Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Sepúlveda Pertence

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sepúlveda Pertence
Sepúlveda Pertence
Ministro do Supremo Tribunal Federal doBrasil
Período17 de maio de 1989
até 17 de agosto de 2007
Nomeação porJosé Sarney
Antecessor(a)Oscar Dias Correia
Sucessor(a)Carlos Alberto Menezes Direito
41.º Presidente doTribunal Superior Eleitoral doBrasil
Período20 de fevereiro de 2003
até 21 de fevereiro de 2005
Antecessor(a)Nelson Jobim
Sucessor(a)Carlos Velloso
45.º Presidente doSupremo Tribunal Federal doBrasil
Período17 de maio de 1995
até 20 de maio de 1997
Antecessor(a)Octavio Gallotti
Sucessor(a)Celso de Mello
34.º Presidente doTribunal Superior Eleitoral doBrasil
Período15 de junho de 1993
até 22 de novembro de 1994
Antecessor(a)Paulo Brossard
Sucessor(a)Carlos Velloso
34.º Procurador-geral da República doBrasil
Período15 de março de 1985
até 17 de maio de 1989
Nomeação porJosé Sarney
Antecessor(a)Inocêncio Mártires Coelho
Sucessor(a)Aristides Junqueira
Dados pessoais
Nascimento21 de novembro de1937
Sabará,Minas Gerais
Falecimento2 de julho de2023 (85 anos)
Brasília,Distrito Federal
EsposaSuely Castello Branco Pertence
Alma materUniversidade Federal de Minas Gerais

José Paulo Sepúlveda Pertence (Sabará,21 de novembro de1937Brasília,2 de julho de2023)[1] foi umjurista,professor,advogado emagistradobrasileiro. Entre outros cargos, foiprocurador-geral da República,[2] ministro epresidente doSupremo Tribunal Federal e presidente daComissão de Ética Pública daPresidência da República.

Biografia

[editar |editar código-fonte]

Formado emdireito pelaUniversidade Federal de Minas Gerais em 1960, exerceu desde o curso secundário intensa atividade no movimento estudantil, ocupando postos de representação e de direção em diversas entidades, tendo sido o 1º vice-presidente daUnião Nacional dos Estudantes (UNE), no biênio 1959/1960.[1]

Mudou-se paraBrasília, onde ocupou o cargo de assistente jurídico da prefeitura doDistrito Federal em 1961. Iniciou o curso demestrado naUniversidade de Brasília, onde, ao mesmo tempo, foi instrutor e professor auxiliar, desde a abertura dos cursos, em abril de 1962, até outubro de 1965, quando foi demitido.[3]

Em 1963, foi aprovado em concurso público para o cargo depromotor de Justiça doMinistério Público do Distrito Federal e dos Territórios. Entre 1965 e 1967 foi assessor do ministroEvandro Lins e Silva noSupremo Tribunal Federal (STF). Foi cassado do Ministério Público em outubro de 1969 pelaJunta Militar de 1969, com base noAI-5.[1]

A partir de então, dedicou-se integralmente à advocacia, em escritório montado junto ao ex-ministro do STFVictor Nunes Leal, que também fora cassado pelo governo militar naquele mesmo ano,[4] tendo atuado em Brasília, Minas Gerais,São Paulo e noRio de Janeiro, e ocupado, ainda, cargos naOrdem dos Advogados do Brasil (OAB).[1]

Escolhido porTancredo Neves para o cargo deprocurador-geral da República, foi nomeado pelo presidenteJosé Sarney e empossado em 15 de março de 1985, exercendo cumulativamente as funções de procurador-geral Eleitoral e de membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.[1] Como procurador-geral causou polêmica no julgamento da Representação 1349.[5] Um grupo de parlamentares solicitou a declaração de inconstitucionalidade daLei de Informática. Pertence era contra manifestando tal posição na petição inicial. A prática não era comum. O Supremo considerou inepta a petição inicial alegando que não se pode conhecer de uma ação se o autor a propõe e diz logo que quer que ela seja julgada improcedente. Os parlamentares proponentes da declaração acusaram Sepúlveda de deslealdade e de inovar juridicamente.[6]

Foi um dos membros daComissão Affonso Arinos encarregado de elaborar o Anteprojeto Constitucional para aConstituição brasileira de 1988. Partiu de sua sugestão a proposta de autonomia doMinistério Público, algo que se arrependeria anos depois.[7]

Supremo Tribunal Federal

[editar |editar código-fonte]

Foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pelo presidente José Sarney em 1989, na vaga decorrente da aposentadoria do ministroOscar Dias Correia, tomando posse no cargo em 17 de maio.

Foi indicado pelo STF para ministro doTribunal Superior Eleitoral entre 1990 a 1992 e exerceu a Presidência daquele órgão de 15 de junho de 1993 a 15 de novembro de 1994. Entre 1999 e 2004, foi novamente ministro e presidente do TSE.

Em 9 de novembro de 1994, foi eleito vice-presidente do Supremo Tribunal Federal. Ascendeu à presidência, mediante eleição, em 19 de abril de 1995, e foi empossado no cargo em 17 de maio seguinte, nele permanecendo até 20 de maio de 1997.

