Osfranceses, de acordo com a lei francesa, são todas as pessoas que gozam da nacionalidade francesa individual e coletivamente daFrança comoterritóriosoberano, comopovo ounação livre. De acordo com aconstituição francesa, o povo francês refere-se a pessoas nascidas na França ou no estrangeiro, cujos pais são franceses, com nacionalidade francesa, sem distinção de origem, raça ou religião.[11]
Historicamente falando, no entanto, a base étnica dos franceses é deceltas, principalmentegauleses, misturada com os povos itálicos durante o domínio romano (não só oslatinos, mas tambémlígures e outros) e um grande número de povosgermânicos, principalmente osfrancos que invadiram aGália Romana (território correspondente à atual França) no fim doImpério Romano. Estes últimos moldaram profundamente o território galo-romano, seja sob o aspecto étnico, principalmente em relação aos franceses das regiões centrais e norte do país, que possuem um fenótipo mais germânico ( à exceção dos descendentes de imigrantes), seja sob o aspecto político ao estabelecer um reino unificado, ou mesmo etimológico: etimologicamente, França significa terra dos francos.
Além dos três principais grupos étnicos (galeses, latinos e francos), também contribuíram para a composição étnica inicial dos franceses: osbretões (celtas), principalmente na região da Bretanha; osaquitanos (bascos), com predominância na região histórica da Aquitânia; osiberos,lígures,normandos na região daNormandia, vários povosgermânicos comoburgúndios,visigodos, bem como no sul do país, osgregos e minorias árabes (mouros esarracenos).
Em decorrência da grande imigração, estima-se atualmente que quase 40% da população francesa tenha pelo menos um antepassado nascido no estrangeiro. O exemplo que mais ilustra essa diversidade étnica da França atual é a figura do ex-presidenteNicolas Sarkozy, filho de pai imigrantehúngaro e mãe de origemgreco-judaica.
Estima-se que dez milhões decidadãos franceses, ou cerca de um sexto da população, seja de origemétnica ounacional não francesa. O grupo étnico europeu mais numeroso é o de origemitaliana, que constituem aproximadamente 10% da população.[18] Isso se deve sobretudo àimigraçãoitaliana, especialmente durante o final doséculo XIX e início doséculo XX. Há também grandes grupos de origemalemã,espanhola,portuguesa,polonesa egrega. Além disso, devido às ondas mais recentes de imigração vindas de ex-colónias francesas, a França apresenta um total de três a quatro milhões de habitantes de origemárabe,berbere,africana como também aproximadamente possui 500 000 habitantes de origemturca.
Observe-se, no entanto, que, desde aRevolução Francesa ogovernofrancês adota a política de não classificar oficialmente as pessoas segundoraça ouetnia, a fim de incentivar a integração, a assimilação, a unidade e opatriotismo franceses, independentemente da origem étnica enacionalidade das pessoas.
A religião predominante entre a população é ocatolicismo, os católicos romanos são 88% da população francesa, apesar do Estado ser extremamentelaico e favorecer outras religiões não francesas trazidas pelos imigrantes dos últimos anos.
Ofrancês é a língua oficial daFrança e de diversos outros países, como oCanadá,Bélgica eSuíça, embora haja numerosos dialectos e variantes da língua francesa.
↑Éric Gailledrat,Les Ibères de l'Èbre à l'Hérault (VIe-IVe s. avant J.-C.), Lattes, Sociétés de la Protohistoire et de l'Antiquité en France Méditerranéenne, Monographies d'Archéologie Méditerranéenne - 1, 1997
↑Dominique Garcia:Entre Ibères et Ligures. Lodévois et moyenne vallée de l'Hérault protohistoriques. Paris, CNRS éd., 1993;Les Ibères dans le midi de la France. L'Archéologue, n°32, 1997, pp. 38-40
↑"Les Gaulois figurent seulement parmi d'autres dans la multitude de couches de peuplement fort divers (Ligures, Ibères, Latins, Francs et Alamans, Nordiques, Sarrasins…) qui aboutissent à la population du pays à un moment donné ",Jean-Louis Brunaux,Nos ancêtres les Gaulois, éd. Seuil, 2008, p. 261
↑"Notre Midi a sa pinte de sang sarrasin",Fernand Braudel,L'identité de la France - Les Hommes et les Choses (1986), Flammarion, 1990, p. 215