Oliver Wolf Sacks,CBE, (Londres,9 de julho de1933 - Nova Iorque,30 de agosto de2015), foi umneurologista, escritor equímico amador anglo-americano. Renomado professor deneurologia epsiquiatria naUniversidade de Columbia, onde obteve o título meritório denominado "Artista Columbia". Passou muitos anos na faculdade de clínica da Faculdade de Medicina Albert Einstein naUniversidade Yeshiva. Em setembro de 2012, Sacks foi nomeado professor de neurologia clínica naNYU Langone Medical Center, com o apoio da Fundação de Caridade Gatsby. Ele também ocupou o cargo de professor visitante naUniversidade de Warwick, no Reino Unido.[1]
Sacks é o autor de váriosbest-sellers,[2] incluindo várias coleções de estudos de casos de pessoas com distúrbios neurológicos.
Em 1966 começou a trabalhar, também como neurologista, noHospital Beth Abraham, noBronx, em Nova Iorque. Na ocasião, conheceu um grupo de pacientes que se caracterizavam por estar há décadas num estadocatatônico, incapazes de fazer qualquer tipo de movimento. Constatou que esses pacientes eram os sobreviventes de uma grande epidemia dadoença do sono que assolou o mundo entre 1916 e 1927. Tratou-os então com um medicamento novo, oL-dopa, que permitiu que eles regressassem a uma vida normal. Este caso inspirou-o a escrever em 1973 o livroAwakenings, que em 1990 foi adaptado para o cinema, no filme estrelado porRobin Williams eRobert De Niro, que recebeu, no Brasil, o títuloTempo de Despertar e, em Portugal,Despertares.
Sacks era o caçula de quatro filhos do casal judeu do norte deLondres Samuel Sacks - médico, falecido em Junho de 1990,[3] - e Muriel Elsie Landau - uma das primeiras mulheres a se tornar cirurgiã na Inglaterra.[4] Sacks tinha uma grande família. Entre seus primos de primeiro grau estão o estadista israelenseAbba Eban, o escritor e diretorJonathan Lynn, e o economistaRobert Aumann.
Quando J. Sacks tinha seis anos de idade, ele e seu irmão Michael fugiram de Londres para escapar daBlitz, retirando-se para um colégio interno nasMidlands, onde permaneceu até 1943.[4] Durante sua juventude era um afiadoquímico, como lembra em seu livro de memóriasTio Tungstênio[5] Ele também aprendeu a partilhar o entusiasmo de seus pais pela medicina e entrou para o Colégio da Rainha (The Queen's College), naUniversidade de Oxford em 1951,[4] onde viria a receber o diploma de bacharel em fisiologia e biologia em 1954.[6] Na mesma instituição, em 1958, ele ingressou na Oxbridge MA onde adquiriu o bacharelado de Medicina emCirurgia. Ele realizou sua residência emM.oriothor. Zion Hospital emSão Francisco e naUCLA.[7]
Em fevereiro de 2015 Sacks escreveu um ensaio, publicado no jornalThe New York Times, em que explica que um câncer que havia surgido em seu olho, tratado nove anos antes, havia se espalhado para o fígado e que foi diagnosticado como câncer terminal. Morreu em sua casa, em 30 de agosto de 2015.[8] Em novembro de 2015, seu último texto foi publicado junto de outros três anteriores em uma mesma edição. Os ensaios são reflexões do Dr. Oliver sobre a velhice e a morte.[9] “Acima de tudo, fui um ser senciente [que sente], um animal que pensa, neste belo planeta, e só isso já é um enorme privilégio e uma aventura".[10]
Apesar de sua enorme popularidade, Sacks sempre foi tímido, sendo avesso a relacionamentos mais íntimos, vivendo de forma solitária, nunca tendo se casado. Em sua autobiografia,Sempre em Movimento, ele conta sobre a rejeição familiar que sofreu por serhomossexual.[11]