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Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.

A minha hipocrisia é melhor do que a tua

Poucas horas depois de Luís Montenegro tornar pública a sua disponibilidade para apresentar uma moção de confiança no Parlamento, o PCP veio a correr anunciar uma moção de censura.

Isto, poucos dias depois de ter classificado a recente moção de censura apresentada pelo Chega, como uma manobra de diversão face aos escândalos em catadupa de roubos, pedofilia, etc.

Acontece que a moção de censura agora enunciada pelo PCP, só serve ao PCP.

A queda do PCP junto do eleitorado, é por demais evidente nas últimas eleições – legislativas e europeias. Não é à toa que a palavra de ordem é resistir, e não crescer.

E se o PCP afirma, a cada eleição, que tem a “força que o povo lhe confere”, a recorrente justificação para não conseguir que lhe seja dada mais força, é o discurso Calimero de vítima de “hostilidade” e de “menorização”, a que o PCP se diz sujeito: “C´est vraimente trop injuste!”[Read more…]

Elon Musk e liberdade

02/09/2024 by

Nos últimos tempos, temos visto crescer a imagem do oligarca sul-africano Elon Musk como um deus da liberdade de expressão, um rei libertário das massas oprimidas no Twitter.

Se a visão de um oligarca como “um defensor da liberdade”, seja ela qual for, já é abusiva, todo o endeusamento à volta do bilionário atesta o delírio colectivo. Isto porque “liberdade” e “bilionário” são duas ideias contraditórias entre si; nenhum bilionário nos trará liberdade, mas ao assumir-se como um paladino da mesma, nós, comuns mortais, estamos a assegurar a sua. E a sua liberdade é a de poder continuar a lucrar desmesuradamente com os seus negócios, aqueles onde nós investimos, mesmo sem nos apercebemos. Não pode ser uma musa da liberdade aquele que se opõe a que os seus trabalhadores usufruam das liberdades a que têm direito como, por exemplo, o direito à greve, ao qual o oligarca Musk se opõe.

Elon Musk não é exemplo de nenhuma virtude, a não ser a aparente virtude de ter muito dinheiro. Se é que isso é uma virtude por si só (plot twist: não é). Mas pode vir a sê-lo, basta querer. Em primeiro lugar, pode começar por re-admitir aqueles que despediu: os moderadores de conteúdo que tinham a tarefa de monitorizar crimes na internet. Excluir as carradas de contas de nazis que deixa andar livremente por uma plataforma mainstream, pode já ser um passo.

Depois, é simples, fecha as portas da Tesla na China, no Catar, nos Emirados Árabes Unidos, na Hungria e na Turquia, países onde não existe… liberdade de expressão.

Até lá, será apenas o rei da manipulação com um objectivo único: manter-se no topo da lista dos oligarcas mais oligarcas do mundo. E se Portugal seguisse o exemplo do Brasil, poderíamos começar a pensar em libertar, finalmente, os nossos jovens do jugo das redes sociais vistas como “mundo real”.

Liberdade haverá quando não houver espaço para nem mais um Elon Musk.

Democracia representativa sim, mas só quando interessa ao PSD

17/10/2023 by

Quando o PS ficou em segundo lugar nas Legislativas de 2015 e, ainda assim, conseguiu maioria parlamentar para governar, parte muito significativa da direita portuguesa traduziu “democracia representativa” para “golpe de Estado”. O PSD esteve na linha da frente da narrativa.

Anos mais tarde, quando o PSD ficou em segundo lugar nos Açores e construiu a sua própria geringonça, a narrativa do golpe de Estado desapareceu e foi substituída pelo som de grilos a cantar numa noite de Verão.[Read more…]

A economia manda, a extrema-direita obedece, os trabalhadores migrantes entram

29/08/2023 by

Vale a pena lera peça de hoje no Público, que é todo um tratado sobre a hipocrisia da extrema-direita europeia. Ela demonstra, factualmente, que a retórica anti-emigração se está a desmoronar perante a falta de mão-de-obra em sectores estratégicos das economias polaca e húngara.

