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Velas

38° 40′ 55″ N, 28° 12′ 33″ O
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Agosto de 2018)
 Nota: Se procura por outras acepções, vejaVela (desambiguação).

Velas
Vista parcial das Velas.

Brasão de VelasBandeira de Velas

Localização de Velas

Gentílicovelense
Área119,08 km²
População4 952hab. (2023)
Densidade populacional41,6  hab./km²
N.º defreguesias6
Presidente da
câmara municipal
Luís Silveira (CDS-PP, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1500
Região (NUTS II)Região Autónoma dos Açores
IlhaIlha de São Jorge
Antigo DistritoAngra do Heroísmo
OragoSão Jorge
Feriado municipal23 de abril[1]
Código postal9800-539
Sítio oficialhttps://cmvelas.pt/

Velas é umavilaportuguesa nailha de São Jorge,Região Autónoma dos Açores.

É sede domunicípio de Velas[2] com 119,08 km² de área e 4.952 habitantes (2023)[3], subdividido em 6freguesias. O município é limitado a leste pelo município daCalheta, e tem litoral nooceano Atlântico em todas as outras direcções.

A vila está localizada num extenso terreno relativamente plano junto à costa ao lado dasmontanhas e longasarribas junto a uma longaenseada.

História

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A origem do nome desta localidade nunca foi esclarecida peloshistoriadores. Pode no entanto, segundo esses mesmos historiadores poder remeter-nos para as "velas" das embarcações, para vigias ou para o termo velar, para o nome de povoações com o mesmo nome nocontinente português, para o termo "velhas" ou mesmo para a palavra "belas". É, no entanto, mais provável que o nome provenha dos termos “velas de embarcação”, ou dos termos velar/vigília. Tendo em atenção as embarcações usadas no tempo da sua fundação e a outra, tendo em atenção asforças telúricas que se movimentam nestas ilhas e que muitas vezes obrigavam as populações a ficar a velar ou de vigília durante ascrises vulcânicas para poderem dar o alerta em caso de necessidade.

Vista parcial das Velas com aPonta da Queimada ao fundo.
Porto de Velas, Velas, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.
Vista parcial das Velas,ilha de São Jorge,Açores,Portugal.

Esta vila encontra-se entre os povoados mais antigos da ilha de São Jorge. E foi edificada em consequência do testamento doInfante D. Henrique datado de 1460, feito numa igreja debaixo da invocação deSão Jorge. Omunicípio de Velas foi criado por volta de 1490 ou mesmo antes, sendo que a elevação da povoação à categoria de vila terá ocorrido por volta de ano de 1500, por carta de D.Manuel I de Portugal.[4] Esta localidade já surge como vila num mapa de 1507.No ano de 1570 as Velas teriam cerca de 1000 habitantes e 2000 habitantes no fim doséculo XVII, número que aumentaria para 4200 no ano de 1822, e que mais tarde diminuiu devido à emigração.

No dia 19 de Setembro de 1708 umaesquadra naval, comandada pelopirataFrancêsRené Duguay-Trouin constituída por 8naus de linha e 3 naviosCorsários de grossaartilharia, atacam a vila das Velas, não tendo no entanto conseguido entrar noPorto de Velas.

Ao primeiro ataque os habitantes da vila, comandados peloSargento MorAmaro Teixeira de Sousa, conseguem impedir o desembarque tentado a 19 de Setembro. No dia 20 deu-se novo ataque e os habitantes não conseguiram opor-se com êxito a esta tentativa. Pelas 9 horas da manhã em que, dividindo as suas forças em duas colunas, enviara, uma para as portas das Velas (6 barcos) e outra, mais forte (10 barcos), para os lados doMorro das Velas e, desembarcando junto ao Arco, lançaram em terra mais de 500 homens, com morte d'alguns dos sitiados.

Os franceses permaneceram nesta vila 5 dias em que saquearam completamente asigrejas e casas abastadas. Em local sobranceiro ao sitio onde se efectuou o desembarque, foi construído oForte de Nossa Senhora do Pilar, também conhecido por Castelo da Eira.!

