Maria II (nome completo: Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga;Rio de Janeiro,4 de abril de1819 –Lisboa,15 de novembro de1853), cognominada "a Educadora" e "a Boa Mãe", foiRainha de Portugal por duas vezes: primeiro de 1826 a 1828, quando foi deposta pelo seu tioD. Miguel, e depois, de 1834 até à sua morte, em 1853. Era a filha mais velha do reiPedro IV (imperador Pedro I do Brasil) e da sua primeira esposa, a arquiduquesaMaria Leopoldina da Áustria.
Pedro ascendeu ao trono português em março de 1826, como Pedro IV. A 29 de abril, outorgou aos portugueses uma constituição livre, a carta constitucional. Porém, rapidamente abdicou em favor da sua filha mais velha, que se tornouRainha de Portugal e dos Algarves como Maria II, aos sete anos de idade, pois os brasileiros não aceitaram que o imperador cingisse acoroa portuguesa, o que resultaria na unidade da antiga monarquia, da qual se haviam libertado.
A abdicação era condicional: a princesa casaria com o seu tio paterno, o infanteMiguel, e enquanto se não realizasse o consórcio, e o novo regime não dominasse em Portugal, continuaria a regência da infantaIsabel Maria em nome de Pedro IV.
Miguel residia emViena, para onde fora mandado, por carta régia de 12 de maio de 1824, depois da revolta de 30 de abril ouAbrilada.
A 31 de julho de 1826 foi jurada a constituição em Portugal. Miguel, em Viena, também a jurou em 4 de outubro,[1] pronto a obedecer às vontades do irmão Pedro, e efetuou, por procuração, os seus esponsais com a sobrinha perante a corte de Viena, a 29 de outubro. Foi dispensado o impedimento de consanguinidade por breve do papaLeão XII, estando a rainha representada no acto, em virtude do alvará que para tal fim fora conferido em 28 de abril de 1826, pelo "barão de Vila Seca", enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Império do Brasil junto à corte do imperadorFrancisco I, como participado às cortes pela infanta regente.
Em vista do procedimento do infante Miguel no acto de jurar a carta constitucional, quando tempos depois, no meio da agitação dos partidos que se gladiavam, dos tumultos e das revoltas, Isabel Maria adoeceu, Pedro não hesitou em nomear, em nome da rainha Maria II, Miguel seu lugar-tenente e regente do reino, por decreto de 3 de setembro de 1827, resolvendo enviar a filha para Viena a completar a educação na corte do seu avô.
A rainha Maria II deixou o Rio de Janeiro rumo à Europa a 5 de julho de 1828, acompanhada porFelisberto Caldeira Brant, Marquês de Barbacena, que fora escolhido pelo próprio Pedro para a acompanhar.
Miguel chegara a Lisboa em 22 de fevereiro de 1828.[1] A tomada de posse oficial da regência ocorreria quatro dias mais tarde.[1]
Em 13 de março de 1828, Miguel dissolveu as cortes, convocando a 3 de maio o conselho dos três Estados para que "por modo solene e legal, segundo os usos e estilos desta Monarquia, e na forma praticada em semelhantes ocasiões, reconheçam a aplicação de graves pontos do Direito português".[1] O conselho reuniu-se em 23 de junho e Miguel foi aclamado rei em 11 de julho.[1]
Começaram então asGuerras Liberais que se prolongam até 1834, ano em que Maria foi reposta no trono e Miguel exilado para a Alemanha.
OMarquês de Barbacena, chegando a Gibraltar com a princesa em 3 de setembro de 1828, teve conhecimento, por um emissário, do que se passava em Portugal e compreendeu que Miguel viera de Viena resolvido a encabeçar o movimento absolutista, aconselhado pelo príncipeKlemens Wenzel von Metternich, que dirigia a política europeia, sendo assim perigoso a jovem rainha seguir para Viena. Tomando a responsabilidade, mudou a direção da viagem, e partiu para Londres, onde chegou a 7 de outubro. A política inglesa nada favorecia os seus intuitos. O gabinete doDuque de Wellington patrocinava abertamente Miguel, de sorte que o asilo que o marquês procurara não era seguro. Maria II foi recebida na corte com as honras devidas à sua elevada hierarquia, mas os ingleses impediam os seus súbditos ali emigrados de irem reforçar a guarnição dailha Terceira.
