AÁfrica é o terceiro continente mais extenso (depois daÁsia e daAmérica) com cerca de 30 milhões dequilômetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. É o segundocontinente mais populoso daTerra (atrás da Ásia) com cerca de um bilhão de pessoas (estimativa para 2005[1]), representando cerca de um sétimo da população mundial, e 54 países independentes.
Afri era um nome latino usado para se referir aos habitantes do que era então conhecido como norte da África, localizado a oeste do rio Nilo, e em seu sentido mais amplo referindo-se a todas as terras ao sul doMediterrâneo, também conhecido comoLíbia Antiga.[5][6] Este nome parece ter originalmente se referido a uma tribo nativa da Líbia, um ancestral dos berberes modernos; veja Terence para discussão. O nome tinha sido geralmente ligado com a palavra feníciaʿafar que significa "poeira",[7] mas uma hipótese de 1981 afirmou que deriva da palavra berbereifri (pluralifran) que significa "caverna",[8] em referência aos moradores de cavernas.[9] A mesma palavra pode ser encontrada no nome dosBanu Ifran daArgélia eTripolitânia,[9] uma tribo berbere originária de Yafran (também conhecida comoIfrane) no noroeste daLíbia, bem como da cidade deIfrane noMarrocos.
Sob o domínio romano,Cartago tornou-se a capital da província então chamadaAfrica Proconsularis, após a derrota dos cartagineses naTerceira Guerra Púnica em 146 a.C., que também incluía a parte costeira da atual Líbia. O sufixolatino -ica às vezes pode ser usado para denotar uma terra (por exemplo, emCelta deCeltae, como usado porJúlio César). A região muçulmana posterior de Ifriqiya, após a conquista doExarchatus Africae doImpério Bizantino (Romano Oriental),[10] também preservou uma forma do nome.
De acordo com os romanos, a África fica a oeste doEgito, enquanto "Ásia" era usado para se referir àAnatólia e terras a leste. Uma linha definitiva foi traçada entre os dois continentes pelo geógrafoPtolomeu (85-165 d.C.), indicandoAlexandria ao longo doMeridiano de Greenwich e fazendo doistmo de Suez e doMar Vermelho a fronteira entre aÁsia e a África. À medida que os europeus passaram a entender a real extensão do continente, a ideia de "África" expandiu-se com seus conhecimentos.[11]
Outras hipóteses etimológicas foram postuladas para o antigo nome "África":
O historiador judeu do século 1Flávio Josefo (Ant. 1.15) afirmou que foi nomeado em homenagem a Efer, neto deAbraão de acordo com Gênesis 25:4, cujos descendentes, ele alegou, haviam invadido a Líbia.[11]
Massey, em 1881, afirmou que a África é derivada doegípcio af-rui-ka, que significa "voltar-se para a abertura do Ka". O Ka é o duplo energético de cada pessoa e a "abertura do Ka" refere-se a um útero ou local de nascimento. A África seria, para os egípcios, "o berço".[12]
Michèle Fruyt em 1976 propôs ligar a palavra latina comafricus "vento sul", que seria de origem úmbria e significaria originalmente "vento chuvoso".
Robert R. Stieglitz, daUniversidade Rutgers, em 1984, propôs: "O nome África, derivado do latim*Aphir-ic-a, é cognato ao hebraico Ophir ['rico']".[12]
ibne Calicane e alguns outros historiadores afirmam que o nome da África veio de umrei himyarita chamado Afrikin ibn Kais ibn Saifi ("Afrikus filho de Abraão") que subjugou Ifriqiya.[13][14][15]
Árabeafrīqā (substantivo feminino) eifrīqiyā, agora geralmente pronunciadoafrīqiyā (feminino) 'África', deafara [' =ain, nãoalif] 'estar empoeirado' deafar 'poeira, pó' eafir 'seco, seco pelo sol, murcho' eaffara 'secar ao sol na areia quente' ou 'polvilhar com poeira'.[16]
Possivelmentefaraqa fenícia no sentido de "colônia, separação".[17]
O homem passou a estar presente na África durante os primeiros anos daera quaternária ou os últimos anos da eraterciária. A maioria dos restos de hominídeos fósseis encontrados por arqueólogos —australopitecos,Homo habilis,Homo erectus,Homo heidelbergensis, homens deNeandertal e deCro-Magnon — em lugares diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante noprocesso evolutivo da espécie humana e indica, até, a possível busca das origens do homem nesse continente. As semelhanças comparáveis da história da arte que vai entre opaleolítico e oneolítico são iguais às das demais áreas dos continenteseuropeu easiático, com diferenças focadas em regiões então desenvolvidas. A maioria das zonas do interior do continente, meio postas em isolamento, em contraposição ao litoral, ficaram permanentes em estágios do período paleolítico, apesar de a neolitização processada ter início em10 000 a.C., com uma diversidade de graus acelerados.[18]
