Christopher George Latore Wallace (Nova Iorque,21 de maio de1972 –Los Angeles,9 de março de1997), mais conhecido por seus nomes artísticosThe Notorious B.I.G.,Biggie Smalls, ou simplesmenteBiggie,[1] foi umrapper ecompositornorte-americano. Enraizado na cena do rap deNova Iorque e nas tradições dogangsta rap, ele é considerado um dos maioresrappers de todos os tempos.[2] Wallace foi notado pelo seu "flow solto e descontraído", que sobrepõe, muitas vezes, o conteúdo sombrio de suas letras. Suas músicas eram frequentemente semiautobiográficas, falando das dificuldades de sua vida e da criminalidade, mas também de devassidão e celebração.[3]
Nascido e criado noBrooklyn, na cidade deNova Iorque, Wallace assinou seu primeiro contrato em 1993 com a gravadoraBad Boy Records, gravadora fundada neste mesmo ano porSean Combs. Seu álbum de estreia,Ready to Die (1994), foi aclamado pela crítica e inclui suas canções de maior sucesso, "Juicy" e "Big Poppa". O álbum fez dele a figura central na cena dohip hop na Costa Leste, e restaurou a visibilidade de Nova Iorque no gênero, numa época em que aCosta Oeste era dominante.[4] Wallace foi premiado comoRapper do ano pelaBillboard Music Awards em 1995.[5] No ano seguinte, Biggie foi o mentor por trás do grupoJunior M.A.F.I.A., levando seus amigos de infância a traçar o sucesso, entre elesLil' Kim eLil' Cease.
Durante a gravação de seu segundo álbum, Wallace foi fortemente envolvido na crescente rixa dehip hop East Coast–West Coast. Uma série de suspeitas foram levantadas apósTupac Shakur ser atingido e morto por tiros disparados de um veículo em movimento em Las Vegas em Setembro de 1996. Especulações cercaram a Bad Boy e muitos acreditaram que seu envolvimento era claro, por conta da rixa entre Biggie e Tupac.
Em 9 de Março de 1997, Wallace foi morto a tiros da mesma forma que Tupac, sendo atingido por tiros vindo de um carro, enquanto visitava Los Angeles. Seu álbum duploLife After Death, lançado 16 dias depois, subiu para No. 1 nas paradas de álbuns dos EUA e recebeu um disco deDiamante em 2000 pelaRecording Industry Association of America, um dos poucos álbuns dehip hop a receber essa premiação.[6] Mais dois álbuns foram lançados desde a sua morte. Ele tem certificado de vendas de 17 milhões de unidades nos Estados Unidos,[7] incluindo 13,4 milhões de álbuns vendidos.[8]
Wallace nasceu no St. Mary's Hospital doBrooklyn, em Nova York City, no dia 21 de maio de 1972, como o único filho dos pais Jamaicanos, Voletta Wallace, uma professora da pré escola, e Selwyn George Latore, um soldador e político.[9][10] Seu pai deixou a família quando Wallace tinha dois anos de idade, e sua mãe trabalhava em dois empregos enquanto cuidava dele. Wallace cresceu emClinton Hill, na 226 St. James Place,[11] próximo a barreira deBedford-Stuyvesant,Brooklyn.[9][12]
Na Queen of All Saints Middle School, Wallace sobressaiu-se em sua sala, ganhando diversos prêmios como um estudante deInglês. Ele era chamado de "Big" (Grande) por seu peso excessivo aos 10 anos.[13] Ele disse que começou a vender drogas aos 12 anos. Sua mãe, sempre ocupada com o trabalho, só ficou sabendo do ocorrido após Wallace já ter alcançado a vida adulta.[14]
