Urânia |
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Musa da astronomia |
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Urania Cópia romana restaurada, baseada em original grego do século IV a.C. Vila Adriana |
Genealogia |
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Cônjuge(s) | Apolo |
Filho(s) | Lino e Orfeu |
Urânia (emgrego clássico:Ουρανία; "a celestial") era, namitologia grega, uma das novemusas, filhas deZeus eMnemósine, filha deUrano eGaia.[1][2]
Urânia era a musa daastronomia,matemática, lembranças,surrealismo e daastrologia. Era filha deZeus eMnemósine,[1][2] ou deUrano, gerada sem mãe.
Urânia era mãe deLino,[3] e deOrfeu, cujo pai eraApolo. É a mais nova de todas as musas.
Esta musa é comumente representada vestida de azul, cor que representa aabóbada celeste, tendo em torno de si umglobo terrestre, no qual se medem posições com um compasso, numa de suas mãos.
Também possui uma coroa oudiadema formado por um grupo de estrelas (como na imagem acima); as estrelas também podem ornar todo o seu vestido. Aos seus pés encontram-se espalhados alguns instrumentosmatemáticos, razão pela qual, comotacitamente consideram alguns, seria ainda a musa damatemática e de todas asciências exatas.
A representação clássica de Urânia procede principalmente do quadro do pintorbarrocofrancêsSimon Vouet (1590–1649), "As musas Urânia e Calíope" (1634) atualmente compondo o acervo daGaleria Nacional de Arte deWashington, DC.
Urânia é o título dado pelo poetaitalianoGiovanni Pontano a um poema explicativo em latim, cujo título completo é "Urania sive de stellis" (Urânia ou As estrelas). Escrito entre 1476–1479, e publicado postumamente em 1505 entre cinco livros, tenta realizar um movimento quase acrobático em conciliar, de forma enciclopédica e resumida, as doutrinas astrológicas daAntiguidade clássica com as verdades da fé católica, de acordo com a óticaneoplatônica do humanismo, com uso damitologia e dafábula. Esta obra teve certa importância, por seu valor artístico e sucesso entre oscontemporâneos e as gerações literárias seguintes.
Urânia também é o título de um poemaneoclássico escrito porAlessandro Manzoni, entre 1806 e 1809. Em 358hendecassílabos soltos, descreve um diálogo entre a Musa e o poetaPíndaro, em que a tese do autor é descrita literariamente: as virtudes sem asmusas não podem ser aprendidas pelos homens primitivos, por natureza brutos e indolentes; também as musas, sem asgraças, não ganham o coração humano. Cheio de belasmetáforas, o poema pretende contrapor-se à "deusa Razão" doiluminismo, a fim de dar compreensão para tudo aquilo que esta não pode esclarecer.
Urânia é ainda o título de um livro escrito porCamille Flammarion, célebre astrônomo francês, no ano de 1890. O livro estabelece ligações entre aastronomia e oespiritismo.
As Musas Urânia e Calíope (detalhe)
PorSimon Vouet, circa 1634 Urânia Mármore séc. II a I a.C., oriunda deMálaga. M.A.N. (Madrid)
Referências
O
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