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Amaro Cavalcanti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amaro Cavalcanti
Ministro do Supremo Tribunal Federal
Período27 de junho de1906
até30 de dezembro de1914
Nomeado porRodrigues Alves
Antecessor(a)João Barbalho
Sucessor(a)Viveiros de Castro
Ministro da Fazenda do Brasil
Período15 de novembro de1918
até17 de janeiro de1919
PresidenteDelfim Moreira
Antecessor(a)Augusto Tavares de Lira(interino)
Sucessor(a)João Ribeiro de Oliveira e Sousa
Ministro da Justiça eNegócios Interiores do Brasil
Período15 de novembro de1918
até21 de novembro de1918
PresidenteDelfim Moreira
Antecessor(a)Carlos Maximiliano Pereira dos Santos
Sucessor(a)Urbano Santos
Período19 de janeiro de1897
até15 de novembro de1898
PresidentePrudente de Morais
Antecessor(a)Bernardino José de Campos Júnior
Sucessor(a)Epitácio Pessoa
19.º Prefeito do Distrito Federal
Período15 de janeiro de1917
até15 de novembro de1918
Antecessor(a)Antônio Augusto de Azevedo Sodré
Sucessor(a)Paulo de Frontin
Dados pessoais
Nome completoAmaro Cavalcanti Soares de Brito
Nascimento15 de agosto de1849
Caicó,RN
Morte28 de janeiro de1922 (72 anos)
Rio de Janeiro,RJ
CônjugeHenriqueta Ferreira Catão(viúvo)
Eponina de Sousa Ferreira(c. 1890;m. 1922)
Filhos(as)3
ProfissãoJurista

Amaro Cavalcanti Soares de Brito, por vezes registrado comoAmaro Bezerra Cavalcanti ouAmaro Bezerra Cavalcanti de Albuquerque (Caicó,15 de agosto de1849Rio de Janeiro,28 de janeiro de1922), foi umjurista epolíticobrasileiro.[1]

Biografia

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Nasceu nosítio Logradouro, no que viria a ser o distrito (e futuro município) deJardim de Piranhas, pertencente aCaicó, em15 de agosto de1849, o décimo dos treze filhos de Ana de Barros Cavalcanti e de Amaro Soares de Brito. Entre seus irmãos, destaca-se o padreJoão Maria Cavalcanti de Brito. Foi casado em primeiras núpcias com Henriqueta Ferreira Catão, com quem teve a filhaLuzia Linhares, ex-primeira-dama do Brasil.[2] Viúvo, casou-se pela segunda vez com Eponina de Sousa Ferreira em 30 de outubro de 1890, na Igreja de São Francisco de Paula, resultando em duas filhas: Vera e Arminda.[3]

Carreira

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Amaro estudou com seu genitor, tendo aprendido as primeiras letras e também olatim em sua cidade natal. Em busca de melhores perspectivas, foi trabalhar como caixeiro emItabaiana (Paraíba) e em atividades de comércio noRecife. Conseguiu instalar-se no Maranhão, concluindo seus estudos preparatórios e sendo admitido como Professor em colégios particulares.[4]

Passou em primeiro lugar em concurso para lecionarRetórica noMaranhão. Depois de ter acompanhado seu irmão, PadreJoão Maria, em Fortaleza, descobriu que havia um concurso aberto para oMagistério na cidade deBaturité. Desse modo, inscrevendo-se nesse concurso para a cadeira deLatim, também obteve o primeiro lugar.

Na época em que lecionava Latim no Ceará, passou a ganhar prestígio no meio político, contribuindo com a criação de diferentes jornais e com a publicação de vários artigos. Tempos depois, foi convidado peloPresidente do Ceará (equivalente hoje ao cargo de Governador)Leão Veloso para integrar uma Comissão em1881 que iria analisar e estudar a organização doensino primário nosEstados Unidos. Durante os trabalhos da Comissão nos Estados Unidos, Amaro Cavalcanti também se matriculou naAlbany Law School, emNova Iorque, tendo sido agraciado com láurea acadêmica em seu curso[5]. Para obter o título superior na área jurídica naquela Universidade, elaborou e defendeu atese "É a Educação uma Obrigação Legal?" (ou, em outra tradução: "É a Educação uma Obrigação Jurídica?"), pela qual conquistou o primeiro lugar na turma.