ONorte da África é a região mais antiga do mundo. Acivilização egípcia floresceu e inter-relacionou-se com as demais áreas culturais do mundo mediterrâneo, motivos pelas quais essa região foi estreitamente vinculada, há milhares de séculos, depois que acivilização ocidental foi geralmente desenvolvida. As colônias pertencentes àFenícia,Cartago, a romanização, osvândalos aí fixados e oImpério Bizantino influente são os fatores pelos quais foi deixada no litoralmediterrâneo da África uma essência da cultura que posteriormente osárabes assimilaram e modificaram. Na civilização árabe foi encontrado um campo de importância em que foi expandida e consolidada acultura muçulmana no Norte da África. OIslã foi estendido peloSudão, peloSaara e pelo litoral leste. Nessa região, o Islã é a religião pela qual foram sendo seguidas asrotas de comércio dointerior da África (escravos, ouro, penas de avestruz) e estabelecidos encraves marítimos (especiarias,seda) nooceano Índico.[19]
Simultaneamente, naÁfrica negra foram conhecidos váriosimpérios eestados que aí floresceram. Estes impérios e estados nasceram de grandesclãs etribos submetidos a um sósoberano poderoso com características próprias dofeudalismo e da guerra. Entre esses impérios de maior importância figuram o deAxum, naEtiópia, que teve sua chegada aoapogeu noséculo XIII; o deGana, que desenvolveu-se doséculo V ao XI e os estados muçulmanos que o sucederam foram o deMali (doséculo XIII ao XV) e o deSongai (doséculo XV ao XVI); oreino de Abomei doBenim (século XVII); e a confederação zulu do sudeste africano (século XIX).[20][21]
Devido aoregime colonial estabelecido no continente, foram destruídas e modificadas as estruturassociais,econômicas,políticas ereligiosas da maioria do território daÁfrica negra. As colônias que proclamaram suaindependência, processo emancipatório que se iniciou após aSegunda Guerra Mundial e se concluiu principalmente de 1960 até 1975, tiveram que enfrentar problemas graves de integração nacional, resultantes das fronteiras arbitrárias herdadas do sistema colonial, além da pobreza prevalecente no continente e o rápido crescimento dapopulação africana, mais elevado do que o número de alimentos produzidos. Acresce que econômica e politicamente dependem em boa parte das antigas metrópoles, que a sua administração se caracteriza geralmente por ineficiência e corrupção, e que a persistente divisão étnica e religiosa leva a conflitos de várias ordens. Estes e outros fatores são as principais barreiras que impedem que os novos países se desenvolvam. Os seus governos, muitas vezes com características de ditadurasmilitares ou de umpresidencialismo autoritário, são frequentemente empecilhos em vez de motores do desenvolvimento. Em alguns casos, têm tendência à adoção de políticas concebidas para garantir a libertação dos países das potências estrangeiras. A cooperação entre países africanos, ensaiada para facilitar a solução dos seus problemas, deu origem a uma diversidade de organizações supranacionais que se baseiam na ideia dopan-africanismo, ou a totalidade dos povos africanos unidos em torno dos interesses comuns. A organização de maior importância é aOrganização da Unidade Africana (OUA).[24][25]
A segunda metade doséculo XIX, em torno do ano1880, assistiu à transição do"imperialismo informal", que exercia o controle através da influência militar e da dominação econômica para um domínio mais direto. As pretensões de mediar a concorrência imperial, tal como aConferência de Berlim (1884 -1885), entre oReino Unido,França eAlemanha não pôde estabelecer definitivamente as reivindicações de cada uma das potências envolvidas. Essa disputa pela África esteve entre os principais fatores que deram origem à Primeira Guerra Mundial.
