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QUINTACATIVA


    nunca incomodar...quanto mais sei mais sei que menos sei


    governos

    por vítor, em 01.04.25

    A maior parte do governos em democracia são sofríveis. Toda a gente manda vir com eles, mas assim é que está bem. Mau, mau é quando são excecionais: muito bons, ou muito maus.

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    publicado às 19:23

    A Europa a odiar-se a si própria

    por vítor, em 01.04.25

    Os africanos adoram a sua África, os sul-americanos adoram a sua pertença a uma área cultural feita de sangue e dor, os asiáticos, nas suas alteridades diversas, amam as suas culturas, até os norte americanos se orgulham dos seus jovens países. Na Europa, os europeus odeiam a sua cultura e forma de vida. É claro que a sua história foi edificada sobre escombros de genocídios, massacres religiosos e guerras constantes e brutais. As nações europeias são construções assentes nosangue e nos corpos destroçados. Foi na Europa que eclodiram as mais brutais e mortíferas guerras levadas a cabo pelos seres humanos. Não foi ontem: foi hoje de madrugada. Talvez por isso tivesse sido na Europa que se experimentou a mais revolucionária das experiências sociais e políticas a que a humanidade assistiu: a União Europeia! Pela primeira vez na curta história da humanidade, países, podiam ser clãs, tribos, etnias, nações, abdicaram voluntariamente de parte da sua soberania para que esta seja gerida em conjunto. E pluribus unum. A aventura tem sido positiva: nunca mais os velhos inimigos se guerrearam desde então. Mas o sangue da pátria, a prostituta que tudo devora, continuou a ferver baixinho, uma chama que arde sem se ver, e, agora que as condições são propícias, a borbulhar alto. Cada vez mais tormentosa e a entornar o cozido urdido e tecido com os voláteis ingredientes do chão sagrado. Não vai acabar bem! E, voltando ao princípio, volta-se sempre ao início da aventura para melhor a corromper e destoçar, o ódio que os europeus votam à sua Europa vai levar à sua destruição e morte. Para sempre! As águas dos rios, como as da História, não passam duas vezes pelo mesmo lugar. E, no entanto, não há, como na Europa, lugar onde se viva melhor, onde se tenha mais liberdade e melhores condições sociais, culturais e financeiras. Sim, podem dar as voltas que quiserem ao mundo, à história, que não encontram. Eu, como as crianças, gosto muito da Europa.

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    publicado às 19:21

    Fernando Cabrita - Olhão

    por vítor, em 01.04.25
    O maior poeta algarvio vivo: logo um dos maiores de Portugal. Com 50 títulos e 50 anos de criação poética, ensaísta e crítico literário, contista, conferencista por esse mundo afora, com traduções e colaborações em diversos países, como Espanha, França, Itália, Marrocos, Turquia ou Rússia, entre outros, dinamizador cultural e congregador de gentes e literaturas do mundo, organizador do Festival Poesia a Sul, em Olhão, durante 7 anos, com uma dezena de prémios literários,viajante por forma de vida, apresentou, ontem, na Casa Álvaro de Campos o seu último e belo livro "A Língua Portuguesa", Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira.

    Gostaria de vos deixar uma singela pergunta, que talvez alguém me saiba responder:

    Porque não tem esta vasta e importante obra, de um escritor que tanto tem dado à literatura portuguesa, um único livro no PNL (Plano Nacional de Leitura?

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    publicado às 19:19

    ...

    por vítor, em 01.04.25
    Eu posso, e passo, a explicar...

    A vida não é senão uma dança sem fim do que somos com o que fomos.

    O tempo voa no nosso pensamento mas aquieta nas nossas vontades:

    nunca chegar a chegar.

    Querido amigo! A viagem segue a sua vertigem e irá até onde nós formos. Vamos. Anda!

    Nunca os vivos deixarão partir os mortos. A sua vida, a dos que viver deixaram, será, até que a sua, a dos que a viver restaram, único garante de que vivos continuam.

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    publicado às 19:17

    Moisés Espírito Santo Bagagem

    por vítor, em 01.04.25
    Quando chegou à nossa primeira aula, na velhinha Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Nova, ainda a confundir-se com o quartel Trem Auto, no início dos anos 80, com os olhos muito vivos e rolantes, pousados no teto, de quando em vez olhando-nos rasando o alto do cocuruto; os seus esparsos cabelos revoltos, pensei tratar-se de um maquinista de comboio. Não, era o nosso professor de Sociologia, e Sociologia das Religiões, Moisés Espírito Santo Bagagem. Rapidamente setornou um professor muito querido dos alunos e um mestre. Levava-os em trabalho de campo consigo (célebre ficou a ida à sua aldeia para os lados da Batalha) e discutia com eles no recreio e no bar a religião popular como se de um assunto da maior atualidade se tratasse. A sua humildade talvez lhe viesse do seu peculiar percurso académico: começou como carregador de material necessário ao trabalho de campo de sociólogos belgas, onde se tinha refugiado, e acabou por se licenciar e doutorar na disciplina.