Ao retornar dos Estados Unidos, tornou-se Professor e diretor em colégios famosos no Ceará e na Capital da República (Liceu do Ceará emFortaleza; e oColégio Pedro II, noRio de Janeiro). Além disso, foi advogado, jornalista, parlamentar e diplomata.[6]

Foi escolhidoSenador Constituinte em1890, pelo Estado doRio Grande do Norte, exercendo essa função até 1893. No Parlamento, também esteve como Deputado Federal pelo mesmo Estado no ano de 1897. Passou a atuar em cargos jurídicos, retornando à política como Prefeito nomeado da Capital Federal em 1917.[7]

Foi membro daCorte Permanente de Arbitragem naHaia, Consultor Jurídico doMinistério das Relações Exteriores do Brasil,[8] e um dos autores daConstituição brasileira de 1891 (na condição de Senador Constituinte). Foi ministro doSupremo Tribunal Federal a partir de 11 de maio de 1906, aposentando-se em 31 de dezembro de 1914. Em 12 de janeiro de 1917, foi nomeadoprefeito do entãoDistrito Federal, de15 de janeiro de1917 a15 de novembro de1918, data em que foi nomeadoministro de estado da Fazenda pelo entãopresidenteDelfim Moreira. Foi sepultado nocemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Relevância no Direito brasileiro

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Segundo o jurista Arnaldo Godoy, Professor deDireito na USP e ex-Consultor Geral da União:

Como consultor no Itamaraty, Amara Cavalcanti elaborou pareceres sobre questões relevantes na construção dapolítica externa republicana. Opinou sobre pretensão de cidadãos franceses serem ressarcidos de prejuízos e danos ocorridos naRevolução Federalista do Rio Grande do Sul, em 1893 e 1894. Invocou doutrina internacional, especialmente a doConselho de Estado da França, sustentando que os atos de guerra não geram para os Estados o dever de indenizar. Além do que, na hipótese de responsabilização federal, haveria necessidade de comprovação de responsabilidade, por intermédio de competente ação judiciária.Quando ministro doSupremo Tribunal Federal, Cavalcanti polemizou comRuy Barbosa a respeito de impostos interestaduais. [...] Quando ministro do STF, ao lado deAlberto Torres, deferiu Habeas Corpus em favor deD. Luís, filho daPrincesa Isabel. [...] Amaro Cavalcanti construiu uma primeira exposição sistemática dodireito tributário brasileiro.[9]

Além disso, é praticamente unânime o reconhecimento do caráter vanguardista acerca da Responsabilidade Civil do Estado, publicação centenária que conta com milhares de acesso noDomínio Público. Nesse sentido, obras recentes tendem a resgatar o legado de Amaro Cavalcanti.[10]

Atividades profissionais liberais

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Constituição brasileira de 1891, página da assinatura de Amaro Cavalcanti (décima nona assinatura). AcervoArquivo Nacional
  • Advogado em Caicó.[11]

Cargos públicos

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  • Inspetor Geral de Instrução Pública.[11]
  • Presidente da Companhia de Navegação do Rio das Velhas.[11]
  • Ministro do Supremo Tribunal Federal (1906 - 1914), aposentando-se.[11]
  • Ministro plenipotenciário noParaguai.[11][12]
  • Juiz do Tribunal Arbitral deHaia como Delegado do Brasil (1917).[12]

Atividades políticas

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Outras atividades

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  • Foi fundador e primeiro presidente da Sociedade de Direito Internacional.[12]

Obras publicadas[15]

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  • Finances du Brésil.Paris, 1889[12]
  • Resenha financeira do ex-Império do Brasil em 1889.Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1890[12]
  • Política e finanças. Rio de Janeiro:Imprensa Nacional, 1892
  • O meio circulante nacional. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893
  • A situação política ou a intervenção do governo federal nos estados da União. Rio de Janeiro, 1896[11]
  • Regime Federalista e a República Brasileira, 1900.
  • Breve Relatório sobre Direito das Obrigações, 1901.
  • Tributação Constitucional, 1903.
  • Tributação Internacional, 1904.
  • Responsabilidade Civil do Estado, 1905.
  • Revisão das sentenças dos tribunaes estadoaes pela Suprema Corte dos Estados Unidos, 1910.
  • The Federal Judiciary In Brazil And United States Of America. 1911[11]
  • La Codification Du Droit Internacional American. 1914[11]
  • A sociedade das nações. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1920[11]
  • A renovação do Direito Internacional, 1921.

Honrarias

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  • Sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;[11]
  • Sócio honorário do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte;[11]

AAcademia Norte-Riograndense de Letras tomou-o como patrono da cadeira 12.

