Pharol SGPS, S.A. | |
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Razão social | Pharol, SGPS, S.A. |
SGPS (Sociedade de Gestão de Participações Sociais) | |
Cotação | Euronext Lisboa:PHR |
Género | Sociedade anónima |
Fundação | 23 de junho de1994 |
Sede | Rua Joshua Benoliel, 1, 2C Edifício Amoreiras Square1250-133 Lisboa, |
Pessoas-chave | Luís Palha da Silva (Presidente do Conselho de Administração e Administrador Delegado) |
Valor de mercado | EUR 0,1152 por ação (18 de agosto2020)[1] |
Lucro | ![]() |
LAJIR | ![]() |
Website oficial | http://pharol.pt |
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Pharol, SGPS, S.A. é uma sociedadeholding especializada na detenção de participações em empresas que operam nos sectores das telecomunicações[3]. Está cotada na bolsa de valores de Lisboa, onde já integrou até 2022 o seu principal índice, oPSI. Foi o maior accionista da Oi com 27,5% do capital até o plano de recuperação judicial que reduziu sua participação para o entorno de 5%[4].
Resulta da divisão do grupoPortugal Telecom, SGPS, SA naPT Portugal SGPS, SA - empresa com activos como o MEO - e naPT SGPS, holding financeira. A 29 de Maio de 2015, os acionistas daPT SGPS decidem alterar a denominação para Pharol, SGPS S.A.
A empresa inicial de serviços telefónico com comutação manual (Anglo-Portuguese Telephone Company - APT) tinha uma vintena de assinantes, e estava confinada às regiões de Lisboa e Porto (raio de 30 km em torno de Lisboa e de 20 Km em torno do Porto). O serviço telefónico no resto do país era assegurado pela Direcção-Geral dos Correios, Telégrafo e Telefone.[carece de fontes?]
Em 1968 a APT foi nacionalizada tendo sido criada a empresa pública TLP (Telefones de Lisboa e Porto) e a empresa pública CTT (Correios de Portugal) em substituição da antiga Direcção-Geral. A administração das duas empresas era comum tendo como objetivo a sua fusão.[carece de fontes?]
No início dos anos 70 a situação das telecomunicações ainda tinha pontos fracos. Os cabos eram muito sensíveis às intempéries e as poucas centrais automáticas (de tecnologia eletromecânica) necessitavam de grandes melhorias.[carece de fontes?]
Em 1978 os TLP inauguraram a primeira central telefónica parcialmente electrónica, controlada por computador, destinada à distribuição de chamadas regionais (não locais). As centrais manuais foram progressivamente substituídas por centrais automáticas de tecnologia electromecânica com alguma "inteligência" que facilitava em muito a gestão da rede. As centrais automáticas mais antigas e degradadas foram sujeitas a revisões profundas e foram instalados equipamentos automáticos de supervisão que substituíram os testes de rotina manuais. Em colaboração com oINESC, recém criado, foi desenvolvido o DAAC (Sistema Automático de Diagnóstico de Avarias em Centrais), o acesso ao serviço automático internacional foi antecipado, por baixo custo, com a invenção da Rota Pseudo-Alternativa, nos TLP. Em 1985 foi inaugurada a primeira Central Digital.[carece de fontes?]
Na primeira metade da década de 1990 o setor das comunicações em Portugal foi profundamente alterado. Em 1990 o governo autoriza a abertura ao mercado concorrencial dos serviços complementares de telecomunicações. Entre estes serviços está o serviço detelemóvel que até então era prestado pelosCorreios e Telecomunicações de Portugal e pelosTelefones de Lisboa e Porto, ambas empresas públicas. Em 1991 o governo autoriza os operadores de serviço público a autonomizar os serviços de complementares e constituir novas empresas decapital aberto. No mesmo ano, os CTT e os TLP autonomizam os respetivos serviços móveis de comunicações, fundindo-os numa nova empresa denominadaTelecomunicações Móveis Nacionais (TMN), tendo cada uma metade do capital. Em setembro, o capital da TMN é aberto àCompanhia Portuguesa Rádio Marconi.[5]
Em 1992 os CTT foram transformados em sociedade anónima. Em maio foi criada umaholding pública denominada "Comunicações Nacionais, SGPS" para agregar e gerir todas as participações do Estado no setor das comunicações:CTT,Telefones de Lisboa e Porto,Companhia Portuguesa Rádio Marconi e Teledifusora de Portugal.[carece de fontes?]