Cronologia

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século XV

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século XVI

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  • 1500 – Elevação da povoação de Velas à categoria de vila.
  • 1507 – A Vila das Velas surge pela primeira vez num mapa com esta denominação.
  • 1543 – Data de construção da primeiraermida erigida no povoado deSanto António e que foi substituída pelaIgreja de Santo António, mandada fazer porJorge de Lemos e sua mulher Maria de Ávila, moradores na Vila das Velas.[7][9]
  • 1550 – AsManadas tinham 250 habitantes.
  • 1559 – A freguesia das Manadas aparece na documentação deste ano comofreguesia, embora se creia que a sua elevação a freguesia tenha sido em data anterior.
  • 1568 – A freguesia das Manadas era uma das seisparóquias que neste ano existiam nailha de São Jorge.
  • 1568 – 30 de Junho, Carta Régia do ReiD. Sebastião, promulgada naVila de Sintra, em que se passam côngruas àIgreja de Santa Bárbara das Manadas, classificada como Monumento Nacional.[8]
  • 1568 - OsRosais aparecem como freguesia da documentação deste ano.
  • 1568 – Referências documentais àIgreja da Nossa Senhora do Rosário, dosRosais, que no entanto se sabe ser de data anterior.[10][11]
  • 1570 – A Vila de Velas soma cerca de 1000 habitantes.
  • 1570 – ONorte Grande, uma das maiores localidades do norte de São Jorge, da altura vê abrirem-se estradas que o ligam a outros povoados da ilha.
  • 1580 –Erupção dovulcão da Queimada, ilha de São Jorge - Na noite de 28 de Abril a terra tremeu 30 vezes e 50 no dia seguinte. No dia 1 de Maio os tremores recrudesceram e nesse mesmo dia ocorreu umaexplosão vulcânica no cimo da encosta sobranceira àQueimada. Outra explosão ocorreu posteriormente no alto daRibeira do Nabo, 2 km a leste da inicial. Outra emissão delavas teve a sua origem junto àRibeira do Almeida eSanto Amaro. A erupção durou 4 meses com emissão de grandes correntes de lava que atingiram o mar e de muitas cinzas que recobriram a ilha, atingindo mesmo ailha Terceira. Umanuvem ardente matou pelo menos 10 pessoas. Mais de 4000 cabeças de gado pereceram de fome e devido aos gases e cinzas que destruíram as pastagens.
  • 1588 - 8 de Novembro, Inundações nas Velas, comenxurrada associada a chuvas fortes que causou muitos estragos e deu origem a um romance popular.
  • 1593 - Mau ano agrícola provoca fome em São Jorge, facto que esteve relacionado com as más colheitas e com aguerra de 1580-1583, com os saques ocorridos, com pesados tributos para manutenção da força de ocupação castelhana. Morreram pessoas à fome.

