ISTOÉ | |
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Slogan | Independente |
Editor | Carlos José Marques |
Categoria | notícias |
Frequência | semanal |
Circulação | Total: 310 mil por edição (abril 2016)[carece de fontes?] |
Fundação | 1976 (49 anos) |
Primeira edição | Abril de 1976 |
Última edição | Janeiro de 2025(versão impressa) |
Empresa | Editora Três (1976 - 2025) Entre Investimentos (2025-Atualmente) |
País | ![]() |
Idioma | português |
https://www.istoe.com.br |
Istoé (ocasionalmente estilizadaIstoÉ ouISTOÉ) é umarevista denotícias semanalbrasileira, criada em1976. Seu primeiro diretor de redação foi o jornalistaMino Carta, principal responsável pela concepção original do projeto editorial. Até2025, a revista era publicada em formato impresso pelaEditora Três, quando passou a existir exclusivamente em versão digital[1], operada desde 2022 pela Istoé Publicações Ltda.[2][3]Foi uma das três principais revistas do país, ao lado deVeja eÉpoca.[3][4][5]
A revista possui reputação de ser "atrevida" enacionalista conforme descrição do jornal estadunidenseThe New York Times, bem como de ter sido "mais negativa e de esquerda" durante aditadura militar brasileira e uma "revista que acredita no Brasil" naNova República (década de 1990) conforme descrição do fundador da revistaDomingo Alzugaray, ouvido pelo jornal estadunidense.[4]
A circulação da revista em 2003 foi de 362 307 cópias.[6]
A revista foi fundada pelos proprietários da Editora Três: o empresárioDomingo Alzugaray, ex-diretor comercial daEditora Abril, o jornalista Luís Carta, ex-diretor daRealidade, publicada pela Abril,[7][8] (e que logo depois deixaria a sociedade) eMino Carta, que havia sido o criador da revistaVeja, também publicada pela Abril.[9] Mino Carta deixou aISTOÉ em 1981.[10]
Em junho de1988, a revista ISTOÉ é rebatizada deISTOÉ Senhor, sendo uma fusão daISTOÉ e a antigarevistaSenhor. Em abril de1992 o título Senhor é abandonado e a revista volta a se chamar apenas ISTOÉ.[11]
No fim da década de 1990, o cenário brasileiro era de aumento da população alfabetizada e diminuição da inflação comparando aos níveis de 1980, mas também de recessão persistente edesvalorização do real.[4] Nesse cenário, negociações foram iniciadas para compra da revista pelaEditora Globo, que tentava entrar no mercado de revistas de notícias.[4] Sem êxito na negociações, a Editora Globo lançou em 1998 sua própria revista, aÉpoca, concorrendo com aISTOÉ e aVeja.[4] Tal concorrência foi descrita em 1999 pelo jornal estadunidenseThe New York Times como uma "guerra de circulação" e "batalha antiquada e árdua", a despeito da pouca sobreposição entre os públicos-alvos, dos formatos distintos de cada uma e das diferenças entre o contexto doBrasil e dosEstados Unidos (referencial da descrição feita).[4]
Em 2005, o sítio eletrônico brasileiroObservatório da Imprensa atentou que ao fim de março aISTOÉ,Veja eÉpoca coincidiram em suas matérias de capa, mas não só.[12] O trio deu destaque ao escritor brasileiroPaulo Coelho.[12] Aquele sítio trouxe que o assunto foi abordado de forma "pasteurizada", parecendo a mesma pessoa o ter redatado nos três casos, e ainda, ao afirmar que tal estilo teria partido daVeja e influenciado as outras duas, exemplificou e questionou a "mesmice" entre os veículos à época.[12]
A revistaISTOÉ foi acusada de cometermachismo emisoginia em sua primeira matéria de capa de abril de 2016, uma reportagem intitulada “As Explosões Nervosas da Presidente”, que tratou sobre supostos casos dedescontrole emocional da então presidenteDilma Rousseff a partir deestereótipos, chegando a compará-la comMaria I, a Louca, rainha de Portugal no fim do século XVIII.[13] Também foi processada pela ex-primeira-damaMichelle Bolsonaro em 2020 após acusar supostas infidelidades dela contra o seu marido, o então presidenteJair Bolsonaro. Ela pediu indenização por danos morais e a empresa foi condenada peloSuperior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar R$ 30 mil.[14]
Em 2022, a Entre Investimentos adquiriu o domínio digital da IstoÉ por R$ 15 milhões após leilão de bens. Com a falência da Editora Três, atualmente a empresa é dona da revista.[15]
Em 2025, aIstoé encerrou sua versão impressa, marcando o fim de quase cinco décadas de circulação física. A decisão foi impulsionada pelas mudanças no mercado editorial, a crescente digitalização do consumo de notícias e desafios financeiros enfrentados pelo setor de revistas.[16] Desde 2022, a publicação já possuía uma presença digital consolidada, operada pela Istoé Publicações Ltda., garantindo sua continuidade como uma revista eletrônica.[5] Com o fim da impressão, aIstoé passou a investir exclusivamente em sua plataforma digital, mantendo sua linha editorial e ampliando sua presença nas mídias online para alcançar um público cada vez mais conectado.[5]
Prêmio | Obra | Categoria | Autor | Resultado | |
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1996 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "Conversas fulminantes" | Esso de Fotografia | Luciano Suassuna | Venceu[17] |
1998 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "A conta do PROER" | Esso de Informação Econômica | Ronaldo Brasiliense | Venceu |
1998 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "Reaprendendo a viver" | Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ecológica | Daniel Stycer e Eduardo Marini | Venceu[18] |
1999 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "Um cadáver político" | Esso de Criação Gráfica (revista) | João Carlos Alvarenga Freire | Venceu[19] |
2001 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "Senadores envolvidos na fraude do painel de votação do Senado" | Esso | série de reportagens | Venceu[20] |
2002 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "Uma nação em pânico" | Esso de Criação Gráfica (revista) | Roberto Weigand e Alex Soletto | Venceu[21] |
2004 | Prêmio ExxonMobil de Jornalismo | "Presidente e diretor do BC esconderam da Receita bens no exterior" | Esso de Informação Econômica | Weiller Diniz, Sônia Filgueiras, Celina Côrtes eLuiz Cláudio Cunha | Venceu[22] |
2006 | Prêmio Vladimir Herzog | "O drama da hanseníase no Brasil" | Menção honrosa por revista | Célia Chaim | Venceu[23] |
Média de 2003: 362.307 exemplares