Wallace estudou na Bishop Loughlin Memorial High School antes de transferir-se a seu pedido
Após seu pedido, Wallace transferiu-se de Bishop Loughlin Memorial High School paraGeorge Westinghouse Career and Technical Education High School, no qual futuros rappersDMX,Jay-Z eBusta Rhymes também transferiram-se ao mesmo tempo. De acordo com sua mãe, Wallace continuava um bom estudante, mas ele desenvolveu uma atitude de "malandro" em sua nova escola.[10] Aos dezessete anos, Wallace desistiu da escola e envolveu-se cada vez mais no mundo do crime. Em 1989, ele foi preso com encargos de armas em Brooklyn e sentenciado a cinco anos de liberdade vigiada. Porém, em 1990, ele foi preso novamente por violar a sentença.[15] Um ano depois, Wallace foi preso em North Carolina por venda de crack. Ele passou nove meses preso na cadeia antes de pagar a fiança.[14]
Wallace começou a cantar rap quando era jovem. Entreteve pessoas nas ruas e cantou junto de grupos locais, como: the Old Gold Brothers and the Techniques.[16] Após sair da cadeia, Wallace fez um vídeo demo sob o nome Biggie Smalls, uma referência a um personagem do filme de 1975 "Let's Do It Again" bem como sua estatura; ele media 1,91 m e pesava entre 140–170 kg (de acordo com diferentes fontes da polícia).[17] A gravação foi feita sem objetivo de conseguir um acordo legal. De qualquer forma, o vídeo foi posto ao ar por Mister Cee (DJ de Nova York), que antes havia trabalhado comBig Daddy Kane, e foi ouvido pelo editor daThe Source.[15]
Em março de 1992, Wallace estreou na coluna Unsigned Hype daThe Source, dedicada para inspirar rappers, e gravar por trás deste sucesso.[18] O vídeo demo foi ouvido pelaUptown RecordA&R e pelo produtor de discosSean Combs, que conseguiu uma entrevista com Wallace. Ele foi imediatamente contratado para Uptown e fez uma aparição com os colegas de produção,Heavy D & the Boyz' "A Buncha Niggas" (do álbumBlue Funk).[16][19] Mais tarde, após assinar seu contrato de gravação, Combs foi demitido da Uptown e começou um novo escritório.[20] Wallace seguiu com Combs e em meados de 1992, assinou com a nova gravadora do Combs,Bad Boy Records.[21]
Em 8 de Agosto de 1993, A namorada de Wallace dá a luz à sua primeira filha, T'yanna.[21] Mas eles estavam separados há um certo tempo antes do bebê nascer.[22] Wallace queria que sua filha terminasse a escola, mesmo tendo saído da Universidade por conta própria. Wallace disse que se sua mãe tivesse prometido o que ele prometeu a sua filha: "tudo que ela quisesse", Wallace não só teria se graduado mas também seria o melhor da sala.[23] Ele continuou vendendo drogas para ajudar sua filha financeiramente. Quando Combs descobriu isso, forçou Wallace a desistir.[16]
Mais tarde nesse ano, Wallace ganhou exposição no remix do single deMary J. "Real Love". Assim que descobriu que o apelido "Biggies Smalls" já estava em uso, abraçou de vez aquele que seria o seu até o fim da vida: "The Notorious B.I.G".[carece de fontes?]