século XVII

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século XVIII

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  • 1700 – Inauguração daErmida de Nossa Senhora do Livramento das Velas, cuja construção foi iniciada em 1697.[7]
  • 1708 - 19 de Setembro, umaesquadra naval, comandada pelopirataFrancêsRené Duguay-Trouin formada por 8naus de linha e 3 naviosCorsários de grossaartilharia, atacam as Velas, não tendo no entanto conseguido entrar noPorto de Velas defendido pelo Sargento MorAmaro Teixeira de Sousa.
  • 1708 – 20 de setembro, novo ataque pirata feita pelos mesmos piratas e a que habitantes desta vez não conseguiram opor-se. Às 9 horas da manhã os piratas desembarcando junto aoPortão do Mar (Velas). Entraram terra mais de 500 homens, com morte de alguns sitiados. Os piratasfranceses estiveram 5 dias na vila saqueando completamente as igrejas e casas abastadas.
  • 1713 - 10 de dezembro, inundações na vila de Velas, com chuvas intensas na zona entre aUrzelina e osRosais que levam a destruição de 27 casas na vila. ARibeira do Almeida veio tão carregada de caudal sólido que criou uma praia que permitia a passagem a pé entre a vila e a Queimada.
  • 1713/1714 - Mau ano agrícola, fome epeste. Um mau ano agrícola, a que não foi alheiociclone tropical de 25 de Setembro de 1713, levou a que em São Jorge fosse tal "a falta de mantimentos que chegou a morrer muita gente de fome".
  • 1719 – Início da construção dosolar do abastado proprietárioManuel Avelar, que actualmente é aCâmara Municipal de Velas, as obras ficaram concluídas em 1744.[16]
  • 1722 – Reconstrução daErmida de Jesus, Maria, José da Urzelina cuja construção é mais antiga e foi da iniciativa dosfrades daOrdem dos Franciscanos.[7]
  • 1732 - 6 de Dezembro, Cheias provocam 5 mortos na ilha de São Jorge. Os lugares mais afectados foramUrzelina,Figueiras,Serroa e Velas.
  • 1744 – Fim das obras iniciadas em 1719 do solar do abastado proprietário Manuel Avelar, que actualmente é a Câmara Municipal de Velas.[16]
  • 1751 – 15 de abril, São feitas importantes anotações no manuscrito do Livro das Visitações, daIgreja de Santa Bárbara das Manadas.
  • 1755 —Maremoto atinge os Açores - OTerramoto de Lisboa de 1 de Novembro de 1755 provocou o grande maremoto de 1755 (um tsunami) que atravessou a área oceânica onde os Açores se situam, afectando essencialmente as costas viradas a sul e sueste, direcção de onde as ondas se aproximaram das ilhas. O maremoto fez com que "estando o mar em ordinária tranquilidade, se elevou tanto em três contínuas marés ficando quase seca a sua profundidade por largo espaço". Assim, em Angra o mar entrou até à Praça Velha, causando grande destruição; noPorto Judeu o mar subiu "10 palmos acima da rocha mais alta"; naPraia, inundou oPaul e derribou 15 casas na costa até à Ribeira Seca, incluindo a ermida do Porto Martins. Morreram várias pessoas arrastadas pelo mar. Quase todos os portos dos Açores sofreram graves danos, ficando destruídas muitas embarcações. EmPonta Delgada o mar subiu pelas ruas estragando muitos edifícios. NaHorta, o mar entrou pela Ribeira da Conceição, chegando aos moinhos de água "na altura de 8 palmos".
  • 1757 — 9 de julho, Grandeterramoto de São Jorge: oMandado de Deus - Um dos mais violentos, senão o mais violento, dos terramotos de que há memória nos Açores atingiu a ilha de São Jorge causando destruição generalizada e formando muitas das actuaisfajãs, entre elas a daFajã da Caldeira de Santo Cristo. O terramoto ficou conhecido na tradição popular peloMandado de Deus. Dos grandes deslizamentos resultou um maremoto que atingiu todo o Grupo Central dos Açores. Pelo menos 1053 pessoas morreram emSão Jorge e 11 noPico. "O terramoto foi tal que a norte desta ilha, distância de 100 braças, pouco mais, se levantaram dezoito ilhotas, umas maiores que outras". Apareceram todas na manhã do dia 10 de Julho. "É navegável o mar entre as ditas, e a ilha".NasFajãs dos Vimes, naFajã de São João e naFajã dos Cubres, se moveu a terra, voltando-se do centro para cima, de sorte que nelas não há sinal [de] onde houvesse edifício". NoFaial o sismo foi sentido sem causar grandes danos.
  • 1757 - 9 de Julho, O Mandado de Deus causa grandes estragos naIgreja de Santa Bárbara das Manadas.
  • 1757 – Construção daErmida de Santa Rita de Cássia dasManadas, graças ao testamento do CapitãoAntão de Ávila Pereira, feito em 8 de junho de 1757. As obras terminam um ano depois, 1758.[6][7]
  • 1758 – Fins das Obras de construção da Ermida de Santa Rita de Cássia das Mandas, iniciadas em 1757.[6][7]
  • 1762 – Construção daNossa Senhora das Neves doNorte Grande sobre outro templo que datava doséculo XVI.[7][17]
  • 1770 – Reconstrução e recuperação daIgreja de Santa Bárbara das Manadas, classificada comoMonumento Nacional aproveitando uma outra mais antiga que datava de 1485 que recebeu congruas por Carta Régia do ReiD. Sebastião, Promulgada naVila de Sintra, no 30 de Junho de 1568.[8]
  • 1792 - 23 de janeiro, enchente de mar atinge a vila de Velas. "tão impetuosa a bravura do mar" que derrubou a muralha de protecção, destruiu uma casa e danificou outras, ameaçando atingir a praça defronte da Matriz de Velas, aIgreja de São Jorge.
  • 1797 – Construção doPortão do Mar, nas Velas construção destinada a fazer parte do sistema demuralhas defensivo da vila da vila. A obra ficou concluída em 1799.[18]
  • 1799 – Fim da construção doPortão do Mar, nas Velas, construção destinada a fazer parte do sistema de muralhas defensivo da vila. A obra foi iniciada em 1797.[18]

