Algumas contribuições de Merleau-Ponty à pedagogia.Ronaldo Filho Manzi -2022 -Griot : Revista de Filosofia 22 (2):1-17.detailsThis paper seeks to present and reflect on some contributions that the philosopher Maurice Merleau-Ponty brings to pedagogy during his courses on child psychology and pedagogy achieved in Sorbonne between 1949 and 1952. It will be highlighted how the philosopher insists that it is in the intersection of knowledge that we are forced to think otherwise. Thus, studies on psychoanalysis, anthropology, culturalism, for instance, in his view, are fundamental for pedagogical reflections. This way of thinking renews our conception of children’s (...) world, as the children’s relation with the world, with others and with themselves. To expose this, we will first present some reflections on childhood that influenced the experience of the philosopher’s own thought. Finally, we will present one of Merleau-Ponty’s courses, “The child seen by the adult”, in which is revealed the philosopher’s originality in bringing to light some knowledge apparently distant from pedagogical reflections, but which forces us to think. (shrink)
Duas noções de a priori histórico: A tradição E o arquivo – a concepção de Uma “anti-crise” de Michel Foucault.Ronaldo Filho Manzi -2014 -Philósophos - Revista de Filosofia 19 (1):191-217.detailsThis article discuss two different approaches used to think historical a priori . On the one hand, when Husserl speaks about historical a priori , he refers to the tradition – one way of stating that history of thought is continuous and follows a common spirit. It implies, at the same time, that the tradition, despite being a discourse that precedes the subject, clearly to exist depends on a discursive subject at his present activity. On other, in Foucault’s proposal, historical (...) a priori will be saw from what would make possible the appearance of multiple statements in a given era . Therefore, it is all about a history not guided by subjectivity, but by the discourse itself. What remains of these two conceptions is to know the status of mathematics and physical sciences: they would be a model or an exception? (shrink)
Haveria duas vozes sobre O ser: As matemáticas E a poesia?Ronaldo Filho Manzi -2015 -Synesis 7 (2):119-143.detailsO texto busca questionar a posição do filósofo Badiou quando ele afirma que a ontologia é as matemáticas. Badiou parte de uma concepção de que teríamos duas vozes sobre o ser. Por um lado, poderíamos pensar como Heidegger: para se fazer uma ontologia seria preciso buscar a essência da linguagem; por outro, poderíamos pensar como Badiou que concebe as matemáticas sendo a própria ontologia. O texto não pretende desenvolver a concepção de Badiou, mas questioná-la. Para isso, busco retomar o pensamento (...) heideggeriano e mostrar como sua concepção parte de um questionamento sobre o espírito matemático ao contrário de Badiou que assume como verdadeiro o axioma: “matemáticas = ontologia”. (shrink)
O corpo em perspectiva – reflexões fenomenológicas sobre os primeiros escritos de Merleau-ponty.Ronaldo Filho Manzi -2009 -Philósophos - Revista de Filosofia 14 (1):109-140.detailsIn this article, we intend to show how Merleau-Ponty’s reflections originated in Husserlian phenomenology without, however, being restricted by its general outline. This is due to his assimilation of the contemporaneous works of the Gestalt theorists, and to his original analysis of Husserl’s work, an analysis which draws its inspiration from a certain tradition that endeavors to think the concrete. We will begin with Merleau-Ponty’s definition of phenomenology and the necessity of retrieving a “lived world”, a discussion that will allow (...) us to enter into his debate with the Gestalt theorists. In turn, this will enable us to see how he restructured his reading of Husserl, leading him to think the subject of perception in bodily terms. (shrink)
É possível eliminarmos a transferência no ensino?Ronaldo Filho Manzi -2022 -Conjectura: Filosofia E Educação 27:022018.detailsEste artigo visa contribuir no modo como pensamos a relação da psicanálise freudiana e a educação. Dentre os vários clássicos que lidam com essa questão, voltamo-nos ao livro de Catherine Millot, _Freud anti-pédagogue_, por proporcionar uma visão ampla sobre nosso tema e por ter uma conclusão polêmica: uma antinomia entre educar e analisar. Se isso for verdade, há como pensarmos em uma relação entre pedagogia e psicanálise? Millot nos diz que não pode haver uma pedagogia analítica no sentido de uma (...) ciência da educação, considerando a referida ciência tal como se emprega o saber adquirido pela experiência psicanalítica sobre o inconsciente. Esse discurso bem articulado de Millot nos levou a crer (no meio acadêmico) que há um afastamento definitivo entre esses campos. Nossa questão aqui é: podemos pensar de outra forma? Para a presente reflexão, acompanhamos a posição de um pensador contemporâneo brasileiro: Rinaldo Voltolini. Ele argumenta que o problema da posição da psicanálise no campo educativo está voltado a um discurso de mestria. Pensaremos então sobre a impossibilidade do educar e o papel do ideal do eu na educação. Voltolini afirma que uma mestria é impossível. Em sua argumentação, mestria é entendida como uma maximização do efeito da educação sobre a criança em uma direção desejada. Em outras palavras: um direcionar-se a um ideal. Nesse sentido, podemos nos questionar: é possível, afinal, eliminarmos a transferência no ensino? Ou podemos nos utilizar da transferência no saber? Nossa conclusão se volta à ideia de que o educador trabalharia a partir de seu poder sugestivo; sabendo disso, ele pode se servir de tal poder na educação. (shrink)
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The cogito and the madness: revisiting the discussion between Foucault and Derrida around the continuity and descontinuity of knowledge.Ronaldo Filho Manzi -2013 -Synesis 5 (2):148-166.detailsEm 1963, Derrida criticatrês páginas da A história da loucura naidade clássica (1961) de Foucault. Trata-se da interpretação de Foucault deuma passagem da Primeira Meditação deDescartes. Segundo Derrida, a leitura de Foucault está mergulhada no que eledenomina metafísica da presença. Istoé, apesar de se tratarem apenas de três páginas, para Derrida, Foucault não étão radical em sua obra ao pensar na noção de episteme, não vendo certa continuidade na tradição filosófica noque concerne ao seu fundamento: a presença viva. O que (...) isto significa; comoFoucault busca responder a este tipo de crítica; e, em que medida podemospensar que Foucault ainda estaria preso às amarras da filosofia da presença é oque buscamos investigar nesse texto. (shrink)