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Osambundos[1] oubundos[2] (Ambundu) são umgrupo étnicobanto que vive emAngola, na região que se estende dacapitalLuanda para Leste. A sua língua é oquimbundo.[nota 1] Os ambundos são o segundo maior grupo étnico angolano, representado cerca da quarta parte da população do país. Os seus subgrupos mais importantes são os luandas, os ambundos em sentido restrito, os quissamas, os hungos, os libolos, os quibalas, os angolas, osimbangalas, os songos, os chinjee e os minungos.[3]
Os ambundos, cuja língua é oquimbundo, habitavam na faixa de terra entre dois importantes rios da região: o Cuanza, Bengo e a Baixa de Cassange. Formaram dois importantes reinos pré-colonialAfricano,sendo eles oReino do Dongo eReino da Matamba.
Os ambundos são o povo dominante na região da capital angolana, mais precisamente nasprovíncias deLuanda,Ícolo e Bengo,Bengo,Cuanza Norte,Malanje, norte e noroeste doCuanza Sul e sudoeste, sul e sudeste doUíge. Apesar de os portugueses terem travado relações comerciais com os congos logo após a sua chegada aoReino do Congo, a partir da altura em que estabeleceram umacolónia permanente em Luanda na região do Reino do Dongo ano de1576 como base para o comércio deescravos, houve revoltas constantes contra a ocupação dos portugueses na região, sendo a mais famosa a encabeçada pela rainhaAna de Sousa (Ginga Ambande).[nota 2]
Boa parte dos mais de 4 milhões deescravos traficados para o estrangeiro entre os séculos XVI e XIX (especialmente para oBrasil) eram ambundos, já que este foi ogrupo étnico onde a secular presença portuguesa na "cabeça de ponte" de Luanda teve mais impacto.[4][nota 3]
O desenvolvimento da cidade de Luanda comocapital e principal centro industrial levou a que muitos ambundos se deslocassem para a capital, terminando na construção de imensosmusseques nos arredores da cidade e levando a que, por causa da pesada presença dos portugueses e do grande número demestiçoslusófonos, o português se sobrepusesse à língua nativa, levando a que, hoje, muitos ambundos só saibam falar o português.[4]
Foi no tecido social constituído pela sociedade luandense e os ambundos que começou a desenvolver-se, noséculo XX, uma identidade social "nacional", isto é, um sentido de pertença a Angola no seu conjunto. Gerou-se, em consequência disto, uma oposição à ocupação colonial que, desde o início, teve uma perspectiva "nacionalista". Fundaram-se, neste âmbito,[5] nosanos 1950, vários grupos de resistência anticolonial, dos quais o mais importante, que absorveu ou eclipsou os outros, viria a ser oMovimento Popular de Libertação de Angola. Embora este tivesse pouca margem para marcar uma presença no complexo ambundo-luanda, durante aGuerra de Libertação (1961-1974), foi este que constituiu a sua principal base social no conflito que eclodiu em torno dadescolonização do país, sendo uma das condições que lhe garantiram a vitória. O mesmo sucedeu durante o período daGuerra Civil Angolana, de 1975 a 2002. Como revelaram as eleições realizadas em 2008, esta ligação continua a ser expressiva no período pós-colonial, marcado pelo domínio político do MPLA.
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