século XIX

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  • 1808 - 1 de Maio,Erupção doVulcão da Urzelina -"Depois de semanas em que ocorreramsismos, no dia 1 de Maio a terra tremeu tanto que se contava oito tremores por hora. Por volta do meio dia foi ouvido um estrondo acompanhado pelo aparecimento de uma nuvem de fumo sobre os montes sobranceiros àUrzelina. A breve trecho, a nuvem engrossou e subindo ao mais alto ceo fez arco sobre parte da freguezia deManadas e da da Urzelina", …"já mostrando nas redobradas e negras nuvens uns incumbrados montes, umas medonhas furnas". A erupção destruiu muitas casas, vinhedos e campos cultivados. A 17 de Maio, quando ovigário acompanhado por populares tentava salvar algumas coisas da igreja da Urzelina, umanuvem ardente abateu-se sobre o local queimando mortalmente trinta e tantas pessoas: "uns com os couros das mãos e pés pendurados, outros tão inchados e pretos que se não conheciam, outros com as pernas quebradas, e alguns expirando, todos pedindo Sacramentos, e apenas os receberam alguns logo expiraram". Existe noArquivo Histórico Ultramarino uma aguarela mostrando a erupção vista dailha do Faial. A erupção ficou conhecida na história dos Açores pelo Vulcão da Urzelina.
  • 1808 – Destruição da Igreja de São Mateus da Urzelina pela erupção vulcânica do dia 1 de Maio. O que levou a que em 1822 fosse construído a actualIgreja de São Mateus da Urzelina.[6][7]
  • 1808 – Data da edificação daErmida da Senhora da Encarnação daRibeira do Nabo.[7]
  • 1812 - Mau ano agrícola provoca grave crise alimentar emSão Jorge e nailha Terceira - Um mau ano agrícola em 1811, agravado por uma forte tempestade emDezembro, levou a que no início de 1812 grassasse a fome em São Jorge. EmMarço naCâmara Municipal de Velas recebeu-se uma proposta de importação demilho para "sublevar a misérrima necessidade e falta de mantimentos que actualmente padece o povo".
  • 1822 - A Vila das Velas soma 4200 habitantes.
  • 1825 – Construção datorre sineira daIgreja de São Jorge das Velas.[5][6] São Jorge, Açores, Guia do Património Cultural. Edição Atlantic View – Actividades Turísticas, Lda. Dep. Legal n.º 197839/03.ISBN 972-96057-2-6, 1ª edição, 2003.</ref>
  • 1828 - 28 de outubro - Aclamação do reiD. Miguel na ilha de São Jorge.
  • 1874 - É publicado nas Velas, o primeiro número do jornal "A Esperança". Semanário literário e de anúncios, de que era redactorJosé Maria de Sousa.
  • 1836 – Criação do jardim de Velas a mando daCâmara Municipal.
  • 1838 – Criação do Cemitério de Velas.
  • 1842 – Umaenxurrada provoca grandes danos nas Velas, noDomingo da Trindade. Na praça junto à Câmara a enxurrada foi tal que em algumas casas saiu a "água pelas janelas de sacada".
  • 1846-1847 — Fome emSão Jorge causada por um mau ano agrícola, associado à grande densidade populacional de então, acontece a "penúria de cereais e falta de batata". É necessário recorrer à "Comissão de Socorros de Bocca" dailha de São Miguel para evitar a catástrofe alimentar.
  • 1856 – 6 de janeiro, o mar invade a vila de Velas e provoca umnaufrágio. NoDia de Reis, "levantou-se o mar com tal fúria que produziu uma terrível enchente". AescunaLeonor que estava ancorada no porto naufragou provocando a morte a todos os tripulantes."O mar levou casas e barcos e galgou a zona da Conceição, chegando às paredes da cerca de São Francisco (hoje 2010, o Centro de Saúde), que parcialmente derribou".
