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Literatura erótica

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A primeira página da edição de1791 do livroJustine.

Aliteratura erótica é ogênero literário que utiliza oerotismo em forma escrita, para despertar ou instruir o leitor sobre as práticassexuais. Pode também ser chamada deliteraturapornográfica, se as cenas sexuais são realmente muito explícitas.[1] Em sua maior parte utiliza-se do gênero literárioromance, embora alguns dos grandes clássicos eróticos estejam em forma deconto oupoesia. O erotismo é relacionado ao amor, a inspiração vinda do amor. Diferente do pornográfico, onde há um apelo ao lado sexual.

A Pornografia é pura e simplesmente uma descrição dos prazeres carnais; o erotismo é a mesma descrição revalorizada, com base em um ideal de amor ou da vida social. Tudo o que é erótico é também necessariamente pornográfico. É mais importante fazer a distinção entre o erótico e o obsceno. Neste caso, considera-se que o erotismo é algo que torna a carne desejável, a mostra em seu esplendor e florescimento, inspira uma sensação de saúde, beleza e prazer, enquanto que a obscenidade desvaloriza a carne, que é associada com sujeira, imperfeições e palavras sujas.

História

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O erotismo e o sexo estão associados àsociedade e acultura humana desde o início dos tempos, e a literatura não foi uma exceção, embora tenha sido muitas vezes submetido àcensura por ser considerado um tema reprovável e pecaminoso. Entretanto, são freqüentes as referência a sexo ou passagens eróticas em várias obras, não como o tema principal, mas como capítulos isolados que contribuem para a evolução da história ou o desenvolvimento de um personagem. Por exemplo, é possível encontrar fragmentos claramente eróticos emDom Quixote deCervantes ou emUlisses deJames Joyce, mesmo que não se considerem tais obras como pertencentes ao gênero.[3][4] Outro exemplo surpreendente de obra poética que apresenta erotismo é o poema épico Os Lusíadas. A sensualidade aparece no amor do Gigante Adamastor pela Thétis e, principalmente, no episódio Ilha dos Amores. Vejam esse condensado feito por Geraldo Chacon para sua adaptação para teatro:

"LEONARDO – Ó formosura indigna de aspereza, pois desta vida te concedo a palma, espera um corpo de quem levas a alma! Todas de correr se cansam, Ninfa pura. Rendendo-se à vontade do inimigo; só tu de mi foges na espessura? Espera. Oh! Não me fujas!

CAMÕES – A bela Ninfa já fugia não tanto por se dar valor ao triste que a seguia, mas para ir ouvindo o doce canto, as namoradas mágoas que dizia. Volvendo o rosto, toda banhada em riso e alegria, cair se deixa aos pés do vencedor, que todo se desfaz em puro amor. Oh, que famintos beijos na floresta, e que mimoso choro que soava! Que afagos tão suaves! Que ira honesta, que em risinhos alegres se tornava! O que mais passam na manhã e na sesta, que Vênus com prazeres inflamava, melhor é experimentá-lo que julgá-lo; mas julgue-o quem não pode experimentá-lo." (Chacon, Geraldo.Os Lusíadas para teatro, editora Navegar, p. 51)

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Ficção erótica

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Ficção erótica é o nome dado aficção que contém ou se baseia em temas relacionados comsexo ouerotismo, geralmente é uma forma literária diversa (e com mudanças significativas) quando comparada com a ficção utilizada emrevistas pornográficas, e pode conter, por vezes,sátira oucrítica social. Essas obras têm sido freqüentementeproibidas pelas autoridades.

Império Romano

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Um casal de amantes retratados na parede daHouse of the Epigrams na cidade dePompeia.

Entre os clássicos eróticos doperíodo romano encontra-se a obraSatíricon dePetronius Arbiter (mais tarde transformada em umfilme porFederico Fellini).

Idade Média

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Doperíodo medieval, podemos citar a obraDecamerão, escrita em1353 porGiovanni Boccaccio (transformada emfilme porPier Paolo Pasolini) que apresenta histórias deluxúria esedução praticadas pormonges emonjas nos conventos. Este livro foi proibido em muitos países. Mesmo cinco séculos após sua publicação, cópias foram apreendidas e destruídas pelas autoridades daEstados Unidos da América e doReino Unido. Por exemplo, entre1954 e1958 oito ordens para destruição do livro foram decretadas por magistrados ingleses.[5]

Decamerão inspirou muitas outras obras de ficção erótica, tais como oHeptameron deMargarida de Angoulême, publicado pela primeira vez em1558.

Século XVIII

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A ascensão e popularidade dosromances na Inglaterra doséculo XVIII providenciou um novo meio para a literatura erótica. Um dos livros mais famosos neste novo gênero foiFanny Hill deJohn Cleland. Este livro estabeleceu um novo padrão em promiscuidade literária e tem sido muitas vezes adaptado para o cinema noséculo XX.

Escritores franceses da época também escreveram sobre o erotismo. Um exemplo éThe Lifted Curtain or Laura's Education, sobre a iniciação sexual de uma jovem com seu pai, escrita peloconde de Mirabeau.

No final doséculo XVIII o tema dosadomasoquismo foi explorado pelomarquês de Sade em obras comoJustine. O trabalho do Marquês de Sade foi muito influente no erotismo e os atos sexuais que ele descreve em sua ficção foram posteriormente associados ao seu nome.

Era Vitoriana

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A pintura deTicianoVênus com um espelho, da qual vem a ideia para o livroVênus Castigadora.