Mais ou menos nesta época, Wallace tornou-se um grande amigo de Tupac Shakur. O primo Lil' Cease informou que os amigos eram bem próximos, muitas vezes viajando juntos quando não estavam trabalhando. De acordo com o mesmo, Wallace era um frequente convidado na casa do amigo, e passavam um tempo juntos quando Shakur estava na California ouWashington, D.C.[24] Yukmouth, umrapper de Oakland, diz que o estilo de Biggie era muito inspirado em Shakur.[25]
Em 4 de Agosto de 1994, Wallace casou-se com a cantoraFaith Evans após se conhecerem no estúdio de fotografia daBad Boy.[28] Cinco dias depois, Wallace tem sua primeira parada pop de sucesso como um artista solo, ganhando um duplo A em "Juicy/Unbelievable", no qual alcançou o No. 27 como o primeiro single do seu álbum de estreia.[29]
Ready to Die foi lançada em 13 de Setembro de 1994, e alcançou o No. 13 na Billboard 200 chart,[nota 2][30] eventualmente sendo certificado quatro vezesplatina.[31] O álbum, lançado quando o hip-hop da West Coast estava proeminente nas paradas dos EUA, de acordo comRolling Stone, "quase sozinho... mudou todo o foco do rap East Coast". Isso imediatamente ganhou fortes avaliações e ganhou diversos elogios em retrospectiva.[32] Em adição para "Juicy", a produtora lançou dois singles: o hit platinado "Big Poppa" no qual ganhou No. 1 nas paradas dos EUA,[33] e "One More Chance", que vendeu 1.1 milhão de cópias em 1995.[34][35]Busta Rhymes encontrou Wallace dando cópias gratuitas deReady to Die em sua casa, na qual Rhymes acreditou ser "sua maneira de se auto-divulgar."[36]
Wallace também formou uma amizade comShaquille O'Neal, O'Neal lembrando de sua primeira vez ouvindo Biggie, enquanto ouvia a música "Gimme the Loot", onde Wallace menciona-o nas letras e, desse modo, atraiu O'Neal para sua música. O'Neal pediu uma colaboração com Wallace, no qual resultou na música "You Can't Stop the Reign".Sean Combs relatou que Wallace não fazia colaborações com "alguém que ele realmente não respeita", adicionando que Wallace prestou respeito a O'Neal "divulgando-o".Daz Dillinger, um frequente colaborador do Shakur, disse em 2015 que Wallace e ele estavam "bem".[37] Wallace deveria viajar para encontrá-lo, e Dillinger chamou-lhe novamente servindocannabis e gravando duas músicas com ele.[38]
1995: Colaboração com Michael Jackson, Junior M.A.F.I.A.,Conspiracy e rivalidade costeira
Biggie também trabalhou comMichael Jackson. Em 1995, compôs e cantou um rap para a canção "This Time Around" para o álbumHIStory.[39]Lil' Cease reivindicou em 2013 que Wallace negou seus desejos de conhecer Jackson, citando que ele não "confiava crianças ao Michael"[40] seguindo asacusações de abuso sexual infantil de 1993 contra Michael Jackson.[41] O engenheiro John Van Nest e produtor Dallas Austin lembram-se das sessões onde Wallace estava ansioso parar conhecer Michael e que quase chorou quando ocorreu o encontro.[42]
Em Agosto de1995, o grupo de Wallace, Junior M.A.F.I.A,[nota 3] composto por seus amigos de infância, lançou seu primeiro álbum intituladoConspiracy. O grupo incluía rappers comoLil' Kim eLil' Cease, que passaram a ter uma carreira solo.[43] O registro foi ouro e seus singles, "Player's Anthem" e "Get Money", ambos com Wallace, foram ouro e platina. Wallace continuou a trabalhar com artistas daR&B, colaborando com grupos da Bad Boy112 (em "Only You") eTotal (em "Can't You See") com ambas atingindo o No. 20 da Billboard Hot 100. Até o final deste ano, Wallace foi o artista solo mais vendido do sexo masculino e rapper nas paradas de pop e R&B.[16]
Em Julho de 1995, ele apareceu na capa da The Source, com o título "O Rei de Nova York Domina Tudo", uma referência ao seu pseudônimo Frank White de 1990, do filmeKing of New York.[44][45] NaThe Source Awards, ele foi nomeado "Melhor Artista Novo" (Individual), "Letrista do Ano", "Artista ao Vivo do Ano", e em seu estreado Álbum do Ano.[46] NaBillboard Awards, ele foi o "Artista de Rap do Ano".[15]
Em seu ano de sucesso, Wallace se envolveu em umarivalidade com o West Coast hip-hop de Tupac Shakur, agora seu ex-amigo. Em entrevista à revistaVibe, em Abril de 1995, enquanto servia o tempo emClinton Correctional Facility, Shakur acusou o fundador daUptown Records: Andre Harrell, Sean Combs, e Wallace de terem conhecimento prévio de um assalto que resultou em ele ter sido baleado várias vezes e perder milhares de dólares em joias na noite de 30 de Novembro de 1994. Apesar de Wallace e sua comitiva estarem no mesmo estúdio de gravação baseado em Manhattan, no momento da ocorrência, eles negaram a acusação.[47]
Wallace disse: "O fato de eu estar no estúdio na hora do incidente foi só uma coincidência. Pac não pôde dizer quem realmente fez isso com ele naquela hora. Assim, ele simplesmente jogou a culpa em mim".[48] Em 2012, um homem chamado Dexter Isaac, servindo prisão perpétua por outros crimes, disse que atacou Shakur nesta noite e que o roubo foi orquestrado porJames Rosemond mais conhecido como Jimmy Henchman.[49]
Wallace começou a gravar seu segundo álbum de estúdio em Setembro de 1995. O álbum, gravado em New York City,Trinidad e Los Angeles, foi interrompido durante 18 meses de criação por conta de prejuízo, disputas legais e a disputa de hip-hop do qual ele estava envolvido.[51]
1996: Mais prisões, a morte de Tupac Shakur e segundo filho
Em 23 de Março de 1996, Wallace foi preso do lado de fora de um clube noturno em Manhattan por perseguir e ameaçar matar dois caçadores de autógrafos, quebrando a janela de seu táxi e então puxando um dos fãs para fora socando-o.[15] Ele se declarou culpado por assédio em segundo grau e foi sentenciado a 100 horas de serviços comunitários. Em meio de 1996, ele foi preso em sua casa noTeaneck,New Jersey, por acusações de posse de drogas e armas.[15]
Em Junho de 1996, Shakur lançou "Hit 'Em Up", umafaixa diss no qual ele afirma que teve sexo com aesposa de Wallace (na época, separados) e que Wallace copiou seu estilo e imagem. Wallace se referiu à primeira afirmação sobre a gravidez de sua esposa no filme "Brooklyn's Finest" de Jay-Z, em que ele canta: "se Faye (Faith Evan, sua esposa na época) tiver gêmeos, ela provavelmente terá two 'Pacs. Entendeu? 2Pac's?" De qualquer forma, Wallace não respondeu diretamente para a gravadora durante sua vida toda, declarando em 1997 numa entrevista para a rádio que "não era [seu] estilo de responder".[48]
Em 7 de Setembro de 1996, Shakur foi baleado diversas vezes por um atirador à carro emLas Vegas, e morreu seis dias depois em 13 de Setembro de 1996, por complicações dos ferimentos. Rumores sobre o envolvimento de Wallace com o assassinato de Shakur foi reportado quase imediatamente. Uma série de duas parte de Chuck Philips que escreve paraLos Angeles Times em 2002, "Quem Matou Tupac Shakur?",[52] baseado nas denúncias da polícia e múltiplas fontes, reportara que "o tiroteio foi ordenado por uma gangue deCompton chamada Southside Crips para vingar o espancamento de um de seus membros pela gangue de Shakur horas antes", e que Wallace pagou pela arma do crime.[53][54] Sua família negou publicamente a denúncia, produzindo documentos de que o rapper estava emNova York eNova Jersey no momento.The New York Times disse que os documentos eram inconclusivos, afirmando:
As páginas propõem que são três impressões da casa de Daddy, indicando que Wallace estava no estúdio gravando uma música chamada "Nasty Boy" na noite que Shakur foi morto. Eles indicam que Wallaceescreveu metade da sessão, saía e entrava, sentava-se e escrevia uma referência – semelhante a um primeiro verso. Mas nada indicava a data de criação dos documentos. E Louis Alfred – engenheiro de gravação listado nas folhas – disse em uma entrevista que ele se lembrara de gravar a música com Wallace numa sessão de madrugada, não durante o dia. Ele não pôde recordar a data da sessão, mas disse que parecia não ser a noite que Shakur foi baleado."Nós teríamos ouvido sobre isso" disse Sr. Alfred.[55]
Além do mais, o artigo de Philips foi baseado em diversas fontes. Como o Assistente do Editor Chefe doLA Times Mark Duvoisin escreveu: "A história de Philips opõe-se a todos os desafios para sua fidelidade, ...[e] permanece os relatos definitivos da morte de Shakur".[56]
Faith Evans lembra que seu marido a ligou na noite da morte de Shakur, chorando como se estivesse em choque. Evans adiciona: "Eu acho que seria justo dizer que ele estava assustado, liberando todos estes problemas que ele carregava nesta então chamada carne, mostrando que ele não tinha ódio em seu coração".[57] Wayne Barrow – codiretor de Wallace – disse que Wallace estava gravando a música "Nasty Girl" na noite que Shakur foi morto. Pouco tempo depois da morte de Shakur, ele se encontrou comSnoop Dogg, que pediu para Wallace tocar a música "Somebody's Gotta Die", música essa que Snoop Dogg é citado, e declara que ele [Wallace] nunca odiou Shakur.[58]
Durante as sessões de gravação para seu segundo álbum, tentativamente nomeada para "Life After Death... 'Til Death Do Us Part"[nota 4] mais para frente encurtada paraLife After Death, Wallace e Lil' Cease foram presos por fumar marijuana em público e tiveram seu carro guinchado.[59] Já no dia seguinte, Wallace escolheu umChevrolet Lumina como substituto, mesmo com as objeções de Lil Cease. O carro teria problemas de freio que Wallace não se importou em cuidar.[60] O carro colidiu com um trilho, destruindo a perna esquerda de Wallace, quebrou a mandíbula de Lil Cease e feriuChari Baltimore na altura da cabeça. Todos os envolvidos estavam no carro de Biggie durante o acidente. O acidente foi referido nas letras de "Long Kiss Goodnight": "Ya still tickle me /-/ I used to be as strong as Ripple be /-/ Til Lil' Cease crippled me".[nota 5][61]
Em 29 de Outubro de 1996, Faith Evans deu à luz o filho de Wallace,Christopher "C.J." Wallace Junior.[21] No mês seguinte,Lil' Kim – membro daJunior M.A.F.I.A – lançou seu álbum estreia:Hard Core, sobre a direção de Wallace enquanto os dois estavam tendo um "negócio amoroso".[16] Lil' Kim recorda "ser uma das maiores fãs de Wallace" e por ter sido "seu orgulho e prazer".[62] Em uma entrevista em 2012, Lil' Kim disse que Wallace preveniu ela de fazer um remix do single de Jodeci "Love U 4 Life" trancando-a em um quarto e, de acordo com ela, Wallace decidiu que "ela não iria fazer nenhuma música com eles",[63] por conta da afiliação do grupo com Tupac e aDeath Row Records.