Do seu ponto mais a norte,Ras ben Sakka, emMarrocos, à latitude 37°21'N, até ao ponto mais a sul, ocabo das Agulhas naÁfrica do Sul, à latitude 34°51'15" S, há uma distância de aproximadamente 8 000 km. Do ponto mais ocidental de África, oCabo Verde, noSenegal, à longitude 17°33'22"W, atéRas Hafun naSomália, à longitude 51°27'52" E, são cerca de 7 400 km.[27]
Para além do mar Mediterrâneo, a norte, a África é banhada pelooceano Atlântico na sua costa ocidental e pelooceano Índico do lado oriental. O comprimento da linha de costa é de 26 000 km.[27]
A área territorial da África é de pouco mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, já que é o terceiro continente mais extenso do mundo. A África é atravessada por três grandesparalelos terrestres de leste para oeste:Linha do Equador,Trópico de Câncer eTrópico de Capricórnio, além doMeridiano de Greenwich, no sentido norte-sul. A África tem cinco diferentes fusos horários.[27]
MonteQuilimanjaro, naTanzânia, o ponto mais alto do continente africano, com 5 895 metros de altitude
Orelevo da África é, em sua maioria, formada porplanaltos. É apresentada pelo continente umaaltitude média de mais de 750 metros. As formas de relevo que ocupam todas as regiões centro eoeste são planaltos que se erodiram com intensidade. Asrochas mais antigas constituem os planaltos. E os planaltos, propriamente ditos, tem como limites os grandes escarpamentos.[27]
No leste da África são encontradas um de seus aspectos físicos que mais se destacam: uma falhageológica que se estende no sentido norte-sul, oGrande Vale do Rifte, em que são sucedidasmontanhas, algumas que no passado geológico eram merosvulcões e depressões de maior extensão. É nessaregião que estão localizados os maioreslagos do continente, cujas altasmontanhas circundam-os, de mencionar oQuilimanjaro (5 895 m), omonte Quênia (5 199 m) e oRuwenzori (5 109 m).[27]
Podem ser destacados ainda dois grandes conjuntos formados pela elevação de terras, um na parte setentrional e outro na parte meridional do continente:[27]
acadeia do Atlas, pela qual é ocupada a região setentrional (Marrocos,Argélia eTunísia). Sua formação é muito recente e são apresentadas pela Cordilheira do Atlas asmontanhas cujospicos chegam a atingir 4 000 m de altitude;
acadeia do Cabo, naÁfrica do Sul, com um passado geológico muito antigo. O seu ponto mais alto são os montesDrakensberg, com altitude superior a 3 400 metros.
Dando por completo uma visão dorelevo da África, é possível a observação do fato de existir antigosmaciçosmontanhosos em pontos diferenciados do continente: o daEtiópia, que se formou desdeerupções devulcão, o de Fouta Djalon e o deHoggar, além de muitos outros.[27]
Os principais acidentes geográficos litorâneos são ogolfo da Guiné noAtlântico Sul; e oestreito de Gibraltar, do Oceano Atlântico até o mar Mediterrâneo. Na parte oriental do continente está localizada a península da Somália, aquilo que os geógrafos também a chamam deChifre da África noBrasil ou "Corno de África" emPortugal, e ogolfo de Adem, cujo acidente geográfico que forma o golfo, propriamente dito, são as águas do oceano Índico. O golfo de Adem tem como limites apenínsula Arábica, que é pertencente à Ásia. Na parte meridional, está localizado ocabo da Boa Esperança.[27]
Oclima equatorial é de calor e umidade o ano inteiro. A parte abrangida pelo clima equatorial é a região centro-ocidental do continente; oclima tropical é quente comcarência de chuvas noinvernos. A parte dominada pelo clima é a quase a totalidade das terras africanas, entre o centro e o sul, com inclusão da ilha deMadagascar; a parte compreendida pelo clima desértico é uma grande área extensa da África, que acompanha osdesertos doSaara e deCalaári; finalmente, as áreas de manifestação doclima mediterrâneo são pequenos trechos da extremidade setentrional e da extremidade meridional do continente. A apresentação térmica do clima de deserto é de temperaturas elevadas com a umidade dos invernos.[27]
A quantidade dechuvas que caem na África é a causa principal dos muitos diferenciais que existem entre as paisagens africanas. A ocorrência das chuvas é abundante na região cortada pelalinha do equador, mas tem insignificância nas áreas próximas aoTrópico de Câncer, onde está localizado o deserto do Saara, e doTrópico de Capricórnio, região pela qual o Calaári tem uma área extensa. Os desertos se localizam no interior doterritório africano e a área de ocupação dos desertos é definida a muitas partes do continente.[27]