Sem trabalhadores, com taxas de natalidade baixas e perante o risco de arrefecimento da economia, o discurso xenófobo está agora a moldar-se à realidade e as empresas porta-estandarte dos dois regimes começam a encher-se de asiáticos e africanos de todas as nacionalidades.[Read more…]

Negócio das Arábias

28/08/2023 by

O ano é 2023. Dezenas de futebolistas, investidores do Ocidente, empresários económico-moralistas, emigram para a Arábia Saudita, onde os esperam centenas de milhões de dólares a troco de muito pouco: os sauditas pagam os milhões, os pobres emigras lavam a imagem do regime sanguinário. É tudo lindo e maravilhoso, porque afinal é preciso ganhar-se dinheiro e afinal qual é o mal de branquear uma das mais tenebrosas ditaduras a troco de milhões de dólares? E com isto até podemos vir a trazer petróleo mais barato. É uma situação “win-win”! Vocês, também…

O ano é 2057. A Arábia Saudita invade mais uma vez o Bahrein. Chama-lhe “Operação Militar Especial” e diz que tem por objectivo “acabar com o fundamentalismo religioso”.

Fotografia: The Guardian

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A Hora do Planeta é uma valente treta

27/03/2023 by

A Hora do Planeta, que Sábado se assinalou um pouco por todo o mundo, é um exercício de hipocrisia equiparável ao do banimento das palhinhas de plástico.

Mas é giríssimo, super instagramável e perfeito para que decisores políticos com responsabilidade directa no desastre ambiental em curso possam limpar a sua imagem e demonstrar, com pompa e virtude, uma preocupação que não têm.

O site do evento fala em dedicar 60 minutos a fazer algo pelo planeta. E acrescenta:

Apenas 60 minutos? Sim, apenas uma hora. Pode não parecer muito, mas a magia acontece quando todas as pessoas, desde a Ásia à África, América do Norte e do Sul, Oceania e Europa, doam uma hora para cuidar da nossa única casa.

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Ucrânia: calculismo, hipocrisia e um povo que sofre sem solução à vista

24/02/2023 by

Um ano depois, ainda há países europeus a importar produtos russos, contribuindo para o esforço de guerra das tropas invasoras. A indústria dos diamantes sediada em Antuérpia segue intocável. Algumas empresas ocidentais continuam em solo russo, sem que se exija, do lado de cá, qualquer tipo de boicote. E nos paraísos fiscais, a maioria controlada ou parte integrante do território de países como o UK, o business segue as usual. And the list goes on and on.

Um ano depois, não conseguimos bloquear a economia russa. O sofrimento do povo ucraniano, e de tantos outros povos, continua uns degraus abaixo dos interesses económicos da elite global. Na guerra como na paz, o capitalismo é quem mais ordena. Muito dano foi causado, é certo, mas pouco teria acontecido sem pressão popular. A democracia, com todos os seus defeitos, continua a ser o melhor sistema. Não admira que os ucranianos também o queiram.[Read more…]

Rendições convenientes

Razões para o histérico apelo à rendição da Ucrânia:

– cobardia: a colossal coragem dos Ucranianos comprova que o medo não é uma qualidade ao contrário do que, sub-reptícia, constante e reiteradamente, nos é “vendido” pelo “mainstream” e apregoado pelos cobardes;

– hipocrisia: enquanto a agressão militar perdurar e as mortes aumentarem, os disfarçados defensores de putin não podem, por mínimos de decoro, assumir o que realmente pensam e defendem;

– trafulhice: centrando a questão única e exclusivamente nas terríveis consequências da guerra, fazem aproximar o patamar ético entre invasor e invadido, entre agressor e agredido;

– básico putinismo: se a Ucrânia se render, a Rússia vence e os objectivos de putin são sumária e concretamente alcançados; num momento em que o sucesso militar russo está em perigo, nada melhor que uma espécie de “vitória na secretaria”.

Era o mercado a funcionar, estúpido!

22/03/2022 by

Em 2017, a petrolífera Exxon foi multada em 2 milhões de dólares, por violar as sanções impostas por Washington a Moscovo.

O CEO da empresa, à data dos factos, era Rex Tillerson. Acontece que, à data da multa passada pelo Tesouro norte-americano, Tillerson já não dirigia a Exxon. Era o Secretário de Estado dos Estados Unidos. Under Donald Trump.

Os factos remontam a 2014. Dizem respeito a sanções aplicadas pelos EUA à Federação Russa, no contexto da ocupação da Crimeia e da queda do voo da Malasyan Airlines. Sanções que a Exxon violou aquando da joint venture com a Rosneft no mar de Kara.

