José Manuel Ramos-HortaGColIH •GCL (Díli,26 de dezembro de1949) é umpolítico ejuristatimorense, e atualmente o 7ºpresidente cuja tomada de posse ocorreu em 20 de maio de 2022;[1] tendo exercido também funções como 4.º presidente do país 20 de maio de 2007 a 20 de maio de 2012. Inicialmente fora o porta-voz da resistência timorense no exílio durante a ocupação indonésia entre 1975 e 1999. Sequencialmente, foiministro de Negócios Estrangeiros de Timor-Leste desde a independência em 2002.
Nascido de mãetimorense, de nome Natalina Ramos Filipe Horta, e paiportuguês (exilado emTimor), foi educado numa missão católica emSoibada. Devido à atividade política pró-independência, esteve exilado por um ano (1970-1971) durante a época colonial emMoçambique.
Considerado como moderado, ocupa o cargo de Ministro das Relações Exteriores no governo autoproclamado em28 de Novembro de1975, apenas com 25 anos de idade. Deixou Timor-Leste apenas três dias antes da invasão indonésia, em viagem atéNova Iorque para apresentar àsNações Unidas o caso timorense. Aí expõe a violência perpetrada pela Indonésia na ocupação do território, tornando-se o representante permanente daFretilin naONU nos anos seguintes.
Em Dezembro de1996, José Ramos-Horta partilha oNobel da Paz com o compatriotabispoCarlos Filipe Ximenes Belo. O Comité Nobel laureou-os pelo contínuo esforço para terminar com a opressão vigente em Timor-Leste, esperando queo prémio despolete o encontro de uma solução diplomática para o conflito em Timor-Leste com base no direito dos povos à autodeterminação.
José Ramos Horta estudou Direito Internacional naAcademia de Direito Internacional de Haia, nosPaíses Baixos (1983) e naUniversidade de Antioch (Estados Unidos) onde completou o mestrado em Estudos da Paz (1984), bem como uma série de outros cursos de pós-graduação sobre a temática do Direito Internacional e da Paz. Em outubro de 2000 foi investido, juntamente com D. Ximenes Belo e Xanana Gusmão, como doutor «Honoris causa» pela Universidade do Porto (por proposta da respetiva Faculdade de Letras).
Em 2003, José Ramos Horta apoiou ainvasão do Iraque pelas tropas anglo-norte-americanas, criticando o regime ditatorial deSaddam Hussein e aAl Qaeda, lembrando queOsama bin Laden tinha justificado o ataque terrorista deBali entre outros argumentos com o facto de Timor-Leste ter sido supostamente vítima de ataques contra o Islão pelos países ocidentais (aIndonésia tem a maior população islâmica no mundo).
No fim de junho de2006, renunciou ao cargo de Ministro de Negócios Estrangeiros e da Defesa ao saber que o questionado primeiro-ministroMari Alkatiri permaneceria no cargo.
Após acrise que culminou na renúncia de Alkatiri, assumiu em8 de Julho de2006 o cargo de primeiro-ministro, junto comEstanislau da Silva como vice-primeiro-ministro eRui Araújo como segundo vice-primeiro-ministro.
José Ramos-Horta era apontado pela imprensa portuguesa como um dos sucessores deKofi Annan no cargo de secretário-geral da ONU. Ramos-Horta não confirmou o seu interesse no cargo, mas também não excluiu a hipótese.
Desde Outubro de 2014 é presidente do Painel Independente de Alto Nível para as Operações de Paz da ONU e co-Presidente da Comissão Internacional sobre o Multilateralismo.[2]
Na manhã de11 de fevereiro de2008 foi alvejado no estômago, durante um ataque armado à sua casa. O ataque foi perpetrado pelo grupo dissidente das forças armadas liderado pelo majorAlfredo Reinado, que foi morto no ataque.[5]