Noperíodo vitoriano, a qualidade da ficção erótica estava muito abaixo da qualidade do século passado. No entanto, alguns romances contém modelos extraídos de obras de mestres literários, tais comoDickens. Tais romances incluíam também uma curiosa forma deestratificação social. Mesmo em vias deorgasmo, as distinções sociais entre mestre e servo (incluindo as formas de abordagem), são escrupulosamente respeitados. Elementos significativos desado-masoquismo estão presentes em alguns exemplos. Essas obras foram muitas vezes escritas de forma anônima, e não foram datadas (em grande parte). Incluem aqui clássicos do gênero, tais como:

Em 1870 anovela eróticaVênus Castigadora do escritoraustríacoLeopold von Sacher-Masoch, trouxe repercussão mundial para o fenómeno domasoquismo, que foi denominado em referência ao autor.

Século XX

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Female Bathers No. 4. Exemplo de pintura retratando olesbianismo.

A ficção erótica doséculo XX inclui clássicos do gênero, tais como:

Século XXI

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Memórias eróticas

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As memórias eróticas incluem os livros deCasanova, noséculo XVIII,My Secret Life deHenry Spencer Ashbee noséculo XIX eMy Life and Loves deFrank Harris noséculo XX.

Manuais eróticos

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Manuais eróticos, como oKamasutra eO Jardim Perfumado, são algumas das mais conhecidas obras da literatura erótica. OAnanga Ranga é um outro manual de menor fama, especialmente destinado a impedir a separação entre marido e mulher.

As listas deprostitutas e os seus serviços também serviram como educação sexual na história, entre as listas estáHarris's List of Covent Garden Ladies (1757 -1795).

Desde o final da década de1970, muitos manuais sexo têm sido publicados e abertamente vendidos no mundo ocidental, entre eles,A Alegria do Sexo. Manuais eróticos escritos especificamente paraminorias sexuais também estão sendo agora publicados.

Literatura erótica e Internet

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O advento das novas tecnologias também significou um aumento na produção de textos de literatura erótica.

O advento das novas tecnologias também significou um aumento na produção de textos de literatura erótica, assim como em outras artes que envolvem osexo, como afotografia ou ocinema pornográfico. O anonimato facilita a escrita e difusão de textos que podem ser inspirados em realidade ou que simplesmente satisfazem a imaginação e criatividade do autor. Em geral, são textos de curta duração e forte conteúdo sexual explícito, mesmo que não exista uma norma ou tendência para tal. Temáticas normalmente proibidas ou reprovadas socialmente são comuns, com textos que remetem a variasparafilias como apedofilia, oincesto e asubmissão.

Erotismo nos Contos de Fadas

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O psicólogo nascido naÁustria,Bruno Bettelhein, define em sua obraA psicanálise dos contos de fadasque a constituição discursiva do conto de fada está para além do ingênuo. Na verdade, as simbologias expressas nesses contos como o lobo, representando a masculinidade e a força viril, a jovem, sempre no período que antecede a puberdade, e o encontro desta com um príncipe, símbolo máximo da união erótica através de jogos que protelam o encontro entre ambos, são sinais da experiência erótica conduzida em uma literatura de caráter moralizante. Cada conto de fadas oferece sua particularidade expressiva que denota a mensagem erótica. Bettelhein, ao comentar "Cachinhos Dourados" relata:

"O número três é místico e freqüentemente sagrado, e já o era muito antes da doutrina sagrada da Santíssima Trindade. São três: a cobra, Eva e Adão que, de acordo com a Bíblia, concorrem para o conhecimento carnal. No inconsciente, o número três representa o sexo, porque cada sexo tem três características sexuais visíveis: o pênis e os dois testículos no homem; a vagina e os dois seios na mulher."[7]

Em "Cachinhos Dourados" o pai, a mãe e o filhote urso concorrem para esta simbologia. Na visão do psicólogo a configuração da sexualidade nesta estória refere-se principalmente pela necessidade de escolha da personagem Cachinhos Dourados que está em fase edípica.

Ver também

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Referências

  1. Carlos Ceia.«Literatura erótica». Consultado em 29 de Outubro de 2008. Arquivado dooriginal em 11 de outubro de 2008 
  2. Alexandrian (1993).História da Literatura Erótica. [S.l.]: Rocco. 440 páginas.ISBN 8532504329 
  3. Gregorio Morales (1998).«Literatura erótica y literatura amorosa» (em espanhol). Consultado em 29 de Outubro de 2008 
  4. Alejandra Quintero (20 de outubro de 2007).«Tertulia Erótica Literaria: Primer capítulo» (em espanhol). www.eldivanrojo.com. Consultado em 29 de Outubro de 2008 
  5. H. Mongomery Hyde (1964)A History of Pornography. pag. 71-72
  6. S, S. (2021).Covil Das Lobas. Rio De Janeiro: C. Dos Autores. p. 233. 233 páginas.ISBN 978-65-00-3501-66 
  7. Bruno Bettelhein.A psicanálise nos contos de fadas:http://ebookbrowsee.net/a-psicanalise-dos-contos-de-fadas-pdf-d348388868

Bibliografia

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  • MORAES, Eliane Robert. 35 livros para uma biblioteca erótica.Revista Geni, São Paulo, v. 2, 01 ago. 2013.link.
  • ______.Antologia da poesia erótica brasileira.Cotia, SP:Ateliê, 2015. 500 p.
Web


Ligações externas

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