Na África existemrios de maior extensão e volume, porque se localizam em regiões próximas aostrópicos e àlinha do equador. O rio mais importante do continente é oNilo, o segundo maior em extensão do mundo (depois doSolimões-Amazonas). Tem um comprimento de mais de 6 500 km. Sua nascente é próxima aolago Vitória, cuja área percorrida é onordeste africano e o Nilo é afluente domar Mediterrâneo. A bacia hidrográfica que é formada pelo rio principal e seus afluentes têm uma área de superior a três milhões de quilômetros quadrados. Ovale do Nilo, resulta da união entre o Nilo Branco e o Nilo Azul. O solo apresentado pelo vale do Nilo é de extrema fertilidade. A atividade econômica principal do vale do Nilo é aagricultura. As grandes civilizaçõesegípcia e deMeroé, naAntiguidade, tiveram existência em parte devido ao fato de ocorrercheias que se repetem a cada ano.[27]
Além do Nilo, entre os demais rios de importância para a África estão oCongo, oNíger e oZambeze. De menor extensão, mas iguais em relevância, incluem oSenegal, oOrange, oLimpopo e oZaire.[27]
No que diz respeito aoslagos, na África existem alguns de extensão e profundidade, os muitos que se localizam na parte oriental do continente, como o Vitória, oRodolfo e oTanganica; aprofundidade do Tanganica, propriamente dito, é superior a 1 500 metros. A grande falhageológica, onde foram alojados osGrandes Lagos Africanos, é muito evidenciada enfaticamente pelo lago Tanganica. O lago mais extenso da região centro-ocidental é oChade.[27]
Nas áreas declima equatorial existe uma abundância dechuvas o ano todo; devido àpluviosidade, avegetação que domina o continente é afloresta equatorial. Nas partes setentrional e meridional dessa faixa, onde há umidade deverão, constatamos o aparecimento dassavanas, que são o tipo de vegetação constituinte de maior abundância no continente. As áreas que são circundadas por essa região são zonas que podem contar com a amenidade dastemperaturas, pouca chuva e a acentuação dasestações secas, como oSahel.[27]
Como os africanos têm consciência ecológica da preservação de parte significativa de suavegetação, na África são conservadas ainda numerosas espécies de suafauna: nafloresta equatorial abrigam-se, de maneira principal,aves emacacos; nassavanas eestepes estão reunidosantílopes,zebras,girafas,leões,leopardos,elefantes,avestruzes e geralmente animais maiores.[27] A África possui o maior número de espécies demegafauna, pois foi o continente menos afetado pela extinção da megafauna doPleistoceno (Era do Gelo). A África é o continente onde aespécie humana se originou, o que leva a hipótese de que acoevolução de animais de grande porte ao lado de seres humanos tenha fornecido tempo suficiente para que esses desenvolvessem defesas eficazes contra os humanos, o que não ocorreu em outros continentes, como aOceania e aAmérica, onde as extinções foram mais graves.[28] Sua localização nos trópicos também a poupou dasglaciações do Pleistoceno, com o clima não mudando muito comparado a era geológica atual (Holoceno).[29]
ONorte da África, aquilo que os geógrafos também chamam de África Setentrional e de África do Norte, é a maior região do continente em extensão territorial, que comporta três subdivisões: os países doMagrebe, os países doSaara e ovale do Nilo.[30]
Devido às condições naturais que não favorecem as lavouras, aagropecuária se desenvolve muito pouco, apesar do seu emprego para muitos trabalhadores em atividade que moram nesses países. Merecem destaque aagriculturamediterrânea, em que são cultivadosvinhas,oliveiras,cítricos etâmaras. É praticada apecuária extensiva nas áreas declima semiárido e a pecuária que se desloca sem destino próprio nodeserto.[30]
Como têm muitosminérios que são destinados àexportação, o alcance feito pelos países doMagrebe foi a implantação de uma diversidade de centros industriais destacados, comoArgel,Túnis,Orã,Casablanca,Rabat,Fez eMarraquexe, que são algumas das cidades africanas de maior população e beleza.[30]
Mesmo com o encontro doEgito com oSudão nodeserto do Saara, orio Nilo ali presente pode ser agrupado em outra sub-região. Como osrios Nilo Branco e Nilo Azul formam o famoso acidente geográfico fluvial, é atravessada pelo Nilo a totalidade doterritório desses países, cujo rio proporciona a melhoria das condições vitais para seu povo.[30]
O solo apresentado pelovale do Nilo é de extrema fertilidade, no qual é praticada com intensidade aagricultura. Consequentemente desse fato, apopulação doEgito eSudão é muito maior nodeserto do Saara. OCairo é, por exemplo, a maior cidade da África em população e uma das mais populosas do mundo, com mais de 11 milhões de habitantes.[30]
A África Ocidental está localizada entre odeserto do Saara e ogolfo da Guiné e nela são abrangidos 17 países independentes (ver lista de países, abaixo).
Devido ao fato de se localizar entre o deserto e o golfo, oclima da região é do tipoequatorial, e a vegetação é formada porsavanas na parte setentrional eflorestas na parte meridional, onde chove bastante.
