James Bond, na concepção deIan Fleming, definindo em traços o personagem fictício descrito em seus livros, serviu de base para publicação de seus quadrinhos no jornalDaily Express.
O personagem foi apresentado ao público emlivros de bolso nadécada de 1950, com o romanceCasino Royale, tornando-se um sucesso de venda e popularidade entre os britânicos e, logo a seguir, entre os países delíngua inglesa. Na década seguinte, os livros viraram uma grande franquia nocinema, a mais duradora e bem sucedida financeiramente, com um total de vinte cinco filmes oficiais, começando comO Satânico Dr. No, em 1962.[1]
Ian Fleming tirou o nome 'James Bond' doautor de um livro predileto de sua esposa sobreornitologia,Birds of the West Indies,[2] e escreveu doze livros e dois contos sobre ele, antes de morrer, em 1964.[3] Após sua morte, outros livros subsequentes foram escritos porKingsley Amis eRaymond Benson, entre outros.
O personagem já foi tema de umseriado de televisão nosEstados Unidos antes de chegar aos cinemas, e de dois filmes independentes, à parte dos feitos pela produtora oficialEON Productions, detentora dos direitos para as telas das histórias do espião, desde o acordo feito porHarry Saltzman eAlbert Broccoli - produtores originais da série - com Fleming, no início da década de 1960. Hoje a produtora é dirigida pela filha e pelo enteado de Broccoli. Bond também apareceu emquadrinhos,videojogos, e se tornou alvo de muitasparódias.
Em suas aventuras originais completas, entre elasCasino Royale,Dr. No,Goldfinger eOctopussy, Bond é descrito como um homem alto, moreno, caucasiano, de olhar penetrante, viril, porte atlético e sedutor, com idade estimada entre 33 e 40 anos, apreciador devodka-martini (Batido. Não mexido) exímio atirador com licença 00 para matar (sétimo agente desta categoria especial, daí seu código 007) e perito emartes marciais, que combatia o mal pelo mundo (muitas vezes representado pelaURSS naqueles tempos deGuerra Fria), a serviço do governo de Sua Majestade, com charme, elegância e cercado de belas mulheres, sempre se apresentando com a famosa frase"Meu nome é Bond, James Bond".
Robert Haakon Nielsen, mais conhecido por seu nome artísticoBarry Nelson foi o primeiro James Bond no telefilme Cassino Royale (Casino Royale (1954)), antes do actorSean Connery. Ele eDavid Niven são os únicos intérpretes de 007 que nunca fizeram o papel em filmes produzidos pelaEON Productions.
Os filmes de 007 foram produzidos inicialmente porHarry Saltzman eAlbert Broccoli, detentores dos direitos cinematográficos de quase toda a obra já escrita por Ian Fleming e donos da produtora EON (Everything or Nothing). Em 1975, Saltzman abandonou a franquia. Desde 1995, os filmes são produzidos pela filha de Albert, Barbara Broccoli, e seu meio-irmão, Michael G. Wilson.
James Bond já foi interpretado por seis atores na série oficial:
Sean Connery (1962–1967-1971/1983 cujo filme não faz parte da saga original)
Em 1962, foi lançado o primeiro filme,Dr. No, com o personagem James Bond interpretado pelo então quase desconhecido atorescocês Sean Connery. O filme, feito com apenas um milhão de dólares (orçamento baixo, até para a época), estourou nas bilheteiras de todo o mundo, transformando Connery num ícone dosanos 1960, que com a sua espetacular popularidade internacional fez surgir uma nova histeria mundial vinda da terra daBeatlemania da época: aBondmania.
Alguns dos fatores de maior empatia da série com o público, além do carisma e do charme de seu personagem principal, têm sido sem dúvida os mirabolantesvilões, osgadgets mortais e de altatecnologia, as suas canções-tema e as suas maravilhosasbond-girls.
Daniel Craig, quando interpretou James Bond, foi bastante criticado pela imprensa e pelos fãs-clubes por serloiro e baixo (1,78 metros)[4] para o papel, mas com o sucesso deCassino Royale, seu trabalho passou a ter uma boa recepção.
Os filmes oficiais são aqueles produzidos pelaEON.
Bond também não seria o espião invencível que é se não fossem os brinquedos tecnológicos que o acompanham desde o início, e que por tantas vezes lhe salvaram a vida, todos produzidos no laboratório de pesquisas doMI-6 pelo irascível "Q", o gênio inventor da agência de espionagem, vivido porDesmond Llewelyn. Falecido num acidente de automóvel no fim de 1999, Lewellyn foi o ator que mais participou dos filmes de James Bond: esteve em todos, à exceção do pioneiroDr. No e deLive and Let Die (no qual e rapidamente mencionado).
Entre esses brinquedinhos tornaram-se famosos aLotus Esprit, o carro esporte-submarino-lançador-de-mísseis deThe Spy Who Loved Me; oAston Martin DB5 com chapa blindada à prova de balas que protegia o vidro traseiro deGoldfinger; Little Nellie, o mini-helicóptero desmontável deYou Only Live Twice, e até mesmo um brinquedinho não criado por "Q", mas pelaNASA, ojipe lunar usado por Sean Connery em uma de suas fugas no filmeDiamonds Are Forever.
As sempre inovadorasvinhetas de apresentação na abertura dos filmes onde James Bond aparece atirando na tela, criadas peloartista gráficoMaurice Binder, tornaram-se uma atração à parte dentro do próprio filme e revolucionaram odesign cinematográfico nosanos 1960 e70.
" No livro 007 - From Russia With Love ", Bond menciona segundos após ser envenenado por Mathis, que já tinha a mais "bela" mulher, claramente se referindo a "Tatiana Romanova ".
O agente secreto bebeuMartini 109 vezes nos 24 filmes durante 53 anos, o que dá uma média de 4,5 vezes por filme. No filme "Quantum of Solace" bebeu 24 vezes.[7]