Exodus: Gods and Kings (bra:Êxodo: Deuses e Reis[4][7];prt:Êxodo: Deuses e Reis[8] ouExodus: Deuses e Reis[2]) é umfilme épico de 2014 inspirado naBíblia e dirigido pelo altamente renomadoRidley Scott. Foi escrito por Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine eSteven Zaillian. O filme é estrelado porChristian Bale,Joel Edgerton,John Turturro,Aaron Paul,Ben Mendelsohn,Sigourney Weaver, eBen Kingsley. O filme faz uma releitura da história doÊxodo baseada em livros antigos provenientes da cultura judaica, como Midraxes, e na própria versão em hebraico daTorá, de onde mais interpretações podem ser feitas sobre a história do Êxodo dos hebreus do Egito sendo liderados porMoisés e relatado noLivro do Êxodo. Vários países islâmicos proibiram sua exibição por não concordarem com a visão do filme onde os hebreus são mostrados como opovo eleito por Deus e os egípcios como carrascos e perseguidores dos hebreus.[8][7] O filme é dedicado ao irmão mais novo e companheiro do diretor,Tony Scott, que cometeu suicídio em 2012.
Em junho de 2012, Ridley Scott anunciou que desenvolvia uma adaptação doLivro de Êxodo, provisoriamente intitulada "Moses".[12][13] Em março de 2013, o site de notíciasDeadline.com afirmou que Scott almejavaChristian Bale como ator principal no filme;[14] em agosto Bale foi confirmado para o papel de Moisés.[15] No mesmo dia,Joel Edgerton juntou-se ao elenco para interpretar Ramessés e a produção foi agendada para iniciar em setembro.[16] O estúdio anunciou testes de elenco emAlmería ePechina para 3000 a 4000 figurantes com outros 2000 figurantes na ilha deFuerteventura.[17] Em 27 de agosto,Aaron Paul foi confirmado para o papel de Josué.[18] Sigourney Weaver, Ben Kingsley e John Turturro permaneceram até então em negociações sobre sua atuação no filme.[19] Em março de 2014, o estúdio modificou o título da produção para "Exodus: Gods and Kings".[20]
Peter Chiang supervisionou os efeitos visuais do filme.[23] Ele afirmou que "Ridley queria convencer o público de que tudo foi fenômeno natural, como um eclipse ou um tsunami, e não simplesmente alguém tocando um cajado no mar".[25]
A produção levou mais de 1500 tomadas de efeitos visuais para ampliar digitalmente a população de hebreus e ajudar a tornar mais autênticas as pragas de granizo, gafanhotos e sapos, embora 400 rãs tenham sido usadas durante as filmagens.[23] Cerca de 40 atores acompanharam Bale nas cenas que reproduziam a travessia do Mar Vermelho, sendo o restante da multidão gerado por computador, juntamente com cerca de 180 pés, os cavalos e carruagens; foram 400 mil pessoas reproduzidas digitalmente na cena.[23] Nosclose-ups de pessoas fugindo na praia, os cineastas usaram águas reais.[23] Para a cena da tempestade de granizo, a equipe de efeitos especiais construiu canhões especiais que disparavam bolas depolímero que se fragmentam no ar com a mesmas características de uma bola de gelo. Cerca de 30 destes canhões foram usados no filme. Para a visão distante da tempestade, foram usadas simulações de computador.[23]
Em uma entrevista paraAccess Hollywood, Scott afirmou que houve um corte "final" de cenas do filme de 4 horas de duração total, fazendo com que a versão exibida nos cinemas fosse reduzida em 90 minutos.[26]
Exodus: Gods and Kings arrecadou US$ 65 milhões nos Estados Unidos e Canadá e US$ 203,2 milhões internacionalmwente, totalizando 268 milhões.[6]
O filme foi lançado na América do Norte em 12 de dezembro de 2014 em 3.503 salas de cinema. Arrecadou US$ 8,9 milhões de dólares em seu dia de lançamento (incluindo aspreviews). O filme liderou as bilheterias durante sua semana de estreia 24 milhões de dólares, que foi significantemente mais baixo do que a arrecadação de estreia deNoé, outro filme de inspiração temática bíblica de 2014.[3]