Como na quase totalidade do continente, há poucasindústrias, mas os lençóispetrolíferos descobertos na faixa litorânea e o grandepotencial hidrelétrico que esses países possuem têm como vantagem o oferecimento do progresso esperado.[30]
Asetnias da África Oriental não têm homogeneidade: na península daSomália, aquilo que os geógrafos a conhecem como "Chifre da África" no Brasil ou "Corno de África" em Portugal apenas porque tem a peculiaridade desse formato, a predominância dapopulação tem como grupo étnico osnegros dogrupo banto, enquanto em outras áreas são encontrados expressivamente a quantidade de camitas,árabes,indianos eeuropeus. O contingente que é habitante da zona rural é numericamente maior do que a população das cidades; acidades mais populosas da África Oriental sãoNairóbi,Mogadíscio eAdis-Abeba.[30]
Na África Oriental, a economia que tem como base aagricultura, que se organiza principalmente de acordo com o sistema deplantation, é dedicada aos produtos exportados que são ocafé e oalgodão. A escassez de recursos minerais é limitada em jazidas menores deouro,platina,cobre,estanho etungstênio. Também na África Oriental a vantagem que ainda não foi atingida pelaindustrialização representa um grau de satisfação ao fato de que aeconomia se desenvolva.[30]
Uma das regiões de maiorpobreza e onde ocorrem mais conflitos é aÁfrica Centro-oriental. Seu povo teve crises deseca efome (Somália e Etiópia) e conflitos entre etnias em que morreram 800 milhutus etutsis em Ruanda e Burundi.[30]
AÁfrica Meridional, cuja linha imaginária doTrópico de Capricórnio atravessa, está dividida em doze países. No relevo da África Meridional são predominantes os planaltos cujas baixas altitudes da faixa litorânea circundam. Correspondendo ao clima, que tem variação entre a umidade dotropical e odesértico (na região doCalaári), fazendo a passagem, pelomediterrâneo, é encontrada uma vegetação que também tem diversidade, em que é verificada asavanas ali presentes,estepes e até mesmoflorestas (em conjunto com o litoral dooceano Índico).[30]
No território sul-africano, que é o país que tem mais indústrias no continente, a concentração dasindústrias está localizada nas regiões metropolitanas deJoanesburgo,Cidade do Cabo eDurban. Na África do Sul, o regime político que oficializou asegregação racial foiapartheid. Através desse regime, por 15,5% da população, que são osbrancos, foi dominado o país até 1994. Desde a instituição do apartheid, brancos enão brancos tiveram relações socialmente muito desiguais.[30]
OEstadonamibiano, que proclamou sua independência em 1990, fazia parte da África do Sul num período de 70 anos. Depois que aAlemanha colonizou de maneira original a Namíbia, foi elevado à categoria de colônia da África do Sul depois daPrimeira Guerra Mundial. O primeiro governante que a população da Namíbia elegeu após a proclamação da independência foiSam Nujoma, que liderava o movimento guerrilheiro num período de 30 anos.
Imagem de satélite da África à noite, evidenciando adensidade demográfica do continenteMapa religioso da África
África é o terceiro continente em extensãoterritorial, e o segundocontinente mais populoso (atrás da Ásia) com cerca de um bilhão de pessoas (estimativa para 2005[1]), representando cerca de um sétimo da população do mundo, cifra que lhe confere umadensidade demográfica de cerca de 30 habitantes porquilômetro quadrado.[32]
Essa pequena ocupaçãodemográfica encontra explicações nos seguintes fatores:[32]
A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. Ovale do Nilo, por exemplo, possuidensidade demográfica de 500 hab./km2, enquanto osdesertos e asflorestas são praticamente despovoados. Outros pontos de alta densidade são ogolfo da Guiné, as áreas férteis em torno dolago Vitória e alguns trechos no extremo norte e no extremo sul do continente. As regiões dassavanas, de maneira geral, são áreas de densidades demográficas médias.[33]
Poucos países africanos apresentam populaçãourbana numericamente superior à rural; entre os que se enquadram nesse caso estãoArgélia,Líbia eTunísia.[34]
A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas dosubdesenvolvimento: elevadas taxas denatalidade e demortalidade, bem como a expectativa de vida muito baixa. Resulta desses fatores a preponderância de jovens na população, que, além de apresentarem menor produtividade, requisitam grandes investimentos emeducação e nível deemprego.[34]