  • 1857-1859 — Fome em São Jorge - Umciclone tropical atingiu o Grupo Central no dia 24 de Agosto de 1857 provocando a destruição total dos milharais, então a principal produção alimentar da ilha de São Jorge. Daí resultou penúria generalizada, pelo que no início de 1858 "estava no concelho de Velas, toda a ilha, e suas vizinhas, manifestada a fome com as suas negras côres". Os anos seguintes foram também maus anos agrícolas pelo que a crise alimentar se manteve até 1859. Foi preciso recorrer a subscrições públicas, incluindo uma nosEstados Unidos, organizada pelafamília Dabney, para evitar que se morresse à fome.
  • 1859 - 31 de Outubro, por força de decreto e por diligência do Dr.José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa, é publicado emDiário do Governo de 2 de Novembro do mesmo ano a criação do Curato doToledo.
  • 1864 – 22 de março – NaFajã Rasa,Toledo, naufragou, junto ao local denominadoPonta do Calhau umnavio cargueiroespanhol de nome “Algorta” carregado deAlgodão;
  • 1865 – É colocado umórgão de tubos coro alto daIgreja de São Jorge das Velas, construído porTomé Gregório de Lacerda.[5][6][7]
  • 1870- Data indicada como a do início dodeclínio do comércio da Laranja na ilha de São Jorge.
  • 1876 – Debaixo da orientação do Dr.José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa, na altura presidente daCâmara Municipal de Velas, e igualmente construtor daErmida de São José, doImpério do Espírito Santo do Toledo, do Cemitério do Toledo e do Chafariz público, dá início à construção de um túnel através doPico Alto, chamado localmente “Mina”. Essa construção subterrânea destinou-se trazer água a uma nascente no lado sul da ilha, aFonte da Chã e trazer essa água até ao chafariz público dentro da localidade do Toledo;
  • 1876 – 13 de junho – É lançada a primeira pedra daErmida de São José do Toledo, edificada por iniciativa do Dr.José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa.[6][7][19]
  • 1976 – Data da Construção doImpério do Espírito Santo de Toledo.[20]
  • 1877 - O povoado deSanto António, tinha 155 fogos e 762 habitantes.
  • 1877 — Fome em São Jorge - Um mau ano agrícola em 1876, associado à grande densidade populacional de então, leva, mais uma vez, à "falta de cereais e fome" em São Jorge, sendo necessário recorrer à importação demilho etrigo para evitar a catástrofe alimentar.
  • 1879 – 16 de maio – É rezada a primeira missa naErmida de São José do Toledo, cuja construção se iniciou em 13 de junho de 1876 por iniciativa do Dr.José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa;
  • 1889 – 16 de maio, É rezada a primeira missa naErmida de São José do Toledo.
  • 1893 — Umfuracão provoca grande destruição no Grupo Central - A 28 de Agosto a maior tempestade de que há memória nosAçores atingiu o Grupo Central, provocando grande enchente de mar e arruinando casas, igrejas epalheiros. Também os portos foram severamente atingidos com perda de muitas embarcações. A destruição dos milhos nos campos causou fome generalizada no ano seguinte. A ilha de São Jorge foi severamente atingida, particularmente oTopo. Os danos do Furacão de 1893 ainda (ano 2010) são visíveis nalguns pontos da costa, nomeadamente na antiga, e hoje abandonada,Igreja Velha de São Mateus da Calheta, nailha Terceira, e nas ruínas daBaía do Refugo, noPorto Judeu.
  • 1899 — Grande enchente de mar em São Jorge - Na madrugada de 3 de Fevereiro, uma grande tempestade marítima atingiu as costas viradas a sul. Em São Jorge, o mar galgou a terra matando uma pessoa nas Velas e provocando enorme destruição na freguesia da Conceição e zonas adjacentes.
  • 1899 — Furacão atinge o Grupo Central - A 17 de Outubro um furacão atravessou o Grupo Central provocando destruição generalizada das habitações e perda de colheitas e de gados. Em São Jorge verificaram-se os maiores danos.

