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Olga Savary | |
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Nascimento | 21 de maio de1933 Belém,PA |
Morte | 15 de maio de2020 (86 anos) Teresópolis,RJ |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | poeta, contista, romancista, crítica, ensaístatradutora ejornalista |
Prémios | |
Género literário | Romance,conto, crônicas epoesias |
Movimento literário | Pós-modernismo |
Magnum opus | Repertório selvagem: Obra reunida : 12 livros de poesia : 1947-1998 |
Olga Savary (Belém,21 de maio de1933 –Teresópolis,15 de maio de2020) foi umaescritora,poeta,contista,romancista, crítica, ensaísta,tradutora e jornalistabrasileira.[1]
Olga nasceu emBelém, noPará, em 1933. Era filha única doengenheiro eletricistarusso de ascendênciaalemã,francesa esueca Bruno Savary e daparaense neta deindígenas Célia Nobre de Almeida.[2] Enquanto criança, absorveu fortemente os elementos da cultura de sua terra natal, transmitidos pela família materna. Até os três anos, teve a vida dividida entre Belém eMonte Alegre, no interior doPará, cidade de seus avós maternos. Em1936 seu pai, por motivo de trabalho, leva a família para o Nordeste, onde fixa moradia emFortaleza.[3][4]
Em1942, os pais de Olga se separaram e ela foi para oRio de Janeiro onde passou a morar com um tio materno, começando a desenvolver suas habilidades literárias. Aos onze anos passa a redigir um jornalzinho, incentivada por um vizinho, para quem escrevia, sendo remunerada por isso. Sua mãe, no início, recriminava a vocação da filha, pois queria que ela se dedicasse à música, o que Olga detestava. Nesse tempo, ela começa a escrever e a guardar seus escritos em um caderninho preto, que sempre era deixado com o bibliotecário daABI para que sua mãe não o destruísse.[4]
Sua convivência com a mãe se torna difícil ao ponto de Olga, aos 16 anos, pensar em ir morar com o pai, desistindo por achar que ainda estaria muito perto da mãe. Contudo, aos 18 anos, Olga volta a Belém, indo morar com parentes e estudando noColégio Moderno. Posteriormente decide voltar para o Rio, onde começa a alavancar sua carreira de escritora.[4]
Participou do filme de1968, 'Edu, Coração de Ouro.[5] Correspondente de diversos periódicos no Brasil e no exterior, organizou várias antologias de poesia. Sua obra também está presente em diversas antologias brasileiras e internacionais, como aAntologia de Poesia da América Latina, editada nosPaíses Baixos, em1994, com 18 poetas — inclusive doisprêmios Nobel:Pablo Neruda eOctavio Paz.[6]
Foipoeta, como gostava de ser chamada,contista,romancista,crítica,tradutora eensaísta. Traduziu mais de 40 obras de mestres hispano-americanos,[1] comoBorges,Cortázar,Carlos Fuentes,Lorca,Neruda,Octavio Paz,Jorge Semprún eMário Vargas Llosa, e também os mestresjaponeses dohaicai -Bashô,Buson eIssa.[6]
Foi membro doPEN Club, associação mundial de escritores, vinculada àUnesco, da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e do Instituto Brasileiro de Cultura Hispânica. Foi presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Rio de Janeiro em1997-1998. Foi também conhecida por ter sido a primeira mulher brasileira a lançar um livro inteiramente dedicado a poemas eróticos.[6]
Colaborou com váriosjornais erevistas do Brasil e do exterior. Teve também alguns de seus poemas musicados pelo compositor e intérprete Madan, Pedro Luiz das Neves (1961 - 2014), como "Çaiçuçáua", "Pele" e "Geminiana".[6]
Olga morreu emTeresópolis, 15 de maio de 2020, por causa de uma parada cardíaca, devido àCOVID-19.[4][7]
Acumulou vários dos principais prêmios nacionais deliteratura, entre eles oPrêmio Jabuti de Autor Revelação,[1] pelo livroEspelho Provisório, concedido pelaCâmara Brasileira do Livro (1971), o Prêmio de Poesia, pelo livroSumidouro, concedido pelaAssociação Paulista de Críticos de Arte (1977), e o Prêmio Artur de Sales de Poesia, concedido pelaAcademia de Letras da Bahia pelo livroBerço Esplêndido (1987).