Em dezembro do mesmo ano, o governo cria uma empresa distinta denominadaTelecom Portugal, que passou a gerir as operações de telecomunicações que até então eram asseguradas pelos CTT, passando estes a dedicar-se em exclusivo ao serviço postal. Em 14 de maio de 1994 a Telecom Portugal, os TLP e a Teledifusora de Portugal são fundidos numa única empresa de telecomunicações, denominada Portugal Telecom.[6]
Em 1996, a empresa, até então pública, iniciou um processo para passar para o sector privado e começou a alargar a sua área de intervenção. A privatização da Portugal Telecom decorreu durante mais de dezoito anos e cinco vagas de ofertas públicas de acções. Este processo terminou quando o Estado Português prescindiu das suas 500 acções Golden Share e concedeu o contrato de concessão e da prestação dos demais serviços concessionados em Outubro de 2013, o que permitiu ao estado português lançar o concurso para escolher o novo prestador do serviço universal, cumprir as decisões da união europeia e à Altice Portugal reclamar os custos desta prestação de anos anteriores.[carece de fontes?]
A Portugal Telecom lançou o Mimo, o primeiro pré-pago do Mundo; realizou a primeira vídeo-chamada em Portugal e terceira na Europa; lançou a rede de fibra óptica e o primeiro serviço se televisão interactivo do país, oMEO.[carece de fontes?]
Lançou também uma das primeiras ofertas integradas de fixo e móvel, o M4O, no mundo.[carece de fontes?]
Desde aprivatização, cresceu anualmente em média cerca de 11% nas receitas e 37% no lucro líquido. Controlou e geriu noBrasil aVivo Participações até à venda da sua participação de 50% àTelefónica.
O maior sucesso daTelesp Celular foi o lançamento em abril de 1999 do "Baby", um telemóvel com cartão pré-pago recarregável (tecnologia do MIMO).[carece de fontes?]A PT, até à operação da aquisição pela Altice Group, esteve presente nos mercados deMarrocos,Guiné-Bissau,Cabo Verde,Moçambique,Timor-Leste,Angola,Quénia,China eSão Tomé e Príncipe[7] e ainda noBotsuana.[8]
Uma reorganização da empresa efectuada em 1996 levou a que fossem definidas diversas áreas de intervenção: a rede fixa de telefones, a rede de telefones móveis, a televisão por cabo e multimédia, para empresas, a nível internacional, inovação e sistemas de informação.[carece de fontes?]
Em julho de1998 a Portugal Telecom entrou no mercado brasileiro ao adquirir a Telesp Celular por 3,59 bilhões dereais, após vencer o leilão da privatização da empresa,[9] e em julho de2000 comprou também noBrasil a Ceterp Celular por 150 milhões de reais.
A TVCABO mudou para a PT Multimédia (PTM) incluindo parte da TELEPAC em julho de 1999 (agoraNOS), que operava nas áreas de media, serviços interativos e Internet. Esta empresa chegou a deter cerca de 90% do mercado da televisão por subscrição, seja por cabo ou satélite, que possibilitava o acesso a mais de 50 canais através da TV Cabo.[carece de fontes?] A PTM centralizava as atividades de media e internet, tais como a TV Cabo, PT Conteúdos, Internet, Lusomundo, Páginas amarelas (24,75% de participação), Sportinveste, entre outros.[10]
Em 2007, após uma Oferta Pública de Aquisição, apresentada pela Sonae ao Grupo PT, houve uma cisão (spin-off) entre as duas, tendo a PT Multimedia dado origem à ZON Multimédia.[11] Já em 2013 a ZON fundiu-se com a operadora telefónica do Grupo Sonae (Optimus) tendo dado origem à Zon Optimus.[12] Em Maio de 2014 a Zon Optimus altera a sua denominação, dando origem àNOS.[13]
Entretanto, oGrupo PT, através daMarconi, que participa em 36 cabos submarinos internacionais, disponibilizou uma rede internacional de serviço telefónico, telemática, transmissão TV e Internet. A Marconi tem ainda acesso aos sistemas de satélite Intelsat, Inmarsat e Eutelsat.
Em2003, a Portugal Telecom (atual Altice Portugal) e aTelefonica formaram uma "joint venture", na altura, a maior operadora de rede móvel do mercado brasileiro e do hemisfério sul, aVivo com mais de 30 milhões de clientes. A PT porque detinha a Telesp Celular manteve uma posição de peso nesta parceria (50%). Em agosto de2005 a empresa foi envolvida no escândalo políticobrasileiro, conhecido comoescândalo do mensalão apesar de nunca terem sido apresentadas quaisquer evidências sobre o envolvimento da companhia.[carece de fontes?]
Em28 de julho de2010, a Portugal Telecom SGPS perde a gestão da Vivo para a Telefónica devido à compra de 50% da Vivo até então detida pela PT, aprovada em Assembleia Geral por 74% do capital, incluindo os accionistas de referência portugueses. Foi usada pela primeira vez emPortugal umaGolden share, as chamadas ações douradas que permitiam ao governo português o poder de veto num negócio que comprometa o interesse estratégico nacional, apesar do forte apoio dos accionistas para a venda da Vivo e resolução da parceria estratégica com a Telefónica.[carece de fontes?]