Homenagens

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É o patrono da cadeira nove daAcademia Norte-Rio-Grandense de Letras. Seu nome batiza, atualmente:

Referências

  1. «Senador Amaro Cavalcanti - Senado Federal».www25.senado.leg.br. Consultado em 25 de junho de 2020 
  2. Guedes, Ciça; Melo, Murilo Fiuza de (28 de novembro de 2019).Todas as mulheres dos presidentes: A história pouco conhecida das primeiras-damas do Brasil desde o início da República. [S.l.]: Editora Máquina de Livros 
  3. Abreu, Alzira Alves de.Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930). [S.l.]: Editora FGV 
  4. «Amaro Cavalcanti».Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Consultado em 17 de julho de 2022 
  5. NOBRE JÚNIOR, Edilson (2011).«Pensamento Precursor: Amaro Cavalcanti»(PDF).Tribuna do Norte. Consultado em17 julho 2022 
  6. Anchieta Fernandes (julho de 2006).«Grandes nomes da magistratura»(PDF). Consultado em 1 de novembro de 2011. Arquivado dooriginal(PDF) em 25 de maio de 2014 
  7. «Senador Amaro Cavalcanti - Senado Federal».www25.senado.leg.br. Consultado em 17 de julho de 2022 
  8. Biografia no portal do STF.
  9. ab«Amaro Cavalcanti, um jurista da República Velha».Consultor Jurídico. Consultado em 17 de julho de 2022 
  10. Protagonistas da Responsabilidade Civil: Amaro Cavalcanti. Rio de Janeiro: Editora Foco. 2022. 336 páginas.ISBN 978-6555155778 
  11. abcdefghijklm«Amaro Bezerra Cavalcanti».www.institutojosejorgemaciel.org.br. Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  12. abcdefGaleria de ministros
  13. Amaro Cavalcanti
  14. Academia Norte-Riograndense de Letras
  15. «LexML : Resultados».www.lexml.gov.br. Consultado em 17 de julho de 2022 
  16. Janeiro, Governo do Estado do Rio de.«Governo do Estado do Rio de Janeiro».Governo do Estado do Rio de Janeiro (em inglês). Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  17. «Avenida Amaro Cavalcânti, Rio de Janeiro, RJ - encontre locais no Apontador».Apontador. Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  18. «Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti».Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti. Consultado em 15 de fevereiro de 2016 

Ligações externas

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Precedido por
Bernardino José de Campos Júnior
Ministro da Justiça
e
Negócios Interiores do Brasil

1897 — 1898
Sucedido por
Epitácio Pessoa
Precedido por
Antônio Augusto de Azevedo Sodré
Prefeito do Distrito Federal (1889-1960)
1917 — 1918
Sucedido por
Peregrino da Silva
Precedido por
Augusto Tavares de Lira
Ministro da Fazenda do Brasil
1918 — 1919
Sucedido por
João Ribeiro de Oliveira e Sousa
Precedido por
Carlos Maximiliano Pereira dos Santos
Ministro da Justiça
e
Negócios Interiores do Brasil

1918
Sucedido por
Urbano Santos da Costa Araújo
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Bandeira do primeiro reinado e regênciaPeríodo regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do Brasil (1889-1960)República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960)2.ª República
Bandeira do Brasil (1889-1960)Estado Novo
(3.ª República)
Bandeira do BrasilPeríodo Populista
(4.ª República)
Bandeira do BrasilDitadura Militar
(5.ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6.ª República)
República Velha
(1ª República)
Bandeira do Brasil
, e
Repúblicas
Ditadura Militar
(5ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6ª República)
Vice-presidente
Manuel Vitorino (1894–1898)
Prudente de Moraes, 3º Presidente do Brasil
Ministérios
Fazenda
Guerra
Indústria, Viação e Obras Públicas
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Relações Exteriores
Gabinete de Floriano Peixoto (1891–1894) •Gabinete de Campos Sales (1898–1902) →
Prefeitos e intendentes
doDistrito Federal
(1889–1960)
República Velha
Presidentes
(Câmara dos Intendentes)
Prefeitos
Era Vargas
Prefeitos
Interventores
Período Populista
Governadores doestado
da Guanabara
(1960–1975)
Período Populista
Ditadura militar
Prefeitos do município do
Rio de Janeiro (1975–2028)
Ditadura militar
Nova República
Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Segundo reinado
(D. Pedro II)
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Indica secretário com atribuições equivalentes ao ministro da Fazenda (órgão extinto durante ogoverno Bolsonaro)
Vice-presidente
  • Nenhum (1918–1919)
Delfim Moreira, 10º Presidente do Brasil
Ministérios
Agricultura, Indústria e Comércio
Fazenda
Guerra
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Relações Exteriores
Viação e Obras Públicas
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Consultoria Geral
da República
Secretaria da Presidência
da República
Gabinete de Venceslau Brás (1914–1918) •Gabinete de Epitácio Pessoa (1919–1922) →
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