O golpe de Estado de Miguel não passara sem protestos. A 16 de maio de 1828 revoltava-se a guarnição do Porto e a 25 em Lagos um batalhão de infantaria. As revoltas foram sufocadas.Saldanha,Palmela, e outros, que tinham vindo para tomar a direção do movimento do Porto, reembarcaram noBelfast, que os trouxera; a guarnição do Porto, reforçada pelos voluntários académicos de Coimbra e por outras tropas liberais, emigrava para aGaliza e dali paraInglaterra.
Em janeiro de 1829, à frente duma pequena expedição liberal, tentou Saldanha desembarcar na Terceira, mas não lho consentiu a fragata britânicaRanger, cuja vigilância não pôde, contudo, evitar que a 22 de junho o Conde deVila Flor, mais tarde duque da Terceira, conseguisse desembarcar.[2] A tempo, porque em agosto de 1829 aparecia na frente da ilha a grande esquadra miguelista que lançou em terra um corpo de desembarque. Deu-se então a batalha de 11 de agosto na vila da Praia, em que os miguelistas foram derrotados. Quando os emigrados na Inglaterra receberam a notícia da vitória, sentiram grande entusiasmo. Logo perderam as esperanças ao saber que a jovem rainha voltava para o Brasil. Na verdade, a situação de Maria II na corte inglesa, ao lado do ministério no poder, tornava-se embaraçosa e humilhante. A rainha saiu de Londres para se ir encontrar com a sua futura madrasta,Amélia de Leuchtenberg. Partiram juntas em 30 de agosto de 1829 para o Rio de Janeiro, chegando a 16 de outubro.
Julgava-se perdida a causa constitucional. Os emigrados dispersos (França, Inglaterra eBrasil) dividiam-se em fações rivais. Só ailha Terceira reconhecia os princípios constitucionais, e mesmo ali apareciam guerrilhas miguelistas. França estava já disposta a reconhecer o governo de Miguel quando em 1830 rebentou em Paris a revolução de julho, o que fez animar os liberais portugueses.
Em 1831, Pedro I abdicou, a 7 de abril, da coroa imperial do Brasil em nome do seu filhoPedro II do Brasil, irmão de Maria II, e veio para a Europa com a filha e a segunda mulher, sustentar os direitos da filha à coroa de Portugal. Tomou o título de duque de Bragança, e de Regente em seu nome.
Quase ao mesmo tempo a regência da ilha Terceira, nomeada por Pedro e composta pelo marquês de Palmela, o conde de Vila Flor e José António Guerreiro, preparou uma expedição que em pouco tempo se apossou dosAçores. Enquanto se ampliava, assim, o território constitucional, Pedro desembarcava em França, sendo acolhido com simpatia pelo novo governo e porLuís Filipe I. O governo de Miguel desacatara as imunidades dos súbditos franceses e não satisfizera de pronto as reclamações do governo francês, que mandara uma esquadra comandada pelo almirante Roussin forçar a barra de Lisboa e impor humilhantes condições de paz.