século XX

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População

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Número de habitantes *[23]
1864187818901900191119201930194019501960197019811991200120112021
9 6359 7538 9518 4057 3906 8267 3288 2528 8308 4666 8405 9275 7075 6055 3984 936
Número de habitantes por Grupo Etário **[24][25]
1900191119201930194019501960197019811991200120112021
0-14 Anos2 5372 1951 9722 1412 8792 7142 5021 905S/ dados1 280999778618
15-24 Anos1 1981 0021 0701 3171 2171 6381 4531 030S/ dados869889661482
25-64 Anos3 6943 0742 7602 8533 3263 7153 8223 070S/ dados2 6782 7542 9652 805
= ou > 65 Anos1 0601 0811 012894726701689835S/ dados8809639941 031

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Freguesias

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As seis freguesias do município de Velas são as seguintes:

Política

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Eleições autárquicas

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Câmara Municipal

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Data%V%V%V%V%V%V
PSDCDS-PPPSAPU/CDUPS-CDSBE
197652,52336,6727,31-
197965,73421,82110,17-
198264,48430,271
198569,41424,9112,62-
198946,012PS-CDS1,17-50,223
199372,26511,83-11,14-0,93-
199758,92411,47-26,2210,81-
200150,51310,10-33,7921,65-1,08-
200547,1434,63-43,7220,85-0,88-
200935,55211,29-50,1030,59-
201326,86149,18320,461
20177,45-53,62331,0625,46-
202166,34427,241

Assembleia Municipal

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Data%V%V%V%V%V%V
PSDCDS-PPPSAPU/CDUPS-CDSBE
197651,97537,0737,51-
197965,191722,7969,842
198265,121729,608
198568,891125,3242,77-
198947,888PS-CDS1,46-47,377
199370,461112,00212,2421,45-
199750,47810,69134,9761,09-
200148,01811,62234,3651,71-1,23-
200542,0279,36143,6671,67-
200933,50513,70249,498
201336,80630,58525,5942,92-
201713,48235,80641,5366,031
202115,39246,82825,1048,241

Eleições legislativas regionais

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Data%
PSDCDS-PPPSAPU/CDUUDPPPMAD-ABEPPM-PDACAPPM-PNDPANCHIL
197652,9238,066,74
198063,4419,6911,230,691,63
198462,4923,3910,161,030,500,96
198853,1719,1525,840,710,55
199258,18AD-A22,860,98AD-A16,04
199650,7914,8332,411,26
200039,6719,3035,171,881,800,52
200447,751,810,201,4347,21
200824,7826,9243,451,370,181,47
201229,1525,5638,201,661,130,47
201618,1034,9133,774,191,111,910,69
202017,4939,3728,352,292,061,450,376,30

Eleições legislativas nacionais

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Data%
CDS-PPPSDPSPCPAPU/CDUUDPPRDBEPANAALCHILAD
197647,2142,976,210,54
197926,9555,1011,251,291,41
198018,7563,0012,100,881,44
198316,6864,6013,580,550,34
198520,6355,729,351,690,858,71
198710,8374,688,130,870,251,41
19918,6574,0414,030,520,170,17
199513,7861,1921,361,310,33
19999,3743,5542,641,191,11
200213,4153,3528,461,281,57
20058,6442,4142,371,341,95
200918,1034,0039,570,834,01
201120,6648,9019,921,282,530,83
2015AA33,2034,552,175,370,7416,17
201916,9621,7834,4812,903,541,700,430,380,09
2022AD41,302,252,851,000,704,403,2038,95

Património edificado

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Ver artigo principal:Lista de património edificado em Velas

Património natural

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Morro Norte ao por-do-sol, Velas, Ilha de São Jorge

Urbanismo

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Jardim da Praça da República

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Velas, Jardim da República, coreto, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.

O Jardim da Praça da República ocupa o largo principal da vila de Velas, local onde em tempos idos esteve localizado o mercado da localidade. Este jardim encontra-se delimitado por muros baixos dotados de um gradeamento superior, canteiros de formas variadas, arbusto e algumas árvores. Ao centro possui umcoreto.

