| Alberto Rocha Saraiva | |
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| Nascimento | 19 de outubro de 1886 Trancoso |
| Morte | 25 de outubro de 1946 (60 anos) Lisboa |
| Cidadania | Portugal |
| Alma mater | |
| Ocupação | professor universitário,político |
| Empregador(a) | Universidade de Coimbra,Universidade de Lisboa |
Alberto da Cunha Rocha Saraiva (Trancoso,19 de outubro de1886 —Lisboa,25 de outubro de1946) foi um jurista, professor deDireito naUniversidade de Coimbra e depois naUniversidade de Lisboa, e político. Foi deputado aoCongresso da República,Ministro da Instrução Pública eMinistro do Trabalho durante aPrimeira República Portuguesa. Liderou a constituição daUnião Liberal Republicana, sendo perseguido pelo regime doEstado Novo.[1][2][3][4]
Nasceu em Trancoso, filho do juiz Dr. Joaquim Bernardo da Rocha Saraiva. Tendo realizado a instrução liceal entre Lamego e Coimbra (1897-1903), ingressou naFaculdade de Direito da Universidade de Coimbra a 3 de outubro de 1903, concluindo o bacharelato em Direito a 4 de agosto de 1909. Licenciado em direito, com 18 valores, fez o doutoramento em Direito na Universidade de Coimbra, tendo publicado na Imprensa da Universidade, em 1912, a obraConstrução Jurídica do Estado.
Foi nomeado assistente daFaculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 13 de abril de 1912, sendo depois transferido a seu pedido para a novaFaculdade de Direito da Universidade de Lisboa no ano lectivo de 1915-1916. Foi bibliotecário daFaculdade de Direito da Universidade de Lisboa de 1934 a 1942.[5] Rocha Saraiva terá sido o professor que mais marcou a formação deOliveira Salazar, que se confessava seu discípulo, considerando-o seu mestre.
Rocha Saraiva nunca se converteu, porém, aosalazarismo, acabando por ser perseguido pelas suas ideias e preso no Aljube, embora Salazar, invisível, o tivesse protegido. Foi professor de quase todos os principais quadros jurídicos e políticos do Estado Novo, entre os quaisMarcelo Caetano,Armindo Monteiro,Paulo Cunha,Franco Nogueira eAdriano Moreira, e de destacados membros da oposição comoÁlvaro Cunhal,Adelino da Palma Carlos,José Magalhães Godinho,Francisco Sousa Tavares eVasco da Gama Fernandes. Apesar disso, o nome de Rocha Saraiva foi, talvez intencionalmente, apagado da universidade e da história portuguesa.[6]
Começou a militância política com a participação na greve académica de 1907. Em 1922 filiou-se no grupo governamental. Aderiu em 1926 àUnião Liberal Republicana, de cuja formação foi um dos principais promotores.[7] Foi afastado da política depois dogolpe de 28 de maio de 1926.[8]
FoiMinistro da Instrução Pública no34.º governo republicano, presidido porCunha Leal, em funções de 16 de dezembro de 1921 a 6 de fevereiro de 1922. Saído do Ministério tomou assento como deputado independente pelo círculo eleitoral da Guarda. Voltou ao governo comoMinistro do Trabalho no37.º governo republicano, presidido porAntónio Maria da Silva, em funções de 9 de janeiro a 15 de novembro de 1923.[9]
Faleceu em Lisboa a 26 de outubro de 1946. O seu nome é lembrado na toponímia deTrancoso, onde existe a «Doutor Alberto Cunha Rocha Saraiva».[10]
Entre outras, é autor das seguintes obras: