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Ademir da Guia | |||||||||||||||||
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| Em 1974, na Alemanha, durante treino da Seleção Brasileira | |||||||||||||||||
| Informações pessoais | |||||||||||||||||
| Nome completo | Ademir Ferreira da Guia | ||||||||||||||||
| Data de nascimento | 3 de abril de1942 (83 anos) | ||||||||||||||||
| Local de nascimento | Rio de Janeiro,Distrito Federal,Brasil | ||||||||||||||||
| Nacionalidade | brasileiro | ||||||||||||||||
| Altura | 1,80 m | ||||||||||||||||
| Pé | destro | ||||||||||||||||
| Apelido | Divino | ||||||||||||||||
| Informações profissionais | |||||||||||||||||
| Atividade | 1960–1977 | ||||||||||||||||
| Posição | ex-meio-campista | ||||||||||||||||
| Categoria de base | |||||||||||||||||
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| Profissional | |||||||||||||||||
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| Seleção | |||||||||||||||||
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Ademir Ferreira da Guia (Rio de Janeiro,3 de abril de1942) é um ex-futebolistabrasileiro que atuava comomeio-campista.
É considerado pela torcida e pela imprensa o maior ídolo da história doPalmeiras,[2] no qual foi titular absoluto por mais de dezesseis anos durante a época da chamada "Academia", onde era o craque e a figura central.[3] Classificado pela crítica especializada como um dos melhores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos, é também o jogador que mais vezes vestiu a camisa alviverde em todos os tempos, com 902 jogos.[4] Pela classe com que jogava, herdou parte do apelido de seu pai,Domingos da Guia, o "Divino Mestre", e passou a ser chamado de "Divino".
Também é tido como um dos craques mais injustiçados da história do futebol brasileiro, pois durante toda a sua longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para aSeleção e disputou apenas uma partida emCopas do Mundo, a de1974, quando o Brasil já estava desclassificado, na disputa pelo 3º lugar contra aPolônia, tendo ainda assim sido substituído no intervalo porMirandinha.[5]
Graças a Ademir e aos demais jogadores da Academia, o Palmeiras foi um dos únicos times brasileiros a fazer frente aoSantos dePelé. Durante a passagem do "Divino" pelo alviverde, oVerdão foi pentacampeão brasileiro.[6]
Anos depois de ter encerrado a carreira como desportista, Ademir da Guia foivereador da cidadeSão Paulo em 2004. Concorreu, sem sucesso, a uma vaga dedeputado estadual naseleições em São Paulo em 2014 peloPartido Republicano Progressista.[7]

Ademir é filho deDomingos da Guia,zagueiro que brilhou nadécada de 1930. Alto e esguio, chegou a atuar comocentroavante no início da carreira, mas sempre preferiu o meio-campo.
Desembarcou emSão Paulo no ano de 1961, vindo doBangu-RJ, clube que o revelou para o futebol, assim como a seu pai e a seu tio,Ladislau da Guia (maior artilheiro da história do Bangu, com 215 gols). Destaque no clube carioca aos 19 anos, Ademir já era sondado porFluminense,Botafogo eSantos, além de ter despertado o interesse dosespanhóisBarcelona eValencia. No entanto, foi oPalmeiras que pagou caro pelo jovem. Após ter estreado pelo clube paulista em 1962, permaneceu noVerdão até encerrar a carreira em 1977.[8]
Ao lado deDudu, formou um célebre meio-campo na equipe palmeirense. Conquistou cinco vezes oCampeonato Brasileiro, cinco vezes oCampeonato Paulista, e tem a impressionante marca de 902 jogos disputados, 153 gols marcados e dezenas de títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios amistosos nacionais e internacionais.
Em 1984, já aposentado, jogou umamistoso festivo pelo Palmeiras.
Em 2001, teve sua biografia publicada porKleber Mazziero.[9] Já em 2006, foi lançado umdocumentário sobre a sua carreira, intituladoUm Craque Chamado Divino.
No dia 25 de outubro de 2014, foi realizada uma partida festiva chamada de "Jogo Divino" em homenagem a Ademir da Guia, então com 72 anos de idade. A festa, que recebeu 10 mil convidados, fez parte de um evento-teste doAllianz Parque, nova arena do Palmeiras inaugurada oficialmente dias depois. Com a participação de vários ex-jogadores do clube, o evento foi considerado um sucesso. A partida contou com duas equipes do Palmeiras, sendo uma vestida de verde e a outra de branco. O jogo terminou empatado com o placar de 3 a 3, sendo que um dos gols, depênalti, foi marcado por Ademir, o primeiro da história da nova arena.[10][11]
Depois de ter sido eleito vereador em 2004 peloPC do B, por convite deAldo Rebelo,[12][13][14] Ademir tentou prosseguir na carreira política ao concorrer à reeleição para vereador em 2008. O ex-jogador tentou mais em quatro eleições, para deputado estadual, em 2014, para vereador, em 2016, para deputado estadual, em 2018 e novamente em 2020 para vereador, mas todas sem sucesso – esta última teve sua candidatura indeferida.[15][16][17]
Em 2001, o ex-jogador e ídolocorintianoSócrates escreveu sobre a vida de Ademir da Guia:
| “ | "O futebol nos ofereceu em sua trajetória um grande bailarino, Ademir da Guia, a colocação impecável, a fronte eternamente erguida, a calma irritante, o passe perfeito, a simplicidade dos gestos, o alcance dos passos, a lentidão veloz e o raciocínio implacável ficaram definitivamente em nossa memória. Ademir representou o vértice da serenidade e competência. Passeava pelos gramados como um cisne, encantando a todos. Infelizmente, esse arsenal de qualidades nunca foi usado pela seleção brasileira, que, através de seus representantes, não atendia o clamor popular pela sua convocação, sempre excluindo-o. A cada convocação, todos esperávamos ansiosos e nos perguntávamos se ele seria parte da lista. Injustiça! É uma honra escrever o prefácio de sua história!" | ” |
Em 1975,João Cabral de Melo Neto dedicou-lhe um poema:
| “ | Ademir impõe com seu jogo o ritmo do chumbo (e o peso), da lesma, da câmera lenta, do homem dentro do pesadelo. (...) | ” |
Durante a vitoriosa carreira de Ademir, o jornalistaArmando Nogueira falou a seguinte frase:
| “ | "Ademir da Guia tem nome, sobrenome e futebol de craque" | ” |
Trecho da música "Filho do Divino", composta porArnaud Rodrigues e gravada em 1977 porMoacyr Franco:
| “ | "Obrigado, Domingos Pois que deste ao mundo um filho Divino" | ” |


