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Quinta da Boa Vista

22° 54′ 20″ S, 43° 13′ 25″ O
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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Maio de 2016)

Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
LocalizaçãoRio de Janeiro,Rio de Janeiro
Brasil
TipoÁrea verde urbana
Inauguração1803 (222 anos)
AdministraçãoFundação Parques e Jardins.

AQuinta da Boa Vista é umparque municipal noBairro Imperial de São Cristóvão, localizado naZona Central da cidade doRio de Janeiro,Brasil.

Constitui-se atualmente em um complexo paisagístico público de grande valorhistórico. Nas dependências da Quinta localiza-se oMuseu Nacional de Arqueologia e Antropologia, instalado no local doPaço da Imperial Quinta de São Cristóvão (também chamado cronologicamente dePaço de São Cristóvão (1803-1809),Palácio Real (1810-1821),Palácio Imperial (1822-1889) e atualmente também comoPalácio de São Cristóvão,[1] sendo esteedifício um magníficopalácio emestilo neoclássico.

O Palácio foi utilizado durante oImpério do Brasil (1822-1889) como residência dafamília imperial brasileira, desde a proclamação daIndependência do Brasil (1822) porDom Pedro de Alcântara de Bragança,Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e, posteriormente, o primeiroimperador do Brasil como Dom Pedro I. Tendo antes sido utilizado como residência pelafamília real portuguesa, a partir de 1808, em decorrência do episódio conhecido como atransferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1822), seja como família real doReino de Portugal ou doReino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822).

Na noite de2 de setembro de2018, umincêndio de grandes proporções atingiu a sede doMuseu Nacional, destruindo a quase totalidade do acervo em exposição. O edifício que abriga o museu também resultou extremamente danificado, com rachaduras, desabamento de sua cobertura, além da queda de lajes internas.[2][3][4]

Em 17 de janeiro de 2019, o Museu Nacional inaugurou sua primeira exposição após o incêndio que destruiu seu acervo. O conteúdo de pesquisa sobre fósseis de animais marinhos elaborado por funcionários da instituição foram expostos no prédio daCasa da Moeda. O público pôde encontrar fósseis de 80 milhões de anos.[5][6]

Em2019 o Museu Nacional teve disponível uma verba de 85,4 milhões de reais para uso nas obras de recuperação do acervo e infraestrutura. Esta verba foi recebida após arepercussão do incidente, que causou grande comoção e debates acalorados emredes sociais em torno da manutenção da instituição histórica. Dos R$ 85,4 milhões de reais destinados ao Museu Nacional, R$ 55 milhões virão doOrçamento da União para 2019 que foi aprovado peloCongresso Nacional em 19 de dezembro de 2018. Averba foi indicada por deputados da bancada do Rio de Janeiro e apresentada como emenda impositiva, aprovada pela Comissão Mista de Orçamento.[7]

História

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Antecedentes

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Vista da quinta com o Paço de São Cristóvão por volta de 1820, antes da reforma neoclássica. O edifício tinha um único torreão. O portão em frente ao paço encontra-se atualmente na entrada do Jardim Zoológico da Quinta.

Nosséculos XVI eXVII, a área onde atualmente se localiza a Quinta, integrava umafazenda dosJesuítas nos arredores da cidade doRio de Janeiro. Com aexpulsão da Ordem em 1759, a propriedade foi desmembrada, tendo passado à posse de particulares.

Quando da chegada daFamília Real aoBrasil em1808, a Quinta pertencia ao traficante de pessoas negras (escravizados)Elias Antônio Lopes, que havia feito erguer, por volta de 1803, um casarão sobre uma colina, da qual se tinha uma vista boa daBaía de Guanabara – o que deu origem ao atual nome da Quinta.

Residência Real

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Vista do Paço Real durante o reinado deD. João VI, 1817.

Dada a carência de espaços residenciais noRio de Janeiro e diante da chegada dafamília real em 1808, Elias doou a sua propriedade aoPríncipe-regente D. João Maria de Bragança, mais conhecido no Brasil como Dom João VI, para transformá-la na residência real. Este foi um belo golpe de estratégia de Elias, pois sendo conhecido por ter a melhor casa do Rio e ao oferecer tal tesouro ao Príncipe-regente, foi recompensado com outra propriedade que, embora fosse mais simples em estrutura, era bastante boa, em particular em frente à possibilidade de ficar sem nenhuma caso não tivesse avançado tão habilidosamente. O Príncipe-regente sentiu-se muito honrado com o gesto e a quinta passaria a ser a sua morada permanente no Brasil.

