Jaime de Portugal | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Administrador apostólico deLisboa Cardeal-infante | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Patriarcado de Lisboa |
Nomeação | 20 de fevereiro de1523 |
Predecessor | Dom Luís Coutinho |
Sucessor | Dom Afonso Nogueira,CRSJE |
Mandato | 1453 -1459 |
Ordenação e nomeação | |
Cardinalato | |
Criação | 17 de setembro de1456 porPapa Calisto III |
Ordem | Cardeal-diácono |
Título | Santo Eustáquio |
Brasão | ![]() |
Dados pessoais | |
Nascimento | ![]() 17 de setembro de1433 |
Morte | ![]() 27 de agosto de1459 (25 anos) |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe:Isabel de Urgel Pai:Pedro, Duque de Coimbra |
Sepultado | Convento Beneditino de San Miniato al Monte |
dados emcatholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Jaime de Portugal (17 de Setembro de1433 –Florença,27 de Agosto de1459) era filho doInfante D. Pedro,duque de Coimbra, e de sua esposaIsabel de Urgel, sendo, como tal, neto deD. João I. Foiarcebispo de Lisboa e deArras ecardeal-infante.
O seu modo de vida, considerado exemplar, está perpetuado no tecto da capela daBasílica de San Miniato al Monte, emFlorença, onde se encontra sepultado em túmulo monumental, através de esculturas em cerâmica que representam asquatro virtudes cardinais (justiça, fortaleza, moderação e temperança).[1]
Quando faleceu tinha apenas 26 anos.
Há historiadores de arte que defendem que é uma das personagens presentes nos enigmáticosPainéis de São Vicente de Fora.[2]
Nabatalha de Alfarrobeira (1449), na qual participou comandando as primeiras forças que para lá partiram de Coimbra a pedido do pai que aí viu ser derrotado e a ser morto, com apenas quinze anos de idade,[2] D Jaime foi aprisionado pela hoste deAfonso V de Portugal, tendo no entanto conseguido fugir, com os seus irmãos João e Beatriz, para aFlandres, onde obteve o apoio da tiaIsabel de Portugal, Duquesa da Borgonha.
Ali foi designado arcebispo deArras, tendo, a expensas da tia, partido paraRoma. Aí chegado, oPapa Nicolau V, conhecedor da tragédia de Alfarrobeira e do vexame a que fora submetido o corpo doduque de Coimbra, decide recompensar o seu filho, atribuindo-lhe, em30 de Abril de1453, a administração perpétua da arquidiocese lisboeta, que se achava vago pela morte do arcebispoD. Luís Coutinho. Não obstante, por não ter ainda a idade necessária para prover o cargo, não lhe conferiu logo o título arquiepiscopal.
Governou sempre a arquidiocese a partir de Itália, por meio do vigário geral,Luís Anes.
Entretanto, morrendopapa Nicolau V e subindo ao trono deSão Pedro oPapa Calisto III, foi D. Jaime feitocardeal-diácono no primeiroconsistório convocado pelo novo pontífice, em20 de Fevereiro de1456, com o título deSanta Maria no Pórtico,[3] logo depois substituído pelo deSanto Eustáquio (isto, mesmo não tendo ainda a idade de trinta anos necessária para a atribuição do barrete cardinalício).
Por sua mediação, conseguiu do Papa a emissão dabula decruzada para o seu primoAfonso V de Portugal (1457), destinada à conquista deAlcácer Ceguer.
Participou noconclave de 1458 que elegeuEneias Sílvio Piccolomini comoPapa Pio II; como o novo Papa quisesse prosseguir o desejo do seu predecessor em fazer a guerra de cruzada aoTurcomuçulmano, mandou reunir o colégio dos cardeais emMântua, nos inícios de1459. No caminho entre Roma e Mântua, adoeceu D. Jaime, na cidade deFlorença, onde viria a falecer em27 de Agosto de1459 (alguns historiadores dizem ter sido envenenado).
Jaz na Capela do Cardeal de Portugal daBasílica de San Miniato al Monte, naquela cidade.
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Precedido por Luís Coutinho | ![]() Arcebispo de Lisboa 1453 –1459 | Sucedido por Afonso Nogueira |
Precedido por Alberto Alberti | ![]() Cardeal-diácono deSanto Eustáquio 1456 —1459 | Sucedido por Francesco Todeschini-Piccolomini |