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Imprensa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre mídia. Para tecnologia de impressão tipográfica desenvolvida por Gutenberg, vejaPrensa móvel.
Jornalismo

Imprensa é a designação coletiva dos meios decomunicação que exercem oJornalismo e outras funções de comunicação informativa — em contraste com a comunicação puramentepropagandística ou deentretenimento.

O termoimprensa deriva daprensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado porJohannes Gutenberg noséculo XV e que, a partir doséculo XVIII, foi usado para imprimirjornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados doséculo XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal etelejornal) e, com o advento daWorld Wide Web, vieram também os jornaisonline, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido. Deve-se evitar as impróprias expressões imprensa eletrônica, imprensa falada e imprensa televisionada. Quando a linguagem abranger rádio, televisão, internet, cinema e outros meios, deve-se usar meios de comunicação ou mídia.

História da imprensa

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Eis que aparece a imprensa. Eis que, ao mesmo tempo, aparecem, um pouco por todo o lado, fragmentos dispersos do saber antigo. Então a imprensa entra em jogo: reúne, colige, transmite. […] A Geometria, a Mecânica, a Cosmografia, a Geografia, a Física, as Ciências Naturais e a Medicina dos Antigos estavam à disposição de todos. Estava-se armado e apetrechado para o estudo. Trabalhava-se com bases seguras. Podia-se, imediatamente, completar, interpretar, comentar o ensinamento dos velhos mestres. […] Os eruditos podem trabalhar afincadamente. Sabem agora que o seu trabalho não será em vão; a imprensa lá está para o fazer frutificar pelo mundo inteiro.

—  Lucien Febvre,O Problema da Descrença no século XVI, Lisboa, Editorial Início, 1970, pp. 429-430. (Texto adaptado)

Já foi dito que, se o termo "Jornalismo" é relativamente moderno, a sua história é muito antiga e confunde-se, inevitavelmente, com a da imprensa, desde quando Johannes Guttenberg aperfeiçoou a técnica de reprodução de textos por meio do uso dos tipos móveis. A invenção daimprensa é considerada uma das primeiras revoluções tecnológicas que tiveram lugar no mundo moderno.

Primórdios

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Desde séculos passados, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. As primeiras reproduções da escrita foram, sem dúvida, obtidas sob um suporte de (cera) ou de (argila) com os selos cilíndricos e cunhas, encontrados nas mais antigas cidades daSuméria e daMesopotâmia do século XVII a. C.

A primeira publicação regular de que se tem notícia foi aActa Diurna, que o imperadorAugusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. Esta publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em59 a.C. por ordem deJúlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados peloDitador (conceito romano do termo). NaRoma Antiga e noImpério Romano, aActa Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.

O primeiro jornal em papel,Notícias Diversas, foi publicado como umpanfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, emPequim, naChina.Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que oalfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornalTa King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.

Oficina tipográfica, xilogravura, do século XV,Jost Amman, 1568

Em 1440,Johannes Guttenberg desenvolve atecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.

Na BaixaIdade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. EmVeneza, as folhas eram vendidas pelo preço de umagazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados naIdade Moderna e naIdade Contemporânea.

Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale doRio Reno e por toda aEuropa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem comoParis eSevilha. Dez anos depois, registava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226.

Durante oséculo XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais.Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris,Leon,Frankfurt eAntuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se deItália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor dohumanismo e daReforma oriunda das cidades italianas.

A imprensa pré-industrial

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Jornal La Gazette

A primeira publicação impressa periódica regular (semanal), oNieuwe Tijdinghen, aparece em 1602, naAntuérpia. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1609: oRelation aller fürnemmen und gedenckwürdigen Historien (Relação de todas as notícias notáveis e rejubilantes), emEstrasburgo, e oAvisa Relation oder Zeitung. Em 1615, surge oFrankfurter Journal, primeiro periódico jornalístico, também semanal e em alemão.

Em 1621, surgiu emLondres o primeiro jornal particular de língua inglesa,The Corante.No ano seguinte, um pacto entre 12 oficinas de impressão inglesas, holandesas e alemãs determinou intercâmbio sistemático de notícias entre elas. No mesmo ano,Nathaniel Butler fundou também em Londres o primeirohebdomadário: oWeekly News, que, a partir de 1638, seria o primeiro jornal a publicar noticiário internacional. Foi seguido na França porLa Gazette, deThéophraste Renaudot cujo primeiro número foi publicado em 30 de maio de 1631, e naHolanda peloCourante uyt Italien ende Duytschlandt, em 1632.

Jornal The Daily Courant

O primeiro jornal em português foi fundado em 1641, emPortugal: eraA Gazeta da Restauração, deLisboa.