À época, a área da quinta ainda estava cercada pormanguezais e a comunicação por terra com acidade era difícil. Mais tarde, os trechos alagadiços foram aterrados e os caminhos por terra aprimorados.

Para acomodar afamília real, o casarão da quinta, mesmo sendo vasto e confortável, necessitou ser adaptado. A reforma mais importante iniciou-se à época das núpcias do Príncipe D. Pedro comMaria Leopoldina da Áustria (1816), estendendo-se até1821. Foi encarregado do projeto oarquitetoinglêsJohn Johnston, que, além da reforma do paço, fez instalar um portão monumental em sua entrada, presente de casamento do generalHugh Percy, 2.º Duque de Northumberland. O portão, inspirado no pórtico deRobert Adam para a "Sion House", residência daquele nobre naInglaterra, é moldado em uma espécie deterracota denominada "Coade stone", fabricada pela empresa inglesaCoade & Sealy.

Tombado peloInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, esse portão encontra-se atualmente destacado, como entrada principal, noJardim Zoológico do Rio de Janeiro, nas dependências da quinta.

Pode-se observar a semelhança da arquitetura deste paço com oPalácio da Ajuda, emLisboa, inacabado devido àsinvasões francesas e àtransferência da corte para o Brasil e mais tarde pela vitória doliberalismo emPortugal, ganhando o da Quinta da Boa Vista o relevo merecido como nova residência dos monarcas doReino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e doimpério português.

Residência Imperial

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Litografia do Paço de São Cristóvão em meados doséculo XIX, porJean-Baptiste Debret. Nesta época um outro torreão já havia sido acrescentado.
Vista lateral do Paço entre 1858 e 1861.
O Palácio Imperial após a intervenção neoclássica, 1862

Com aindependência do Brasil,D. Pedro I encarregou das obras do agora Paço Imperial o arquitetoportuguêsManuel da Costa (1822-1826), posteriormente substituído pelofrancêsPedro José Pézerát (1826-1831), creditado como autor do projeto emestilo neoclássico do edifício.

O Paço, que tinha apenas um torreão no lado Norte dafachada principal, ganhou outro simétrico, no lado Sul, e um terceiro pavimento começou a ser erguido sobre os dois já existentes. As obras foram continuadas a partir de 1847 pelo brasileiroManuel Araújo de Porto-Alegre, que harmonizou as fachadas do edifício, seguido peloalemão Theodor Marx (1857 e 1868). Entre 1857 e 1861 o pintoritalianoMario Bragaldi decorou vários dos aposentos interiores.

Após o casamento em1817, D. Pedro e a Imperatriz,D. Leopoldina, passaram a residir no Paço. Ali nasceram a futuraRainha de Portugal,D. Maria II (4 de abril de1819), nascida Dona Maria da Glória de Bragança, princesa da Beira, mais tardeprincesa imperial do Brasil, e o futuroimperador do Brasil,D. Pedro II (2 de dezembro de1825). Também ali veio a falecer, em1826, a imperatriz Dona Maria Leopoldina.

Próximo à Quinta, em um casarão presenteado por D. Pedro I, viviaDomitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, favorita do Imperador, com quem teve vários filhos. No casarão, hoje, funciona o Museu do Primeiro Reinado.

Na Quinta cresceu, foi educado e viveu D. Pedro II. Entre as reformas que este Imperador empreendeu na propriedade contam-se as enormes obras de embelezamento dosjardins, executadas por volta de1869, com projeto dopaisagista francêsAuguste François Marie Glaziou, as quais, muitas características originais permanecem até os dias atuais, como a Alameda das Sapucaias, um lago onde hoje se pode andar de pedalinhos e outro onde se encontra uma gruta artificial onde podem alugar-se canoas a remo.

No Paço nasceu, em29 de julho de1846, aPrincesa Isabel, filha de D. Pedro II comD. Teresa Cristina.

A República Velha

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Lago da Quinta da Boa Vista, início do século XX. Acervo doArquivo Nacional

Com o advento daRepública, a Quinta sediou os trabalhos da Assembleia Nacional responsável pelaConstituição Brasileira de 1891. Em 1892, o então diretor do Museu Nacional,Ladislau Neto, conseguiu que a instituição fosse transferida doCampo de Santana para o Palácio. À época, os jardins conheceram um longo período de abandono mas, em 1909, o presidenteNilo Peçanha mandou restaurá-los e cercá-los, conservando as características que lhe foram dadas por Glaziou.