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Roman Abramovich e a mão pesada do governo britânico

12/03/2022 by

Pela glória de Sua Majestade, deram os seus bravos cavaleiros cabo do sonho londrino de Roman Abramovich. Quando comprou o Chelsea, em 2003, ocupando na altura o cargo de governador de Chukotka, onde se manteve até 2008, as mãos de Abramovich não estavam sujas. A sua eleição, para um oblast tão longínquo que está mais perto de Washington DC do que de Moscovo, terá seguramente sido limpa e transparente. A sua fortuna relâmpago, estratosférica, terá seguramente resultado do trabalho árduo e do seu génio fora de série. E as ligações a Putin, é sabido, remontam a 24 de Fevereiro de 2022, quando ambos se conheceram e Abramovich sujou as mãos. A mão pesada de Londres é implacável. Os oligarcas russos que andam há anos a enviar remessas para o Palácio de Westminster que o digam.

Uma crise humanitária sem precedentes – O Equilíbrio do Terror #12

06/03/2022 by

Ouço na rádio que vem aí uma crise humanitária sem precedentes, nunca antes vista. Sorte a nossa, o Iémen não existe, não é real. Tal como não são reais os 14,5 milhões de iemenitas que passam fome, os 20 milhões a precisar de ajuda humanitária urgente e os 377 mil mortos, desde que o conflito começou, em 2014. Sim, eu sei, não passa no telejornal. Não há edifícios iluminados com a bandeira do Iémen, grandes recolhas de donativos ou manifestações com jotas abraçados em frente à embaixada da Arábia Saudita. Mas está a acontecer e 70% das vítimas mortais são crianças. 264 mil crianças, levada pela guerra, pela fome ou pela doença, que nunca souberam o que é ser criança e que não nos merecem o mínimo esforço voluntário ou indignação.

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A chapada e a queda das máscaras

16/02/2022 by

Após dias de autêntica vergonha nacional, em que o respeito pelo votos dos emigrantes andou a ser arrastado pela lama, valeu o Tribunal Constitucional ter tido a coragem de obrigar a classe política a fazer algo que deveria ser básico, mas, infelizmente, não é: cumprir a lei.

Foi uma bela e firme chapada que o Tribunal Constitucional deu, de forma a arrancar as máscaras que escondiam os rostos hipócritas dos partidos políticos que há anos andam a brincar com os votos dos emigrantes. Como se os partidos políticos tivessem qualquer tipo de legitimidade para violar a lei aplicável, só porque estão de acordo em fazê-lo.

Os mesmos partidos que durante anos não mexeram uma palha para estabelecer um regime de votação justo, ágil e consentâneo com a realidade social e tecnológica dos dias de hoje.

Mas, porquê esta desconsideração pelos emigrantes?

É que, num país que tanto tempo e dinheiro gasta a celebrar a famosa “diáspora”, a emigração é, na verdade, uma pedra no sapato dos partidos políticos. Pois é a prova cruel e peremptória da incompetência da classe política em concretizar o país justo, coeso, solidário e próspero, que a Constituição da República consagra.

Ao fim de mais de 40 anos de democracia, continua-se a emigrar para buscar fora o que aqui não há: melhores salários, melhores carreiras, respeito e estímulo à progressão e à valorização, etc. Ou seja: continua-se a emigrar para encontrar o respeito que por cá não mora. Respeito por quem investe nos estudos, na inovação, no conhecimento, no apuramento de aptidões. Respeito pelo valor do trabalho.

E esta é a melhor prova de que os partidos políticos intervenientes em todo este processo – os mesmos que não legislam quando e como devem, antes se põem de acordo em não cumprir a lei de acordo com as conveniências -, são incompetentes e hipócritas.

Manipulação e hipocrisia

“Deus sabe” o que estas situações com crianças me alteram. “Deus sabe” o contente que vou ficar quando retirarem Rayan daquele poço.

Mas ligar a televisão e ver todos os canais informativos permanentemente em directo, a noticiarem rigorosamente “nada” e com dezenas de “especialistas” em “vá-se lá saber o quê” (género o que têm feito desde há 2 anos com a pandemia) a debitarem superficialidades, diz muito mais acerca das intenções manipuladoras dos órgãos de comunicação social que propriamente acerca da terrivel situação em que se encontra o pequeno Rayan. E já agora também acerca da bovinidade hipócrita das suas audiências.