O jornal mais antigo do mundo ainda em circulação foi osuecoPost-och Inrikes Tidningar, que teve início em 1645. Até então, estas publicações tinham periodicidade semanal, quinzenal, mensal ou irregular. Foi só a partir de 1650 que surgiu o primeiro jornal impresso diário do mundo, oEinkommende Zeitungen (Notícias Recebidas) fundado na cidade alemã deLeipzig.

A primeira revista, em estiloalmanaque, foi oJournal des Savants (Diário dos Sábios), fundado na França em 1665.

No Novo Mundo, o primeiro jornal apareceu nas colónias britânicas da América do Norte (futurosEstados Unidos), publicado emBoston: oPublick Occurrences, Both Forreign and Domestick, que no entanto só teve uma edição. De 1702 a 1735 circulou o primeiro jornal diário em inglês, oDaily Courant, de Samuel Buckley, também nas colônias britânicas. Em 1729, nasceu oPennsylvania Gazette, deBenjamin Franklin, primeiro jornal a se manter com renda publicitária. No mesmo ano eram fundados aGaceta de Guatemala eLas Primicias de la Cultura de Quito, primeiros jornais latino-americanos. O primeiro jornal diário da América foi aGaceta de Lima, circulando diariamente a partir de 1743.

Em 1728, é criado oSt. Peterburgo Vedomosti, o jornal mais antigo daRússia, ainda em circulação.

A Imprensa de Massas e a Industrialização

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Imprensa Oficial, emBelo Horizonte.

Nos séculosXVIII eXIX, os líderes políticos tomaram consciência do grande poder que os jornais poderiam ter para influenciar a população e proliferaram os jornais de facções e partidos políticos. OThe Times, de Londres, começa a circular em 1785, com o nome deThe Daily Universal Register. Seria rebatizado paraThe Times três anos depois.

No século XIX, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo como negócio lucrativo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os diários atuais. Nos Estados Unidos,Joseph Pulitzer eWilliam Randolph Hearst criaram grandes jornais destinados à venda em massa. Em 1833, foi fundado oNew York Sun, primeiro jornal "popular", vendido a um centavo de dólar. JáThe Guardian, um dos jornais mais vendidos doReino Unido até hoje, surge em 1821.

OBrasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição detipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa. Somente em 1808 é que surgem, quase simultaneamente, os dois primeiros jornais brasileiros: oCorreio Braziliense, editado e impresso emLondres pelo exiladoHipólito da Costa; e aGazeta do Rio de Janeiro, publicação oficial editada pelaImprensa Régia instalada noRio de Janeiro com a transferência da Corte portuguesa.

Acompanhando a industrialização ocidental, oJapão ganha seu primeiro jornal em 1871, com oYokohama Shimbun (Notícias Diárias de Yokohama). Atualmente, o Japão é o país com maior índice de circulação per-capita no mundo.

Surgiram, ainda no século XIX, empresas dedicadas à coleta de informações sobre a atualidade que eram vendidas aos jornais. Estas empresas foram conhecidas comoagências de notícias ouagências de imprensa. A primeira delas foi fundada em 22 de outubro de 1835 pelo francêsCharles-Louis Havas: aAgence des Feuilles Politiques, Correspondance Générale, que viria a se tornar a atualAgence France-Presse.

Em 1848, jornais de Nova York se juntam para formar a agênciaAssociated Press, durante a guerra dos EUA contra o México. O principal motivo da associação, na época, era contenção de custos entre os periódicos.

Em 1851 o alemãoPaul Julius Reuter funda a agênciaReuters. No mesmo ano é fundado oThe New York Times, o principal jornal deNova Iorque e atualmente um dos mais importantes nosEstados Unidos e no mundo.

AUnited Press International é criada em 1892. A agência alemãTransocean é fundada em 1915 para cobrir aI Guerra Mundial na Europa, com a visão da Tríplice Aliança. Em 1949, três agências alemãs se unem para formar aDeutsche Presse-Agentur (DPA).

Novas tecnologias de comunicação

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O início daGuerra Civil dos Estados Unidos, em 1861, é um marco para a imprensa, pelas inovações técnicas e novas condições de trabalho. Repórteres e fotógrafos recebem credenciais para cobrir o conflito. De lá, desenvolvem olead para assegurar que a parte principal da notícia chegará à redação pelo telégrafo. Os jornais inventam asmanchetes, títulos em letras grandes na primeira página, para destacar as novidades da guerra. O primeiro jornal a enviar correspondentes para dois lados de uma guerra foi oThe Guardian, deManchester, naGuerra Franco-Prussiana, em 1871.

Em 1844, a invenção dotelégrafo porSamuel Morse revoluciona a transmissão de informações, e permite o envio de notícias a longas distâncias. Mas o telégrafo só ganharia um aumento exponencial da sua capacidade a partir da instalação dos cabos submarinos, na segunda metade do século XIX, que unem os continentes. O primeiro despacho transatlântico por telégrafo, por exemplo, foi enviado pela AP em 1858. A comunicação por telégrafo liga o Brasil à Europa a partir de 1874; começam a chegar ao país despachos de agências internacionais.

Também aparecem novidades nas técnicas de impressão. A primeira rotativa começa a funcionar em 1847, nos EUA. Noano seguinte,The Times de Londres cria rotativa que imprime 10 mil exemplares por hora. Olinótipo foi inventado em 1889, por Otto Merganthaler, revolucionando as técnicas de composição de página com o uso de tipos de chumbo fundidos para gerar linhas inteiras de texto.

Afotografia começou a ser usada na imprensa diária em 1880. A Alemanha foi o primeiro país a produzir revistas ilustradas graficamente com fotografias.

Em 1919, surge oNew York Daily News, primeiro jornal em formato tablóide.

A primeira transmissão de rádio transatlântica foi feita em 1903, porMarconi. As primeiras emissoras de rádio, surgidas na década de 1920, tomaram grande parte do protagonismo dos jornais no acompanhamento passo-a-passo dos fatos da atualidade. Ao mesmo tempo, apareceram oscinejornais, filmetes de atualidades cinematográficas. O primeiro deles, oFox Movietone, surgiu em 1927, com o uso do som nocinema.

As primeiras transmissões de televisão foram feitas nos Estados Unidos nos anos 1930, e já nos anos 1950 a televisão competia com o rádio pela possibilidade de transmitir informação instantaneamente, com o adicional sedutor da imagem. O videotape foi inventado em 1951, mas só começou a ser usado em larga escala a partir dos anos 1970.

Jornalismo e seu alcance global

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O final do século XX assistiu a uma revolução nas tecnologias de comunicação e informação, levando à formação de umameios de comunicação como instituições (privadas) de alcance global, tanto para o jornalismo quanto para oentretenimento (cultura e diversões).

Em 1962, o jornal norte-americanoLos Angeles Times utiliza fitas perfuradas para agilizar a composição em linotipos. Naquele mesmo ano, entrou no ar oTelstar 1, primeiro satélite de telecomunicações específico para os mídia.Sete anos depois, realizou-se a transmissão da chegada da missãoApollo 11, dos EUA, àLua.

Desde a segunda metade do século XX, várias empresas editorais publicam jornais semanais que se assemelham a revistas, tratando de conteúdo generalista ou temático. Muitas revistas, então, deixam de existir. A revistaLife deixou de ser publicada em 1972. No Brasil, desaparecemO Cruzeiro eRealidade.

Em 1973, apareceram os primeiros terminais computadorizados para edição jornalística. A fotocomposição começava a substituir a linotipia. No jornalMinneapolis Star, começou a ser testado um sistema que possibilitava a diagramação eletrônica e o envio das páginas direto para a impressão, eliminando o processo de composição manual.

Em 1980, começam as transmissões da redeCNN, que em pouco mais de 10 anos tornar-se-ia a referência em jornalismo televisivo internacional. Ela ganha notoriedade mundial com a cobertura daGuerra do Golfo em 1991.

Os canais internacionais de televisão por assinatura, televisão a cabo e aInternet comercial só chegaram ao Brasil em 1992. Em11 de setembro de 2001, isso possibilitou a transmissão ao vivo do maior atentado terrorista daHistória.

Falta de liberdade de expressão e censura

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Um dos maiores problemas da imprensa mundial é a falta de liberdade de expressão e a censura do jornalismo em alguns países. Geralmente, a falta de Liberdade de Expressão pode ser encontrada em países onde há uma ditadura, onde a imprensa local deve obedecer sempre as ordens do Governo, ou então, é censurada por tempo indeterminado.Em nações onde há ditadura, são poucas as organizações que sempre obedecem os ditadores.

Censura no Brasil durante a ditadura militar

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Durante aditadura militar de 1964, vários veículos de imprensa - rádio, TV e jornais - foram submetidos a censura.

Imprensa no Brasil

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Ver artigo principal:Imprensa no Brasil

Ver também

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Bibliografia

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  • ABREU, Alzira Alves de.A Modernização da Imprensa (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
  • BALZAC, Honoré de.Os Jornalistas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
  • BELLANGER, Claude (org.).Histoire Générale de la Presse Française. Paris: PUF, 1969.
  • DARNTON, R. e ROCHE, D. (org.).Revolução Impressa – a imprensa na França 1775-1800. São Paulo: Edusp, 1996.
  • GARGUREVICH, Juan.Historia de la Prensa Peruana (1594-1990). Lima: La Voz, 1991.
  • MATTELART, Armand.Comunicação-Mundo: história das técnicas e das estratgias. Petrópolis: Vozes, 1994.
  • PALLARES-BURKE, Maria Lucia Garcia. A imprensa periódica como uma empresa educativa no século XIX. In: Caderno de Pesquisa, n.104 p. 144-161, jul. 1998

Ligações externas

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