Albace (emgrego:Αλβακη;romaniz.:Albakē; emarmênio:Աղբակ;romaniz.:Ałbak),Aluaca (Αλουάκα,Alouáka),Albal (Աղբաղ,Ałbał) ouAlbaque (emárabe:البق;romaniz.:Albāq), referido em alguns documentos comoAlbace Maior (Աղբակ Մեծ,Ałbak Metz) para distingui-lo de seuhomônimo emGordiena,[1] segundo aGeografia deAnanias de Siracena (século VII), foi um cantão (gavar) da província (ascar) deVaspuracânia, noReino da Armênia.
Albace Maior tinha como sede a cidade deAdamacerta.[2] Possuía 1655 quilômetros quadrados e se estendia ao redor do curso superior doGrande Zabe, um tributário do sul doTigre, numa zona cercada por todos os lados por montanhas. O relevo é principalmente montanhoso, mas plano em alguns lugares, cujo clima é bastante frio. Ali há terras férteis e pastagens.[3] Segundo aGeografia deAnanias de Siracena (século VII), Albace Maior foi um cantão (gavar) da província (ascar) deVaspuracânia, noReino da Armênia.[4]
Albace Maior era um dos cantões que compunham o principado homônimo de Albace Maior, um dos domínios originais dosArzerúnios.[5][6] Em 387, quando o Reino da Armênia foi dividido entre oImpério Romano e oImpério Sassânida pelos termos daPaz de Acilisena, permaneceu como um dos territórios remanescentes dos armênios.[7] Noséculo X,Tomás Arzerúnio atestou que o distrito ainda existia como um dos domínios arzerúnidas.[8] Nos tempos modernos, sobrevivem ruínas de vários mosteiros, fortalezas e palácios construídos durante o reinado dos príncipes arzerúnidas (séculos V-XI).[3]
Albace Maior foi particularmente afetado pelas invasões dogeneral abássidaBuga, o Velho em meados doséculo IX e nas primeiras campanhas doImpério Seljúcida noCáucaso nos anos 1020-40. Na segunda metade doséculo XIX, a região contava com 81 aldeias, 24 das quais eram armênias. Em números totais, havia cerca de 10 mil armênios, oito mil curdos e assírios e dois mil judeus que se dedicavam à fabricação de casna (χašna) e à agricultura. Havia 5-6 escolas armênias. As aldeias armênias foram destruídas pelos turcos durante aguerra russo-turca de 1877–1878 e nos anos daPrimeira Guerra Mundial quase completamente abandonadas e reconstruídas. A maioria dos habitantes armênios morreu nogenocídio armênio de 1915 e os sobreviventes migraram para outros países.[3]