Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


PhilPapersPhilPeoplePhilArchivePhilEventsPhilJobs

Educação, resistência e politização: sobre o sentido da educação na literatura indígena brasileira contempor'-nea

Griot : Revista de Filosofia 20 (3):211-228 (2020)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Argumentamos, no artigo, a partir de uma análise sistemática da produção literária de escritores/as indígenas brasileiros/as, que, desde a segunda metade do século XX, os povos indígenas passaram a afirmar a e a utilizar-se da esfera pública, sob a forma de ativismo, de militância e de engajamento, enquanto a estratégia e o lugar por excelência para a tematização da questão indígena no país, como forma de reação a processos de expansão socioeconômica e de negação político-cultural que punham em xeque a sua própria existência, bem como em termos de recusa seja do paternalismo tecnocrático, seja da ideia de responsabilidade relativa a eles impostos. Com o objetivo de consolidarem-se como sujeitos público-políticos atuantes, eles optaram pela educação escolar e pela apropriação de ferramentas epistemológicas e técnicas digitais que lhes permitissem inserir-se na socialização nacional, modernizar-se política, cultural e epistemologicamente para, com isso, dinamizar uma perspectiva de crítica de nossa modernização conservadora a partir da auto-organização comunitária interna e desde a construção de uma rede de interação entre as nações indígenas. Rompe-se, por meio disso, com a imagem produzida cultural e normativamente pela colonização do/a índio/a selvagem, rude e bárbaro/a, confinado/a ao mais recôndito de nossas matas, incapaz de civilização; e, em seu lugar, consolida-se exatamente esse/a indígena socializado/a, modernizado/a, no pleno uso de sua cidadania política, produzindo e publicizando conhecimento, cultura e arte próprias. Da apropriação da educação escolar e dessas ferramentas e técnicas epistemológico-digitais passa-se, portanto, a uma postura ativista, militante e engajada na esfera pública, política e cultural, por meio da correlação de Movimento Indígena e de literatura indígena, em que a promoção da singularidade étnico-antropológica está na base da própria crítica à modernidade constituída e realizada pelos povos indígenas, seus/as intelectuais e escritores/as.

Other Versions

No versions found

Links

PhilArchive

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

O Uso Do Smartphone e a Construção de Sentido.Ana Carolina Kastein Barcellos -2018 -Revista Sul-Americana de Filosofia E Educação 29:5-18.

Analytics

Added to PP
2021-04-24

Downloads
18 (#1,212,288)

6 months
4 (#1,002,927)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references


[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp