 de outubro de 2014 emToronto, onde foi premiado como Melhor Longa-metragem de Ficção pelo júri oficial.[9] No Brasil, ainda foi selecionado para oFestival de Aruanda, naParaíba, e para oJanela Internacional de Cinema do Recife, emPernambuco.[8] Foi exibido no Tesape Encuentro del Audiovisual, noParaguai.[8]
Segundo dados do Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro de 2015, realizado pelaAncine, o filme foi distribuído em apenas 12 salas de cinema pelo Brasil, nas cidades deSão Paulo,Brasília,Porto Alegre,Fortaleza,Aracaju,Maceió,Recife eBelo Horizonte.[10]Amor, Plástico e Barulho registrou um público de cerca de 5.430 espectadores, gerando uma receita deR$ 31.232,71 e tornando-se o filme 50° filme brasileiro mais assistido nos cinemas em 2015.[3]

Amor, Plástico e Barulho obteve uma repercussão positiva entre os críticos de cinema doBrasil. No site agregador de resenhasAdoroCinema, o filme dispõe de uma média de 3,9 de 5 (![]()
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) estrelas com base em 12 críticas publicadas na imprensa.[2] Lucas Salgado, escrevendo para o próprioAdoroCinema, avaliou o filme com 4 de 5 estrelas (![]()
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), o que o classifica como "Muito Bom".[11] Para o crítico, o filme "não perde tempo se alongando e trata de dizer tudo aquilo que pretende. Trata-se de uma obra envolvente, intrigante e extremamente divertida. Pode-se debater se o filme está rindo com suas personagens ou de suas personagens, mas não parece ser o objetivo da diretora fazer piada do universo brega."[11]
Arthur Grieser, dowebsiteCinema com Rapadura, deu ao filme uma nota 8 de 10 e ressaltou o trabalho da direção, escrevendo que "a diretora é extremamente feliz ao estabelecer com grande eficiência um belo contraste que permeia toda a película em seus quase 90 minutos de projeção; da felicidade de Shelly (Nash Laila) com todo o glamour daquele universo recém-descoberto, com a tristeza e a depressão de Jaqueline (Maeve Jinkings) ao vivenciar um arco descendente em sua carreira [...]".[12]
Júlio Cavani, para o jornalDiário de Pernambuco, escreveu: "Como nos contos de fadas, há um clima de sonho - só que nem tudo é necessariamente maravilhoso. O lado glamuroso do movimento cultural pernambucano contemporâneo aparece na tela e é valorizado, mas há espaço para o risco da decadência. No final, o que fica é a magia."[13] Luiz Zanin Oricchio, doEstado de S.Paulo, disse: "O filme de Renata Pinheiro ilustra, de maneira deslocada para o âmbito individual, a famosa frase de Marx, "Tudo que é sólido desmancha no ar" [...] Tudo é precário e provisório. Da fama e do posto conquistado, aos amores e sentimentos - tudo passa rápido e parece impossível de ser preservado.[11]
Sérgio Alpendre, do jornalFolha de S.Paulo, pontuou o trabalho das atrizes que encabeçam o elenco, dizendo que "Jinkings e Laila são duas atrizes da nova geração do cinema brasileiro, e aqui estão em momentos inspirados de suas carreiras. Acreditamos que elas são mesmo Jaqueline e Shelly, tamanha a entrega das duas."[14] Robledo Milani, crítico dowebsitePapo de Cinema, disse: "O caráter descartável das coisas, das pessoas, dos sentimentos e das conquistas é o mote a ser revelado durante o desenrolar da ação de "Amor, Plástico e Barulho". As duas protagonistas lutam, assim como aqueles que as circundam, por melhores condições, por sucesso, por aclamação."[11]
| Ano | Associações | Categoria | Recipiente(s) | Resultado | Ref. |
|---|---|---|---|---|---|
| 2013 | Festival de Cinema de Brasília | Melhor Atriz | Maeve Jinkings | Venceu | [4] |
| Melhor Atriz Coadjuvante | Nash Laila | ||||
| Melhor Direção de Arte | Dani Vilela | ||||
| Festival de Aruanda do Audiovisual Brasileiro | Melhor Filme | Amor, Plástico e Barulho | [8] | ||
| Melhor Atriz | Maeve Jinkings | ||||
| Janela Internacional de Cinema do Recife | Melhor Atriz (menção honrosa) | ||||
| Melhor Montagem | Eva Randolph | ||||
| 2014 | Mostra Filmes Livre | Melhor Filme | Amor, Plástico e Barulho | ||
| Festival de Cinema de Triunfo | Melhor Atriz | Nash Laila | |||
| Melhor Fotografia | Fernando Lockett | ||||
| Brazilian Film Festival of Toronto | Melhor Filme | Amor, Plástico e Barulho | [9] | ||
| Melhor Direção | Renata Pinheiro | ||||
| 2016 | Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro | Melhor Atriz | Maeve Jinkings | Indicado | [5] |
| Melhor Atriz Coadjuvante | Nash Laila | ||||
| Melhor Música | DJ Dolores eYuri Queiroga | ||||
| Melhor Figurino | Catarina Jacobsen | ||||
| Melhor Direção de Arte | Thales Junqueira e Dani Vilela | ||||
| Melhor Maquiagem | Donna Meirelles | ||||
| Melhor Revelação | Renata Pinheiro |