Roseola | |
---|---|
Menina de 21 meses com roseóla | |
Especialidade | infecciologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-11 | 1F01 |
CID-10 | B08.2 |
CID-9 | 057.8 |
DiseasesDB | 5857 |
MedlinePlus | 000968 |
eMedicine | emerg/400derm/378ped/998 |
MeSH | D005077 |
![]() |
Aroséola ouexantema súbito é uma doença epidémica da infância geralmente benigna causa peloHerpesvirus 6 (HHV6) ou peloHerpesvirus 7 (HHV7), geralmente afeta maiores de 6 meses e menores de 6 anos de idade, causando três dias de febre e depois pintas vermelhas pelo corpo.[1][2]
Os dois vírus aparentados que causam a roséola são da mesma família do vírus daHerpes mas produzem uma doença não relacionada. O HHV6 e HHV7 são vírus comgenoma deDNA bicatenar (hélice dupla), que se multiplicam nonúcleo da célula hóspede. Têm preferência para parasitarlinfócitos T.
A transmissão é por contato direto ou com secreção proveniente dasaliva,espirro etosse e é bastante infecciosa.
Os vírus HHV6 e HHV7 foram descobertos enquanto causa da roséola apenas em1988 e2012 respectivamente.
A maioria dos adultos têmanticorpo anti HHV6 ou HHV7, significando que a doença foi assintomática, ignorada ou diagnosticada como outra condição. Atinge principalmente crianças pequenas, de três meses a três anos.
Nos indivíduos adultos causa uma síndrome semelhante àmononucleose infecciosa, contudo infecta mais frequentemente crianças com quadro típico de roséola.
A roséola caracteriza-se por aparecimento súbito de febre moderadamente elevada (39-40 °C) que dura poucos dias e é seguida deexantema macular (mancha vermelha napele). Os sintomas duram três ou quatro dias. Raramente o aparecimento súbito da febre elevada pode levar a convulsões e tremores violentos da criança, e nesse caso a ajuda médica é aconselhada.
Em caso de febre alta (mais de 40 graus) pode causarconvulsão. O uso deantitérmicos/antipiréticos comoparacetamol ou um banho frio e compressa de água fria costuma resolver o quadro. Em caso de pacientesimunodeprimidos pode causarpneumonia viral eencefalite viral.[3] Nesse caso deve ser tratados comantivirais(ganciclovir,cidofovir oufoscarnet) eInterferon.[4]
O diagnóstico é eminentemente clínico. A sorologia não é necessária, pois a doença desaparece sozinha. Pode ser verificado por anticorpos HHV6 comELISA.
O tratamento é inespecífico: aliviar as roupas se a criança suar muito, dar mais água para beber que o normal e eventualmente administrarparacetamol ouibuprofeno se a temperatura subir muito. Não se deve daraspirina para crianças, pois pode causarSíndrome de Reye ouhemorragia.[5][6]
Acredita-se[7] que exista uma correlação entre o vírus HHV-6 e o desencadeamento de Esclerose Múltipla em adultos com pré-disposição genética à doença. Isto porque o HHV-6 pode permanecer dormente em fibras nervosas, e este possui semelhanças estruturais com amielina, podendo atuar como um "mímico molecular", provocando a produção de anticorpos que ataquem e inflamem também a bainha de mielina dos neurônios dosistema nervoso. Estes ataques levam a geração de "cicatrizes" rijas, conhecidas como esclerose, bloqueando a propagação de impulsos pelosneurônios afetados.