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Pedro I de Castela

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 Nota: "Pedro de Castela" redireciona para este artigo. Para outros significados, vejaPedro de Castela (1290–1319).
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Pedro I
Rei de Castela

Pedro I,o Cruel
Rei de Castela eLeão
Reinado26 de março de1350 -
23 de março de1369
Antecessor(a)Afonso XI
Sucessor(a)Henrique II
Dados pessoais
Nascimento30 de agosto de1334
Burgos
Morte23 de março de1369 (34 anos)
Montiel
Sepultado emCatedral de Sevilha
CônjugeMaria de Padilla
Branca de Bourbon
Joana de Castro
Herdeiro(a)Constança de Castela
DinastiaBorgonha
PaiAfonso XI
MãeMaria de Portugal
Filho(s)Verdescendência

Pedro I de Castela, cognominadoo Cruel[1] (Burgos,30 de agosto de133423 de março de1369), foirei de Castela de1350 até seu assassinato em Montiel por seu irmão bastardo e sucessor.[2][3] Foi filho deMaria de Portugal(1313–1357) ("A fermosíssima Maria" d'Os Lusíadas deLuís de Camões) e deAfonso XI de Castela(1311–1350). Foi neto materno deAfonso IV de Portugal(1291–1357) e deBeatriz de Castela(1293–1359) e, portanto, sobrinho do homónimoPedro I de Portugal,o Justiceiro. Era neto paterno da infanta,Constança de Portugal, e deFernando IV de Castela.

Vida

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Único varão legítimo de Maria de Portugal e de Afonso XI, Pedro subiu ao trono após a morte do pai, em 1350. Antes disso houve uma disputa pelo trono entre Pedro e o seu meio-irmão,Henrique de Trastâmara, bastardo de Afonso XI de Castela e da sua amanteLeonor de Gusmão.[3][4] Pedro foi sempre apoiado pela mãe, a rainha Maria, e pelos seus avós maternos, Beatriz e Afonso IV.

Rei de Castela e Leão em 1350, ficou manchado do sangue de numerosas vítimas. Desejando vingar-se de fidalgos castelhanos refugiados em Portugal, negociou com seu tio, o rei Pedro I de Portugal, o escambo dos perseguidos, entregando dois dos culpados da morte deInês de Castro. Teria mandado matar, emToro, fidalgos que seus desvarios haviam condenado, entre eles o portuguêsMartim Afonso Telo de Meneses, pai deLeonor Teles, rainha de Portugal.

Durante o seu reinado, cometeu muitas atrocidades entre as quais, assassinarLeonor de Gusmão, amante do pai, como resposta à infelicidade da sua mãe.

Seria assassinado em 1369 pelo seu meio-irmão Henrique de Trastâmara, o qual veio a ser rei, comoHenrique II de Castela, por ter mandado matar-lhe a mãe, Leonor de Gusmão, e um irmão.

Em sua apreciação, foi rei com grandes qualidades de generosidade, retidão e espírito de justiça, estimado pelo seu povo. Castigava com demasiada severidade, mas dentro do espírito da época. Maria de Portugal, sua mãe, trouxera como mordomo-morJoão Afonso de Albuquerque (1280-1354), Conde de Albuquerque, que se tornou aio privado da Rainha e tutor dos seus filhos. Encarregado da educação deD. Pedro, favoreceu sua desmedida ambição. Foi o artífice do casamento comBranca de Bourbon, quando introduziraMaria de Padilla. Em 1353 entrou em negociações com osinfantes Henrique e Telo de la Cerda.

Reinado

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Em 1353, influenciado pela mulher, denominada sem coroa, Maria de Padilla, o jovem rei de 19 anos escolhe governar como um autocrata, apoiado no povo, o que lhe valeu o apelido deJusticeiro. Seus meio-irmãos conspiravam com o rei de Aragão. Pedro I mandou executar seus cúmplices, combateuAragão, mandou assassinar dois meio-irmãos e se tornou assimo Cruel.[1]

OPríncipe Negro interveio emNájera em 3 de abril de 1367 a seu favor. O primogênito de seus irmãos bastardos, Henrique, fez apelo ao rei deAragão e ao daFrança,Carlos V,o Sábio. A França estava lentamente se recuperando da ocupação inglesa, do desastre de Poitiers, da Grande Peste, das rebeliões camponesas (jacqueries) e sofria as vexações da soldadesca desenfreada.

Desde o início daGuerra dos Cem Anos, os reis da França tinham hábito de recrutarroutiers oumercenários, mais disponíveis que os cavaleiros. Mas, organizados emGrandes Compagnies, os mercenários se entregam a pilhagens terríveis das aldeias, quando não se combatem uns aos outros.Carlos V de França pediu a seu capitãoBertrand Du Guesclin para levá-los para a Espanha. Pedro I, diante da ameaça, se precipitou paraBordéus, terra inglesa, aliando-se ao Príncipe Negro, o filho do rei inglês. O primeiro combate foi fatal para Du Guesclin, capturado pelo Príncipe Negro, que não demorou em libertá-lo mediante resgate, montante elevado marcado pelo próprio cativo. Em 1 de março de 1369 Pedro I foi vencido por Du Guesclin emMontiel, no sudeste de Castela. A batalha pôs termo à primeira guerra civil espanhola que opôs durante 15 anos o herdeiro legítimo aos bastardos do pai. Du Guesclin, bretão, se vingou de Pedro: sob falsa promessa de liberdade, leva-o a seu meio irmão Henrique de Trastamara. Os dois combateram, Henrique matou Pedro e subiu ao trono comoHenrique II de Castela. Bertrand Du Guesclin, voltando a Paris, recebeu o título decondestável, tornando-se uma espécie de chefe do estado-maior do reiCarlos V. Terminara a coligação de rebeldes castelhanos e barões franceses atraídos a Castela pela expansão além Pirenéus da Guerra dos Cem Anos, que mantivera o reino em torvelinho. Estava no trono a nova dinastia de Trastâmara.