Exodus foi proibido no Egito.[28] O Ministro da Cultura egípicio descreveu-o como "um filmesionista" e afirmou que o mesmo foi banido por conta de sua "inexatidão histórica", como criar uma falsa impressão de que Moisés e o hebreus ergueram asPirâmides.[29] Ao contrário de outros épicos bíblicos,Exodus não foi censurado pelo Ministério de Cultura. NoIslão, Moisés (Musa) é tido como um profeta deAllah, porém a maior instituição religiosa do país, aAl-Azhar, não se opôs ao conteúdo do filme, como havia ocorrido comNoé.[30]
NoMarrocos, a Moroccan Cinema Centre (CCM) inicialmente aprovou a exibição do filme, mas dias após representantes da instituição proibiram o filme por conta da personificação davoz de Deus (O que é um erro,já que o menino representa um anjo mensageiro e não Deus) Após a edição de alguns diálogos, o filme foi aprovado para exibição no país.[31]
Exodus teve sua estreia negada nosEmirados Árabes Unidos por conta dos "muitos equívocos" na história. O diretor de conteúdo de mídia no Conselho de Mídia Nacional explicou: "O filme está sob nossa avaliação e acreditamos que há muitos erros não somente sobre o Islão como também sobre as demais religiões. Então, não iremos lançá-lo nos Emirados Árabes Unidos".[32]
Antes de seu lançamento, algumas controvérsias cresceram sobre afirmações de Ridley Scott de que ele buscaria explicações naturais para osmilagres, incluindo um tsunami que teria causado a abertura do Mar Vermelho.[33] De acordo com Scott, a abertura do Mar Vermelho teria sido inspirada por um tsunami que, por sua vez, desencadeou num terremoto submarino nacosta italiana em aproximadamente3000 a.C..[24] Isto, somando-se às afirmações preconceituosas de Christian Bale sobre seu personagem, geraram fortes críticas de parte do público.[34] Entre os que manifestaram sua preocupação, o autorBrian Godawa afirmou que seria "preciso retratar Moisés como um herói imperfeito, assim os cristão não terão problemas com isso, mas para ser tão extremo ao ponto de chamá-lo de pessoa mais bárbara na história, que soa como se ele estivesse desviando de seu caminho".[35] Outro crítico foiChris Stone, afirmando que "não há nada na história bíblica que apoia isto" e acrescentou que "é uma indicação de que haverá tremenda desconexão entre a interpretação de Bale e as expectativas do público".[36]
Em sua análise, Ellen White - editora chefe da Sociedade de Arqueologia Bíblica - destacou os equívocos bíblicos do filme. White notou que todos os aspectos teológicos sobre asPragas do Egito foram retiradas da versão de Scott, além de que havia menos do que dez pragas, como citado na Bíblia. As pragas eram de natureza diferente (como crocodilos, por exemplo) e os israelitas mostravam-se afligidos por elas tal como os egípcios. A autora resumiu sua análise com a afirmação: "A história deles era tão diferente que se não usar os nomes bíblicos e lançar o mesmo filme com um título diferente, eu poderia nem sequer o reconhecer".[37]
O jornalSydney Morning Herald e a revistaChristian Today divulgaram que o elenco de atores caucasianos nos papéis principais estaria sofrendo protestos.[38][39] Quatro atores caucasianos foram selecionados para os papéis principais (que incluem personagens hebreus e egípcios): Christian Bale como Moisés, Joel Edgerton como Ramessés II, Sigourney Weaver como Rainha Tuiu e Aaron Paul como Josué. OSydney Morning Herald também relatou observações da comunidade online de que aGrande Esfinge de Gizé no filme possuía traços europeus.[38] AChristian Today informou que uma petição online estaria em circulação e comparouExodus ao consagradoThe Ten Commandments (1956) com seu elenco formado por atores caucasianos, mas afirmou que "a questão racial, o número de atores negros e as oportunidades oferecidas a eles eram muito diferente em 1956".[39] Alguns usuários da rede socialTwitter conclamaram um boicote do filme.[40]
↑Radhakrishnan, Manjusha (27 de dezembro de 2014).«'Exodus' wil not release in UAE».Gulf News. Consultado em 29 de outubro de 2015. Arquivado dooriginal em 30 de dezembro de 2014