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Católico rico, católico pobre

19/11/2021 by

Por vezes cruzo-me com cemitérios repletos daqueles grandes jazigos, autênticos palácios muralhados que se elevam sobre a campa rasa do comum dos mortais. Todos os cemitérios os têm, é certo, e todos são livres de construir os seus castelos para o descanso eterno. Mas ocorrem-me poucas coisas, no âmbito católico apostólico romano, que sejam uma tão gritante antítese daquilo que são os ensinamentos bíblicos, como a diferenciação, após a morte, entre católicos ricos e católicos pobres. A ostentação e a estratificação social, em absoluta negação da retórica da humildade e do desprendimento do materialismo, e no limite – ou para lá dele – de alguns pecados ditos mortais são um fenómeno que atravessou os séculos e que, ainda hoje, se mantém. Conseguem imaginar Jesus Cristo a defender cemitérios em que os filhos do seu Pai se diferenciam pela posse e pela condição social? Eu não. Eu imagino-o a fazer com esses jazigos o que fez com os vendilhões do templo. Sim, é uma hipocrisia e não podia estar mais a léguas daquilo que são os valores cristãos fundadores e ancestrais. E são um dos muitos espelhos de uma sociedade profundamente elitista, onde a religião, mais do que um fim em si mesma, é um meio para outras finalidades. Já a frugalidade sobre a qual assenta o protestantismo, as suas práticas e os seus templos, por contraste com a opulência reinante no mundo Católico, diz muito sobre onde eles estão e onde nós estamos. Nada, nem isto, é por acaso.

Como se Putin precisasse de Medina para alguma coisa

11/06/2021 by

Em Janeiro, um grupo de manifestantes juntou-se em frente à embaixada russa em Lisboa, para protestar contra o regime totalitário de Vladimir Putin, em particular contra a detenção de Alexei Navalny, um dos mais audíveis opositores da ditadura instalada no Kremlin. Meio ano depois, Expresso e Observador noticiaram o caso, que rebentou como uma bomba no espaço publico nacional.

Este caso, gravíssimo e intolerável, não se circunscreve ao alegado erro, que resultou na entrega dos nomes dos organizadores daquela manifestação às autoridades russas, conhecendo o historial de assassinatos de activistas perpetrados pelos sabujos de Putin, pese embora resulte de um procedimento em vigor há 10 anos. Ainda assim, deveria ser suficiente para Medina colocar o lugar à disposição e se afastar do exercício de cargos públicos até que tudo estivesse esclarecido.

Não quero com isto dizer – muito menos alinhar nas conspirações estapafúrdias e imbecis que li no Twitter e no Facebook – que Medina recebeu um telefonema de Putin para denunciar os activistas, e que o autarca fez o frete ao ditador russo. Isto é um absurdo a todos os níveis, até porque Putin não precisa das autoridades portuguesas para nada, logo a começar no facto de a manifestação ter decorrido em frente à sua própria embaixada, observada de perto pelos elementos do FSB com passaporte diplomático. Aliás, se os hackers russos conseguem minar as eleições nos EUA, certamente não precisarão de nenhum Snowden para entrar na rede CM de Lisboa e extrair toda e qualquer informação que lhes interesse.

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Bielorrússia, Israel e as virgens ofendidas que na verdade são putas

26/05/2021 by

Não foi preciso esperar muito tempo até que aparecesse um representante do PCP, partido que se recusa a condenar o regime totalitário bielorrusso, a dizer que o sequestro do voo da Ryanair é condenável “mas…”. E este “mas”, segundo Lúcia Gomes, dirigente comunista, prende-se com as ligações à direita neo-nazi, nomeadamente ao Batalhão Azov, organização paramilitar e supremacista ucraniana, conhecida pela violência e pela determinação em transformar a Ucrânia numa ditadura de extrema-direita. Protasevich colaborou directamente com o Batalhão Azov e, inclusivé, integrou as fileiras da sua “jota”.

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100 anos? Tanto tempo. 500? Foi há dois dias.

Holodomor para aqui, Holodomor para ali, Inês Melo Sampaio, Jurista na Comissão Europeia, disse isto:

E muito bem. Temos de ter prioridades e o combate à pandemia é uma delas. Não, espera, afinal…

Mais rapidamente se apanha um fanático do que um coxo.

Graciano e a libertinagem

19/03/2021 by

No lançamento da sua candidatura à CM de Lisboa, Nuno Graciano apresentou-se como democrata e militante de um partido democrático, onde aprendeu a lição da democracia, pese embora a ausência de qualquer referência à mui democrática lei da rolha, em vigor desde que André Ventura se sentiu ofendido pelo incorrectês da turba chegana nas redes. Podia dar-se o caso de ser democracia a mais e Nuno Graciano não quis arriscar.