    Homem da ruralidade, tinha um sentido de humor fino, e às vezes corrosivo, e às vezes incompreendido, como o provam as dificuldades que parte dos seu pares lhe foi colocando no caminho da sua evolução na carreira.

    Morreu hoje um mestre e um amigo. MESB (1934-2025)

    PS. Esta página parece ter-se tornado, ultimamente, um necrotério, mas parece ser o destino das impressões de quem já tem uma certa idade.

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    publicado às 19:16

    Sons do Martírio

    por vítor, em 01.04.25

    Lúcifer passa de canon analógica AV-1 ao ombro com um rolo a preto e branco. Procura deus para o fotografar de surpresa. Eu, que conheço bem os dois, não acredito que o consiga. Deus está em toda a parte e em lugar nenhum. O mafarrico é um idiota inútil . Meu senhor vêde como conseguirei parecer-me com um homem. Ajudai-me na minha modesta aventura de me olhar no espelho negro da solidão. No retorno sem dor aocavername sombrio do navio afundado na tua mente. Náufrago na tua memória. Lúcifer dança na manhã nevoenta e fotografa tudo o que não consegue ver na esperança de apanhar deus desprevenido. Os gritos que descem da aurora eminente são apelos dos anjos que não conhecem o fedor das entranhas de deus. Que labirinto será o dos dias sem dono, onde a tesão escolherá os que morrerão de desejo na sombra imaculada do inferno. Onde caem os cadáveres dos que vivos terão perecido para renascer? Nos tempos em que a saudade roía a memória das donzelas escarlates lambendo cones de baunilha falsificada e das que, meretrizes sendo, herdavam o dom de se revelar como odaliscas desamparadas resvalando nos profundos abismos da carne. Suando em casacos de pele de elefante e cantando odes ao acaso encantando sepentes desnorteadas que por ali passavam sem destino. É então que os ossos das preguiçosas enguias se enlaçam nas pernas dos heróis desconhecidos e impedem a festa que se anunciava para domingo. Se a festa não for nesse dia nunca mais poderás usar gravata aos domingos. Lúcifer espreita por detrás da sarça ardente e, rodeando com perícia o púbico deserto do sinái, fotografa Moisés que tomou por deus nosso senhor. É nesse desespero que se imola na sarça ardente enquanto as tábuas sagradas são divulgadas às pedras. Ardia o diabo na moita divina quando se ouviu uma voz de trovão ribombar no deserto. Quem ousa arder no fogo de deus? Quem ousa usurpar a chama que aos homens se destina? Nisto, um clarão imenso* iluminou as trevas. A chuva que caiu durante cem anos bastou para renegar, e regenerar, todos os crimes que deus cometera. E então um sol sem explicação alumiou os dias sem fim.



    * E não, não era o flash da canon.

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    publicado às 19:13

    bocas

    por vítor, em 01.04.25







    Bocas



    Eu posso, e passo a explicar...

    A vida não é senão uma dança sem fim do que somos com o que fomos.

    O tempo voa no nosso pensamento mas aquieta nas nossa vontades.

    Nunca chegar a chegar.







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    publicado às 19:11

    ...

    por vítor, em 01.04.25

    Antigamente, até um antigamente pouco distante, as forças progessistas puxavam a carroça pelos varais, fazendo-a avançar, sempre com dificuldade, e, com alguns recuos circunstanciais, em frente, encosta acima. Nos nossos tempos, os tempos de hoje são "o nosso tempo" de todos os vivos, mudaram-se, atabalhoadamente, para a ré, metendo ombros à viatura de forma a que esta não resvale e inverta a sua marcha ladeira abaixo. De motores dodesenvolvimento e do progresso, seja lá o que isso for, e que os números, cientificamente comprovados, demonstram, a paraquedas de sociedades em auto desestruturação.

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    publicado às 19:11

    Iguarias imponentes

    por vítor, em 01.04.25

    A culpa é uma invenção das religiões para refrear o desejo. O escrutínio do indivíduo que pensa que age de forma errada porque a sociedade lhe impõe um roteiro de possibilidades já testadas e avaliadas. Ser livre é andar a tatear na escuridão e cair nuns buracos ao acaso e embater em muros que nos conduzem a outros buracos e a outras paredes e a subir e descer vertentes de toda a espécie, voltear e recuar avançarsem saber se, afinal, recuas no espaço e no tempo ou na memória. Ser livre vem a dar no mesmo do que seguir o roteiro determinado: evitando-te, porém, este último, tanta volta e revolta e perda de energia e tempo. Por isso, a escolha torna-se fácil e, tão frequentemente, a mesma de tantos. E a culpa acompanha-nos, oferecendo a quem passa o generoso amparo dos deuses.



    A energia que os anima é a mesma os devora.

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    publicado às 19:08

    Matrix

    por vítor, em 01.04.25

    O nosso 4.o Guardião da Quinta passou hoje para uma nova dimensão. O bravo e, ao mesmo tempo, dócil cão de quinta, que alegrou a família durante quase duas décadas, não resistiu a uma já longa velhice. Foi asssistido na hora da partida pelo seu veterinário dedicado e o seu dono mais velho. Este último, destroçado.

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    publicado às 19:07

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