Em correspondência com os diferentes ramosétnico-culturais, encontram-se na África trêsreligiões principais, cuja distribuição pode ser analisada no mapa acima : oislamismo, que se manifesta sobretudo naÁfrica Branca, mas é também professado por numerosospovosnegros; ocristianismo, religião levada pormissionários e professada majoritariamente nas regiões central e sul do continente; e asreligiões tradicionais africanas centradas noanimismo, seguido em toda aÁfrica Negra. Esta última corrente religiosa, na verdade, abrange grande número deseitaspoliteístas, que possuem em comum a crença na força e na influência dos elementos danatureza sobre o destino dos homens.[35]
Mapa etnolinguístico do continente africano (1996) (em inglês)
A maior parte dapopulação africana é constituída por diferentes povosnegros, mas há expressiva quantidade debrancos, que vivem principalmente na porção setentrional do continente, ao norte dodeserto do Saara, por isso mesmo denominada "África Branca". São principalmenteárabes eberberes, mas incluem também ostuaregues; aparecem ainda, embora em menor quantidade,judeus e descendentes de europeus.[34]
A Sul do Saara estende-se a chamada "África Negra", povoada por grande variedade de gruposnegroides que se diferenciam entre si por diferençasculturais, como asreligiões que professam e a grande diversidade delínguas que falam. Os grupos mais importantes são:[34]
bantos: são numericamente superiores aos demais grupos. Habitam a metade sul do continente e têm como atividades principais acriação de gado e a caça. Constituíram o maior contingente de africanos trazidos aoBrasil;[37]
nilóticos: são encontrados na região do AltoNilo e caracterizam-se pela estatura elevada;[34]
pigmeus: de pequena estatura, vivem principalmente naFloresta do Congo e em seus arredores, onde sua subsistência na caça e na coleta de raízes.[34]
coissãs (anteriormente chamados bosquímanos): habitam a região doDeserto de Calaári, sendo atualmente pouconumerosos; distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.[34]
Criançassomalis esperando pela ajudaamericana da Operação Good Relief em 1992
Existe no mundo uma diversidade de regiões que a fome atinge. A fome é a causa de morte para milhares de pessoas anualmente. Os principais focos sãoHaiti,Indochina,Índia eBangladexe. Mas não há outro lugar onde ocorre a disseminação do problema a não ser na África. Apesar disso, a fome atinge com dureza trinta países, em primeiro lugar, principalmente aqueles que se localizam nas áreas adjacentes dodeserto do Saara. Por esse motivo, com alguma frequência a associação da fome está relacionada com o clima árido e as precipitações irregulares. O clima adverso, porém, apenas faz a amplitude damiséria da maioria dos cidadãos africanos, que vivem numa posição inferior à linha da pobreza e às péssimas condições de que podem sobreviver. Outros fazem a contribuição para a composição desse quadro dramático.[35]
Para o profundo entendimento de tudo aquilo que causou a fome na África é importante é a volta no tempo à época em que foi colonizada, quando os europeus introduziram o sistema deplantation para realizar a produção de gêneros que se destinam à exportação, tornando reduzida a área de cultivos de subsistência (milho, sorgo, mandioca, etc.). A maioria dos países africanos exportadores, por valores flutuantes, matérias-primas para os países ricos e que fazem a importação, a preços caríssimos, alimentos para suas populações que passam fome.[38]
Com aagricultura extensiva, o homem derruba as matas e em seus limites ocorre o avanço do deserto. A produção necessária para exportar não permite que seja praticado o sistema de descansar a terra, que se esgota com rapidez e mesmo assim o fato de utilizarfertilizantes é de difícil recuperação. Geralmente, dessa forma, houve a diminuição da produtividade agrícola em muitos países africanos. O fato de introduzir a pecuária extensiva, em consequência da pecuária nômade, que se prática de maneira tradicional no continente, também é causadora de danos às paisagens africanas, pois ocorre a morte dos rebanhos com as pastagens que se reduziram, sendo que a fome os atinge, igualmente à população.[38]
Outro problema é o descompasso existente entre o enormecrescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária. Apesar das elevadas taxas demortalidade infantil e geral, da ineficácia dos serviços de saúde e das numerosas doenças, a população africana cresce em níveis muito altos. A todos esses problemas é preciso acrescentar outro, ainda mais marcante: as guerras. Acolonização da África impôs divisões políticas que nunca coincidiram com as divisões tribais e, atualmente, guerras entre tribos agravam ainda mais a fome e a mortalidade no continente.[38]