Casamento

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Estátua de Pedro I (1504)

Casou-se por procuração em 1351 na França e depois emValladolid em 3 de Junho de 1353 comBranca de Bourbon (1339-1361), envenenada em Medina Sidonia. Era irmã gémea da rainhaJoana de Bourbon, esposa deCarlos V de França. Não tiveram descendência.

Branca trouxe dote de 300 mil florins de ouro. Seu séquito, chefiado pelo visconde de Narbona, chegou a Valladolid em 25 de fevereiro de 1353, mas Pedro estava emTorrijos, com Maria de Padilla, prestes a parir. Em 3 de junho houve a cerimônia da boda, apadrinhada porJoão Afonso de Albuquerque e Leonor de Aragão. Três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán, onde o esperava Maria de Padilla. Houve depois uma reconciliação de breves dias em Valladolid, Pedro partiu paraOlmedo e não mais viu a esposa. Maria de Portugal levou a nora paraTordesillas e depois paraMedina del Campo, mas o marido a fez encerrar emArévalo e no alcázar deToledo. O partido político adverso a Pedro explorou o fato de que ele, secretamente, enquanto Branca vivia, se casou com Maria de Padilla. Don Beltran de la Sierra,núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca, assim como exigiu sua tia Leonor de Aragão. O rei entretanto a manteve presa, levando-a de Siguenza paraJerez de la Frontera e para Medina Sidonia e ali ela foi assassinada peloballestero Juan Perez de Rebolledo. Com isso alienou Carlos V de França, cuja mulher era gémea de Branca e deu pretexto à intervenção da França (du Guesclin) em favor do bastardo Henrique de Trastamara, futuro rei. Murmúrios de que o dote não teria sido pago ou de que ela seria amante de D. Fadrique, Duque de Benavente, meio-irmão do rei, mas este nem se lhe acercara nem era do seu séquito.

Casou-se depois secretamente com sua amanteMaria de Padilla (1335-1361 em Sevilha). Era filha de Juan Garcia de Padilla em 1355 senhor de Villagera, e de Maria Gonçales de Henestrosa. A desgraça do rei foi esta paixão. A amante, de família nobilíssima, teve dele quatro filhos até a peste de 1361, que a levou, semanas após o assassinato da rainha.

Em 1354 casou-se em Cuellar, enquanto ainda viviam duas esposas, com Joana de Castro, senhora de Duenas e Ponferrada (1325), morta em1374 que era viúva de Diego de Haro, senhor deBiscaia, e filha de Isabel Ponce de Leão e dePedro Fernandes de Castro,o da Guerra, cavaleiro daGaliza, senhor de Lemos e, portanto, meia-irmã deInês de Castro.

Descendência

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DeMaria de Padilla:

  • Beatriz, infanta de Castela (1353-1369), freira na Abadia de Santa Clara.
  • Afonso, príncipe herdeiro de Castela (1359-1362)

De Joana de Castro:

  • João de Castela (1355-1405), casado com Elvira de Eril. Herdeiro no caso de morrerem sem posteridade as irmãs, as três infantas nascidas de Maria de Padilla. Foi preso em 1386 na fortaleza deSoria, sob custódia de Beltran de Eril, com cuja filha casou.

Teve bastardos.

De Maria de Henestrosa:

  • Fernando de Castela (1361-1362),[6] senhor de Niebla.

De Isabel de Sandoval:

  • Diego de Castela (1365-1440),[6] casado com Isabel de Salazar.

De Teresa de Ayala:

  • Maria de Castela (1367-1424), freira em Toledo.[6]

Referências

  1. abBomberger, John Henry Augustus (1860).The Protestant Theological and Ecclesiastical Encyclopedia (em inglês). Filadélfia: Lindsay & Blakiston. p. 633 
  2. The History of England (em inglês). Londres: Ardent Media. 1969. p. 411 
  3. abN.Y.), Metropolitan Museum of Art (New York; Spain), Alhambra (Granada; Alhambra, Patronato de la (1992).Al-Andalus: The Art of Islamic Spain (em inglês). Nova Iorque: Metropolitan Museum of Art. p. 131 
  4. Montealegre, Flavio Rivera (2011).Genealogía De La Familia Montealegre: Sus Antepasados En Europa Y Sus Descendientes En América (em espanhol). Bloomington: Trafford Publishing. pp. 279–281 
  5. Spoden, Muriel Clark (1995).An American Ancestry of the Clark-Morton and Tyman-Millar-Adams Families (em inglês). Kingsport: Spoden Associates.Landley, England, Duke of York & PRINCESS ISABEL, daughter of KING PETER of Castile. 
  6. abcdCañas Gálvez, Francisco de Paula (2012).«Don Sancho de Castilla (1363-1371): apuntes biográficos de un hijo ilegítimo de Pedro I» (em espanhol). Universidad de Cantabria. p. 1126 e n. 1 


Precedido por
Afonso XI

Rei de Castela

1350 - 1369
Sucedido por
Henrique II
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