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Raí em 2009, durante um evento publicitário | |||||||||||||||||||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||||||||||||||||||
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Nome completo | Raí Souza Vieira de Oliveira | ||||||||||||||||||||||||||
Data de nascimento | 15 de maio de1965 (59 anos) | ||||||||||||||||||||||||||
Local de nascimento | Ribeirão Preto,São Paulo,Brasil | ||||||||||||||||||||||||||
Nacionalidade | brasileiro | ||||||||||||||||||||||||||
Altura | 1,89 m | ||||||||||||||||||||||||||
Pé | destro | ||||||||||||||||||||||||||
Apelido | Terror do Morumbi | ||||||||||||||||||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||||||||||||||||||
Período em atividade | 1984–2000 (16 anos) | ||||||||||||||||||||||||||
Clube atual | aposentado | ||||||||||||||||||||||||||
Posição | meio-campista | ||||||||||||||||||||||||||
Clubes de juventude | |||||||||||||||||||||||||||
1980–1985 | Botafogo-SP | ||||||||||||||||||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||||||||||||||||||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s | |||||||||||||||||||||||||
1984–1987 1986 1987–1993 1993–1998 1998–2000 | Botafogo-SP →Ponte Preta (emp.) São Paulo Paris Saint-Germain São Paulo | 00038000(17) 000100000(1) 0039500(128) 00223000(79) 00082000(15) | |||||||||||||||||||||||||
Seleção nacional | |||||||||||||||||||||||||||
1987–1998 | Brasil | 00054000(17) | |||||||||||||||||||||||||
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Raí Souza Vieira de Oliveira (Ribeirão Preto,15 de maio de1965) é um ex-futebolistabrasileiro que atuava comomeio-campista.[1] Um dos grandes jogadores dadécada de 90, é considerado o maiorcamisa 10 da história doSão Paulo, clube onde foi ídolo e campeão do mundo em1992, marcando os dois gols do título na final contra oBarcelona.
Representou aSeleção Brasileira naCopa do Mundo FIFA de 1994, onde como camisa 10 fez parte do grupo tetracampeão mundial.
Nascido em Ribeirão Preto, é irmão do também ex-jogadorSócrates. Grande admirador dosfilósofosgregos, o pai de Raí deu a seus três filhos mais velhos os nomes deSócrates,Sófocles eSóstenes. Seu Raimundo queria que Raí se chamasseXenofonte, mas sua mulher, Dona Guiomar, conseguiu dissuadi-lo da ideia.[2]
Em entrevista aoMuseu da Pessoa,[3] concedida em 2009, Raí conta que, durante a infância e pré-adolescente, o futebol já era presente e foi muito importante para ajudá-lo a combater sua timidez, uma vez que era uma prática esportiva que o permitia se expressar e estar em contato com amigos.
Iniciou sua carreira noBotafogo de Ribeirão Preto, aos 15 anos,[4] omitindo o parentesco com o irmão famoso.[5] Em 1984 foi lançado no time principal, mas só se firmou com a chegada do técnicoPedro Rocha, no segundo turno doCampeonato Paulista do ano seguinte.[6][5] "O Pedro deu muita força", contou o jogador, em 1986. "Ele foi um grande meia-esquerda e passou-me vários ensinamentos."[6]
Passou pelaPonte Preta porempréstimo durante oCampeonato Brasileiro de 1986 e no ano seguinte voltou, durante oCampeonato Paulista, ao Botafogo. Foi convocado para a Seleção Brasileira e disputou aCopa América daquele ano.[7][5] Chegou a ser cobiçado peloCorinthians,[8] especialmente depois de marcar três gols contra o Alvinegro, em abril de 1986,[9][10] mas foi contratado peloSão Paulo ainda em 1987, para oCampeonato Brasileiro.
Sua estreia foi apenas na última rodada do primeiro turno, em 18 de outubro, na derrota por 1 a 0 para oGrêmio,[11] por causa de uma contusão na coxa direita que o deixara três meses fora dos gramados.[12] O seu primeiro gol pelo clube viria no terceiro jogo, na vitória por 2 a 0 sobre oGoiás.[13]
Em 1989 foi campeão pela primeira vez ao conquistar oCampeonato Paulista.