A regularização da antigapraça e a sua adaptação a jardim iniciou-se em 1836, quando aCâmara Municipal de Velas emitiu uma deliberação no sentido do arranjo urbano daquele espaço. Esse documento obrigava "osporcos do concelho a andarem com anel no focinho e a não atravessarem a praça". Depois, vieram as plantações de árvores já em meados do século; a instalação do coreto em 1898; a iluminação em 1899; os arranjos dos canteiros e outras decorações em pedra queimada, bem como os muros e gradeamentos nos inícios doséculo XX.

Ojardim encontra-se no centro de uma envolvente de edifícios e integrado num espaço que não lhe dá qualquer hipótese de crescer. Beneficia no entanto de uma excelente enquadramento arquitectónico dos prédios urbanos que tem em volta. Desses edifícios sobressai o edifício da Câmara Municipal, um dos exemplos máximos dobarroco insular na ilha de São Jorge. Do lado oposto a este, ergue-se o edifício da sociedade filarmónica velense, ostentando a sua fachadaArt déco característica dos anos 20 e 30 do século XX, de forte colorido, apresenta amplas fenestrações por entre elementos decorativos estilizados da tradiçãobeaux artiana.

Auditório Municipal e Centro Cultural das Velas

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Auditório Municipal e Centro Cultural das Velas.

O Auditório Municipal e Centro Cultural das Velas apresenta-se como uma construção moderna, construída nos finais do século XX dentro dasmuralhas do antigoForte de Nossa Senhora da Conceição. Este Auditório foi dimensionado para albergar várias valências: podendo ser auditório multiúso, parateatro,cinema econcertos,biblioteca e espaço de exposições.

Tem uma arquitectura contemporânea a fazer lembrar as velas das embarcações, não fossem as Velas uma localidade de mar. Foi pintado com cores fortes, fazendo-se assim sobressair no perfil urbano das Velas.

Largo João Inácio de Sousa

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O LargoJoão Inácio de Sousa antigamente chamava-se "Largo do Mercado" e, antes ainda, "Praça Velha". Caracteriza-se por se localizar num dos locais mais nobres da vila, encontra-se em frente àIgreja Matriz de São Jorge e ao lado do edifício daIrmandade da Santa Casa da Misericórdia de Velas.

Para que fosse possível construir esta praça foi necessário proceder à expropriação de parte da quinta de Miguel Teixeira Soares de Sousa, bem como uma capela e algumas casas.

Esta antiga praça que foi local de venda defrutas ehortaliças, tem actualmente o nome de um dos beneméritos da ilha de São Jorge, que emigrado para osEstados Unidos acabou por fazer fortuna nesse país na área dospetróleos, tendo depois dado apoio a várias instituições da ilha, nomeadamente àmisericórdia de velas, conforme é possível ler numa plana aplicada na estatua de João Inácio de Sousa, que foi posta no centro do largo.

Cemitério de Velas

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O cemitério das Velas localiza-se no sítio da Conceição e foi construído dentro da cerca do antigoConvento de São Francisco. O convento cedeu em 1838 parte do seu espaço para esse fim. Este acontecimento deu-se quatro anos depois de ter sido estabelecido que os sepultamentos deixariam de se poderem fazer dentro das igrejas. No entanto este cemitério só foi benzido no ano de 1856.

Gastronomia

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Velas é famosa pela sua doçaria (Espécies de S. Jorge, Esquecidos), pastelaria (Queijadas de Coco, Queijadas de Leite, Queijadas Dona Amélias e Queijadas Madalenas) e Biscoitos (Rosquilhas de Nata e Freirinhas).[26]

Personalidades

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Bandas filarmónicas

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A filarmonia é uma importante parte da vida de todos os Açorianos, e como não podia deixar de ser, em São Jorge e nas Velas também. No Concelho das Velas existem 6 bandas filarmónicas:

  • Sociedade Filarmónica Nova Aliança (Freguesia de Velas)
  • Filarmonica Lusitânia Liberdade (Freguesia de Velas)
  • Sociedade Recreio Amarense (Freguesia de Santo Amaro)
  • Filarmónica União Rosalense (Freguesia dos Rosais)
  • Sociedade Filarmónica Recreio Nortense (Freguesia do Norte Grande)
  • Sociedade Filarmónica União Urzelinense (Freguesia da Urzelina)