No seu discurso de apresentação, rodeado pela elite da extrema-direita nacional, ao lado de um monumento mandado construir pela elite da extrema-direita que a antecedeu, Graciano alertou para o problema de confundir democracia com libertinagem, que condenou. Não percebo a confusão do candidato: a democracia é, precisamente, o tipo de regime que permite a libertinagem. É, aliás, o regime onde quem quiser ser libertino, seja no campo sexual, na rejeição dos preceitos religiosos ou na falta de disciplina, tem o direito a sê-lo, submetendo-se, naturalmente, às consequências legais que daí possam advir. E seria de esperar que um democrata, militante de um partido Democrata, onde aprendeu a lição da democracia, tivesse as regras da democracia bem claras. Serão essa democracia, o partido democrata e a lição de democracia que Graciano aprendeu dessa nova estirpe iliberal? A julgar pelos militantes e aliados do seu partido, poderá dar-se o caso.

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Grande paneleiro!

Gosto de pessoas que façam bem umas às outras, independentemente da profissão, não me interessa se são mais convexas ou mais côncavas ou se alternam em dias da semana. Que sejamos todos muito felizes, é o que vos desejo, especialmente a mim.

Paneleiro é um termo delicioso que serve, sobretudo, para apoucar, de forma jocosa, homens, heterossexuais ou não, porque no mundo não necessariamente desagradável do humor masculino, machista ou machistóide, pôr em causa a virilidade alheia é um passatempo fundamental. Há outras brincadeiras maravilhosamente idiotas entre os homens e que consistem, por exemplo, em insinuar ou, de preferência, afirmar que o outro tem problemas de erecção ou que é traído pela legítima com uma multidão de outros homens, que podem corresponder, entre outras possibilidades, a uma chusma de marinheiros que estavam há meses sem ver claramente vista uma mulher que fosse. São palhaçadas idiotas, o que não impede ninguém de ser saudável.

É, também, uma palavra perfeitamente desagradável, quando usada (ou escondida) para insultar. Os homofóbicos escarram-na, com horror, misturando na saliva, quando calha, razões religiosas ou manifestações de superioridade. Os não homofóbicos também podem usá-la como insulto gratuito que não chega sequer a conter alusões sexuais, podendo ter o mesmo valor de tantas outras injúrias e podendo ser complementada por referências vácuas ao órgão sexual masculino, que, como se sabe, é um órgão do caralho.[Read more…]

Putin, Skripal e os bravos do pelotão ocidental

28/03/2018 by

VPTM

O incorruptível e imaculado mundo ocidental protagonizou ontem uma grande demonstração de bravura, decidindo retaliar contra a alegada-mas-quase-certa execução do ex-espião russo Sergei Skripal, a mando do Kremlin, em território britânico e com recurso a uma sofisticada arma química.

E o que fizeram os corajosos Estados que se alinharam com a posição britânica? Terão eles cortado relações comerciais com a ditadura putinista? Terão dadoinstruções para que as suas multinacionais cessassem actividades em solo russo, fazendo com que as principais marcas de luxo americanas e europeias perdessem um dos seus principais mercados? Terão elescancelado toda a qualquer parceria entre as petrolíferas ocidentais e as estatais russas, sempre imunes a sanções ou outros diferendos políticos e geoestratégicos?[Read more…]

Natal dos partidos – a hipocrisia do CDS

29/12/2017 by

Assunção Cristas fala numa conferência de imprensa sobre o financiamento dos partidos. Foto: TIAGO PETINGA/LUSA

Uma nota sobre o CDS quanto aoprojecto de lei de financiamento dos partidos. Este partido participou emnove reuniões àporta fechada entre Abril e Outubro deste ano, das quais não se fez registo escrito. Nunca se ouviu Assunção Cristas, ou outra voz do partido, denunciar o que estava a ser feito. É de uma enorme hipocrisia assistir ao oportunismo com que o partido adopta o discurso de ter votado contra o projecto lei, farto de saber que a aprovação estava garantida. Haveria mérito, isso sim, se esta posição tivesse sido tornada pública durante as negociações. Ainda para mais, não sendo conhecidos os nomes dos proponentes das alterações, não podemos colocar de lado a hipótese de algumas delas terem sido apresentadas pelo próprio CDS. É o efeito do anonimato que o CDS não contestou. Tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta – só o partido de Cristas é que parece achar que os portugueses não alcançam este truísmo.

As férias dos governantes

07/07/2017 by

António Costa:perito em mergulhosenquanto a situação está explosiva (cuidado com o súbito aumento de granadas no espaço público).