Antes da chegada do técnicoTelê Santana, em outubro de 1990, o jogador tinha marcado apenas 26 gols em mais de três anos. Porém, depois que Telê passou a comandar o time, Raí marcou muitos gols: foram 28 em 1991, sendo 20 noCampeonato Paulista, quando conquistou a artilharia do Paulistão.[14][15]
Foi o capitão do time noCampeonato Brasileiro de 1991 e ajudou o São Paulo a conquistar seu terceiro título, em cima doBragantino deCarlos Alberto Parreira. Nessa campanha, Raí foi o artilheiro do time, com sete gols,[16] fato que se repetiria noBrasileirão seguinte, no título do bicampeonato consecutivo da Libertadores, em 1993, e nos Campeonatos Paulistas de1992 e1993.[17]
Como campeão brasileiro, conquistou aLibertadores de 1992 contra oNewell's Old Boys, daArgentina. Foi decisivo ao marcar o gol que levou a final à decisão por pênaltis. Acertou a sua cobrança na disputa e, com a vitória tricolor, como capitão do time levantou o troféu diante de 120 mil torcedores noEstádio do Morumbi.[18][19][20]
Na disputa daCopa Intercontinental de 1992, noJapão, Raí marcou dois gols — sendo o primeiro com a barriga e o segundo em uma cobrança de falta[16] — e o São Paulo venceu o jogo contra oBarcelona, conquistando o título.[21][22] Raí foi eleito o melhor jogador do torneio.[23]
Na volta ao Brasil, o São Paulo ainda venceu a final do Paulistão, batendo oPalmeiras por 2 a 1. Nesse campeonato, Raí chegou a marcar cinco gols em um mesmo jogo, na vitória por 6 a 0 sobre oNoroeste, deBauru, em 15 de outubro.[24]
No começo de 1993, foi vendido aoParis Saint-Germain, daFrança, por 4,6 milhões dedólares,[25] mas ficou no Brasil até o meio do ano e conquistou ainda aLibertadores de 1993, marcando um gol de peito no primeiro jogo da final e novamente levantando o troféu.[26][27] No Paulista, o time ficou em terceiro lugar, e a despedida do meia foi em uma vitória por 6 a 1 sobre oSantos, em 3 de junho.[28]
Chegou e transformou-se em um dos principais ídolos do clube.[29] Na sua primeira temporada, quando o PSG conquistou aLigue 1 (Campeonato Francês) de 1993–94,[30] foi substituído na maioria de seus jogos e chegou até a frequentar o banco de reservas.[31] No entanto, seria um dos principais jogadores do time na conquista dos títulos daRecopa Europeia de 1996 (finalista em 1997), da Ligue 1 de 1995–96, daCopa da França de 1994–95 e de 1997–98, e daCopa da Liga Francesa de 1994–95 e 1997–98.[32][33]
Raí defendeu o Paris Saint-Germain entre 1993 e 1998. Foi capitão da equipe e o cérebro do time durante toda sua estadia. Em sua cinco temporadas jogou 204 partidas e marcou 71 gols.[34]
Em 2020, Raí foi eleito o maior jogador da história do clube francês. A votação foi promovida pelo Paris Saint-Germain em comemoração aos seus 50 anos, e contou com 2,5 mil votantes, dos quais 30% foram ex-jogadores, técnicos e dirigentes, 30% foram jornalistas e 40% foram sócios. Raí foi o primeiro em todos os grupos.[35]
Raí ainda voltou ao São Paulo em 1998, e sua reestreia foi contra o Corinthians, já na final doCampeonato Paulista daquele ano: ele fez um gol de cabeça e foi campeão no mesmo dia em que desembarcou no país. Mas em um jogo contra oCruzeiro, em 9 de agosto, peloCampeonato Brasileiro, Raí rompeu os ligamentos no tornozelo após uma entrada deWilson Gottardo e teve de ficar mais de um ano parado.[36]
Enquanto se recuperava, separou-se da esposa Cristina, depois de quinze anos de casamento.[37] Nessa mesma época, depois de ser pai com apenas 17 anos, Raí foi avô aos 33.[38] Quando voltou, ficou na reserva durante boa parte doCampeonato Brasileiro de 1999, recuperando-se gradativamente ao longo da competição.[39]