Galeria de imagens

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  • Morro Norte, Velas, Ilha de São Jorge
    Morro Norte, Velas, Ilha de São Jorge
  • Morro de Velas, costa sul da Ilha de São Jorge
    Morro de Velas, costa sul da Ilha de São Jorge
  • Porto das Velas, Velas, Ilha de São Jorge
    Porto das Velas, Velas, Ilha de São Jorge
  • Velas ao por-do-sol, Ilha de São Jorge
    Velas ao por-do-sol, Ilha de São Jorge
  • Porto das Velas, baía, Ilha de São Jorge
    Porto das Velas, baía, Ilha de São Jorge

Referências

  1. «Feriados - Região Autónoma dos Açores». Vice-Presidência do Governo dos Açores. Consultado em 15 de agosto de 2015.Cópia arquivada em 15 de agosto de 2015 
  2. Portal do Município de Velas
  3. «Statistics Portugal - Web Portal».www.ine.pt (em inglês). Consultado em 16 de março de 2025.Cópia arquivada em 6 de março de 2025 
  4. abGuida das Velas 2009/2010, pág. 8. Nova Gráfica, Lda. Dep. Legal, n.º 268828/08.
  5. abcdefgAçores, Guia Turístico 2003/2004, Ed. Publiçor
  6. abcdefghijkJornal Açores, 1955.
  7. abcdefghijklmnopqrsSão Jorge, Açores, Guia do Património Cultural. Edição Atlantic View – Actividades Turísticas, Lda. Dep. Legal n.º 197839/03.ISBN 972-96057-2-6, 1ª edição, 2003.
  8. abcdhttp://pg.azores.gov.pt/drac/cca/inventario/ver.aspx?id=189[ligação inativa] Classificação como Imóvel de Interesse Público pelo Governo Regional dos Açores da Igreja de Santa Bárbara das Manadas.
  9. abJornal Açores, 1955.
  10. Silveira Avelar, A Ilha de São Jorge, pág. 289.
  11. Arquivo dos Açores, VI, 193
  12. abBASTOS, Barão de. Relação dos fortes, Castelos e outros pontos fortificados, que se acham ao presente inteiramente abandonados, e que nenhuma utilidade tem para a defesa do Pais, com declaração daqueles que se podem desde já desprezar (Arquivo Histórico Militar). Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, Vol. LV, 1997.
  13. abVIEIRA, Alberto. Da poliorcética à fortificação nos Açores: introdução ao estudo do sistema defensivo nos Açores nos séculos XVI-XIX. Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, Vol. XLV, Tomo II, 1987.
  14. http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sre-drt/textoImagem/2SJ.htmArquivado em 19 de junho de 2012, noWayback Machine. Governo Regional dos Açores.
  15. http://www.saojorgedigital.info//povoacoes/freguesias/urzelina/urzelina.phpArquivado em 12 de maio de 2013, noWayback Machine. Saojorgedigital.
  16. abJornal "O Angrense" nº 3013 de de 17 de Março de 1905, depósito da Biblioteca Publica e Arquivo de Angra do Heroísmo. (Palácio Bettencourt).
  17. Guia do Património Cultura de São Jorge, Dep. Legal nº 197839/2003
  18. abhttp://www.acores.com/sjorge/index.htmArquivado em 2 de março de 2012, noWayback Machine. Acores.com
  19. Guia do Património Cultural - São Jorge, 1ª Edição/2003, (ISBN 972-96057-2-6), Dep. Legal 197839/03.
  20. Guia do Património Cultural - São Jorge, 1* Edição/2003, (ISBN 972-96057-2-6), Dep. Legal 197839/03.
  21. abEduardo Carvalho Vieira Furtado. Guardiães do Mar dos Açores: uma viagem pelas ilhas do Atlântico. s.l.: s.e., 2005. 298p. mapas, fotos.ISBN 972-9060-47-9
  22. Eduardo Carvalho Vieira Furtado. Guardiães do Mar dos Açores: uma viagem pelas ilhas do Atlântico. s.l.: s.e., 2005. 298p. mapas, fotos.ISBN 972-9060-47-9.
  23. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  24. INE -http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  25. INE -https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  26. Catálogo de Produtos dos Açores, 2 de Abril de 2015.

Ligações externas

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