Assunção Cristas: craque a assinar nacionalizações de bancos falidos, entre duas piña coladas, ao sabor relaxante da rebentação.

Aníbal Cavaco Silva: não leitor de jornais, inclusive em períodos aborrecidos enquanto se andava pela Casa da Coelha.

Pedro Passos Coelho: aquele que afirmou  “se fosse necessário” interrompia férias devido à crise no BES. Ora, era o que faltava uns milhares de milhões se intrometerem na estadia na Manta Rota.

Paulo Portas: férias, sim, mas só depois de uma demissão irrevogável com direito a promoção

Mas, já se sabe,agora é mau e dantes era justificável. Um par de estados nesta gente toda era pouco.

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O Malabarismo das Palavras

11/10/2016 by
Rui Naldinho

Cartoon: Zé Dalmeida

Cartoon: Zé Dalmeida

Diz o nosso comentador que para ele “a coerência é uma coisa inestimável”.

Digo eu, “a realidade é que deve ser incoerente”. Caso contrário, aquilo que a Geringonça defende, e ele agora crítica, na prática é o mesmo que ele defendeu no passado, mas agora dito por outras pessoas.
Marques Mendes é useiro e vezeiro no malabarismo dos números e das palavras, tentando dar ao mesmo assunto um tratamento distinto, para que aquilo que é igual pareça diferente.[Read more…]

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A Igreja Católica? Estava a protestar contra a manifestações

29/05/2016 by

ICdA

Percebes Jorge? Em 2012, quando o governoamarelo laranja e azul do PSD e do CDS-PP aplicava cortes violentos, não só na Educação como na Saúde ou em salários e pensões, o então cardeal Patriarca D. José Policarpo afirmava quemanifestações de rua não resolviam os problemas do país e que eram “uma corrosão da harmonia democrática“. Em suma, o líder da Igreja Católica em Portugal concluía que “não se resolve nada contestando“. Era portanto aqui que estava a Igreja Católica, e não há registo que qualquer um dos actuais líderes, que decidiu por estes dias apoiar a causa dos colégios privados, tivesse contestado as declarações do cardeal. Como não há, com uma ou outra rara excepção de uma ovelha tresmalhada do rebanho do Senhor, qualquer registo de apoio da Conferência Episcopal às diferentes manifestações contra cortes ou contras a delapidação de direitos sociais que aconteceram durante o consulado de Passos Coelho e Paulo Portas. Hipocrisia? Talvez. Mas acima de tudo a agenda política de uma instituição que supostamente não a tem.

Fotomontagem viaAcordar Portugal

 

Porque nunca me conseguirão calar

09/02/2016 by

“Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.”

Sophia de Mello Breyner Andresen

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13. Carla Alves – Secretária de Estado da Agricultura – demitiu-se a 5 Janeiro
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Crónicas

História em que não acontece nada

Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]

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Pergunta da semana:

O que será “um golo de grande *espetacularidade“? Efectivamente,foi um golo espectacular. De grande espectacularidade seria mau. De grande *espetacularidade, então, teria sido péssimo. Felizmente, do ponto de vista estético, foi espectacular.

Este (N)PS está cada vez mais Titanic

Então a “rapper do PS”, Eva RapDiva, improvisou sobre a guerra da Ucrânia,pérolas como “Esses gajos que se matem” e “Estou-me a cagar para a Guerra da Ucrânia”?…
Já dizia o Jorge Coelhone do Contra Informação, com ar de tragédia: “Os independentes são muito imprevisíveis…

A moção de confiança…

… anunciada por Luís Montenegro, já deve estar a ser vista por Ventura como uma nova oportunidade para voltar anegociar a entrada do Chega para o Governo. Quiçá, desta vez, com testemunhas.

Ui, ui, ui, ui… (*)

Magnitude do sismo sentido em Lisboa:
– 4,2.
Anos de presidência de Pinto da Costa:
– 42.
Desde1993 que uma vírgula não causava tanta curiosidade.

(*) Título dedicado ao nossoValada.

Castração química

Será a castração química defendida por A. Ventura aplicável a todos os pedófilos ou poderá haver imunidade para dirigentes do Chega?

Pergunta dominical

Pergunto-vos: qual a diferença entre “foi Bruno Lage esclarecedor na conferência de imprensa?” e “Bruno Lage foi esclarecedor na conferência de imprensa?”?

Títulos internacionais

Lembra o El País.

O Chega já tem mais títulos internacionais do que o Benfica nos últimos 50 anos.

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