Quando o problema torna-se agudo demais, é comum organizarem-se campanhas nos países mais ricos. Essas campanhas, no entanto, conseguem apenas atenuar o problema, pois atacam as suas consequências e não as suas causas. Além disso, nem todos os recursos provenientes dessas campanhas chegam a seu destino, pois a rede de transportes e demais serviços deinfraestrutura extremamente precários fazem com que parte dos alimentos enviados não alcance as populações mais isoladas.[38]
Em nenhuma outra parte do mundo a questão racial assumiu questões tão graves como naÁfrica do Sul. Embora osnegros,mestiços eindianos constituam 86% dapopulação, eram osbrancos que detinham todo o poder político, e somente eles gozavam de direitos civis.[39]
A origem desse sistema, denominadoapartheid, data de 1911, quando osafricânderes (descendentes de agricultoresneerlandeses que emigraram para a África do Sul) e os britânicos estabeleceram uma série de leis para consolidar seu domínio sobre os negros. Em 1948, a política de segregação racial foi oficializada, criando direitos e zonas residenciais para brancos, negros,asiáticos emestiços.[39]
Na década de 1950, foi fundado oCongresso Nacional Africano (CNA), entidade negra contrária àsegregação racial na África do Sul.[39] Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e seu líderNelson Mandela, condenado à prisão perpétua.[40] De 1958 a 1976, a política doapartheid se fortaleceu com a criação dosbantustões, apesar dos protestos da maioria negra.[41]
Diante de tal situação, cresceram o descontentamento e a revolta na maioria subjugada pelos brancos; os choques tornaram-se frequentes e violentos; e as manifestações de protesto eram decorrência natural desse quadro injusto. Acomunidade internacional usou algumas formas de pressão contra ogoverno sul-africano, especialmente no âmbitodiplomático eeconômico, no sentido de fazê-lo abolir a instituição doapartheid.[41]
A maioria dos países do continente possuem governos "democraticamente" eleitos. Atualmente, 55 estados são membros daUnião Africana, uma união continental que foi formada em 2002, e que temAdis Abeba, naEtiópia, como sua sede.
No entanto, é frequente que as eleições sejam consideradas sujas porfraude eleitoral, tanto internamente, como pela comunidade internacional. Por outro lado, ainda subsistem situações em que o presidente ou o partido governamental se encontram no poder há dezenas de anos, como são os casos deAngola e deZimbábue.
A atualdivisão política da África somente se configurou nas décadas de 1960 e 1970. Durante séculos, o continente foi explorado pelas potências europeias —Reino Unido,França,Portugal,Espanha,Bélgica,Itália eAlemanha -, que o dividiram em zonas de influência adequadas aos seus interesses. Ao conseguirem aindependência, os países africanos tiveram de se moldar àsfronteiras definidas pelos colonizadores. Estas, por um lado, separavam de modo artificial grupos humanos pertencentes às mesmastribos, falantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos costumes e submetia-os, por outro lado, à influência de valoreseuropeus.[39]
Em grande parte dos casos, a independência política não foi total, pois geralmente os novos países mantiveram laços econômicos com as ex-metrópoles e, durante aGuerra Fria, alguns ligaram-se às grandes potências (Estados Unidos e extintaUnião Soviética) em busca de assistência militar e econômica.[39]
De tudo isso resulta a existência de muitos focos de conflito no continente. Em alguns casos trata-se de lutas de caráter político: grupos que pretendem conquistar o poder se confrontam com os que detêm o domínio da região. Em outros, o motivo principal é o separatismo, originado pela artificialidade das fronteiras coloniais herdadas.[39]
Há aindaterritórios pertencentes ao território de países de outros continentes, considerados integralmente como parte desses países e, por isso, não constituindo territórios dependentes:
Joanesburgo,África do Sul, a cidade mais rica do país e de todo o continente africano, responsável por 33% do PIB sul-africano e por 10% do PIB da África
A África é um dos continentes mais pobres do mundo, onde estão quase dois terços dos portadores do vírusHIV do planeta, a continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria põem em causa o seu desenvolvimento. Algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é o caso daÁfrica do Sul, que possui sozinha um quinto doPIB de toda a África.