Pedro deixou a filha em Paris para acabar a sua educação, entregue à madrasta, com bons mestres, e partiu para os Açores à frente duma expedição organizada em Belle-Isle, reunindo os seus partidários. Chegando aos Açores a 3 de março de 1832, formou novo ministério, juntou um pequeno exército, cujo comando entregou ao conde de Vila Flor, e dando o comando da esquadra ao almirante Sartorius,[3] partiu para Portugal continental, desembarcando a 8 de julho naPraia da Memória, em Matosinhos. Seguiu-se o cerco do Porto e uma série de combates, até que, a 24 de julho de 1833, o duque da Terceira entrou vitorioso em Lisboa, depois de ter ganho, na véspera, a batalha daCova da Piedade. Porto e Lisboa, as principais cidades, estavam no poder dos liberais. Pedro veio para Lisboa, e mandou vir a sua filha de Paris.[4]
Com dispensa papal, por procuração, em 29 de outubro de 1826 casou com o seu tio, o infanteD. Miguel de Bragança (1802-66). Porém, esse casamento foi dissolvido ou declarado nulo em 1 de dezembro de 1834.
Casou emMunique, naAlemanha, por procuração, no dia 1 de Dezembro de 1834[6] e ao vivo, em pessoa, na cidade deLisboa, emPortugal, a 26 de janeiro de 1835 com o príncipeAugusto de Beauharnais. BaptizadoAugusto Carlos Eugénio Napoleão de Beauharnais, nasceu em Milão a 9 de dezembro de 1810 e morreu a 28 de março de 1835, com doença de difteria, no Paço Real das Necessidades, em Lisboa. Segundo duque de Leuchtenberg, Príncipe de Eichstätt, feito príncipe de Portugal pelo casamento e 1.° duque de Santa Cruz no Brasil, feito em 5 de novembro de 1829 pelo seu sogro e cunhado Pedro I do Brasil. Era filho deEugénio de Beauharnais e da princesaAugusta da Baviera, e irmão mais velho da imperatriz Amélia, madrasta de Maria II.
Havia necessidade de um segundo marido. Apareceram candidatos de França, Nápoles, Alemanha e Sardenha e foi escolhido o sobrinho do reiLeopoldo I dos belgas.
Em 1836 casou com o príncipeFernando de Saxe-Coburgo-Koháry, baptizadoFernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Koháry, nascido emViena em 29 de outubro de 1816 e morto emLisboa a 15 de dezembro de 1885, noPaço Real das Necessidades, estando sepultado nomosteiro de São Vicente de Fora. O contrato matrimonial foi assinado no fim de 1835. Meses depois, chegou o marido. Haviam casado em Coburgo por procuração em 1 de janeiro de 1836 e, em Lisboa, em pessoa, na Sé patriarcal em 9 de abril de 1836. O príncipe alemão passou a Rei Consorte de Portugal, como D. Fernando II, em 16 de setembro de 1837, após o nascimento de um filho varão. Regente do reino durante a menoridade do filhoD. Pedro V e, depois da morte deste, até à chegada a Portugal do filhoD. Luís I. Tiveram 11 filhos. Era filho do príncipeFernando de Saxe-Coburgo-Gota, e da sua esposa, a princesaMaria Antônia de Koháry. Viúvo, o reiD. Fernando II casaria de novo em 1869 com a sua companheira de longa data, a cantoraElise Hensler, feita condessa de Edla.
Após a revolução liberal, na sequência da reforma administrativa de 1836, a rainha Maria II entregou o foral de concelho aoSeixal, no dia 6 de novembro.
Foi no seu reinado, em 1853, que começou a circulação do selo em Portugal (com a sua cara) pago pelo remetente e não pelo destinatário, como era habitual antes da criação do selo. Foi por isso que as cartas antes da época da criação normalmente não eram recebidas pelo destinatário.
OTeatro Nacional Maria II, noRossio (zona central de Lisboa), tem o seu nome por ter sido inaugurado no dia de aniversário da rainha.
