Nota: Para outros significados, veja
Tesla.
Tesla (símboloT) é a unidade usada peloSistema Internacional de Unidades (SI) para densidade de fluxo magnético.[1] Comumente chamado deB, o campo magnético quantifica o valor que o campo magnético ocupa em um ponto no espaço em um determinado momento. Esse campo magnético pode ser gerado por um material que possui propriedades magnéticas, um ímã, ou pela movimentação de cargas elétricas, isto é, por uma corrente elétrica, caso em que temos um eletroímã. Em 1956, aComissão Eletrotécnica Internacional propôs que a unidade de indução magnética dentro do SI fosse chamada de tesla, com o símbolo T.[2] Finalmente, após uma votação durante a décima primeiraConferência Geral de Pesos e Medidas, realizada em 1960 na cidade de Paris, a unidade foi oficialmente anunciada, recebendo o nome em homenagem ao cientistaNikola Tesla.
Umfenômeno físico, conhecido comoforça de Lorentz, determina a definição do tesla:[3] uma partícula comcarga de 1coulomb passando por um campo magnético de 1 tesla comvelocidade perpendicular ao campo de 1metro por segundo sente aforça de 1newton. O tesla também pode ser expresso como:

Também é frequentemente utilizada para expressar densidade de fluxo magnético a unidadegauss, que é a unidade padrão nosistema CGS de unidades. Um gauss equivale a 10-4 tesla (ou 1 T = 104 G).[4]
Experimentalmente, temos, pelo teorema dofluxo magnético,[5]
, que é equivalente a unidade:
Em geofísica, é comum usar a unidade γ (gamma), que é 109 vezes menor que o tesla. Então, 1 γ = 1 nT (nanotesla).[6]
42.6 MHz é a frequência do núcleo de1H, usado emespectroscopia NMR. Logo, um campo magnético com frequência de 1 GHz equivale a 23.5 teslas.
A força do sistema magnético do supercondutorITER é de 13T.[7]
A intensidade do campo magnético necessária para levitar um sapo é de 16T.[8] Isto ocorre através do propriedade dediamagnetismo.
A maior intensidade de um campo magnético contínuo produzido em laboratório é de 45 T. (Florida State University em 2015.)[9]
A maior intensidade de um campo magnético pulsado produzido em laboratório, não-destrutivo, é de 100 T. (Los Alamos National Laboratory.)[10]
O maior campo magnético instantâneo já gerado em ambientes fechados, chegou ao estonteante número de 1.200 T, obtido pela Universidade de Tóquio, em setembro de 2018, tendo o efeito durado por 100 microssegundos.[11]
O maior valor de um campo magnético já obtido na Terra é de 2800 T, através do uso de explosivos para concentrar as linhas de campo magnético e produzirem valores de densidade de fluxo magnético por alguns microssegundos. Este foi o método utilizado em 1998 por pesquisadores no Centro Russo Federal Nuclear (VNIIEF).[12]
Os maiores campos magnéticos conhecidos são degigateslas e provêm demagnetars, que são estrelas de nêutrons e podem alcançar de 108 até 1011 T.[13]
Referências