Distinguindo-se pelas elevadastaxas denatalidade e demortalidade e pela baixaexpectativa de vida e abrigando umapopulação jovem, a África caracteriza-se pelosubdesenvolvimento. Aparecendo ao mesmo tempo como causa e consequência desse panorama, os setores econômicos em que os países africanos apresentam algum destaque constituem herança do seu passado colonial: oextrativismo e aagricultura — setores em que são baixos os investimentos e o custo damão-de-obra — cuja produção é destinada a abastecer o mercado externo.[47]
Apesar da diversidade de minerais encontrada em seu subsolo, a África revela-se um continentepobre, o que é explicado pelo fato de a exploração das riquezas minerais estar a cargo de companhiaseuropeias ounorte-americanas. Estas, ao se instalarem, implantam na região umainfraestrutura —equipamentos,técnicas emeios de transporte — visando exclusivamente à extração eexportação dasriquezas em estado bruto para ospaíses industrializados, de modo que a maior parte dos lucros provenientes desse setor acaba se encaminhando para fora do continente.[63]
Aagricultura do continente africano apresenta-se sob duas formas: a desubsistência e acomercial. A primeira é rudimentar, itinerante e extensiva — planta-se em grandes extensões deterra, que são cultivadas anos seguidos, até ocorrer o esgotamento dosolo. Em seguida, busca-se outra área, em que se repete o mesmo processo. Trata-se de um sistema pouco produtivo, cujas colheitas abastecem, em geral, apenas os próprios agricultores. Como principais produtos de cultivo para consumo da população local, citam-seinhame,mandioca,batata doce,sorgo,amendoim,taro,feijão-macáçar,milho earroz.[63]
A forma comercial de agricultura está representada pelaplantation, sistema introduzido peloseuropeus no período colonial; baseia-se namonocultura em grandes extensões de terra, com produção voltada para o mercado externo. Muitas vezes as propriedades encontram-se sob o comando de grandes empresasagroindustriais. Enquadram-se nos produtos que a África normalmente cultiva para a exportação:algodão,chá,tabaco,cacau,café,castanha de caju ebanana-da-terra.[64]
Devido às condições naturais pouco propícias à criação degado bovino, a África tem na pecuária umaatividade econômica de limitado alcance, em geral praticada de forma nômade ou extensiva. O maior destaque é para a criação deovelhas naÁfrica do Sul e naEtiópia, além de pequenos rebanhos conduzidos por nômades nas regiões deestepes. Nos países situados ao norte doSaara, criam-secamelos edromedários, animais de grande porte utilizados como meio de transporte. Nessa região, os rebanhoscaprino eovino também são significativos.[64]
A incipienteindustrialização do continente, por sua vez, está restrita a alguns pontos doterritório. Iniciou-se tardiamente, após o processo de descolonização, motivo pelo qual as indústrias africanas levam grande desvantagem em relação ao setor industrial altamente desenvolvido de países doPrimeiro Mundo, ou mesmo deTerceiro Mundo, mas industrializados, como oBrasil. Esse distanciamento agrava-se dia a dia com o permanente aprimoramento industrial e tecnológico dos países desenvolvidos.[64]
Toda a sua estrutura econômica é extremamente frágil e dependente, fato que se torna mais evidente no setor industrial: a escassez decapitais, a falta de mão-de-obra técnica especializada e a insuficiência dos meios de transporte, aliados ao baixo poder aquisitivo da população, compõem um quadro nada propício aodesenvolvimento econômico. Mesmo a grande variedade dematérias-primas, sobretudominerais, que poderia ser utilizada para promover aindústria africana, é destinada basicamente ao mercado externo.[64]
Atuando nesse panorama, as modestas indústrias africanas dedicam-se, em geral, ao beneficiamento de matérias-primas, comomadeiras,óleos comestíveis,açúcar ealgodão, ou ao beneficiamento deminérios paraexportação.[64]
O sistema de transportes, bastante precário, constitui um entrave ao desenvolvimento industrial. Implantado peloscolonizadores, tinha como principal finalidade possibilitar o escoamento de matérias-primas e gênerosagrícolas para osportos marítimos, de onde os produtos seguiam para as metrópoles. Por isso, hoje a África ressente-se da falta de uma rederodoviária eferroviária que interligue eficazmente suasregiões.[66]
A cultura da África reflete a sua antiga história e é tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios. A África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste continente que a espécie tenha surgido. Os mais antigosfósseis dehominídeos encontrados na África (Tanzânia eQuênia) têm cerca de cinco milhões de anos. OEgito foi provavelmente o primeiroEstado a constituir-se na África, há cerca de 5 000 anos, mas muitos outrosreinos oucidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo,Axum, oGrande Zimbábue). Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas.
O continente africano cobre uma área de cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, um quinto da área terrestre daTerra, e possui mais de 50 países. Suas características geográficas são diversas e variam de tropical úmido oufloresta tropical, com chuvas de 250 a 380 centímetros adesertos. O monteQuilimanjaro (5 895 metros de altitude) permanece coberto deneve durante todo o ano enquanto oSaara é o maior e mais quente deserto da Terra. A África possui umavegetação diversa, variando desavana,arbustos de deserto e uma variedade de vegetação crescente nasmontanhas bem como nas florestas tropicais e tropófilas.
Como a natureza, os atuais 800 milhões de habitantes da África evoluíram um ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoas através do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto número de diferenteslínguas, praticam diferentesreligiões, vivem em uma variedade de tipos dehabitações e se envolvem em um amplo leque de atividadeseconômicas.
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