Entre 1995 e o fim de seu mandato, fez dezenas de palestras aos temas da reforma do Poder Judiciário — particularmente a defesa da proposta da “Súmula vinculante” — e aos problemas da convivência dos sistemas concentrado e difuso de controle da constitucionalidade de normas no Brasil.

Aposentou-se como ministro do Supremo Tribunal Federal em 17 de agosto de 2007.

Em 7 de dezembro de 2009, foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem do Ipiranga peloGoverno do Estado de São Paulo, na pessoa do então governadorJosé Serra.[8]

Comissão de Ética Pública da Presidência da República

[editar |editar código-fonte]

Após sua saída do STF, tornou-se membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República em dezembro de 2007. Em 24 de setembro de 2012, quando era presidente da comissão, renunciou ao seu mandato após a presidenteDilma Rousseff, fugindo à praxe, não ter renovado o mandato de dois conselheiros (Marília Muricy e Fábio Coutinho).[9]

Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva

[editar |editar código-fonte]

Em fevereiro de 2018, ingressou na equipe de advogados responsável pela defesa do ex-presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva, condenado peloTribunal Regional Federal da 4ª Região pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na visão de Pertence, Lula seria alvo de uma "perseguição jamais vista".[10]

Morte

[editar |editar código-fonte]

Morreu na madrugada de 2 de julho 2023, aos 85 anos, no Hospital Sírio-Libanês em Brasília, defalência de múltiplos órgãos, depois de uma semana de internação.[11]

Trabalhos jurídicos

[editar |editar código-fonte]
  • “Da Competência na Teoria do Ordenamento Jurídico”, mimeo, UNE, 1965
  • “Contribuição à Teoria do Distrito Federal”, Rev. do TJDF, nº 2/17; Rev. Forense,
  • “Liberdade de Direito e Asilo” (Anais da VIII Conferência Nacional da OAB)
  • “A OAB e a Anistia” (Parecer da OAB, 1979, em Anistia, Senado Federal, 1980, 2º vol.)
  • “Victor Nunes Leal” - Homenagem póstuma no STF — Revista do Direito Público
  • “A Crise Institucional Brasileira” (painel com os ProfessoresJ. J. Calmon de Passos eCelso Antônio Bandeira de Mello, OAB-RJ, 1984)
  • “Princípio da maioria absoluta” (Art. 75, CF) “Eleições de Governadores e Prefeitos” (parecer, Cadernos de Direito Constitucional e Eleitoral, v. 1/115)
  • “Inelegibilidade — Crime contra a Administração Pública — Prescrição retroativa” (Cadernos de Direito Constitucional e Eleitoral, v. 1/115)
  • “Propaganda Eleitoral — Isonomia” (parecer, Cadernos de Direito Constitucional e Eleitoral, v. 3/48)
  • “Eleitoral — Possibilidade de os meios de comunicação divulgarem, a qualquer tempo, pesquisas eleitorais. Constituição de 1988” — Parecer, 26 de outubro de 1988
  • Pareceres do Procurador-Geral da República (1985/1987),Ministério da Justiça — DIN, Brasília, 1988, 601 páginas

Referências

  1. abcdeMinistro Sepúlveda Pertence
  2. «Galeria dos ex-Procuradores-gerais da República». Ministério Público Federal. 29 de junho de 2014 
  3. Entrevista Sepúlveda Pertence a Revista dos Estudantes de Direito da UnB, 2007
  4. Entrevista Sepúlveda Pertence - Ministério Público Federal[ligação inativa]
  5. «Representação 1349». STF. 19 de fevereiro de 2018. Consultado em 19 de fevereiro de 2018 
  6. O salão dos passos perdidos: depoimento ao CPDOC
  7. «O 'monstro' criado por Sepúlveda». Estadão. 6 de fevereiro de 2018. Consultado em 19 de fevereiro de 2018 
  8. «Ex-presidentes do Supremo são homenageados com a Ordem do Ipiranga, mais alta honraria do Estado de SP».Migalhas. 8 de dezembro de 2009. Consultado em 9 de março de 2018 
  9. Sepúlveda Pertence renuncia à presidência da Comissão de Ética
  10. «Ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence passa a atuar como advogado de Lula». G1. 6 de fevereiro de 2018. Consultado em 14 de fevereiro de 2018 
  11. «Morre em Brasília o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence | Política».O Globo. 2 de julho de 2023. Consultado em 2 de julho de 2023 

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
WikiquoteCitações noWikiquote
CommonsImagens emedia noCommons
CommonsCategoria noCommons

Precedido por
Inocêncio Mártires Coelho
Procurador-Geral da República do Brasil
1985–1989
Sucedido por
Aristides Junqueira
Precedido por
Octavio Gallotti
Presidente do Supremo Tribunal Federal
1995–1997
Sucedido por
Celso de Mello
Supremo Tribunal de Justiça
(1828–1891)
Bandeira do Brasil
Supremo Tribunal Federal
(1891–atual)
Tribunal Superior da Justiça
Eleitoral (1932–1937)
Bandeira do Brasil
Tribunal Superior Eleitoral
(1945–atualmente)
Século 19
Século 20
Século 21
Controle de autoridade
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sepúlveda_Pertence&oldid=68496937"
Categorias:
Categoria oculta:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp