Al Pacino nasceu emNova York (East Harlem), filho dosÍtalo-americanos Salvatore Pacino e Rose que se divorciaram quando tinha dois anos.[1] Sua mãe mudou-se para próximo aoZoológico do Bronx para morar com seus pais, Kate e James Gerardi, que, por coincidência, tinham vindo de uma cidade na Sicília chamadaCorleone.[2] Seu pai que era deSan Fratello naProvíncia de Messina, mudou-se paraCovina, Califórnia, onde trabalhou como vendedor de seguros e gerente/proprietário de restaurante.[1]
Em seus anos de adolescência "Sonny", como era conhecido pelos amigos, visava se tornar um jogador deBasebol, e também foi apelidado de "O Ator". Al Pacino abandonou muitas aulas, mas não as de inglês. Ele abandonou a escola aos 17 anos. Sua mãe não concordou com a decisão; eles discutiram e ele fugiu de casa. Trabalhou em empregos de baixa remuneração como mensageiro, garçom, zelador e funcionário dos correios, para financiar seus estudos de atuação.[1] Já trabalhou na sala de correspondência da revistaCommentary.[3]
Começou a fumar e beber com nove anos de idade, e tornou-se usuário ocasional demaconha aos treze, mas nunca usou drogas pesadas.[4] Seus dois melhores amigos morreram devido o abuso de drogas com 19 e 30 anos.[5] Crescendo no Bronx, se envolvia em brigas ocasionais e foi considerado como um causador de problemas na escola.[6]
Atuou em peças teatrais de garagem de Nova Iorque, mas foi rejeitado pelasActors Studio, quando adolescente. Al Pacino, em seguida, se juntou ao Herbert Berghof Studio (HB Studio), onde conheceu o professor de atuação Charlie Laughton (não confundir com o ator britânicoCharles Laughton), que se tornou seu mentor e melhor amigo. Nesse período, ficou muitas vezes desempregado esem-teto, e às vezes dormia na rua, nos cinemas, ou na casa de amigos.[2][7]
Em 1962, sua mãe morreu com 43 anos de idade. No ano seguinte, seu avô James Gerardi, uma das pessoas mais influentes em sua vida, também faleceu.[1]
Pacino nas peçasThe Basic Training of Pavlo Hummel (1971)
Nos fins da década de 1960 estudou sob a supervisão deLee Strasberg, descobrindo com isso a terapia para uma juventude deprimida e pobre, em que mal tinha dinheiro para apanhar o transporte para as audições. O seu talento falou mais alto, tendo ganho um Obie Award pela sua interpretação em palco deThe Indian Wants the Bronx e umTony Award porDoes the Tiger Wear a Necktie?. O seu primeiro trabalho no grande ecrã foi “Me Natalie” em 1969, mas seria em 1971 com o seu trabalhoThe Panic in Needle Park que o seu talento viria ao de cima, tendo ganho a atenção dorealizadorFrancis Ford Coppola.
Pacino continuou fazendo teatro e começou a sua carreira comorealizador, e embora o seu primeiro filme (The Local Stigmatic) continue por editar, os seus outros dois trabalhos (Looking for Richard eChinese Coffee) foram bastante aclamados.
A sua ascensão meteórica surgiu após ter desempenhado o papel deMichael Corleone no filme clássico sobre amáfia deFrancis Ford Coppola,The Godfather de 1972. Embora muitos actores consagrados pretendessem este papel, Coppola escolheu o então relativamente desconhecido Pacino para o desempenhar. A sua actuação rendeu-lhe uma nomeação para oÓscar de melhor ator (coadjuvante/secundário) e até aos finais da década de 1970 conseguiu ainda mais quatro nomeações, todas elas para melhor actor, incluindo a actuação da continuação deGodfather,The Godfather: Part II em 1974.
Apesar de ter tido mais algumas nomeações, somente em 1993 Pacino conseguiria alcançar o almejado prémio com o filme “Scent of a woman” deMartin Brest, no qual desempenha o papel de um militar reformado, cego e com um feitio irascível; para além de ter ganho oÓscar de melhor ator, foi também cogitado para a indicação de melhor ator (coadjuvante/secundário) com o filmeGlengarry Glen Ross. O feito de Al Pacino só iria ser repetido em 2005, quando o atorJamie Foxx ganhou o prêmio de melhor ator pela atuação no filmeRay, o qual interpretava o cantor americanoRay Charles, e foi indicado a melhor Ator (coadjuvante/secundário) pelo filme "Collateral", no qual interpretava o papel de um motorista de táxi a serviço de um homicida interpretado porTom Cruise. Aproximou-se, também, do feito de Al Pacino e Jamie Foxx a atrizJulianne Moore, que em 2003 foi indicada às duas categorias, não tendo no entanto, de qualquer da vezes, conseguido ganhar nenhum deles.
Al Pacino no Festival de Cinema de Roma em 2008
Depois dessas nomeações, Pacino nunca mais foi nomeado para qualquer dos prémios; no entanto, conseguiu vencer doisGlobos de Ouro.
Na década de 1980, a carreira de Pacino entrou numa curva descendente, com as suas actuações emCruising eAuthor! Author!, a não serem muito apreciadas pela crítica. No entanto, conseguiu mais uma nomeação para os Globos de Ouro com o filmeScarface, onde representa o papel do barão da drogacubanoTony Montana.
O reverso da medalha surge em 1985, com o filmeRevolution, a ser considerado por alguns como a sua pior actuação de sempre, o que o levou de volta para o teatro nos quatro anos seguintes. Em 1989 regressou comSea of Love, seguido de uma série de excelentes interpretações emCarlito’s Way,Heat,Donnie Brasco eThe Recruit.
Embora nunca tenha se casado, Pacino é pai de quatro filhos. A mais velha, Julie Marie (nascida em 1989), é sua filha com a preparadora de atores Jan Tarrant. Os filhos gêmeos, Anton James e a filha Olivia Rose (nascida em 25 de janeiro de 2001), com a atrizBeverly D'Angelo, com quem teve um relacionamento de 1996 até 2003.[8]
Também é pai de Roman Pacino (nascido a15 de junho de2023 (2 anos)) com a produtora de Cinema e TV, Noor Alfallah (nascida a02 de dezembro de1993 (31 anos)-54 anos mais nova que o ator), com quem manteve um relacionamento de 2022 a 2024.[9]
Pacino teve um relacionamento comDiane Keaton - sua co-estrela nos três filmes deGodfather - que terminou após a filmagem deThe Godfather Part II. Ele também teve relacionamentos com Tuesday Weld,Jill Clayburgh,Marthe Keller,Kathleen Quinlan, e Lyndall Hobbs. Pacino teve um relacionamento de dez anos com a atriz argentina Lucila Polak de 2008 a 2018.