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Paulo da Cruz | |
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São Paulo da Cruz | |
Fundador daOrdem dosPassionistas | |
Nascimento | 3 de janeiro de1694 Ovada,Piemonte,Itália |
Morte | 18 de outubro de1775 (81 anos) Santi Giovanni e Paolo,Roma |
Nome de nascimento | Paulo Francisco Danei |
Nome religioso | Paulo da Cruz |
Veneração por | Igreja Católica |
Beatificação | 1 de maio de1853 Roma porPapa Pio IX |
Canonização | 29 de junho de1867 Roma porPapa Pio IX |
Principaltemplo | Santi Giovanni e Paolo,Roma |
Festa litúrgica | 19 de outubro |
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Paulo da Cruz, nascidoPaulo Francisco Danei, é umsantocatólicoitaliano e o fundador da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas).
Paulo Francisco Danei nasceu em Ovada, naItália, tendo-se mudado, mais tarde, paraCastellazzo Bormida, não muito longe da sua terra natal. A sua mãe ensinou-o a ver naPaixão de Jesus Cristo a força para superar todas as provas e dificuldades. Assim, enamorado de Jesus crucificado desde criança, quis entregar-Lhe toda a sua vida.
Por volta de 1715-1716, desejoso de servir aCristo, apresentou-se emVeneza e alistou-se no exército. Queria lutar contra osturcos, que então ameaçavam a Europa, com mística decruzado. Enquanto adorava oSantíssimo Sacramento numa igreja compreendeu que não era aquela a suavocação.
Abandonou a carreira militar, serviu durante alguns meses uma família e regressou a casa. Embora o seu tio sacerdote prometesse deixar-lhe toda a sua herança no caso de vir a casar, Paulo renunciou à oferta.
Segundo um testemunho, uma aparição daVirgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempreJesus Cristo crucificado como centro. O bispo de Alexandria, Mons. Gattinara, ouvindo o conselho de confessores prudentes, revestiu-o com o hábito da Paixão, a 22 de Novembro de 1720. Passou 40 dias nasacristia da igreja de S. Carlos, em Castellazzo. As suas experiências e o seu estado de espírito, durante aquela "quarentena" conservaram-se até hoje com o nome de "Diário Espiritual". Além disso, elaborou um esboço dasregras, destinadas a possíveis companheiros, aos quais chamava de "Os Pobres de Jesus". O seu irmão João Baptista, que o visitava, quis associar-se a ele, mas Paulo, naquela altura, não o permitiu.
Concluída a experiência, o bispo autorizou-o a viver naermida de Santo Estevão, emCastellazzo, e a realizar apostolado como leigo. No verão de 1721, viajou atéRoma, no intuito de obter uma audiência papal para explicar as luzes recebidas sobre uma futura Congregação. Os oficiais doMonte Quirinal, onde residia opapa, não o deixaram entrar, pois pareceu-lhes tratar-se de mais um aventureiro.
Aceitou a humilhação que o configurava a Jesus crucificado e, naBasílica de Santa Maria Maior, perante a Virgem "Salus Populi Romani", fez voto de se consagrar a promover a memória da Paixão de Jesus Cristo.
De regresso à sua terra, deteve-se um pouco emOrbetello, na ermida da Anunciação doMonte Argentário. Ao chegar aCastellazzo, encontrou-se com o seu irmão João Baptista e, juntos, resolveram levar uma vida eremítica no Monte Argentário. Depois, a convite de Mons. Pignatelli, deslocaram-se para a ermida de Nossa Senhora, emGaeta.
Mais tarde, Mons. Cavallieri recebeu-os durante algum tempo, emTroia, tendo regressado a Gaeta, mas, desta vez, para o Santuário da Virgem da "Civita", em Itri. Os esforços de fundar uma comunidade fracassavam sempre. Para serem pregadores da Paixão era necessário tornarem-se sacerdotes. Por isso, resolveram viajar para Roma. Enquanto estudavam aTeologia, foram prestando o seu serviço no hospital, atendendo os doentes infectados pela peste. O Papa saudou-os noMonte Célio, junto à igreja chamada "La Navicella" (Santa Maria em Navicella), e deu-lhes uma autorização oral de poderem fundar a ordem noMonte Argentário. Uma vezordenados sacerdotes, em 1727, os dois irmãos abandonaram Roma e dirigiram-se para o Monte Argentário.
Iniciaram o seu apostolado entre pescadores, lenhadores, pastores etc. Rapidamente foram-se juntando companheiros, entre eles o seu irmão António e sacerdotes bem preparados. Os bispos dirigiam-lhes pedidos para missionarem as terras daquela zona. Quando ali se declarou a guerra dosPresídios, Paulo exercia o seu ministério em ambas as facções, sendo bem recebido dos dois lados.
O primeiro convento, dedicado à Apresentação, foi inaugurado em1737. Paulo apresentou as Regras para o novo Instituto, em Roma. Depois de algumas alterações, viriam a ser aprovadas pelopapa Bento XIV em 1741.
O Fundador foi contemporâneo de grandes pregadores comoSão Leonardo de Porto Maurício, a quem cumprimentou em determinada ocasião, eSanto Afonso Maria de Ligório, a quem não chegou a conhecer. Tal como a eles, o amor a Jesus crucificado impelia-o para o serviço apostólico das missões.
Embora tenha sido sempre Superior Geral, desde 1747, não deixou de pregar nem de escrever cartas comodirector espiritual. O Instituto teve alguma oposição dentro de um sector da Igreja, facto que determinou a suspensão da fundação de vários conventos, até que uma comissão pontifícia deliberasse em favor dos Passionistas.
Defendeu sempre, com grande determinação, para toda a Congregação, o espírito de solidão, pobreza e oração, não só com os seus conselhos, mas indicando também o exemplo do seu irmão João Baptista. Quando este morreu em 1765, Paulo sentiu-se como um órfão.
Após a supressão daCompanhia de Jesus,Clemente XIV levou os Padres da Missão à igreja de S. André do Quirinal e concedeu a Paulo da Cruz a casa e aBasílica dos Santos João e Paulo, que eles mantinham noMonte Célio. Nela, a dois passos doColiseu de Roma, viveu o santo os últimos anos da sua vida; ali recebeu as visitas de Clemente XIV, em 1774, e dePio VI em 1775, e ali faleceu, uns meses mais tarde.
As suasrelíquias conservam-se em capela própria, inaugurada na basílica em 1880.
Em sua homenagem, há ummosteiro com o nome deSão Paulo da Cruz emSão Carlos.