Em Janeiro de 1997, Wallace foi obrigado a pagar uma indenização de US$ 41 000 em danos que seguiram-se envolveu um amigo de um promotor de concerto, alegando que Wallace e sua facção bateram-no durante uma disputa em Maio de 1995.[64] Ele encarou acusações de agressão pelo incidente que permanece irresolvido, mas todas as denúncias de roubo foram retiradas.[15] Seguindo os eventos do ano passado, Wallace contou que seu desejo era focar em sua "paz mental". "Minha mãe... meu filho... minha filha... minha família... meus amigos são o que importa agora".[65]
Wallace viajou para aCalifórnia em fevereiro de 1997 para promover seu próximo álbumLife After Death e gravar um videoclipe de seu single, "Hypnotize".[66] Nesse mesmo mês, Wallace se envolveu em um briga doméstica com sua namorada Charli Baltimore, no hotel Four Seasons, por conta de fotos do Wallace com outras mulheres. Ambos foram requisitados a se retirar.[67]
Em 5 de março de 1997 Wallace deu uma entrevista de rádio comThe Dog House em KYLD em São Francisco, Califórnia. Na entrevista, ele afirmou que havia contratado um segurança uma vez que temia por sua vida, mas isso era porque era uma figura da celebridade, não especificamente um rapper.[68]
Em 8 de março de 1997, Wallace apresentou um dos prêmios de Toni Braxton no 11º AnualSoul Train Music Awards, em Los Angeles e foi vaiado por algumas pessoas da plateia.[47] Depois da vaia, BIG resolveu cantar a música "Who Shot Ya" provocando seus rivais. Após a cerimônia, Wallace foi participar de uma festa organizada pela revistaVibe e Qwest Records noMuseu Automotivo Petersen, emLos Angeles.[47] Entre outros convidados incluíam Faith Evans,Aaliya, Sean Combs e alguns membros das ganguesCrips eBloods.[13]
Em 9 de março de 1997, por volta de 00h30, Wallace foi com sua comitiva em doisChevrolet Suburbans de volta ao seu hotel após o Corpo de Bombeiros encerrar a festa mais cedo, devido à superlotação.[69] Wallace viajava no banco da frente, ao lado de seus companheiros, Damion "D-Roc" Butler, o membro do Junior M.A.F.I.A. Lil Cease e Gregory "G-Money" Young. Combs viajou em outro veículo com três guarda-costas. Os dois carros eram guiados por umaChevrolet Blazer que levava o diretor de segurança da Bad Boy, Paul Offortd.[13][70]
Por volta das 00h45, as ruas estavam cheias de pessoas que estavam saindo do evento. O carro de Wallace parou em um sinal vermelho a 46 metros doMuseu Automotivo Petersen. UmChevrolet Impala preto parou ao lado do carro de Wallace. O motorista do Impala, um homem desconhecido de característica afro-americana que vestia um terno azul e gravata borboleta, baixou a janela, sacou uma pistola de 9 milímetros de aço azulado e disparou contra o Suburban. Quatro balas atingiram Wallace no peito. Os parceiros de Wallace acelaram para o Centro Médico Cedars-Sinai, onde os médicos realizaram umatoracotomia de emergência, mas ele foi declarado morto às 01h15.[13] Ele estava com 24 anos. Sua autópsia, na qual foi revelada 15 anos depois de sua morte, revelaram que apenas um tiro foi fatal; este que entrou pelo seu quadril e atravessou seu cólon, rim, coração, e seu pulmão esquerdo antes de parar em seu ombro esquerdo.[71]
Em 2011, oFederal Bureau of Investigation (FBI) lançou centenas de páginas de gravações (fortemente redigido) de sua investigação em torno do assassinato em 1997.[74] Como parte do lançamento, eles revelaram uma lista de itens que Wallace tinha em seus bolsos na noite em que foi morto; uma carteira de habilitação deGeorgia, uma caneta, 0,91 gramas de maconha, um inalador de asma e três camisinhas. Sua carteira de habilitação de Georgia foi retirada em algum momento dos anos 90 enquanto a Bad Boy estabelecia-se temporariamente emAtlanta.
