Otestículo é agônada sexual masculina dos animais sexuados produzindo ascélulas de fecundação chamadas deespermatozoides (osgâmetas masculinos). Nosmamíferos ocorre aos pares e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamadaescroto. Podem também ficar no interior do corpo de animais (geralmente os répteis ou os marinhos). Têm função deglândula produzindohormônios masculinos. Sua função é homóloga a dosovários dasfêmeas.
Durante a puberdade, os testículos crescem para dar início àespermatogênese. O seu tamanho depende da produção de esperma (quantidade de espermatogênese sendo feita nos testículos),fluido intersticial e produção de fluido dascélulas de Sertoli.
Após apuberdade, o volume dos testículos pode ser aumentado em até 500% se comparado com o tamanho antes da puberdade.
A função dos testículos à semelhança dos ovários (nas mulheres) é a produção das células responsáveis pelafecundação, os espermatozoides, além da produção deesperma os testículos são também os principais responsáveis pela produção de hormonas masculinas, de onde se destaca atestosterona. Estas controlam o desenvolvimento de algumas características do homem de onde se destacam, o crescimento dos pelos, bem como a voz,barba, largura dos ossos ou o desenvolvimento muscular.
É mais comum que um dos testículos esteja pendurado um pouco mais abaixo que o outro. A percentagem de homens com o testículo esquerdo mais baixo e com o testículo direito mais baixo é praticamente igual. Isto ocorre devido a diferenças na estrutura anatômica vascular nos lados esquerdo e direito.
Ambas as funções dos testículos, formação de espermatozoides e função endócrina, estão sob o controle de hormônios gonadotróficos produzidos pelapituitária anterior:
Nosmamíferos terrestres os testículos estão localizados fora do corpo, suspensos pelo cordão espermático, dentro doescroto. Isso permite umaespermatogênese mais eficiente nos mamíferos, devido ao fato de que a actividade enzimática da espermatogênese tem uma temperatura óptima, cerca de 1 °C menor do que a temperatura corporal, que é de 37 °C em humanos.
Omúsculo cremastérico faz parte docordão espermático. Quando este músculo se contrai, o cordão é diminuído e o testículo é movido em direção ao corpo, o que fornece um aquecimento que é muito importante para a manutenção da temperatura ótima. Quando é necessário o resfriamento, o músculo cremastérico se relaxa e o testículo é abaixado e desta forma se afasta do calor do corpo. Este fenômeno é chamado dereflexo cremastérico. Ele também ocorre em resposta ao stress (os testículos sobem em direção ao corpo de forma a proteger o corpo em uma luta), e também há diversos relatos de que o seu relaxamento indica uma aproximação doorgasmo. Também existe uma forte tendência do músculo se contrair e assim o testículo se retrair durante o orgasmo.
Os testículos também podem ser elevados voluntariamente usando o músculopubococcígeo, que parcialmente ativa músculos relacionados.
Muitos animais que têm baixa temperatura corporal, como oselefantes e osrinocerontes, não possuem sacos escrotais externos; permanecendo seus testículos no interior do abdômen.
Nogolfinho por uma questão de hidrodinâmica os testículos também se encontram dentro da cavidade abdominal, mas para resolver a questão da temperatura, existe nos golfinhos machos uma ligeira alteração na corrente sanguínea, pois o sangue antes de ir aos testículos, vai primeiro à barbatana dorsal onde é ligeiramente arrefecido e deste modo a temperatura dos testículos é mantida mais baixa que a do restante corpo.
Outros animais não-mamíferos não possuem testículos externalizados. Ospássaros, por exemplo, têm testículos internos. Teoriza-se que estes animais usem o seusaco aéreo para resfriar os testículos, porém essa teoria ainda não foi provada definitivamente.
No ano de 2024, uma pesquisa acadêmica encontroumicroplástico em testículos humanos e de cachorros, as conclusões dos estudos indicam a possibilidade de diminuição na contagem de espermatozoides.[1][2][3]
Os testículos são muito sensíveis a impactos e lesões.
varicocele — inchaço das veias dos testículos, geralmente afetando o testículo esquerdo;
monorquidismo é a ausência de um ou ambos os testículos.
A remoção de um ou ambos os testículos é chamada de:
orquidectomia, na medicina (orquiectomia eorquectomia são sinônimos); e
castração, no uso geral, especialmente quando feito como punição ou tortura.
Existem próteses testiculares para simular a aparência e a sensação de um ou ambos os testículos, para quando eles estão ausentes devido a uma lesão ou como um tratamento para adisforia de gênero.
Testículo endócrino
Ostestículos produzemtestosterona nascélulas de Leydig, as quais são estimuladas pelaLH, que é produzida nahipófise em resposta a um aumento daGnRH. AFSH, também produzida no mesmo local e também em resposta à GnRH produzida nohipotálamo, estimula o crescimento das células de Sertoli, que servem de suporte ao processo deespermatogênese. Os testículos também produzeminibina que tem como função inibir a FSH.
A testosterona é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais, sendo também importante para a função sexual normal e o desempenho sexual. Apesar de ser encontrada em ambos os sexos, em média, o organismo de um adulto do sexo masculino produz cerca de vinte a trinta vezes mais testosterona que o organismo de um adulto do sexo feminino, tendo assim um papel determinante na diferenciação dos sexos na espécie humana.
A perda de volume testicular, causa a diminuição da espermatogénese.
Como outras hormonas esteroides, a testosterona deriva docolesterol. O primeiro passo na síntese implica a clivagem oxidativa daSCC (side chain cleavage) por uma oxidase mitocondrial (citocromo P450) com a perda de 6 átomos de carbono para formarpregnelona. O passo seguinte, são removidos mais dois carbonos no retículo endoplasmático. Ainda, o grupo 3-hidroxil é oxidado pela3- β-HSD para produzirandrostenediona. No passo final, que é também o passo limitante, o grupo cetona C-27 daaldrostenediona é reduzido pelo17- β-hidroxiesteroid desidrogenase a testosterona. Como a maioria das hormonas, a testosterona é direccionada para tecidos alvo, através do sangue. Para poder ser transportada, a testosterona circula ligada a uma proteína específica do plasma, aSHBG (sex hormone binding globulin).