No entanto, devido à estratégia de a PT adquirir um posição naOi, foi permitido deixar o negócio concretizar-se com um negócio que gerou fortes ganhos de capital para a PT, um encaixe de 7,5 mil milhões de euros ficando assim a PT com 22,4% da Oi e aberto o caminho para uma expansão do negócio naAmérica Latina.[carece de fontes?]
O negócio foi inicialmente vetado pelo governo por haver alternativa que garantisse escala para a PT. Depois da negociação com a Oi, a PT passou a ser uma das suas maiores acionistas. A venda da Vivo e o investimento na Oi foram anunciados no mesmo dia, 28 de julho de 2010. As bases da parceria com a Oi ficaram claras à partida uma vez que a PT não queria ser um investidor financeiro. A bases da parceria críticas eram: PT iria tomar 22.4% da Oi e a Oi tomaria 10% da PT; Haveria trocas de administradores nos Conselhos de Administração; A PT iria contribuir para a Oi com a sua tecnologia, inovação e gestão através de comités executivos; O investimento da PT seria de até R$8.4 mil milhões e a parceria ficava condicionada à aprovação dos aumentos de capital da Oi e do regulador de telecomunicações brasileiro, Anatel. A Anatel apenas aprovou a transacção em finais de Outubro e apesar destes atrasos regulatórios a PT e a OI concluíram a parceria em finais de Janeiro de 2011, em linha com as bases que tinham sido anunciadas em finais de Julho de 2010. Este período permitiu também à Portugal Telecom fundir as suas operações de call center no Brasil, Dedic, com a Contax, controlada pelos mesmos accionistas da Oi. Em Outubro de 2013 a PT e a Oi anunciaram a sua fusão.[carece de fontes?]
A 5 de maio de 2014, a Portugal Telecom SGPS transferiu todos os seus ativos para a Oi S.A., incluindo as operações no estrangeiro.[14]
Em2 de outubro de2013 a Oi e a Portugal Telecom SGPS anunciaram um fusão para criar uma grande multinacional luso-brasileira de telecomunicações e com operações em todos os países que falam a língua portuguesa e com mais de 100 milhões de clientes, com a fusão das duas empresas se cria um nova companhia, com uma estrutura do estilo CorpCo, ainda sem nome oficial anunciado.[15] Esta fusão logrou realizar um aumento de capital superior a R$8 mil milhões mas passou por uma grave crise em razão do investimento que a Portugal Telecom SGPS e a sua subsidiária a 100%, PT Finance BV, fizeram na Rioforte,holding não financeira do Grupo Espírito Santo. A fusão teve um desenlace inesperado e a PT teve de reduzir a sua participação na Oi para acomodar o prejuízo que resultou do investimento de €897 milhões efectuado pela PT SGPS e PT Finance BV na Rio Forte. Perante esta alteração a estratégia da Oi foi alterada e os negócios de telecomunicações e tecnologia portugueses (PT Portugal) foram vendidos à Altice.
No processo de fusão com a Oi, a Portugal Telecom (PT) investiu quase 900 milhões de euros em papéis da Rioforte,holding do Grupo Espírito Santo, acionista doBanco Espírito Santo. Este investimento teria vencimento em julho de 2014 e provocou uma crise na empresa pelo facto da PT ter assumido essa contribuição junto da Oi e operação não ter sido divulgada pela PT ao mercado. Em razão dodefault da dívida, a participação da Portugal Telecom na nova empresa foi reduzida para 25,6%. Em janeiro de 2015 aPwC divulgou um relatório indicando que os principais executivos da comissão executiva da PT aprovaram o empréstimo e criticou o trabalho de supervisão dos auditores da PT. Uma das consequências deste escândalo foi a decisão do supervisor do mercado acionário português de suspender a negociação das ações da empresa no dia 9 de janeiro de 2015.[16]
O grupo empresarial antes chamado dePortugal Telecom, SGPS, SA dividiu-se naPT Portugal SGPS, SA - empresa com ativos como MEO - e naPT SGPS, uma holding financeira com 25,6% da Oi e com o investimento de risco avaliado em aproximadamente 900 milhões de euros -, que após 29 de maio de 2015 designa-se dePharol, com sede no Amoreiras Plaza.
Atualizado em 24 de Setembto de 2022[17]
Entidade | N.º de ações | % de capital | % Voto |
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Telemar Norte Leste S.A. | 89.651.205 | 10,00% | 10,00% |
Novo Banco S.A.(a) | 85.665.125 | 9,56% | 9,56% |
Restantes Acionistas | 721 195 720 | 80,44% | - |
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