Por outro lado, o palácio foi desprovido de suas características internas originais, destruídas ou vendidas após aProclamação da República.

A Quinta em nossos dias

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Ver artigo principal:Jardim Histórico
Vista da Quinta da Boa Vista

Atualmente, a Quinta da Boa Vista funciona como umparque municipal, abrigando oJardim Zoológico do Rio de Janeiro (com o Museu da Fauna) e, no antigo paço, oMuseu Nacional da Quinta da Boa Vista. O prédio do palácio, mantido durante décadas em péssimo estado de conservação pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro, foi alvo de denúncias na imprensa sobre o risco de perda do patrimônio arquitetônico e de ameaça ao acervo em seu interior. Recentemente, foram realizadas algumas intervenções na fachada monumental e reparos de emergência em partes do telhado. No entanto, umincêndio surgido no terceiro andar o museu, na noite de 2 de setembro de 2018, confirmou as piores expectativas e destruiu quase que a totalidade do palácio, do qual restou apenas a fachada. Do acervo do Museu Nacional, avaliações preliminares realizadas no dia seguinte à tragédia deram conta da perda de mais de 90% do acervo originalmente composto por cerca de 20 milhões de itens, no que foi a maior catástrofe cultural do Brasil.[8]

Nos jardins, o projeto original de Glaziou também vem sendo destruído, com o plantio contínuo de árvores de diversas espécies sobre os gramados da quinta pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, sem quaisquer estudos históricos ou paisagísticos para sua implantação, descaracterizando o parque. Além de alguns monumentos depredados, como o monumento em homenagem ao centenário natalício de dom Pedro II em frente ao paço, cujas inscrições se encontram muito deterioradas.

Incêndio no Museu Nacional

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Ver artigo principal:Incêndio no Museu Nacional

OMuseu Nacional esteve em ruínas, devido a um incêndio ocorrido na noite de 2 de setembro de 2018.

A causa do incêndio foi apontada por investigadores da polícia federal, como sido um curto circuito em um ar condicionado devido a super aquecimento do aparelho. A propagação foi rápida devido a uma quantidade de tecidos onde ocorreu o início do incêndio.

Graças a esforços coletivos, o museu encontra-se em fase de restauração, tanto do prédio quanto do acervo sobrevivente ao incêndio.[9]

Ver também

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Referências

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Referências

  1. Texto "Atas de Conselho de Estado pleno, do terceiro Conselho de Estado pleno, 1865-1867", no site do Senado Federal do Brasil
  2. «Incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista».G1. Consultado em 9 de março de 2019 
  3. «Incêndio atinge Museu Nacional, no Rio».Terra. Consultado em 9 de março de 2019 
  4. «Incêndio de grandes proporções atinge Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, no Rio».Folha de S.Paulo. 2 de setembro de 2018. Consultado em 9 de março de 2019 
  5. «Museu Nacional inaugura primeira exposição após incêndio que destruiu acervo no ano passado».G1. Consultado em 9 de março de 2019 
  6. «Museu Nacional convida para exposição».Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 9 de março de 2019 
  7. Carvalho, Eduardo (3 de janeiro de 2019).«O que o Museu Nacional, incendiado em 2018, fará em 2019 com os R$ 85 milhões previstos para sua recuperação» (em inglês) 
  8. JornalFolha de S.Paulo (2 de setembro de 2018).«Incêndio atinge o Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, no Rio. Mais antigo do país, museu tem 20 milhões de itens e apresentava problemas de manutenção». Consultado em 21 de outubro de 2018 
  9. https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/cultura/audio/2021-02/recuperacao-do-museu-nacional-do-rio-da-mais-um-passo

Ligações externas

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Brasão de armas constituídos por um escudo com um campo verde com uma esfera armilar de ouro sobrepor na cruz vermelha e branca da Ordem de Cristo, rodeado por uma faixa azul com 20 estrelas de prata; os portadores são dois braços de uma coroa de flores, com um ramo de café à esquerda e um ramo de tabaco floração à direita; e acima do escudo é uma coroa de ouro e joias em arco. Cruzados atrás do escudo estão um cetro com a serpe da Casa de Bragança e outro com a mão da justiça. Todo o conjunto é coberto por um manto erminho e verde, encimado pela coroa imperial.
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