D. Maria II engravidou 12 vezes e teve 11 partos, tudo isto em 16 anos, a uma média de filho por cada 17 meses. Desde a sua primeira gravidez, aos dezoito anos de idade, Maria II enfrentou problemas para dar à luz, com trabalhos de parto prolongados e extremamente difíceis. Exemplo disso foi a sua terceira gestação, cujo trabalho de parto durou 32 horas, findas as quais, foi retirada afórceps uma menina, baptizadain articulo mortis com o nome de Maria (1840).[7]
Aos 25 anos de idade e na sua quinta gestação, a soberana tornou-se obesa e os seus partos tornaram-se ainda mais complicados. Em 1847 osofrimento fetal que precedeu o nascimento do seu oitavo filho — oinfanteD. Augusto de Bragança — trouxe ao mundo uma criança "bastante arroxada e com pouca respiração".[8]
A perigosa rotina de gestações sucessivas, somada à obesidade (que terminou por causar-lhe problemas cardíacos) e à frequência departos distócicos (preocupante, especialmente por tratar-se de uma multípara) levaram os médicos a alertarem a rainha sobre os sérios riscos que corria. Indiferente aos avisos, Dona Maria II limitava-se a retrucar: "Se morrer, morro no meu posto".
Maria II, 1849Bandeira pessoal deD. João V e de D. Maria II
Em 15 de novembro de 1853, treze horas após o início do trabalho de parto donatimorto infante Dom Eugénio, o seu 11.º filho, Dona Maria II morreu, aos 34 anos de idade. O anúncio da morte foi publicado noDiário do Governo de 16 de novembro de 1853:
"Paço das Necessidades, 15 de Novembro de 1853, à meia hora depois do meio dia.
Sua Magestade a Rainha começou a sentir annuncios do parto às nove horas e meia da noite de hontem. Appareceram difficuldades no progresso do mesmo parto, as quaes obrigaram os facultativos a recorrer a operações, pelas quaes se conseguiu a extracção de um Infante, de tempo, que recebeu o baptismo antes de extrahido.
O resultado destas operações teve lugar às dez horas da manhã. Desgraçadamente, passada hora e meia, Sua Magestade, exhausta de todas as forças, rendeo a alma a Deos, depois de haver recebido todos os sacramentos.
- Francisco Elias Rodrigues da Silveira. Dr. Kessler. Ignacio António da Fonseca Benevides. António Joaquim Farto. Manuel Carlos Teixeira."
"Às duas horas depois da meia-noite do dia 14 para 15, recebi ordem para ir para o Paço, onde cheguei perto das três. Achei já aImperatriz no quarto da Rainha, para onde entrei logo, achando Sua Majestade incomodada e mesmo pouco fora do seu costume. Assim estivemos até às cinco horas, e então saímos do quarto imediato e perguntámos ao Teixeira[nota 1] o que achava, dizendo-nos: "Sua Majestade vai bem mas devagar". Eu não gostei; e assim se foi passando até às oito horas e meia. Então é que o Teixeira chamou os facultativos, que estavam fora e que não tinham visto a Rainha, e, logo que a examinaram, decidiu-se a horrível operação. Os facultativos eram o Teixeira, o Farto[nota 2] e o Kessler,[nota 3] e os médicos eram o Elias[nota 4] e o Benevides.[nota 5] O Kessler deu logo o caso por muito perigoso.
Maria II, por William Charles Ross, 1852
Começou-se a operação. Eu subi para cima da cama. Do lado direito, a Imperatriz, toda debulhada em lágrimas; a Rainha com ânimo, sem ter um desmaio, mas com muito mau parecer e, queixando-se de que sofria bastante, disse com a sua voz natural: "Ó Teixeira? Se tenho perigo, diga-mo; não me engane".
A Imperatriz desceu da cama, e disse-me: "A Rainha deve-se confessar"; e foi logo dizê-lo a El-Rei, que respondeu: "Chamem oPatriarca". Ora a este tempo já o Farto tinha baptizado o menino. O Patriarca entrou, e a operação não estava de todo acabada, e tudo era horroroso, mas eram mais de dez horas. Acabou-se, e o Patriarca falou com a Rainha, que estava bem mal, e disse-lhe que fizesse com ele o acto de contrição para a absolver, mas, depois disto, pôde Sua Majestade confessar-se, sacramentar-se e ungir-se, e às onze horas e meia expirou.
