Aborto salino é um método raramente utilizado deaborto tardio, realizado através da injeção de uma solução salina noútero.
O aborto salino é feito através da injeção de umasolução química que consiste de substâncias comosoro fisiológico,ureia, ouprostaglandina através doabdômen e nabolsa amniótica. Océrvix é dilatado antes da injeção e a solução química induz as contrações uterinas que expelem ofeto.[1] Às vezes faz-se necessário realizar os procedimentos de dilação e curetagem para remover todo remanescente de tecido placentário ou fetal.[2]
Os métodos de instilação exigem hospitalização de 12 a 48 horas.[2] Em um estudo, quando algas do gêneroLaminaria foram usadas para dilatar o cérvix da noite para o dia, o tempo entre a injeção e o fim do processo foi reduzido de 29 para 14 horas.[3]
O método do aborto salino foi desenvolvido em 1934 por Eugen Aburel.[4] Seu uso é mais frequente entre a 16ª e 24ª semana de gestação, mas suas taxas de uso tem caído drasticamente nos últimos anos.[2] Em 1968, aborto por injeção de solução salina contabilizava 28% dos procedimentos desenvolvidos legalmente em São Francisco, Califórnia.[5] Injeções intrauterinas (de todos os tipos) caíram de 10,4% dos abortos legais nos E.U.A em 1972 para 1,7% em 1985[6], caindo par 0,8% do total de abortos induzidos nos Estados Unidos durante 2002[7], e 0,1% em 2007[8].
Em 1998, o Guttmacher Institute realizou umestudo estatístico, enviado a hospitais emOntário, noCanadá, no qual 9% doshospitais naquelaprovíncia que ofereciam serviços abortivos usavam soluções salinas, 4% usavam ureia e 25% usavam prostaglandina.[8] Um estudo desse mesmo ano em instalações hospitalares naNigéria com que realizavam abortos encontrou apenas 5% das instituições realizando abortos salinos.[9]
Antes de uso comum, o aborto salino caiu em desuso por sua associação com os sériosefeitos adversos por ele causados e por sua reposição com procedimentos menos custos em tempo e que causam menos desconforto físico.[10]
A solução salina em geral é mais segura e efetiva que as outras soluções intrauterinas porque é mais provável que atue na primeira dose. Aprostaglandina possui ação mais rápida, mas frequentemente exige uma segunda injeção e possui maior risco de efeitos adversos, tais comonáusea,vômito ediarreia.[2]
O uso de solução salina ou de prostaglandina está associado a um maior risco de complicações pós-procedimentais que o outro procedimento abortivo,dilatação e curetagem (D&C).[11] Adilatação e evacuação (D&E) é também reconhecida como mais segura que os métodos de instilação.[12] Um estudo descobriu que o risco de complicações associadas à injeção deureia eprostaglandina nolíquido amniótico era 1,9 vezes maior que o da D&E.[12]
A taxa demortalidade reportada nosEstados Unidos entre 1972 e 1981 era de 9,6 por 100.000 para os métodos com instilação. Isto comparado a taxas de 4,9 por 100.000 para D&E e 60 por 100.000 em abortos porhisterotomia ehisterectomia.[12]
Há pelo menos dois casos documentados de abortos salinos que levaram anascimentos vivos.[13]
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