O artigo tenta diferenciar, caracterizar e ordenar diversas figuras da identidade na fenomenologia pós-husserliana. Em primeiro lugar, assinalam-se questões formuladas pela análise da ipseidade em Heidegger. Em segundo lugar, chama-se a atenção para duas tendências divergentes. Por um lado, Lévinas sustenta que uma fissão da identidade é o resultado da responsabilidade pelos outros, e Waldenfels desenvolve uma lógica da responsividade que questiona o autodesenvolvimento e a autopreservação. Por outro lado, Ricoeur sustenta que o ordenamento da vida num relato equivale a (...) uma identidade narrativa, e M. Henry oferece uma elaborada análise da vida interior como um processo de auto-afecção. Por último, tendo como base as distinções delineadas por X. Zubiri, afirma-se que existem fenômenos que oferecem um sustento a um sentido experiencial da identidade, e que isso pode se vincular à noção husserliana do eu como pólo, isto é, ao ponto de partida dos desenvolvimentos fenomenológicos.El artículo intenta diferenciar, caracterizar y ordenar diversas figuras de la identidad en la fenomenología post-husserliana. En primer lugar, se señalan cuestiones planteadas por el análisis de la ipseidad en Heidegger. En segundo lugar, se presta atención a dos tendencias divergentes. Por un lado, Levinas sostiene que una fisión de la identidad es el resultado de la responsabilidad por lo otros, y Waldenfels desarrolla una lógica de la responsividad que cuestiona el autodesarrollo y la autopreservación. Por otro lado, Ricoeur sostiene que el ordenamiento de la vida en un relato equivale a una identidad narrativa, y M. Henry ofrece un elaborado análisis de la vida interior como un proceso de autoafección. Por último, sobre la base de distinciones delineadas por X. Zubiri, se sostiene que hay fenómenos que ofrecen un sustento a un sentido experiencial de la identidad, y que esto puede vinculares a la noción husserliana de yo como polo, esto es, al punto de partida de los desarrollos fenomenológicos.This article attempts to differentiate, characterize and order various figures of identity in post-Husserlian phenomenology. First, issues raised by Heidegger's analysis of selfhood are pointed out. Secondly, attention is given to two divergent trends. On the one hand, Levinas contends that a fission of identity is the outcome of responsibility for others, and Waldenfels advances a logic of responsiveness that questions self-development and self-preservation. On the other hand, Ricoeur argues that the ordering of life in a story amounts to a narrative identity, and M. Henry affords an elaborate analysis of inward life as a process of self-affection. Finally, on the basis of distinctions outlined by X. Zubiri, it is contended that there are phenomena that uphold an experiential sense of identity. This can be linked to the Husserlian notion of an ego as a pole of acts, i.e., the starting point of phenomenological developments. (shrink)