Sessenta dias após sua morte, o segundo álbum de Wallace inicialmente nomeadoLife After Death... 'Till Death Do Us Part[nota 6], dividido em dois discos, foi lançado com título encurtado paraLife After Death[nota 7] e alcançou o No. 1 noGráfico dos 200 daBillboard, após fazer uma aparição prematura na posição 176 devido as violações de venda nas ruas antes do lançamento oficial. O álbum gravado apresentou uma gama muito maior de convidados e produtores do que seu anterior. Ganhou forte avaliações e, em 2000, foi certificado Diamante – a maior certificaçãoRIAA ganha para um álbum solo de hip hop.[75]
Seu próximo single, "Hypnotize", foi seu último vídeo clipe gravado no qual Wallace participou. Seu pico de sucesso foi com sua próxima: "Mo' Money Mo' Problems",[nota 8] apresentandoSean Combs (sobre o apelido rapper "Puffy Daddy") e Mase. Os dois singles alcançaram o No.1 nas 100 Melhores, fazendo Wallace se tornar o primeiro artista a alcançar este feito postumamente.[76] O terceiro single,Sky's The Limit[nota 9], apresentando a banda 112, que possuía como principal espetáculo o uso das crianças para representar o a vida contemporânea de Wallace, Combs, Lil' Kim e Busta Rhymes. O vídeo musical foi dirigido porSpike Jonze. Wallace foi nomeado para Artista do Ano e seu álbum, "Hypnotize", Single do Ano pela revistaSpin em Dezembro de 1997.[77]
No meio de 1997, Combs lançou seu álbum,No Way Out[nota 10], no qual Wallace participou em cinco músicas, notavelmente no terceiro single "Victory". O mais proeminente single do álbum foiI'll Be Missing You[nota 11], participando Combs, Faith Evans e 112, no qual foi dedicada à memória de Wallace. NoGrammy Award de 1998,Life After Dead com seus dois primeiros singles foram nomeados para a categoria de rap. O álbum de Combs,No Way Out eI'll Be Missing You ganharam o prêmio na categoria deMelhor Performance Rap Por Uma Dupla ou Grupo no qual "Mo' Money Mo' Problems" também foi nomeado.[78]
Em 1996, Wallace começou a montar um super grupo de hip-hop, The Commission, no qual participava ele, Jay-Z, Lil' Cease, Combs, e Charli Baltimore. The Commission foi mencionado por Wallace nas letras deWhat's Beef[nota 12] emLife After Death e "Victory" deNo Way Out, mas um álbum do grupo Commission nunca foi finalizado. Uma trilha emDuets: The Final Chapter, "Watchu Want (The Commission)[nota 13]", estrelando Jay-Z, foi baseada no grupo.
Em Dezembro de 1999, o grupoBad Boy lançouBorn Again[nota 14]. O álbum consistia de materiais antes não lançados, misturados com aparições de novos convidados, incluindo artistas que Wallace nunca colaborou em sua vida. O álbum recebeu algumas avaliações positivas, mas também duras críticas por conta dos pares improváveis; A revistaThe Source descreveu como: "uma das compilações mais estranhas de sua carreira".[79] Mesmo assim, o álbum vendeu 2 milhões de cópias. Wallace apareceu também no álbum de Michael Jackson,Invincible.[80][81]
Com o tempo, sua voz pôde ser ouvida em músicas comoFoolish[nota 15] eRealest Niggas por Ashati em 2002, e a música "Runnin' (Dying to Live)" com Shakur, no ano seguinte. Em 2005,Duets: The Final Chapter continuou a padronização iniciada emBorn Again, na qual foi criticada pela falta de vocais significantes de Wallace em algumas músicas.[82][83] Em seguida, o singleNasty Girl[nota 16] tornou Wallace o maior single na Inglaterra. Combs e Voletta Wallace afirmaram que o álbum seria o último lançamento principalmente com material novo.[84]
Um álbum dueto,The King & I, estrelando Evans e Notorious B.I.G., foi lançado em 19 de Maio de 2018, contento inúmeros materiais musicais não lançados anteriormente.[85]
Wallace geralmente cantava suas músicas em um tom profundo, descrito porRolling Stone como um "grunhido desvolto e grosso",[86] no qual se mostra bem obscuro emLife After Death.[87] Frequentemente, durante todo o álbum, se pode ser ouvido as improvisações de Sean "Puffy" Combs. Na coluna de Unsigned Hype daThe Source, estas improvisações de Combs foram descritas como "legais, nasais, e filtradas, para abençoar seu próprio material".
↑"Wallace, Christopher (1973–1997)", por Gerald D. Jaynes, Enciclopédia da Sociedade Afro-Americana, Volume 1 (Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 2005),p 867.
↑Sullivan, Randall (2013) [2002]. LAbyrinth: A Detective Investigates the Murders of Tupac Shakur and Notorious B.I.G. (Digital ed.). Canongate. Chapter Six. [S.l.: s.n.]ISBN9781782114109