Músico oumusicista é uma pessoa que compõe, conduz ou interpretamúsica. Pode ter caráter profissional ouamador, exercendo alguma função no campo de música, como a de tocar uminstrumento musical,cantando,escrevendoarranjos,compondo,regendo, ou dirigindo um grupo (corais,orquestras,bandas,big band dejazz, etc.). Incluem ainda professores de música emusicoterapeutas.[1][2] Um músico brasileiro pode ter ou não, uma carteira de alguma instituição que o reconheça, como aOrdem dos Músicos do Brasil.[3] Um músico também pode ou não ter a formação acadêmico-técnica (por intermédio de escolas de música, conservatórios, faculdades ou universidades). Quando ele não tem formação alguma, costuma-se dizer que é ummúsico popular, ou ainda que aquele músico produz músicade ouvido.[4]
Napré-história o homem descobriu ossons doambiente que o cercava e aprendeu suas diferentes sonoridades: o rumor dasondas quebrando na praia, o ruído da tempestade se aproximando, a melodia do canto animais, e também se encantou com o seu própriocanto, percebendo assim o instrumento musical que é avoz humana. Mas a música pré-histórica não é considerada comoarte, e sim uma expansão impulsiva e instintiva do movimento sonoro, apenas um veículo expressivo de comunicação, sempre ligada àspalavras, aosritos e àdança.[1] Os primeiros dados documentados sobre composições musicais referem-se a doishinos gregos dedicados ao deusApolo, gravados trezentos anos antes deCristo nas paredes daCasa do Tesouro de Delfos, além de alguns trechos musicais tambémgregos, gravados em mármore, e mais outros tantosegípcios, anotados em papiros. Nessa época, a música dos gregos baseava-se em leis daacústica e já possuía um sistema denotações e regras deestética.[1]
Por outro lado, a história deSanta Cecília, narrada noBreviarium Romanum, a apresenta como uma jovem de família nobre que viveu em Roma noséculo III, nos princípios docristianismo, decidida a viver comomonja desde ainfância. Mas apesar dos pais a terem dado em casamento a um homem chamadoValeriano, a jovem convenceu o noivo a respeitar-lhe os votos e acabouconvertendo-o à suafé, passando os dois a participar diariamente damissa celebrada nascatacumbas davia Ápia.[1] Em seguida, Valeriano fez o mesmo com o irmão Tibúrcio, e com Máximo, seu colega íntimo, e por isso os três forammartirizados pouco tempo depois, enquanto Cecília, prevendo o que lhe aconteceria, distribuiu aos pobres tudo o que possuía. Presa e condenada a morrer queimada, ela foi exposta aofogo durante um dia e uma noite, mas como depois disso ainda se encontrava sem ferimentos, umcarrasco recebeu ordem para decapitá-la. Mas, seu primeiro golpe também falhou.[1] Isso aconteceu durante oano 230, no reinado deAlexandre Severo, época em queUrbano I ocupava o papado. Anos depois uma igreja foi erigida pelo papa no local em que a jovem mártir residira, tornando-se a Igreja de Santa Cecília uma das mais notáveis deRoma.[1]
Muito embora oBreviarium Romanum não faça menção alguma às prendas musicais de Cecília, ela se tornou, por tradição, apadroeira dos músicos, da música e do canto, cuja data de comemoração é22 de novembro, o mesmo dia dedicado à santa. A tradição conta queSanta Cecília cantava com tal doçura, que umanjo desceu do céu para ouvi-la.[1]