O último gol de Raí como profissional foi em 27 de junho de 2000, diante do Palmeiras, noPalestra Itália.[40] Sua última partida antes de se retirar dos gramados foi pouco menos de um mês depois, em 22 de julho, em uma derrota por 3 a 1 para oSport emJoão Pessoa, pelaCopa dos Campeões.[41] Ele é considerado um dos jogadores mais importantes da história do clube.[14]
PelaSeleção Brasileira, entretanto, não teve tanto destaque como no São Paulo. Jogou 51 partidas pelo Brasil, marcando dezesseis gols, incluindo um de pênalti no jogo contra aRússia pela primeira fase daCopa do Mundo FIFA de 1994, torneio em que jogou com a camisa 10. Nessa Copa, foi titular nos três primeiros jogos do time, quando também era seucapitão, posto que passou paraDunga quando saiu do time titular.[42] Além disso, entrou no segundo tempo contra osPaíses Baixos, nas quartas de final, e atuou na vitória por 1 a 0 contra aSuécia, nas semifinais.[43]
Em 2005, foi um dos convidados de honra do São Paulo para acompanhar o time na disputa doCampeonato Mundial de Clubes da FIFA.[44] Raí chegou a tempo de acompanhar o jogo do tricolor na semifinal do Mundial, realizado no Japão. O atraso deveu-se a um compromisso do ex-jogador com o governo francês, para discutir projetos da Fundação Gol de Letra. Para a surpresa de Raí, ele ainda reviveu a sua época de jogador ao participar do penúltimo treino (que também seria o último rachão do ano) do São Paulo antes dafinal do Mundial.[45]
Atualmente, dirige uma entidade filantrópica de ajuda às crianças chamadaFundação Gol de Letra, ao lado de seu ex-companheiro de São Paulo e Paris Saint-Germain,Leonardo. Em sua entrevista aoMuseu da Pessoa,[3] comentou sobre as origens do projeto e sua participação ativa em toda a estruturação da fundação, que tem como missão promover a educação integral de crianças, adolescentes e jovens por meio do esporte e cultura.
"Eles [pessoas atendidas pela fundação] têm uma quantidade de atividades que sempre foi o nosso desejo e que a gente mantém até hoje. (...) Existe uma biblioteca comunitária, existe uma cultura de teatro, mudanças de hábito de leitura, atividades esportivas que são uma coisa saudável, uma coisa positiva socialmente. Ali, o esporte existe não só como formador de talento, mas como direito de todo cidadão."— RaíEntrevista ao Museu da Pessoa
Em 2006, junto com outros atletas, criou a organização Atletas pela Cidadania, que se dedica a defender causas sociais.
No dia 7 de dezembro de 2017, foi anunciado como novo executivo de futebol do São Paulo.[46] Deixou o cargo em 1 de fevereiro de 2021, após a demissão do treinadorFernando Diniz.[47]
Em junho de 2024, Raí concluiu do seu mestrado em Política Pública no Instituto SciencesPo, em Paris.[48]
no dia 12 de Julho de 2024, Raí anunciou que seria um dos condutores da tocha olímpica nas aberturas dosJogos olímpicos de Verão 2024, que acontece em Paris.[49]
Em 14 de novembro de 2022, Raí foi um dos especialistas designados para integrar o Grupo Técnico de Esporte doGabinete de Transição Governamental,[50] grupo responsável por avaliar a situação das políticas públicas no país e, então, propor soluções para eventuais problemas identificados e aperfeiçoamentos das ações existentes ao subsidiar o relatório final da Equipe de Transição Governamental 2022–2023.[51]
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