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Época | |
|---|---|
| Edição nº 1027, de 3 de março de 2018, a primeira com olayout vigente. | |
| Categoria | notícias |
| Frequência | semanal |
| Editora | Editora Globo |
| Fundação | 25 de maio de 1998 |
| Primeira edição | 25 de maio de 1998 |
| Última edição | 29 de maio de 2021 |
| Empresa | Editora Globo |
| País | Brasil |
| Baseada em | Rio de Janeiro,RJ |
| Idioma | português |
| ISSN | 14155494 |
| oglobo.globo.com/epoca | |
AÉpoca foi uma revista de notícias brasileira lançada em 25 de maio de 1998,[1] resultado de uma parceria entre aEditora Globo e o grupo alemão Hubert Burda Media, responsável pela publicação da revistaFocus[2] naAlemanha.[3] Desde sua estreia, a publicação propôs uma abordagem diferenciada no segmento de revistas semanais de informação no Brasil, com foco na qualidade jornalística e na valorização do design gráfico, o que originou o conceito de “jornalismo visual”.
A revista adotou um modelo editorial que integrava texto, imagem, gráficos e recursos visuais, com o objetivo de facilitar a leitura e aprimorar a apresentação de reportagens, entrevistas e matérias especiais.[4] A cobertura incluía temas comopolítica,economia, negócios,ciência,tecnologia,saúde,meio ambiente, comportamento, sociedade ecultura. Essa estrutura editorial contribuiu para a diferenciação da revista em relação a outras publicações semanais do mercado.
Desde sua primeira edição, a revista contou com presença digital por meio do site "Época.com.br", lançado simultaneamente à versão impressa. Posteriormente, tornou-se a primeira revista brasileira a disponibilizar conteúdo em formato para tablet, demonstrando alinhamento com as transformações tecnológicas e os novos formatos de consumo de informação.
A partir de 2006, a revista passou a publicar anualmente aEdição Verde, dedicada exclusivamente a temas relacionados ao meio ambiente e à sustentabilidade.[5] Em 2007, foi lançada o suplementoÉpoca Negócios, voltada ao universo corporativo, que depois tornou-se uma revista separada. No ano seguinte, surgiu a Época São Paulo, com foco na vida cultural e cotidiana da capital paulista. Esses projetos ampliaram o alcance da marca e consolidaram sua atuação em nichos específicos do mercado editorial.
Durante seus 23 anos de circulação, a revista foi responsável por reportagens investigativas e coberturas jornalísticas que receberam prêmios como o Esso de Jornalismo,[6] entre outros reconhecimentos. Sua proposta editorial e estrutura visual contribuíram para a evolução do jornalismo impresso no país.
Em 29 de maio de 2021, a versão impressa da revista foi descontinuada. A partir dessa data, o conteúdo passou a ser publicado como uma seção do jornal O Globo,[7] disponível na edição impressa aos sábados e na plataforma digital. A mudança refletiu a transição do consumo de informação para o ambiente digital e a redução da demanda por revistas semanais em formato físico.
| Ano | Obra | Veículo de mídia | Autor | Resultado |
|---|---|---|---|---|
| 2002 | "A suave subversão da velhice" | Época | Eliane Cristina Brum | Venceu[11] |
Em 2020, o diretor de arte Mateus Valadares recebeu oLatin American Design Awards na categoria editorial por dois projetos.[12]
Entre seu corpo de colunistas, estão (ou estiveram):
Em março de2006 a revistaÉpoca envolveu-se no escândalo político da quebra do sigilo bancário do caseiroFrancenildo Santos Costa, que culminou com a queda do ministro daFazenda,Antônio Palocci.[carece de fontes?]
Reportagem publicada pela revistaCartaCapital em maio de2012 acusa Eumano Silva, diretor da revistaÉpoca na sucursal deBrasília, de associação com a organização criminosa comandada porCarlinhos Cachoeira, visando simultaneamente fragilizar adversários dobicheiro e sedimentar interesses do grupo. SegundoCartaCapital, o araponga Idalberto Matias Araújo, alcunhado Dadá, "braço direito de Cachoeira", negociou com o jornalista a publicação de informações que visavam prejudicar a empresa Warre Engenharia, concorrente da empreiteira Delta emGoiás, na qual Cachoeira possuía participação. A reportagem "O ministro entrou na festa" publicada porÉpoca resultou na Operação Voucher da Polícia Federal, ocasionando a queda do então Ministro do TurismoPedro Novais. A empresa Warre, entretanto, foi posteriormente inocentada.[14]
A negociação entre Dadá e Eumano Silva foi flagrada em interceptações telefônicas da Polícia Federal, cinco das quais foram disponibilizadas àCartaCapital. Segundo a revista, o diretor da sucursal deÉpoca telefonou para Dadá para alertá-lo sobre a possibilidade da construtora Delta aparecer vinculada ao escândalo do Ministério do Turismo, o que comprovaria a cooperação consciente do jornalista com a organização criminosa. Em resposta às acusações, a direção da revistaÉpoca afirmou que não tinha conhecimento de que os emissários integravam a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.[14] OJornal da Record também exibiu reportagem sobre o tema.[15]
Ainda de acordo comCartaCapital o vice-presidente da República,Michel Temer, teria se tornado uma espécie de interlocutor entre asOrganizações Globo, responsáveis pela publicação da revistaÉpoca, e o governo federal.CartaCapital afirma que em um espaço de três semanas, desde que as suspeitas de envolvimento de veículos de imprensa com o grupo criminoso de Carlinhos Cachoeira emergiram, Temer ofereceu dois jantares ao empresárioJoão Roberto Marinho, um dos herdeiros da Globo, na residência-oficial do vice-presidente em Brasília, oPalácio do Jaburu. Marinho teria pedido a Temer durante esses jantares que controlasse uma suposta "sanha do PT" (Partido dos Trabalhadores) em investigar os veículos de imprensa envolvidos em denúncias. A revista afirma ainda que um assessor de Temer, Márcio Freitas, ligou para a redação deÉpoca para sondar a veracidade das informações e alertar a publicação sobre a possibilidade dos grampos registrando contatos entre o diretor deÉpoca e o araponga Dadá terem vazado para aCartaCapital.[16]
Também em maio de 2012, o tratamento dispensado porÉpoca ao senadorDemóstenes Torres, acusado de integrar o grupo criminoso de Carlinhos Cachoeira, foi citado em reportagem da semanalThe Economist. A revista britânica ironizou o fato de que enquantoÉpoca classificava o senador como "portador de princípios e convicções" e "não apenas mais um traficante de influência política", por ocasião da publicação da lista dos cem brasileiros mais influentes, a Polícia Federal interceptava ligações comprometedoras entre Torres e o bicheiro.[17]