Não faço reflexões, mas tenho o maior sentimento de que não viessem oJosé Lourenço e Magalhães Coutinho,[nota 6] que os foram buscar quando não havia remédio.
A Rainha dizia: "- Não é nada como das outras vezes". E Ela já tinha passado por uma operação. Não posso explicar a consternação de El-Rei Fernando e de todo o Paço.
Triste embalsamação, que se fez no dia 16, estando eu sempre, e durou a do Infante e a da Rainha sete horas. Acabada esta aflição, foi a de se vestir, o que era quase impossível, no estado da dissolução em que estava Sua Majestade, mas do modo possível se fez, levando as Ordens e manto Real, mas foi preciso fechar o caixão, porque não é possível pintar o estado de dissolução".[9]
O estilo oficial de Maria como rainha era: Sua Majestade Fidelíssima, Maria II, pela Graça de Deus, Rainha de Portugal e Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
DeFernando de Saxe-Coburgo-Koháry esteve grávida 12 vezes, sendo que deu à luz 11 vezes, mas só 7 dos seus filhos sobreviveram, e acabou por morrer no seu 11.º parto:
Sucedeu à sua mãe no trono; o seu pai foi regente até atingir a maioridade; casou-se comEstefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, porém ela morreu um ano após o casamento vítima dedifteria. Pedro acabaria por morrer dois anos depois da sua esposa devido afebre tifoide.
Princesa da Saxónia pelo seu casamento comJorge, Príncipe Hereditário da Saxónia, com descendência; morreu de esgotamento após cuidar do seu filho mais novo.
↑Manuel Carlos Teixeira, professor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e 1.º cirurgião privativo da Real Câmara (1856), sendo decano do Hospital Real de S. José – onde prestava serviço desde 1819. Morreu em Março de 1877
↑António Joaquim Farto era cirurgião do Hospital Real de S. José (1797), cirurgião equiparado com as honras de cirurgião-mor do Reino (1827), fidalgo da Casa Real (1827), diretor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa (1830) e 1.º cirurgião da Real Câmara (1837). Morreu em Outubro de 1856
↑Dr. Friedrich Kessler (1804-1872), alemão de nascimento e doutor em Medicina, veio para Portugal como médico pessoal do rei Fernando, tornando-se sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e 1.º Barão de Kessler (1855).
↑Dr. Francisco Elias Rodrigues da Silveira (1778-1864), bacharel formado em Filosofia e licenciado em Medicina, membro do Conselho de Sua Majestade, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, 1.º médico da Real Câmara, publicista e por fim 1.º Barão da Silveira (1855).
↑Dr. Inácio António da Fonseca Benevides (1788-1857), sendo bacharel formado em Medicina (1813), foi diretor da Academia Real das Ciências de Lisboa (1817), médico privativo da Real Câmara (1827), físico-mor da Armada Real (1832), presidente do Conselho de Saúde Naval, conselheiro do Conselho de Sua Majestade (1853) e publicista de temas científicos.
↑José Eduardo Magalhães Coutinho (1815-1895), reputado médico formado pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa (1836), foi cirurgião militar (1837), professor de Obstetrícia (1850), deputado da Nação (1853), cirurgião do Hospital de S. José (1856) e diretor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, sendo o primeiro médico português a anestesiar uma paciente com o uso de clorofórmio nos partos (1857). Devido ao saber e competência o seu nome foi dado à primeira maternidade criada em Portugal.
↑.: Louis Miard, «Le passage en Bretagne de la Reine Marie II du Portugal : juillet 1831» in La Bretagne, le Portugal, le Brésil: échanges et rapports, vol. 1, pp. 227-238. Université de Haute Bretagne, Rennes. 1973.
↑Costa, Sérgio Corrêa da. As quatro coroas deD. Pedro I. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995, p.311