Ambigrama (derivada da junção da palavra latina -ambo, que quer dizer "'ambíguo'", com o radical grego -gram, "'amostra de escrita'") é uma palavra ou uma frase escrita ou desenhada de tal forma que suportam pelo menos duas leituras diferentes se vistas por diferentes pontos de vista[1]. Trata-se de um exercício dedesign gráfico que brinca comilusões ópticas,simetria e percepção visual. Alguns ambigramas apresentam uma relação entre sua forma e seu conteúdo.
Ambigramistas (artistas criadores de ambigramas) podem criar ambigramas distintos das mesmas palavras, diferindo tanto no estilo quanto na forma.
A palavra ambigrama foi cunhada porDouglas Hofstadter, um estudioso americano deciência cognitiva, mais conhecido como o autor do livroGödel, Escher, Bach, vencedor doPrêmio Pulitzer.
Embora o termo seja recente, a existência de ambigramas espelhados tem sido atestada desde pelo menos o primeiro milênio. Eles são geralmentepalíndromos estilizados para serem visualmente simétricos.
O mais antigo ambigrama rotacional não espelhado conhecido data de 1893 pelo artistaPeter Newell. Embora mais conhecido por seus livros infantis e ilustrações para Mark Twain eLewis Carroll, ele publicou dois livros de ilustrações reversíveis, em que a imagem se transforma em uma imagem totalmente diferente quando virada de cabeça para baixo.
Em março de 1904, o quadrinista holandês-americano Gustave Verbeek usou ambigramas em três tiras consecutivas deThe UpsideDowns of old man Muffaroo and little lady Lovekins[4]. Seus quadrinhos eram imagens ambíguas,feitas de tal forma que se poderia ler o gibi de 6 painéis, virar o livro e continuar lendo.
Não há um método universal para criar ambigramas, pois existem diferentes métodos para realizá-los. Uma série de livros oferecem vários métodos para criar ambigramas (por exemplo,WordPlay[5], "Cy Eye Twisters"[6], entre outros).
Softwares decomputador foram desenvolvidos para criar ambigramas automaticamente. O primeiro foi 'Ambimatic', criado em 1996[7]. Este programa foi baseado em caracteres, usando um banco de dados de 351 glifos em que cada personagem foi interposto com outro. Este gerador só poderia interpor uma palavra para si mesmo ou outra palavra do mesmo comprimento. Por essa razão, a maioria dos ambigramas gerados eram de má qualidad[8]. Em 2007, o desenvolvedor de software Mark Hunter projetou o FlipScript.com. Ele usa um método mais complexo para criar ambigramas,5com um banco de dados de 5 milhões de curvas,6e vários estilos de escrita.